Caroline estava sentada na sua cama com lágrima nos olhos, encarava de longe o vestido usado na festa dos Mikaelson hoje mais cedo. O desenho recebido por Klaus estava em sua mão, marcado com algumas lágrimas. O que ela estava pensando ? Ele era um original, era o inimigo. Alguns pensamentos vieram a sua cabeça, alguns julgados proibidos.  Ela colocou seu roupão rosado por cima do pijama, calçou as pantufas e saiu para a varanda da casa, talvez um pouco de ar fresco faria bem. Ela desceu as escadas na ponta dos pés para não acordar sua mãe, saiu e encostou a porta atrás dela. Sentou nos degraus ao lado de um pilar e encostou a cabeça, e ali chorou, desabafou sozinha tudo o que estava preso dentro dela. O sentimento, a raiva, o orgulho, as dúvidas...

- Caroline ?

- Klaus ? - Ela limpou as lágrimas com as costas das mãos - O que está fazendo aqui ?

- Não é óbvio ? Vim te ver - Ele sentou ao lado dela na escada.

- É sério, o que quer de mim ? Todos sabem que você é um original sem coração que deixou sua própria família em caixões, quer o sangue da minha melhor amiga e ainda por cima transformou meu namorado em um escravo sem opinião...

- Calma, eu não sou um monstro

- Não é o que parece.

- Você não pode acreditar em mim ? Que eu gosto de você ?

- Não, eu não posso.

- Mas você sente algo, se não sentisse não estaria nesse estado.

- Eu estou bem ok !? - Ela se levantou - Me deixe em paz Klaus, é o melhor para todos.

- Não pra todos - Ele também se levantou e segurou-a pelo braço - Pra mim e pra você não é, eles não ligam se você está feliz, apenas se está do lado deles.

- Não fale dos meus amigos.

- Se assim desejar - Ele ficou olhando diretamente nos olhos da loira que desviou e olhar - Eu sei que tem mais desejos em jogo.

Em um movimento rápido, Klaus segurou a cintura de Caroline junto a dele, com seus corpos colados ele afastou o cabelo dela do rosto e a beijou, e ela correspondeu, envolvendo-o em um abraço mútuo. Se beijaram até o fôlego não permitir mais.

- É isso Klaus, não podemos mais.

- Eu sei.

- Somos muito diferentes, dois mundos completamente...

- Distintos.

- Adeus Klaus - Ela segurou a mão dele e ele fez o mesmo

- Adeus - Então seus dedos foram se soltando e Klaus foi se afastando, não existia história para os dois, não no momento, e não sei se algum dia poderia existir.