Herdeiros Dos Elementais - A Guerra escrita por JessyFerr


Capítulo 38
Capítulo 38 Um Novo Aliado


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews, li e respondi cada um com muito carinho, valeu mesmo. Só queria dar um aviso sobre a fic, eu estou deixando algumas partes iguais as do livro, por que não tinha motivo para eu alterar, quem leu o livro sabe. Bom, espero que gostem desse capítulo aqui.
Bjos



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Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Trinta e Oito –

Um Novo Aliado

Fazia alguns minutos que Harry e Draco haviam visto as lembranças de Snape, e Harry ainda não falara nada, devia ser muito doloroso saber dessa forma, a história verdadeira, o que Harry realmente era.

“Por que tinha que ser ele?” – pensou Draco sem emoção – “Harry já sofreu tanto e agora isso, é tão injusto”. Era certo que Draco de certa forma tinha inveja de Harry quando o conheceu, ser famoso, seu nome ser citado na maioria dos livros de histórias. Mas Harry nunca teve os pais por perto, nunca teve uma família, sempre fora maltratado pelos tios e desde o primeiro ano em Hogwarts perseguido por Voldemort, e agora descobre que fora protegido por Dumbledore todo esse tempo, para morrer na hora certa, isso é motivo para se ter inveja?

- Você sabia não é? – perguntou Harry de repente.

- Desconfiei. – respondeu Draco rouco.

- No fim das contas. – disse Harry com um sorriso mínimo – Não serei eu que terei de cuidar da sua família. Fará isso por mim?

Draco apenas assentiu positivamente, Harry respirou fundo e pegou a sua capa da invisibilidade. Draco pensou em ir junto, para lhe dar apoio, mas ele conhecia Harry o suficiente para saber que ele não queria isso.

- Eu preciso ir antes que mais gente morra. – disse Harry calmo – Deem um jeito de matar a cobra, e depois ficará mais fácil matar a Voldemort, pois, ele ficará fraco. A profecia estava certa, no final são os três herdeiros que ajudam o herdeiro de Gryffindor a derrotar Voldemort. Diga a Gina que eu a amo.

Em seguida Harry colocou a capa e desapareceu, mas, Draco sabia que ele já havia saído do escritório.

__________

Voldemort, Agatha e alguns bruxos agora se encontravam um pouco depois da entrada da floresta proibida, eles haviam pego Hagrid que se debatia amarrado com algumas cordas. Agatha não se atrevia a olhar para ele, doía muito pensar que Hagrid também a achava uma traidora, mas, agora a preocupação era outra, Harry, ele não podia se entregar, mas, Agatha conhecia Harry o suficiente pra saber que ele faria algo assim se fosse para salvar mais vidas.

- Vai me dizer agora onde ele está? – perguntou Agatha novamente.

- Já que insiste tanto minha senhora. – disse Voldemort indiferente – Eu o deixei morrendo na casa dos gritos.

- O que? Como assim? Por quê? – a indignação no rosto de Agatha era visível.

- Ele nos traiu minha senhora. – disse Voldemort – Foi só por isso.

Agatha na mesma hora se afastou de Voldemort e foi se encostar em uma árvore. “Maldito! Ele nem ao menos sente remorso”. Sem que ninguém percebesse Agatha lançou um feitiço mudo e o seu patrono de águia sumiu por entre as árvores.

- Ele não virá milorde. – disse Bella se aproximando dele.

Voldemort apenas fez um sinal com a mão a ignorando e foi em direção a Agatha que estava encostada em uma árvore.

- O que acha minha senhora? – perguntou ele, faltavam cinco minutos para a meia-noite – Harry Potter virá?

- Tenho certeza que se for para salvar seus amigos ele virá sim. – disse Agatha respirando fundo – Mas se bem o conheço, ele já devia estar aqui.

Os bruxos que estavam perto assentiram duvidosos, Voldemort recomeçou a falar para todos.

- Então nós teremos...

Ele foi interrompido, por sons de galhos se quebrando por culpa de passos que vinham em direção a eles, quando a pessoa que aparecera entrou no foco de visão de todos, o sorriso de Voldemort se alargou.

- Estou aqui. – disse Harry encarando Voldemort.

Olhos verdes e azuis se fitaram.

- Harry Potter – disse ele, suavemente. A sua voz poderia ter sido parte do fogo que cuspia – O Menino-Que-Sobreviveu.

Nenhum dos Comensais da Morte se moveu. Eles esperavam. Tudo esperava. Hagrid esforçando-se, Bellatrix arquejava, Agatha tampara a boca com uma das mãos e Harry só conseguiu pensar em Tiago e em Gina, no seu olhar ardente, no sabor dos seus lábios...

Voldemort ergueu a varinha. Harry queria que acontecesse agora, rapidamente, enquanto ele ainda conseguia se manter em pé, antes de perder o controle, antes de ser traído pelo medo ou antes que Agatha pudesse fazer alguma coisa.

Ele viu a sua boca se mover e uma luz verde. E depois tudo se esvaiu.

Exclamações e murmúrios preencheram o ar, pois, na mesma hora em que Harry caiu, Voldemort também despencou no chão.

- Milorde, milorde. – era Bellatriz, sua voz era como de uma amante – Deixe-me ajudá-lo.

- Tire as mãos dele. – exigiu Agatha, ela estava abalada com a cena, mas, precisava continuar agindo no mesmo papel – Se tem alguém que tem de ajudá-lo sou eu.

Bella se afastou aborrecida.

- Tom. – chamou Agatha desejando que este estivesse morto – Tom, você está bem?

- O garoto. – disse Voldemort abrindo os olhos, era irônico ele ainda chamá-lo de garoto – Ele está morto?

- Lúcio – chamou Agatha ríspida – Veja se Potter está morto.

Lúcio assentiu e se aproximou lentamente de Harry, ele se abaixou e sua mão tocou a face de Harry e sentiu seu coração.

Draco e Narcisa estão vivos? Eles estão no castelo?

  O sussurro era quase inaudível, seus lábios a uma polegada de sua cicatriz, sua cabeça dobrada tão para baixo que seu cabelo longo protegeu-o dos espectadores.

  −Sim − Harry respirou de volta.

- Ele está morto. – afirmou Lúcio em voz alta.

Agora os comensais comemoravam extasiados a morte de Harry, luzes vermelhas e pratas foram lançadas no ar. Agatha não conseguia fingir um sorriso, mas, era tão estranho ela não ter sentido a morte de Harry, era como se ele ainda estivesse com ela e nada disso passasse de um sonho.

- Vocês vêem? – disse Voldemort em voz alta – Harry Potter está morto, pelas minha mãos, agora nenhum homem vivo pode me ameaçar.

Risos e guinchos de zombarias encheram o lugar.

- Agora nós vamos ao castelo, mostrar o que houve com o herói deles. – disse Voldemort vitorioso – Alguém especial deveria levar o corpo não acham? Venha Hagrid pegue seu amigo.

Hagrid pegou Harry no colo, ele sentiu grossas lágrimas cairem pelo seu rosto, mas, Harry se negava a fazer qualquer tipo de movimento e respirava o mínimo possível, por que ele colocaria tudo a perder.

Agatha andava meio desorientada no meio dos comensais, ela deveria estar ao lado de Voldemort nesse momento, mas, ele estava tão feliz que talvez nem estivesse sentindo a sua falta. Ela fazia de tudo para que as lágrimas não escapassem, mas, era inútil.

- Está triste pelo seu amigo? – perguntou a voz de Lúcio ao seu ouvido – As suas lágrimas não mentem.

- Não seja idiota. – disse Agatha secando as lágrimas rapidamente – Pensei que tivesse perdido o Lord.

- Não precisa mentir pra mim. – disse Lúcio diminuindo a velocidade dos passos, o que fez Agatha diminuir também, eles já estavam ficando para trás. – Eu sei que todos esses anos você e Draco têm lutado ao lado da Ordem.

Agatha abriu e fechou a boca muitas vezes antes de falar.

- Da onde você tirou essa loucura? – perguntou Agatha irritada.

- A ex do meu filho as vezes se esquece de fechar a mente perto de mim. – disse Lúcio dando de ombros.

Agatha respirou fundo, o pânico tomando conta de seu corpo, “Emilia era tão descuidada”.

- Agatha. – disse Lúcio parando para encará-la, ela fez o mesmo – Harry Potter está vivo.

Agatha demorou um pouco para compreender o que Lúcio dissera, por isso Agatha não sentiu a morte de Harry, ele não morreu na verdade. O que aquilo significava? O que Lúcio queria? Se aproveitar dela outra vez? Tirar vantagem?

- O que você quer? – perguntou Agatha temerosa.

- Seu perdão.

- Meu perdão? – perguntou Agatha confusa.

- Eu cansei Agatha. – disse Lúcio amargurado – Simplesmente cansei, eu não quero mais isso. Eu perdi a minha esposa e acho que também o meu filho, e isso aconteceu por nenhum motivo, eu agora não vejo sentido nenhum disso continuar.

- O que quer dizer?

- Eu sou preconceituoso. – admitiu Lúcio – Mas eu não vejo motivo para bani-los, não vejo mais, eu só quero a minha família de volta, sei que não posso mais ter Narcisa, mas eu ainda posso resgatar o meu filho, meu neto e... você, minha nora. Se for necessário eu pagarei em Azkaban. Acredita em mim?

Agatha o avaliou e depois pegou a varinha de dentro das vestes, Lúcio ficou em alerta por um momento, então Agatha apontou a varinha para a barra das vestes de Lúcio, e um detalhe em verde apareceu ali.

- O que é isso?

- Se vai lutar conosco. – disse Agatha guardando a varinha – A Ordem precisa saber que está do nosso lado.

- E por que as suas vestes não tem? – perguntou Lúcio.

- Se algo der errado. – disse Agatha angustiada – Eu ainda posso lutar.

- Então tira o meu também. – disse Lúcio firme – Eu vou ficar com você, não vou te deixar sozinha.

- Não. – disse Agatha com um sorriso mínimo, e agora lágrimas caiam pela sua face – Draco precisa saber que o pai lutou ao seu lado. Ele vai ficar orgulhoso Lúcio.

Ele assentiu e os dois juntos voltaram a caminhar para alcançar os comensais que já estavam muito a frente.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???