Lealdade A Serpente escrita por Anaklusmos


Capítulo 5
Capítulo 5 - Revelações.


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse cap. é muito importante. Eu estou meio sem tempo para escrever, então ele não ficou muito detalhado.
Boa leitura!



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Eu estava andando pelo castelo, rumo às masmorras. Era hora da aula de poções, para qual eu estava atrasada e nervosa, pois sabia que daqui algumas horas teria de ir á encontro de Alvo Dumbledore.

-Está atrasada, sra. Granger. – Disse Snape em seu tom de voz frio e sem emoção habitual.

-Desculpe, professor.

-Sente-se ao lado do Sr. Malfoy, por gentileza.

Odiei infinitamente o som daquelas palavras. Era justamente com quem eu estava tentando evitar. Parece que Snape tinha feito de propósito!

Sentei-me em silencio, sem nenhuma manifestação. O decorrer da aula foi normal, nós tivemos que fazer a poção do morto-vivo, na qual eu me saí muito bem. O sinal tocou. Faltavam poucos minutos para as 20:00 horas agora.

Fui para o salão principal, e quase não consegui comer direito. Depois segui para o escritório do diretor. Os corredores estavam vazios. Chegando lá me deparei com uma gárgula, á qual sabia que teria de dizer uma senha. Tentei pensar no que poderia ser, e então lembrei do bilhete: “PS: Gosto muito de varinha de alcaçuz.”

-Varinha de alcaçuz.

Pronto. A gárgula estava se afastando. Subi pelas escadas em espirais e bati na porta.

-Entre, por favor.

Entrei, fechei a porta com cuidado e fiquei frente a frente com Dumbledore. Aqueles oclinhos de meia-lua pareciam olhar fundo na minha alma.

-Sra. Granger, vou ir direto ao ponto. É normal que todos nós tenhamos curiosidade sobre nossas origens, e percebi que esse foi o seu caso. Espero não ser tarde demais para lhe contar toda a verdade. – Ele fez uma pausa, esperando que eu me manifestasse, o que não aconteceu, então prosseguiu. – A muito tempo, um certo bruxo chamado Lord Voldemort, tentou matar toda a sua família, e assim ele acha que ocorreu. Mas não foi bem assim. A família Gaunt tinha segredos muito sombrios. Marvolo tinha uma irmã, da qual sempre tinha medo, pois sabia que esta era poderosa demais, podendo roubar toda a sua atenção. Ela se chamava Katherine, e tinha nas veias o sangue com o mesmo tipo de DNA de Salazar Slytherin. Morfino tinha muita inveja, e fez de tudo para acabar com a irmã, fazendo os pais acreditarem que Katherine havia se apaixonado por um trouxa. Na verdade, ela havia se apaixonado por um bruxo de sangue puro, e não conseguindo provar sua inocência, fugiu. Não sabemos ao certo, mas ela teve uma filha, que teve outra. E essa outra filha, é você senhorita Granger. Você é a herdeira mais direta de Slytherin que se encontra viva, você deveria ter ido para a Sonserina desde o momento em que pisou em Hogwarts.

Eu não sabia o que dizer, estava em choque. Passado um minuto, eu finalmente perguntei:

- Mas se eu sou mesmo Herdeira de Salazar Slytherin, porque eu nunca falei com as cobras? E porque não fui para a sonserina?

-Todos os dias, eu mando os elfos colocarem  uma poção misturada ao seu suco de abobora, a qual impede que a sua ofidioglacia ocorra. No seu primeiro ano em Hogwarts, eu pedi, ou melhor, implorei para que o chapéu seletor não a selecionasse para a sua devida casa, e assim foi. A sra. Deve estar se perguntando o porque de eu ter feito tudo isso, e eu tenho uma resposta. Eu tive medo. Medo de que você se tornasse parecida com Lord Voldemort, medo de que o poder subisse a sua cabeça. Eu errei, muito. Só agora eu percebo o que fiz, eu não posso mudar o destino de ninguém. Mil desculpas, Hermione Slytherin. – O diretor estava com os olhos cheios de lágrimas, e eu também.

Não podia acreditar no que estava acontecendo. Meu mundo tinha virado de cabeça para baixo. Será mesmo que isso tudo é verdade ou é só um sonho? Não sabia dizer. Eu não estava conseguindo respirar direito. O impacto que essa notícia causou sobre mim foi de tal maneira que é impossível descrever.

-Eu não estou conseguindo absorver isso tudo agora, diretor. Eu... preciso de um tempo, para pensar, refletir. Poxa, eu não sei quem eu sou!

-Entendo Hermione, eu entendo.

-E quanto aos meus pais? Os trouxas?

- Eles são dois bruxos abortados, que concordaram em cuidar de você até os seus 11 anos.

-Eu não posso acreditar nisso, toda a minha vida, durante todo esse tempo eu pensava que era uma sangue-ruim grifinória. Isso é demais pra mim.

-Minha cara, acho que agora está na hora de dormir. Se tiver alguma pergunta para mim, eu ficarei feliz em responde-la. Mas amanhã.

-Tudo bem, tudo bem. Eu preciso pensar nisso tudo.

E sai, sem ao menos olhar para trás. Sem pensar em mais nada.

Essa noite a minha vida mudou. A vida de muitas pessoas mudou. E amanhã, eu iria acordar disposta a assumir para todos a minha verdadeira identidade. Ser quem eu sou.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou muito confuso?