Lealdade A Serpente escrita por Anaklusmos


Capítulo 12
Capítulo 12 - A Caveira E A Cobra.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas comensais, desculpem-me pela demora em postar esse capítulo, mas eu ando realmente ocupada. Bom, espero que gostem!
Boa Leitura!
Ps: O que acharam da nova capa da fanfic?



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O nevoeiro gelado açoitava a mansão Malfoy durante aquela noite, assim que eu acabara de contar tudo para Draco tínhamos ido nos aquecer em uma sala com uma linda lareira gravada em prata e com pedras de esmeraldas cravejadas formando o brasão da Sonserina, e outrora o da família Malfoy.

Ele ficara radiante em saber que o Lord Das Trevas havia nos dado a honra e a confiança de sermos os seus generais, achou também muita audácia de minha parte tê-lo enfrentado daquela maneira, mas de certa forma tinha gostado daquilo. Partiríamos dentro de alguns dias para Hogwarts somente para fazermos uma pequena visita a velhos amigos Sonserinos. E bem, até lá eu já teria recebido minha Marca Negra.

Quando finalmente terminamos de comentar o assunto, fomos dormir. Em vez de ir para o meu quarto, fui para o de Draco, não me importava mais se os outros aprovariam isso ou não. Tive um sono tranquilo e relaxante e acordei com uma ótima sensação.

Antes de descer para o café da manhã resolvi mandar uma carta para Blásio, avisando que eu e Draco estaríamos em Hogwarts em breve e queria que ele me mantivesse informada de tudo que estivesse acontecendo. Logo após despachar a coruja fui ao encontro dos demais, e me sentei no lugar de costume à mesa.

–Bom dia. – Cumprimentei-os.

–Bom dia, Hermione. – Disse Bella.

–Então, como foi a reunião com o Lord ontem? – Perguntou Lúcio em um tom casual, mas pude perceber sua curiosidade.

–Bom, digamos que eu sou oficialmente uma comensal agora. – Dei um sorrisinho.

–Eu e Hermione fomos nomeados Generais. – Disse Draco feliz.

–Meus parabéns! – Narcisa se levantara e vira nos abraçar.

– Parabéns! – Repetiram Lúcio e Bellatrix.

–Acho que a reunião de hoje será para apresentá-los aos demais, e para você tatuar a Marca Hermione. – Comentou Bella distraída.

Fiquei nervosa. Pela primeira vez estava pensando em como seria tatuar a Marca, será que iria doer muito? Bella parecia ter lido meus pensamentos, porque logo depois falou:

–Dói, sabe. Tatuar a Marca... O fogo, ah é horrível, mas a honra irá te recompensar. – Disse olhando para vazio.

–Imagino que seja. – Tentei disfarçar.

O resto do dia ocorreu bem, durante a tarde a resposta de Blásio havia chegado e disse que iria nos ajudar. A noite vinha chegando, o tic-tac do relógio passava, a meu ver, excepcionalmente rápido. Logo já eram 22:00 horas.

Vários comensais já haviam chegado, e cinco minutos depois eis que Lord Voldemort aparata próximo a Mansão. Todos caminharam até as masmorras, e eu os acompanhei.

As paredes estavam decoradas com velas para a iluminação sem precisar da varinha, ao fim do corredor havia uma porta preta, com uma serpente gravada na maçaneta. Assim que entramos pude perceber que o cômodo era muito espaçoso, á um lado havia uma mesa de vidro com várias cadeiras e mais ao centro havia um círculo formado por runas que eu desconhecia.

–Antes de começarmos a tratar dos assuntos destinados a essa reunião vamos iniciar o processo de iniciação de nossa mais nova Comensal da Morte, e general.

Todos ficaram em silêncio e atentos.

–Hermione, quero que entre no círculo, e estenda seu braço esquerdo. – Disse o Lord lentamente.

Fiz o que ele mandou. Estava nervosa e com medo, não podia negar. Assim que fiquei no devido lugar ele veio em minha direção, com sua varinha em mãos, apenas. Antes de começar olhou dentro de meus olhos, e eu sabendo o que ele estava tentando fazer, bloqueei minha mente com todas as forças. Finalmente o Lord Das Trevas começara a murmurar feitiços os quais eu desconhecia, mas pude perceber que eram de extrema magia negra. Meu braço ardeu, era como se estivesse em chamas. Doía, doía muito. Aquilo era pior que estar sobre a Maldição Cruciatus. Pensei que estava prestes a desmaiar, mas consegui me manter de pé. Lentamente se formava uma caveira, e com mais uma pontada de dor, a cobra. Quando o trabalho estava acabado, meu braço estava vermelho como nunca antes, e as queimaduras começaram a cicatrizar instantaneamente.

–A Marca Negra está finalizada. – Falou Voldemort em tom comemorativo.

Comensais aplaudiram, e eu saí do circulo e fui em direção á Draco, o qual me abraçou e sussurrou um “você foi forte”.

–Agora daremos início a reunião. – Começou Voldemort indicando a mesa.

-Bom, todos sabemos que agora que Alvo Dumbledore morreu – E olhou para Snape, sorrindo – nós estamos no controle de Hogwarts. E não irá demorar muito para estarmos no controle do Ministério também.

Outros assuntos surgiram, mas não pude prestar muita atenção, meu braço ainda ardia bastante. Fiquei mais atenta quando ouvi meu nome:

–E, para que esse plano seja executado, nomeei Hermione e Draco como meus generais, eles irão manter contato com Hogwarts, para sabermos os que os alunos estão planejando.

–Mas já nos basta Snape, Aleto e Amico, não Milord?

–Não, Crabbe. Eles são professores, não alunos. E os alunos de Hogwarts sempre têm a mania que adquiram com Potter, a de resistir... Principalmente os grifinórios. Por isso sei que nossos generais serão capazes de saber o que eles estão tramando.

Eu e Draco assentimos com a cabeça. O resto da reunião passou tranquilamente, meu braço agora não ardia mais. Fui dormir em meu quarto, estava precisando descansar, pois amanhã partiríamos para a escola.

Acordei com um breve raio de luz sobre meu rosto. Olhei para meu braço e lá estava ela, a Marca Negra. Olhando por esse ângulo percebi que ela era realmente muito bonita.

Fui tomar o café e depois, a tarde, voltei para arrumar as coisas que eu iria levar. Coloquei tudo dentro de uma pequena bolsinha, a qual eu havia conjurado um feitiço de extensão. Já a noite, Draco e eu pensamos em um plano e ficamos imaginando em quais pessoas poderíamos confiá-lo.

Mal pude dormir, e já era hora de aparatar em Hogsmeade. Tínhamos decidido que era melhor fazer isso pela madrugada. Despedimo-nos dos outros e fomos.

O povoado estava silencioso e as ruas desertas. Snape nos esperava no portão da entrada principal de Hogwarts para nos acompanhar.

–Bom os rever. – Disse secamente.

–Bom o rever também.

Fomos caminhando pelos terrenos de Hogwarts até chegar ao Salão Principal, de lá Snape nos deixou e nós seguimos para a Masmorra. Nosso pequeno apartamento já não existia mais.

Os Sonserinos já haviam sido avisados de nossa presença, e quando entramos na Sala Comunal esplendorosa (https://p.twimg.com/A0meeGuCYAAE9DD.jpg ) todos estavam a nos esperar com uma pequena “festinha”.

Depois de horas comemorando, bebendo Hidromel e uísque-de-fogo começamos a executar nosso plano.

–Então pessoal, como estão às coisas por aqui? Os Grifinórios estão muito revoltadinhos? – Falei casualmente para que ninguém percebesse segundas intenções.

–Ah, nem me fale! Bom, mas pelo menos está sendo divertido observar a cara deles durante as aulas de defesa contra as artes das trevas, enquanto temos que torturar os nascidos trouxas. – Disse uma garota do sexto ano.

–Ual, isso me parece ótimo. – Disse Draco sorridente.

–Mas isso é sério, pessoal. Acho que eles voltaram com a Armada de Dumbledore.

–Mas quem estaria no comando agora? – Perguntei curiosa.

–Neville Longbottom, Gina Weasley e parece que até a Luna Lovegood.

–Só imagino a porcaria que estão sendo essas aulas! – Draco debochou.

–Pensando bem, eu acho que nós deveríamos fazer algo parecido com isso. Sabe, você e a Hermione poderiam nos dar aulas também! – Disse Blásio empolgado.

Eu e Draco nos entreolhamos.

–Não sei se vamos poder ficar aqui tempo suficiente para isso pessoal.

–Mas então nos ensinem no tempo em que permanecerem aqui.

–Bom, parece ser uma boa ideia. Porém eu pensei que vocês estivessem gostados dos novos professores, que estivessem realmente aprendendo com eles.

–Nós gostamos deles, é que... Bem, eles não tem muita coisa na cabeça. Nós praticamente passamos as aulas deles torturando ou tentando conjurar o fogomaldito.

–Ah, compreendo. Então o que vocês querem aprender mesmo são algumas táticas de batalha?

–Exato.

–Parece ótimo, bom, estamos dispostos a ajudar.

–Mas onde nós vamos treinar? Aqui na sala comunal pode até ter espaço suficiente, mas nós vamos acabar quebrando tudo... – Disse Pansy Parkinson, a garota que costumava ser apaixonadinha pelo Draco. Sempre a odiei.

–Na Sala Precisa, é claro. – Falei automaticamente.

–Sala o que?

–Mas eles já devem estar usando a Sala, Hermione. – Disse Draco pensativo.

–É simples, vamos fazer com que eles fiquem sem lugar para treinar.

–Mas como?

Meu pensamento fluía e a cada vez eu ficava mais confiante. Estava adorando aquela ideia.

–Vamos fazer assim, eu e Draco vamos dormir lá, é melhor mesmo que ninguém mais saiba que estamos aqui na escola. Estou contando com o silêncio de vocês.

–Pode confiar em nós.

–Ótimo... Bom, como eu estava dizendo, eu e Draco vamos dormir lá, assim quando eles quiserem entrar na Sala ela já vai estar ocupada e eles ficarão sem um lugar para treinar!

–Hermione, sem querer atrapalhar seu raciocínio, mas... Como os outros Sonserinos entrarão na sala se nós estaremos lá?

–Ora, é óbvio não é Draco? Quando nós formos formular a Sala é só pedir que ela tenha uma conexão com a Sala Comunal da Sonserina.

–Brilhante! Tudo certo então.

–Ok ok, mas alguém poderia me dizer o que é essa tal de Sala Precisa?

–A Sala Precisa fica no sétimo andar, é como se fosse algo que ajudasse os alunos. Toda vez que alguém passar por lá precisando urgente de algo a Sala irá se transformar no que ela mais precisa.

–Genial! – Exclamou Blásio.

–Bom, vamos lá agora então. Vou lançar um feitiço da desilusão sobre nós, Draco. Só para garantir. Sigam-nos pelo barulho de nossos passos.

E saímos das Masmorras e fomos em direção ao sétimo andar. Nenhum integrante da AD estava lá, então aproveitamos e entramos. Foi Draco quem pensou no que ela deveria se transformar.

A Sala agora era um grande salão, com várias poltronas luxuosas á um canto, uma estante cheia de livros antigos á outro, e no centro um campo de batalha. Ao noroeste do aposento havia uma espécie de quarto redondo e espaçoso, presumi que seria o meu e o de Draco.

–E você e o Draco vão dormir ali? Juntos?? – Perguntou Parkinson insolente.

–É claro. – Respondi fria.

Ela fez uma cara de cachorro abandonado e foi para longe.

–Vamos começar então pessoal?

–Já não era hora!

–Vamos nos sentar ali primeiro – Indiquei as poltronas – Vamos começar com uma aula teórica.

Depois que todos estavam acomodados falei:

–Então, qual é a dúvida de vocês?

–Queria saber o que fazer quando estamos lutando com membros da Ordem da Fênix, eles iriam nos matar de primeira? Já que são os heróisinhos né...

–Geralmente não, os membros da Ordem são muito lerdos para tentarem te matar, acho que eles optariam por te estuporar. Mas, é melhor não os subestimar, alguns podem tentar usar o Avada Kedavra.

E assim mais dúvidas vinham surgindo, e eu e Draco as tirando. Estava sendo realmente legal respondê-las, passar nossos conhecimentos adiante.

Já era noite quando acabamos, e então achamos melhor mandarmos os alunos irem jantar no salão principal. Como eu e Draco não podíamos aparecer em público fomos a cozinha pedir para os elfos preparem nosso jantar. Eles aceitaram de bom grado e prometeram nos trazer comida sempre que chamarmos e precisarmos, além de guardarem o segredo e de poderem aparatar diretamente na Sala.

Tínhamos conseguido retardar os esforços da AD para se reunir durante dias, e absorvido uma grande quantidade de informações. Tudo estava indo bem até agora.



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Notas finais do capítulo

Bom, se tiver algum erro ortográfico perdoem-me, não tive tempo de revisar tudo... Mas então, o que acharam? Críticas positivas ou negativas? Espero reviews para postar o próximo.