Capítulo 2: Acorrentado a ela.

"Feliz de me deitar aqui

Simplesmente feliz por estar aqui

Estou feliz por te conhecer

Toque-me uma canção, a sua mais nova.

Por favor, deixe seu gosto na minha língua.

Peso de papel nas minhas costas

Cubra-me como uma manta"

(Paperweight - Joshua Radin)

(YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=lq6P_7_AB0Q)

Desviou os olhos daquela imensidão verde, o dia mal começara e já se tornava melancólico com as lembranças repentinas de Mônica. Ah! Tanto tempo se passou, sabia que ela não estava mais nesse mundo, mas não queria chegar a essa conclusão. 

Respirou fundo, e decidiu que teria que tomar algo mais forte que o whisky. Fora até a freezer onde mantinha seu impecável estoque de sangue, bebia esses que roubava do banco de sangue até que necessitava de algo mais...quente, então ia a caça. 

Enquanto sentia o liquido doce descendo pela a sua garganta se viu novamente sendo levado em memórias, seu peito doía muito menos quando se lembrava dela, então se deixou vagar, vagar para seu primeiro encontro com ela. 

Onde se sentiu acorrentado à loira de olhos esmeraldas.

Andava feliz, apreensivo e um pouco mais rápido que o normal. Não conseguia se controlar, queria chegar logo, mesmo que o medo passasse por sua espinha lhe dando pequenos calafrios. A propriedade dos Casillas logo foi ficando maior, e a cada passo aumentava uma batida em seu coração. 

Ele não sabia como ela fazia aquilo com ele, mas não queria dar um nome a aqueles estranhos sentimentos, apenas tinha uma vontade imensa de estar com ela agora.

Bateu na porta e aguardou, logo uma senhora com o rosto bondoso e sábio apareceu.

- O que desejas, senhor?

- Sou Damon Salvatore, a senhorita Casillas esta?

Ela sorriu e logo, com um leve movimento que indicava que logo sairia da porta, respondeu:

- Irei chamar a menina Mônica, só um momento.

Após um tempo, ele pode avista-la, trajava um belo vestido verde água, e apesar de estar mais uma vez estonteante, tinha a mesma casa fria e amarrada que estava no baile.

Ignorando esse fato, Damon sorriu para os brilhantes olhos verdes, e fez uma pequena mesura, logo estendendo mais o sorriso quando esta, acompanhada da senhora, parou a sua frente.

- Senhor Salvatore, o que desejas?

- Vim perguntar se a senhorita estaria muito ocupada para um passeio pela cidade?

- Na verdade, eu estou, iria...

- Desculpe interromper, senhorita, mais a menina não tinha nenhum compromisso ou tarefa para agora.

Ela desviou os olhos de Damon, que se segurou para não soltar uma gargalhada pela fala da mulher, pode perceber a loira dando um olhar feroz para a empregada, mas não fez nenhum protesto pela audácia, apenas voltou a olhar para ele.

- Já volto, com licença.

E saiu meio que pisando duro, e logo voltou com um chale sofisticado em um tom verde mais escuro e um guarda sol da mesma característica.Damon ofereceu o braço sendo rapidamente enlaçado ao dela.

Tentou não perceber a reações em seu corpo pela proximidade, e mesmo que esteja tão monossilaba e azeda como na festa estava muito contente por estar ali com ela. A encaminhou para o pequeno lago na cidade, achou que o passeio no barco com a linda paisagem seria uma boa escolha para tentar faze-la mais sociável.

- Esta um belo dia, não é mesmo?

- Sim, esta.

- E o que a senhorita gosta de fazer em dias como esse?

- Algumas coisas...

- Como?

- Pintura, gosto de pintar. Música também é adorável.

- E o que pintas?

- Qualquer coisa que eu veja ou pense na hora.

E na verdade, deu certo no final, mesmo que um pouco a contragosto sentia que Mônica estava sendo mais ela mesma no final do dia, lhe lançando até um pequeno sorriso ali e aqui. Ele se encantou ainda mais pelo sorriso, e mesmo que fosse apenas em sua imaginação, o chamou de o sorriso do Damon.

Realmente estava se apaixonando rápido de mais, isso o assustava, ela era misteriosa de uma forma incrível e era tão encantadora que pedir para faze-lo qualquer coisa apenas com um sorriso, respirou fundo ao chegar em casa, até tentou ler algum livro, mas nada tiraria aqueles olhos verdes de sua cabeça.