Capítulo 1: Visita de Última Hora

Após sair da lanchonete e ter aceito Fukuda-san como seu auxiliar de desenhos, Aoki voltou para a casa confusa. Não sabia ao certo se confiar em Fukuda era um bom caminho para sua serialização. Mas não tinha outra escolha, ou era ele, ou então namoraria Nakai-san só para ele desenhar... não...isso estava fora de cogitação!

Enfim, começou a fazer alguns rascunhos para enviar por fax ao seu novo auxiliar.

Por outro lado, Fukuda estava em seu apartamento, pensando que fez a coisa certa em ser um auxiliar além de continuar sua história já serializada, afinal, Aoki realmente precisava de alguém que a ajudasse. Mas deixava claro que só estava fazendo isso em retribuição ao boicote que ela participou.

Já passava das 11 horas da noite quando Fukuda ouve o som de um fax chegando, sim, era o primeiro rascunho que recebera de Aoki. Fukuda largou o que estava fazendo, e pegou os rascunhos. Deu uma boa analisada e num movimento brusco pegou seu celular e ligou para a autora.

Aoki: - vendo o número de Fukuda em seu visor e atende - Alô, Fukuda-san?

Fukuda: O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA QUANDO FEZ ESSA CENA DO BANHO?

Aoki: Ei, não precisa gritar desse jeito! O que há de errado nela?

Fukuda: Você nem mostrou a personagem tomando banho direito! Só mostrou o chuveiro e logo no próximo quadro já a mostrou colocando a saia!

Aoki: E não é isso que os garotos gostam?

Fukuda: Você tinha que ter mostrado ela no banho, mais precisamente em uma banheira, depois se enxugando e mais tarde colocando a calcinha!

Aoki: Sim, espera um minuto, deixa-me anotar.

Fukuda: - com um tom mais agressivo - Ora essa! Memorize tudo isso! Você não é a melhor da sua faculdade?

Aoki: Cala a boca, meu mangá não tem nada a ver com a minha faculdade!

Fukuda: Ok ok, me envie tudo corrigido amanhã certo?

Aoki: Isso é impossível!

Fukuda: *pensamento: que garotinha mais preguiçosa* Só terei tempo amanhã.

Aoki: Tá bom então

Logo depois da última frase, Fukuda rapidamente desliga o celular.

E assim percorre o dia seguinte, Aoki corrigiu o que estava errado e enviou para seu auxiliar via fax. Já era por volta das 8 horas da noite. Aoki ficou desconfiada, já fazia uns 15 minutos que havia mandado o rascunho para Fukuda, mas não retornava a ligação.

Pensou na possibilidade de ele estar ocupado, e deixou quieto. Passou uma hora depois do envio...não aguentava mais de anciosidade para saber a opinião de seu auxiliar. Queria ligar, mas seu orgulho feminista falava mais alto. Quando completara 2 horas depois do envio, resolveu deixar seu orgulho de lado, já que estava com raiva, pensando na possibilidade de Fukuda ter esquecido de ler o rascunho. Celular de Fukuda toca:

Fukuda: Alô?

Aoki: Fukuda-san seu idiota! Aonde está com a cabeça? Quero saber logo o que achou do rascunho corrigido!

Fukuda: Se você me enviar eu agradeço –ironizando-

Aoki: Como assim? Eu te enviei faz duas horas! Tenho certeza que alguma coisa te entreteve e você esqueceu de ler o meu rascunho, seu desleixado!

Fukuda: Ei, dá pra parar de me xingar? Não recebi nada sua louca! Tem certeza que me enviou certo?

Aoki: Deixa-me dar uma olhada. -olha para sua máquina de fax- Essa não! Acho que minha máquina acabou pifando...

Fukuda: Não brinque com essas coisas –dando uma leve gargalhada-...é sério?

Aoki: Claro que é, eu não brincaria com uma coisa tão séria!

Fukuda: Droga! Venha aqui na minha casa me mostrar então!

Aoki: Não posso sair a essas horas! Já está tarde demais!

Fukuda: Ok ok, estou indo aí então!

Aoki: O que? Um cara vindo para casa de uma garota a essas horas? Vão pensar o que de mim?

Fukuda: Vai querer minha ajuda ou não?

Aoki: Venha logo então –com a fala um pouco tímida-

Alguns minutos se passam e logo Aoki ouve a campainha tocar. Involuntariamente seu coração começou a pulsar velozmente...