Secrets Of Soul escrita por Milady Black


Capítulo 4
Capítulo 4 Hogwarts vem nos ensinar


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas (milady aqui tendo uma overdose de chocolate e quase quicando no mesmo lugar, então não liga para a animação)
Gostei muito de escrever este cap, espero que curtam
...to parecendo aqueles surfistas doidões... ta curtindo brother, e ai moro?
kkkk ta vo parar



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...deixando-o cair logo em seguida.

Bem em cima do meu pé.

Minha visão ta embaçada pelas lágrimas de dor. Eu sei muito bem o que é isso. Não, não é mais uma vez a manifestação de que sou a possuidora de um azar agudo. Ma sim ele, aquele ser maligno e rancoroso, o ser de não duas mas seis faces demonstrando sua vingança, o terrível e abominável malão.

– AIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!UIIIIIIIIIIIIII!!!- tento puxar o meu pé de debaixo do malão e com mais um arrancão consegui. Para logo em seguida chutar o ser possuidor de meu desafeto com o meu pé bom, afinal o outro ainda ta doendo...

– Ooooutch! Ah Ah Ah Ah- berrei.

Todo mundo ta me olhando e rindo principalmente aquele moreno que antes fez questão de anunciar a minha quase esquecida presença. Se meus pés estivessem bons eu chutava ele.

– Precisa de ajuda com o malão? –perguntou o tal do Nate. Só consegui acenar com a cabeça para cima e para baixo...como aqueles cachorrinhos de plástico que ficam na frente do carro e não param de mexer a cabeça, como se alguém chacoalhasse um pedaço suculento de bife na frente deles...

O trem apitou novamente me trazendo da saralândia para o mundo real. Beleza agora ta todo mundo se despedindo a torto e a direto.

A provável Hermione me deu um abraço quebra costelas... acho que no meio da confusão ela nem sabia mais quem abraçava. O meu malão foi finalmente colocado no trem. A outra, provável Gina, me desejou sorte.

E fomos empurrados para o trem pelos prováveis Rony e Harry.

Quando coloquei meus pés no trem pensei que toda a confusão tinha acabado.

Mera ilusão.

Fui engolida por uma multidão.

Pisaram umas três vezes no meu pé.

Empurraram-me umas seis vezes.

E bateram com força no meu cotovelo.

AGORA CHEGA!

VOU-TE-FALAR

O COTOVELO FOI D-E-M-A-I-S

MAIOR GOLPE BAIXO!!!

Vou sair chutando! HaHa meus pés estão bons novamente. Tive de chutar a canela de três para sair, nem contei quantas cotoveladas dei com o meu cotovelo bom, tava quase que apelando para começar a distribuir cabeçadas quando...

EEEIII aquilo é uma porta! Vou entrar aí antes que algumas pessoas queiram se vingar da minha avançada técnica de defesa pessoal.

Abri a porta e me joguei dentro do compartimento e bati a porta em seguida.

Suspirando aliviada me virei, para me deparar com a Lílian me encarando com um sorriso enorme e o garoto da macarena sentado ao seu lado.

Cara é normal alguém ser tão feliz??? Porque tudo bem, eu sou feliz mas ela é “MOINTO” feliz. Pelo menos esses sorrisos são felizes-de-mais-da-conta.

– Oi- disse ela. Feliz.

– Posso me sentar? – pedi. Mas acabei por sentar sem nem deixar eles responderem. Massageando o meu cotovelo. Ta doendo. Pra caramba.

– Você ta bem? – perguntou o menino. Milagre! Achei que o macarena não tinha voz.

– Mais ou menos, acabei de ser esmagada pelo que me pareceu pessoas com pulgas praticando sapateado. Povo mais violento! Mas e você quem é?

– Hugo Weasley.

Quando fui cumprimentá-lo adivinhem só o que me acontece. Pois é, bati meu cotovelo. O machucado.

– Ah ah ah! Ah uh! Ah uh!- Tô em pé dando voltinhas e pulando quase que no mesmo lugar. Algo que me ajuda a aliviar dor no cotovelo é me manter em movimento. Descobri isso em experiências anteriores. Ajuda a aliviar mas não quer dizer que para de doer.

A porta foi aberta novamente. Era o Dr. Posso e vou rir de você.

– Hã hã hã hinnn...- lamentei com o meu cotovelo latejante.

– O que você fez agora? – Perguntou ele. Não ele não estava rindo. É eu sei. Esse povo é ESTRANHO demais.

– Cotovelo- me sentei novamente. Segurando os cotovelos. Protegendo-os de mim mesma. – E quem é você?

– Michael Edward Ottgomery Muller.

– Otto o que? – Não entendi direito.

– Ottgoremy – Neste momento os dois garotos que estavam com ele antes passaram e ele foi atrás deles.

A porta se fechou. Para se abrir em seguida. É a outra garota da plataforma. E ela parece irritada.

– Com licença- disse ela se sentando ao meu lado, abrindo um livro e folheando-o com raiva. Coitado do livro. Daqui a pouco ele estará tão dolorido quanto o meu cotovelo.

Sacudi a cabeça, afinal livros não podem sentir dor já que são seres inanimados e portanto...

A porta foi aberta novamente. É o garoto de olhos verdes.

– Hã oi gente- disse se sentando do outro lado da torturadora de livros- Oi Sara, eu sou Alvo, irmão da Lily.

– Hun oi.

Lílian abriu o malão dela e tirou de dentro a revista Capricho. Completamente trouxa.

– É a nova edição??? – perguntei NADA interessada.

– É sim, comprei ontem!!!

– Ah não Lily você não vai ficar lendo isso do meu lado NÉ?!?!- reclamou Hugo.

– Troco de lugar com você- me ofereço, já que não estou nem um pouco interessada na revista. Sou uma pessoa completamente altruísta.

Ele aceitou prontamente. Quando me sentei ao lado de Lílian a outra garota apareceu por detrás do livro.

– Ei esse não é o ator de Crepúsculo? – perguntou ela abandonando o livro e se sentando do outro lado da Lílian- a propósito sou Rose- disse sorrindo para mim enquanto Lílian abria a revista.

– Por onde começamos? – perguntou ela.

– Horóscopo- é eu sei. Não acredito quase nada neles, mas leio sempre que tenho oportunidade. É algo que esta fora do meu controle.

– O horóscopo trouxa não é nada preciso- afirma Rose. Mas também esta olhando sobre o ombro da Lílian.

– Sim, mas é divertido- me defendi.

– Concordo- defendeu a ruiva- Qual é o seu signo?

– Áries.

– Hrun, Hrun, então vamos lá, vou ler em voz alta...

– Nãããããããoooooo!!!!- imploraram os garotos.

– Ignore- disse.

– Continue- incentiva Rose. É pra quem não gosta de horóscopo trouxa ela ta bem animadinha.

Áries

O Tempo é de mudanças. Enfrentará novos desafios e descobertas. Mas não se preocupe ariana, seja você mesma que tudo dará certo.

Dica: diga aquilo que pensa. Doa a quem doer. A verdade sempre é o melhor caminho.

– Essa dica é tããão profunda que quase abre um buraco na revista- disse sorrindo. Na previsão não tinha nada de ruim, então eu teria um bom mês. Não que eu realmente acredite nisso é claro.

Todos concordaram com a cabeça. Até os meninos. Peraí! Eles também estavam prestando atenção???

– Vai pra reportagem de Crepúsculo- disse Rose tentando se apossar da revista.

– Estou com fome- minha barriga roncou alto- não tem nenhum lugar com comida?

– Tem, passam vendendo em um carrinho pelo corredor mas pra chegar aqui ainda vai demorar- disse Alvo se levantando- vou junto com você procurar pelo carrinho, também to com fome.

Saímos pelo corredor em busca do tal carrinho. Já estávamos no meio do trem quando o encontramos. Ele estava cheio de comida. Ou melhor, cheio de doces.

– Eu quero dois caldeirões e um feijãozinho de todos os sabores- disse Alvo já entregando o dinheiro para a mulher do carrinho.

– E eu quero um desses bolos estranhos ai e alguma coisa que tenha chocolate.

– De chocolate só terei os sapos de chocolate mesmo. Pode ser querida? –perguntou a mulher do carrinho abrindo uma caixa enquanto eu confirmava com a cabeça e estendia as mãos.

Dentro da caixa havia só dois sapos de chocolate.

– Eu quero dois sapos de chocolate- alguém disse da frente do carrinho. Quando eu olhei tinha um garoto de mais ou menos a mesma idade do Alvo, um pouco mais alto que este pele hiper branca, cabelos loiros e olhos incrivelmente cinzas. Ele estava colocando o seu dinheiro em cima do meu.

Ele olhava para a caixa de chocolates.

E eu também.

Ele era lindo.

E queria dois chocolates.

Só havia mais dois chocolates.

E eles eram meus.

Fui para o lado do carrinho e enfiei a mão dentro da caixa de chocolates.

Ele foi para o lado do carrinho também. Olhou para a caixa vazia. Olhou para as minhas mãos que seguravam os chocolates. Olhou para mim e deu um sorriso de canto de boca.

– Você se importa? –pediu ele tentando tirar os chocolates de mim.

Fechei as mãos recuando.

– Sim! São meus! Cheguei primeiro!

– Eu posso buscar outra caixa queridos- disse a mulher do carrinho que estava olhando de mim para ele e vice e versa.

– Mas eu não quero esperar- afirmou ele arrogante.

– Muito menos eu!

Ele veio tentar tirar os chocolates de mim

– Ei deixe disso Malfoy!- disse Alvo tentando ajudar.

– Fique quieto Potter! Vamos me de os chocolates que eu lhe compro outro doce- ele tenta negociar comigo. Hunf que tipo de otária ele pensa que eu sou! Não se troca chocolate por outro doce!

Quando ele deu um passo em minha direção pisei no pé dele tentando afastá-lo. Ele me olhou espantado.

– SCORPIUS!!! SCORPIUS! CARA VOCÊ PRECISA VER ISTO!!!

Quando ele virou para traz eu não perdi tempo, agarrei o braço do Alvo e sai correndo. Parando apenas quando trombei com alguém.

– Ei ei aonde vocês vão com tanta pressa?- perguntou um dos garotos da estação.

– James você lembra em qual cabine estávamos? – perguntou Alvo.

– Era mais ali pra trás.

– Valeu disse voltando a correr e arrastando o Alvo comigo.

Abri a porta da cabine e pulei dentro desta fechando-a em seguida.

“ Sã e salva!” pensei me escorando na porta.

– Você não esqueceu nada não? –perguntou Rosa rindo.

– Hã, bolo, chocolates...

Pensa Sara, pensa, pensa, pensa. Seria mais fácil se eles parassem de rir. De repente eu vi a luz ... calma, era só eu descobrindo o que tinha esquecido e não AQUELA luz..

– Alvo!-disse abrindo novamente a porta. Ele não parecia muito feliz.

– O que você esta fazendo ai? – disse inocentemente puxando-o para dentro a cabine.

– Você me trancou do lado de fora!!!

– Eu ???!!!– será que me fingir de inocente ajuda?? Acho que não já que os outros estão rindo.

– Ah me desculpa vai! É que eu na pressa de fugir... vamos não faz essa cara... eu te dou um chocolate... ih a careta piorou... que foi? Chocolates resolvem os meus problemas! Ta eu vou te explicar, eu tive que te largar par abrir a porta e...

– Tudo bem, só não faça isto de novo.

– Valeu- disse me sentando e abrindo um dos tais sapos de chocolates- O chocolate da vitória!

– Como assim?- perguntou Lílian, mas teve de esperar pela resposta já que tanto eu quanto o Alvo estávamos desfrutando da tão merecida refeição.

– Scorpius Malfoy tentou pegar os chocolates dela- disse Alvo dando um sorriso maldoso. Batem na porta.

– Hum quem vai levantar para abrir a porta? – Hugo disse estirado no banco ocupando metade deste. Olhei para a Lílian e fizemos uma cara de “somos más!”.

– Você!- dissemos ao mesmo tempo.

– Por que eu!?!?

– Oras porque foi você quem perguntou por primeiro e é quem esta mais perto da porta!

Ele levantou emburrado e como era a mulher do carinho que finalmente estava passando comprou meio carrinho de comida. Rosa se apossou de dois caldeirões, Alvo de um feijãozinho de todos os sabores e Lílian de um pastel.

Fiquei olhando cobiçosamente para um de seus chocolates.

– Você quer um chocolate? – perguntou Hugo ao notar o objeto de minha atenção.

Acenei que sim. Afinal chocolate nunca é de mais.

– Acho tão estranho um sapo de chocolate, tipo normalmente eles são quadradinhos ou então no natal aqueles super doces com formato de papai-noel e na páscoa de coelhinhos, de corações ou de ovos.

– Você é trouxa?- perguntou Hugo.

– Não é trouxa Hugo!- corrigiu Rosa- Ele quer saber se você VEIO de uma família de trouxas.

– Trouxa tipo não bruxa? É vim sim.

– Minha mãe também veio de uma família de trouxas. Meu pai não, mas os Weasleys são tradicionalmente traidores de sangue- Hugo.

– E meu pai foi criado por trouxas- Alvo.

– Harry Potter?

– Éh, não esperava que você soubesse dele- Alvo.

– Gosto de ler. Vocês sabiam que os pais de vocês são realmente famosos??

Todos caíram na gargalhada. Tipo riram mesmo. De Chorar.

– Sim deu para ter uma idéia disso- Lílian- É praticamente impossível sairmos a algum lugar sem termos alguns fotógrafos atrás de nós.

– Normalmente saem até algumas reportagens maldosas- Rosa fez uma careta ao dizer isso.

– Semana passada quando saímos para comprar o material uma moça tentou agarrar o tio Harry em plena rua com a tia Gina do lado dele. Acho que o rosto da tal mulher nunca mais será o mesmo.

Alvo começou a rir novamente.

– E teve uma vez que um gay assediou o tio Ron dizendo que adoraria ver ele vestindo uma calça de couro no seu quanto dançando can-can.

– Como foi mesmo a musiquinha que ele cantou???- Lílian.

– Acho que era algo como “Shake it! shake it! Shake that health butt”-cantou Hugo.

– Nunca vi meu pai tão vermelho!- Rosa.

– Acho melhor nos arrumarmos- disse Alvo olhando pela janela.

Então nós garotas nos trocamos primeiro, enquanto eles esperavam do lado de fora, primeiro porque eles eram garotos e segundo porque já tava difícil eu me trocar em um local tão apertado sem acertar a cabeça de alguém, com mais duas pessoas isso ia dar em morte trágica, daquelas que saem em jornal, já tava até vendo “Garota mata colegas ao se trocar no trem. Para saber mais olhe na página 3.”

E então foi a maior confusão para descer do trem, era um empurra empurra que parecia até loja com liquidação de chocolates suíços.





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Notas finais do capítulo

Commeeeeennnnnnnteeeeeeem



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