Secrets Of Soul escrita por Milady Black


Capítulo 9
Capítulo 9 Ala Hospitalar


Notas iniciais do capítulo

Oi! Gostaria de dedicar este capítulo a Ari_Cullen que recomendou. É ISSO MESMO, EU RECEBIA UMA RECOMENDAÇÃO! :D
Alguem mais uer recomendar? Sério, sou uma muito diplomatica, não me importo NADA de receber recomendações e comentários...



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ALA HOSPITALAR

Já fazia um bom tempo desde que eu e James havíamos sido deixados na ala hospitalar. Hagrid após se certificar de que seriamos atendidos pela Madame Pomfrey saiu para a sua última aula do dia, prometendo nos trazer biscoitos de chocolate após a aula. Ao ouvir isso James, logo após se certificar de que o professor não estava mais ao alcance de sua voz torceu fervorosamente para que esta fosse uma promessa esquecida.

Logo a enfermeira, que já era de uma certa idade nos mandou ficarmos sentados em nossas macas evitando movimentos bruscos enquanto ela pegava as poções necessárias para tratar de nossos ferimentos. Como se eu fosse realmente sair me mexendo pela enfermaria.

Após o meu magnífico vôo o que eu mais queria era ficar parada e de preferência respirando o mínimo possível, já que até mesmo isso parecia doer. Estava redescobrindo pela dor partes do meu corpo que eu já nem lembrava mais que existiam. A sensação era como se um dos meus pulmões tivesse ido parar nos meus pés e um dos meus ossos fêmur estivesse dando uma volta perto dos meus olhos. Nada agradável, posso te garantir,mesmo assim todo mundo parecia achar que eu sairia dançando a conga se tirassem por um momento sequer os olhos de mim.

James não parecia estar em melhor situação. A enfermeira disse que ele poderia ter tido uma concussão devido ao tombo e que não era para ele de forma alguma dormir enquanto ela não voltasse com uma poção que resolveria seus problemas. Agora eu me pergunto: Será que existe uma poção para resolver os MEUS problemas? Porque sério, estou precisando de uma dessas.

E sim a minha aula de vôo tinha completamente acabado com o meu humor. Além do que aquele último olhar que Lily me lançou ficava batucando em minha cabeça. Isso mesmo, batucando, porque toda vez que eu tentava imaginar o porquê de ela olhar para mim com aquela cara minha cabeça parecia ser atingida pela bolsa do Michael.

– Ei Sara, você esta acordada?- perguntou James que parecia estar com dificuldades para se manter acordado já que ficava piscando os olhos e bocejando de uma maneira que me permitia uma excelente visualização de seus 32 dentes. Pela aparência destes, me permitia deduzir que seus pais tinham investidos em um bom dentista, ou o que equivalesse a isso no mundo bruxo. Eu resmunguei e ele deve ter tomado isso como um:

“Sim James, estou morrendo de vontade de conversar com você, na verdade, apesar de estar toda doida e até mesmo com dificuldades respiratórias isto é o que eu mais quero no momento. Então porque você não chega mais para batermos um papinho?”

– Então, você realmente não é boa voando não é mesmo?- pediu ele dando um sorrisinho de lado e em seguida levando as mãos a cabeça, movimento este acompanhado de uma careta.

– O que o levou a tal brilhante conclusão, senhor óbvio?- Perguntei emburrada sentindo minhas costas doerem. Era como se cada vez que minhas costelas se expandissem para o movimento de inspiração meus pulmões fossem queimados vivos pelo ar tão necessário mas no momento muito doloroso.

– Bom, já que você me usou como meio para amparar a sua queda poderia ao menos ser um pouquinho mais simpática!- Resmungou ele, virando de costas para mim e passando a fitar a parede do ouro lado do quarto.

Suspirei, o que foi uma péssima idéia e em seguida me voltei para ele que agora olhava para o outro lado da sala.

– Foi mal James, não era a minha intenção te usar como pista de aterrissagem.

Ele continuou me ignorando.

–Jaaames...

Nada. Essa parede devia ter algo de realmente interessante.

– Ei Potter...

Cri cri.

– Você vai ficar me ignorando, porque isso é uma atitude muito infantil!- disse e ele imediatamente se virou para olhar para mim.

– Você é bem chatinha às vezes Hale.

Mostrei a minha língua para ele fazendo com que o moreno risse e levasse a mão a cabeça, mas desta vez não por dor, mas para bagunçar os cabelos.

– Depois eu sou o infantil- Disse ele rindo mais ainda da cara que eu fiz.

– Você acha que ela vai demorar muito?- perguntei acenando com a cabeça para o local aonde a Madame Pomfrey havia sumido já a algum tempo.

– Com a rapidez dela... talvez consigamos sair para o café da manhã!- Respondeu se reclinando na maca de maneira a ficar mais confortável.

Me virei de lado para poder olhá-lo melhor ao mesmo tempo que abraçava protetoramente meu pulso machucado que agora começava a inchar e a passar uma sensação de formigamento.

– Já seria um avanço, acho que nessas duas semanas que passei em Hogwarts se consegui chegar a tempo para três cafés da manhã é muito.- Reclamei fazendo círculos em meu pulso para ver se voltava a senti-lo já que depois de formigar ele pareceu ficar estranhamente dormente.

Ele riu como se estivesse lembrado de algo.

– Você por algum acaso não seria a aluna que tem freqüentado a cozinha e demonstrado uma grande apreciação pelas tortas de chocolates dos elfos de Hogwarts, seria?- Questionou ele virando o rosto para me encarar e seus olhos azuis adquiriram um estranho brilho elétrico enquanto ele parecia reparar nos detalhes minúsculos da expressão que adquiri com a sua pergunta.

– O quê, Eu? Por que eu faria algo assim se sei que não são permitidos alunos que não tem cargos importantes freqüentar a cozinha?- Perguntei encarando-o nos olhos para evitar que ele percebesse a mentira. Ele não pareceu se impressionar e após alguns segundos começou a rir.

– Até que você mente bem, mesmo sendo descaradamente.- Afirmou ele e indignada joguei um travesseiro que ele apanhou facilmente, visto que era um dos artilheiros da Grifinória.

– Não sei do que você esta falando!

Ele só riu mais antes de afirmar:

– Você repuxa levemente o canto direito da sua boca quando mente Sara. Ao menos quando mente descaradamente.

– Não repuxo nada James. Você bate a cabeça e depois fica ai falando besteiras e sou eu que tenho que te aturar.

– Considerando que foi você quem me atropelou, ou melhor me esmagou com aquela vassoura acho que não estou muito apto a ficar com pena de você.- Argumentou ele franzindo o cenho para mim. Sempre o mesmo e já velho assunto. Porque as pessoas demonstram tanta dificuldade em esquecer alguns eventos? Quer dizer passado é passado! Certo?

–Ah, sobre isso, foi mal mesmo. Mas eu não sei qual é a daquela professora, afinal qualquer um pode ver que o resultado da equação Sara mais voo de vassoura é igual catástrofe na certa.

– Mas voar de vassoura é tão fácil...- Afirmou ele indignado.

– Não acho que seja uma boa começar uma discussão sobre isso com o artilheiro do quarterbol.

– Quadribol- Corrigiu ele imediatamente.

– É isso aí, foi o que eu disse, que mania de me corrigir! – James revirou os olhos e sorriu com meu orgulho. - Mas me diz, assim só supondo que eu seja a pessoa que vai a cozinha em busca de chocolates, como você ficou sabendo disso?

– Candance me falou.

– Candance... a sua namorada?

Ele pareceu realmente horrorizado com a pergunta.

– Não! Eu não tenho namorada, eu e ela, bem , assim nós mais ou menos.- Ele olhava para mim e tentava encontrar as palavras certas e parecia se atrapalhar cada vez mais. Para acompanhar a frase ele fez uns giros esquisitos com a mão. Ele estava tentando me ajudar a entender seu relacionamento com a garota ou queria me confundir mais ainda?!

– Sei...- disse não sabendo realmente de nada. Afinal pela sua resposta pude perceber que ele claramente não a considerava sua namorada. Entretanto seus gestos extremamente “esclarecedores” permitiram que a minha imaginação captasse a idéia de que eles tinham algo. Provavelmente um rolo. Viu como eu sou boa com gestos de mão. Poderia até ser mímica!

– Então é isso ai. Mas ela é monitora da Corvinal e um dos elfos da cozinha comentou com ela que tem recebido uma garota que adora as tortas de chocolates. E como ela é meio neurótica com esse negócio de norma estava tentando descobrir quem anda burlando as regras.

– Candance é uma loira que anda sempre com o nariz arrebitado?

–... é pode-se dizer que sim.- Respondeu ele olhando para mim como se achasse algo muito engraçado.

– Hm, não se preocupe, ela não vai me pegar!- Falei com confiança, para em seguida colocar a mão na boca horrorizada com que acabara de falar.

– Então isto é uma confissão? –Questionou o Potter em meio a um sorriso.

– Não, de modo algum.

Nos fitamos por alguns momentos antes dele quebrar o silêncio.

– Ontem, quando estávamos no corredor da cozinha ela afirmou ter visto alguém e queria investigar mais para o fundo do corredor mas eu a distrai.

– Percebi a sua forma de distração. Falando nisto talvez você devesse pensar em devolver um dos pulmões da menina, ela pode estar sentindo falta...- Por algum motivo a frase saiu de modo seco e ele me olhou meio surpreso.

– Achei que poderia ser você quem estava na cozinha e ao meu ver você me deve um favor por tê-la distraído!- Afirmou ele adquirindo uma postura arrogante e se sentando na maca enquanto cruzava os braços.

– Ah, sim, porque James Potter precisa realmente de uma desculpa para se agarrar de maneira inadequada com uma garota bem no meio do corredor.

– Você é muito intrometida e não tem nada a ver com isso!

– E você é um galinha então não venha me dizer que a beijou por minha causa porque pelo pouco que notei nessas semanas em Hogwarts você tem pelo menos umas três garotas por dia!

– Enxerida!

– Metido!

– Chata!

– Mala sem alça!

– Comilona ingrata!

Quando ia abrir a boca para lhe falar quem era a comilona ingrata a enfermeira finalmente voltou mandando que nos acalmássemos. Ela cuidou de nossos ferimentos com uma velocidade que faria com que uma lesma grudada no chão com super-bonder sentisse inveja.

James tomou a sua poção fazendo caretas a cada gole, e enquanto esperava fazer efeito a enfermeira enfaixava ao meu braço no modo trouxa afirmando que gostaria de poder fazer mais por mim mas que devido as atuais circunstâncias...

Após algum tempo fomos liberado e seguimos os dois pelos corredores silenciosos, já que todos os alunos deveriam estar em suas respectivas aulas.

Quando estávamos quase na Torre da Grifinória ele pestanejou um pouco antes de perguntar algo, o que eu notara que estava tentando fazer desde que deixamos a ala hospitalar. Ele já havia aberto e fechado a boca por mais vezes do que eu pude contar, então ou ele queria dizer algo, ou estava em uma nova dieta onde só se pode comer zonzóbulos.

– Como você sempre consegue escapar da Constance mesmo ela tendo quase te surpreendido diversas vezes? – Perguntou finalmente.

Suspirei, achava que a pergunta seria algo completamente diferente. Me senti imensamente aliviada com o tema de sua pergunta.

– O quadro do homem com a garrafa de vinho.- Respondi simplesmente, e ele me olhou parecendo realmente surpreso.- É uma passagem secreta.- Afirmei enquanto parávamos os dois ao mesmo tempo. Ele me estudou por alguns minutos antes de tornar a perguntar:

– Como você sabe?

– Horas, este é um castelo mágico onde os corredores são mais do que corredores se você souber o que buscar.

– Quem mais sabe da passagem?- Questionou ele parecendo ansioso.

– Por enquanto só eu.

– Você não deve falar disso com ninguém e...

–James eu não sou idiota e só te falei porque tenho por mim que você já sabia da passagem.

Ele ficou resmungando coisas inaudíveis pelo resto do caminho até que lhe falei que ou ele parava de resmungar como um velho coroca que perdeu a dentadura ou eu dava um jeito de atropelá-lo com uma vassoura novamente. Ele me olhou assustado e percorreu o resto do caminho em absoluto silêncio.

Esta é boa. Se tem algo que eu aprendi esta tarde foi que o quanto mais longe eu puder me manter de uma vassoura melhor. Não que eu nunca mais fosse tentar. Só precisaria de tempo para me recuperar. Tipo uns cem anos bastaria. Com o auxílio de uma vasta gama de chocolates durante o processo é claro.

Quando chegamos em frente ao quadro da Mulher Gorda ele disse a senha e entrou logo se jogando em um dos sofás da sala comunal.

– Esse foi um longo dia!- Comentou afofando uma das almofadas as suas costas.

– É, será que falta muito para terminar as aulas? – perguntei pensando em que a Lily e o Hugo estariam fazendo agora. Eu sei que eles estavam na aula, apenas parecia errado eu estar aqui e eles lá. Se tivéssemos saído antes da ala hospitalar eu poderia ter pego um bom pedaço da aula de poções, a qual eu estava realmente ansiosa para assistir já que quem quer que fosse o professor só havia chego esta semana.

Mas é lógico que como eu queria muito alguma coisa aquela enfermeira tinha de agir como se tentasse alcançar a incrível velocidade da luz. Velocidade da luz, em módulo negativo, obviamente.

Ele negou com a cabeça me trazendo ao presente.

– Faltam oito minutos.- Afirmou ele se esticando-se no sofá e bocejando.

– Como você sabe se não esta de relógio?

– Instinto.

– Bom vou indo para o dormitório.- Declarei me virando e indo em direção as escadas. Para acabar com aquelas dores horríveis talvez um banho com espuma e água quente ajudassem.

Quando estava quase nas escadas já até visualizando o patinho de borracha do banheiro, ao qual tinha nomeado Quack Armando, ele me chamou.

– Sara?

– O que foi James?- Respondi com uma vontade enorme de ir logo ao banheiro antes que a dona metida do dormitório se apossasse do chuveiro.

– Por que a enfermeira disse que não poderia curá-la da maneira bruxa?- Perguntou acenando para o meu pulso enfaixado.

Ele me fitava esperando a resposta e o ar da sala pareceu subitamente insuficiente para mim. Eu achava que ele não teria notado. Pensei rapidamente em uma maneira de fugir do assunto.

– Eu te falo se você me disser o que era aquele pergaminho que você e os meninos estavam vendo quando eu o atropelei.

Foi a vez dele ficar surpreso.

Ele se levantou e se aproximou de mim de modo que ao levantar os olhos para encará-lo pude notar pequenas manchas pretas em seus olhos azuis.

– Não achei que você fosse o tipo de menina misteriosa.

– Não sou.

Pudemos ouvir passos de alunos se aproximando pelo corredor do lado de fora. A aula havia acabado.

– Mas todos guardam seus segredos!- Disse e subi as escadas sem esperar a sua resposta.


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Notas finais do capítulo

NB/ Adoro esse capítulo, é o meu favorito até agora, Sara é uma garota ainda mais estranha do que pensávamos! Sério estou muito curiosa sobre esse segredo dela e acho que vocês também, então seguindo o exemplo da minha gêmea, momento propaganda!
SE VOCÊ GOSTOU COMENTE!
SE VOCÊ QUER SABER MAIS SOBRE O SEGREDO DE SARA COMENTE TAMBÉM!
SE VOCÊ QUER VER A SARA TENDO UMA CONVERSA DE NOVELA MEXICANA COM QUACK ARMANDO COMENTE! EU DEFINITIVAMENTE QUERO ISSO...
Bom acho que é isso, espero mesmo que estejam amando a história tanto quanto eu.
Beijos
Tia Lore
NA/ É isso ai. Espero que tenham gostado do capítulo. Tem alguém curioso ai?
SIM GÊMEA, SUPER APROVADO O MOMENTO PROPAGANDA!
COMEEEEENTEM.
Ah e só para divulgar, estou com uma nova fic KINGDOMS então quem puder da uma passadinha lá!
Bjs da sua autora mais louca (eu)
Milady Black



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