H - Ponto Zero escrita por Siadk
Notas iniciais do capítulo
O nome em [ ] é o personagem que está narrando o capitulo, cada cap é narrado por um personagem.
Todos os personagens dessa história pertencem à mim. Por Favor não usar sem minha permissão!
002 – Memória
[Daniel]
Pulei no sofá roxo, aproveitando que estava desocupado. Ed jogou uma lata de coca-cola pra mim enquanto eu estava no ar. Se eu fosse uma pessoa normal, a lata teria me acertado na cabeça antes de eu vê-la. Mas eu era muita coisa, menos normal. Ativei o retardamento temporal para pegá-la no ar. Assim que ativei, tudo ao meu redor ficou extremamente lento, quase como se o tempo estivesse parado. A lata de coca-cola voava em minha direção lentamente. Estiquei o braço e a peguei, virando de costas para o sofá, assim já cairia nele em uma posição confortável. Desativei o poder, caindo no sofá macio, com o refri já aberto.
– Sabe, você não precisa usar o “Efeito-Matrix” para tudo. – Disse Ed, usando o apelido que inventou para o meu poder. Abriu a lata de coca-cola e sentou na poltrona.
Eu olhei pra ele com um sorriso divertido no rosto.
– E qual seria a graça? – Eu disse e ele também sorriu com o comentário.
Suze entrou na sala assim que eu terminei de falar. Abriu o frigobar e pegou uma lata de suco, vindo em minha direção logo depois.
– Ed está certo, Dan. Não precisa usar seu poder o tempo todo. – Disse enquanto abria a lata de suco. – Agora senta direito que o sofá não é só seu.
Mas não tive tempo de me sentar. No segundo seguinte ela me levitou alguns metros do sofá, se sentou em uma das beiradas, e me desceu lentamente de volta para o sofá, ainda deitado, com a cabeça apoiada em seu colo.
– A suja falando do mal-lavado. – Eu disse, sorrindo pra ela, enquanto ela passava a mão carinhosamente em meu cabelo.
Ed revirou os olhos de maneira exagerada, para que nós dois reparássemos que ele ainda estava ali. Terminou de beber o refrigerante num ultimo gole e amassou a latinha usando apenas dois dedos. Jogando-a em mim logo depois.
– Acho que vou deixar os dois pombinhos se divertindo. – Falou, enquanto se levantava da poltrona. – Vou jogar Guitar Hero. ‘Té mais.
– To vendo que vou ter que comprar outro controle. – Falei brincando e joguei a latinha de volta pra ele. Bom, na verdade não era uma brincadeira. Eu provavelmente teria que comprar um novo controle... de novo. A maioria das coisas (e quando eu digo maioria quero dizer quase tudo no mundo) tende a ficar extremamente frágil nas mãos de Ed.
A porta da sala escancarou e todos nós olhamos para a direção dela. Alice entrou empolgada na sala, tinha um sorriso perfeito estampado em seu rosto. Eu pude jura ter visto o sorriso falhar brevemente quando ela me viu deitado no colo de Suze. Intui que fosse apenas imaginação. Mas seu animo continuava radiante. Ela olhou para todos na sala.
– Nosso primeiro trabalho gente!
Isso tudo aconteceu dois meses antes do funeral de Ed.
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