Aprende a viver como deves, e saberás morrer bem.

Confúcio

– Capítulo Trinta e Cinco –

O Diadema Perdido

Foi tudo muito rápido quando os lobisomens sem algum sinal de Draco tomaram à dianteira, seguidos pelos dementadores, então os comensais também avançaram e os dois lados começaram a duelar. Foi então que os comensais da Ordem se mostraram e agora a luta estava equilibrada.

- Draco. – disse Agatha olhando pedinte para seu marido.

- Vai. – disse Draco alterado – Eu cuido daqui.

Mais a frente, Rony, Hermione e Gina tentavam se desviar dos feitiços lançados pelo salão, tentando alcançar Draco que tentava a todo custo manter a luta dentro do salão, tentativa deprimenete, pois, a luta entre eles já ocupava metade de Hogwarts.

- O que fazemos agora? – perguntou Hermione para um Draco irritado.

- Agatha precisa encontrar a horcrux para que possamos destruir as outras. – disse Draco olhando para os lados – Cade o Harry?

Agora que Draco falara Rony e Hermione realmente perceberam que Harry não estava com eles.

- Quando Agatha saiu do salão. – disse Gina respirando fundo – Harry colocou a capa e saiu correndo atrás dela.

__________

Agatha corria o mais rápido que podia, mas para onde ela estava indo mesmo? Ela nunca sequer parou para conversar com Lady Gray, ela não fazia idéia de onde procurá-la, talvez estivesse na torre da Corvinal.

- Parada ai mesmo sua traidora. – Agatha parou de correr, deu meia volta e se deparou com duas pessoas apontando a varinha pra ela.

- David. – disse ela com a voz embargada – Jorge.

- Olha só. – disse Jorge sarcástico – Você ainda sabe me diferenciar do meu irmão.

- Nunca foi muito difícil. – disse Agatha tentando parecer simpática, tentativa frustrada, por que eles continuavam a olhá-la com fúria.

- Não, acho que não. – continuou Jorge com um sorriso raivoso – Eu acho que é por que você sabe que Fred está morto.

- O que? – disse Agatha cética – Como assim Fred está morto?

- Não seja hipócrita! – alterou-se David – Ele morreu anos atrás em uma batalha com os seus comensais.

- Não David. – disse Jorge rancoroso – Talvez ela não se importe com os nomes dos bruxos que morrem pelas mãos dos seus comensais.

- Eu realmente não sabia. – disse Agatha fazendo o possível para não cair no choro.

- Cala a boca! – gritou David – Você e o seu maridinho vão pagar.

Agatha sabia que agora seria o fim pra ela, David e Jorge estavam muito magoados para pensarem antes de agir e ela não iria lutar com eles, muito mal já havia sido feito. Ela não sabia se chorava pela perda de Fred anos atrás sem que ela soubesse ou pelo fato de seu irmão a tratar dessa forma. Por que Draco não lhe disse? Por que escondeu dela a morte de um dos gêmeos? Quem mais teria morrido sem o seu conhecimento? Agatha fechou os olhos esperando ser estuporada, eles não lançariam a maldição da morte nela, lançariam?

- Non se atrreva David! – gritou uma voz que Agatha ansiava por ouvir a tantos anos.

Angeline se colocou na frente de Agatha, impedindo qualquer contato visual com David e Jorge.

- Se encostarr um dedo na sua irrmã. – ameaçou ela – Eu mesma me encarrego de você.

- Mas mãe. – disse David não entendendo – Ela nos traiu.

- Cale-se parra o bem do mundo David. – disse ela indiferente – Você non sabe o que diz – Então Angeline se virou para encarar Agatha – Querrida, eu sei que você tem algo a fazerr, vá, eu cuido deles.

Agatha agradeceu sua mãe mentalmente e saiu correndo, aquela não era uma boa hora para abraços, mas Agatha estava muito chateada com a morte de Fred. Por que ninguém contou a ela? Quem mais teria morrido por causa de maldita guerra?

Ela precisava de ajuda, qualquer uma, alguém que pudesse dizer onde encontrar Lady Gray, foi quando Agatha entrou em um corredor que se deparou com o fantasma de Nick-Quase-Sem-Cabeça.

- Nick! – chamou Agatha em voz alta.

O fantasma se assustou e saiu voando rapidamente.

“Ótimo até os fantasmas têm medo de mim”

- Por favor, Nick. – pediu Agatha antes que ele desaparecesse – Nem se eu quisesse poderia te fazer mal, eu preciso da sua ajuda.

Nick parou e se virou para encarar Agatha.

- Eu preciso que me diga onde encontrar a Lady Gray. – disse Agatha calmamente – Por favor.

O fantasma a avaliou antes de responder.

- Eu a vi flutuando perto da escadaria de mármore. – respondeu Nick.

- Obrigada. – disse Agatha dando meia volta para alcançar Lady Gray.

Agatha correu o mais rápido possível. “Tadinhos dos meus bebês, tanta agitação eles estão sofrendo agora”. Pensou Agatha com a mão na barriga, quando já estava no topo da escadaria, a guerra no andar de baixo era visível a seus olhos. Então de repente Agatha se virou e olhou para o nada, ela deu um sorriso sarcástico.

- Potter eu espero que você esteja me seguindo por não confiar em mim e não por que ainda é obcecado. – disse Agatha irônica.

- Como sabia? – perguntou ele tirando a capa.

- Se você realmente quer ser auror, devia ser mais precavido. – disse Agatha cínica. – Se não quer ser descoberto por seus inimigos não use o mesmo perfume, durante tantos anos. – disse Agatha lógica.

- Você por acaso é minha inimiga?

- Claro que não.

- Então por que o “Potter”? – perguntou Harry desconfiado.

- Força do hábito. – respondeu ela indiferente – Eu não vou discutir se você confia em mim ou não. Mas você estava me seguindo, você ia deixar que Jorge e David me atacassem?

- A minha varinha estava em punho. – disse Harry sério.

- Nunca vamos saber não é? – disse Agatha com um sorriso torto, eles se encararam durante um tempo, quando Agatha disse por fim – Precisamos encontrar Lady Gray agora.

- Ela está bem ali. – disse Harry apontando com a cabeça.

Agatha se virou e viu Lady Gray flutuando perto de uma das muitas estátuas da escola. Harry e Agatha se aproximaram calmamente para não assustá-la.

- Você é a Lady Gray? – perguntou Agatha em voz baixa.

Ela acenou com a cabeça, mas não disse nada. 

- O fantasma de Torre da Corvinal? 

- Sim, está correto. 

O tom dela não era encorajador. 

- Por favor. – disse Agatha pedinte – Precisamos da sua ajuda, nos diga qualquer coisa que sabe sobre o diadema de Ravenclaw.

Um sorriso frio encurvou os lábios dela. 

- Eu receio – disse ela, se virando para sair – que eu não possa ajudá-los. 

- ESPERE!

Gritaram Harry e Agatha ao mesmo tempo, eles não pretendiam ter gritado, mas o pânico agora tomava conta deles.

- Isso é urgente! – disse Harry ferozmente – Se ele está aqui, nós precisamos encontrá-lo.

- Vocês não são os primeiros alunos a perguntar sobre o diadema – disse Lady Gray indiferente – Sou aborrecida por alunos a séculos.

- Você não entende. – disse Agatha tentando manter a calma – Nós não queremos tirar boas notas, nós nem ao menos somos alunos.

- Nós apenas queremos derrotar Voldemort. – disse Harry – Você não está interessada na queda dele?

- Mas é claro que sim. – disse ela ofendida – Quem pensa que sou?

- Então nos ajude. – Pediu Harry.

- Isso não é uma questão de... – ela gaguejou – O diadema de minha mãe...

- Da sua mãe? – disseram Harry e Agatha ao mesmo tempo.

Lady Gray parecia aborrecida consigo mesma.

- Quando eu estava viva. – disse Lady Gray – Eu me chamava Helena Ravenclaw.

- Se voce é filha dela deve saber o que houve com o diadema. – disse Agatha esperançosa.

- Eu não sei o que o diadema da sabedoria poderia ajudar vocês a derrotar o bruxo que se intitula Lord.

- Nós não queremos usá-lo! – exclamou Agatha.

Lady Gray os avaliou e por fim disse:

- Eu roubei o diadema de minha mãe.

- O que!

- Eu tentei me tornar mais inteligente, mais importante que minha mãe. – disse Lady Gray deprimida – Eu fugi com ele. 

Agatha imediatamente entendeu o lado de Helena, viver na sombra de sua própria mãe durante tanto tempo, as comparações que faziam, devia ser muito doloroso, ela mesma já havia passado por isso.

- Minha mãe escondeu de todos que o diadema havia sido roubado. – explicou Lady Gray – Até mesmo dos fundadores. Então ela ficou terrivelmente doente e mesmo depois da minha deslealdade ela queria me ver antes de morrer. Ela mandou o homem que havia me amado muito para me encontrar, eu estava escondida da floresta, mas, ele me encontrou, o Barão ficou furioso com minha recusa, cheio de ciúmes de minha liberdade, ele me apunhalou.

- Você que dizer o Barão...

- Sim. – respondeu Lady Gray – O Barão sangrento. Quando viu o que tinha feito pegou a arma que havia me matado e se matou em seguida, por isso ele arrasta essas correntes, ele acredita ser uma penitência para o que fez.

- E o diadema? – perguntou Agatha.

- Permaneceu onde eu escondi. – respondeu Lady Gray – Em uma árvore oca na floresta onde eu estava, na Albânia.

- Na Albânia? – disse Harry pensativo – Você nunca contou para ninguém, mas, contou a um aluno não é?

- Eu tive... ele era bajulador, me compreendia.

- Então você não sabe onde ela possa estar agora? – perguntou Agatha chateada.

- Na verdade sei. – disse Lady Gray em um tom baixo – Espera um minuto, eu estou te reconhecendo agora. Você é a herdeira de minha mãe, você se uniu a ele, como posso confiar em você?

- Se eu sou a herdeira de sua mãe. – disse Agatha firmemente – Sabe que eu herdei dela muito mais que o poder do ar. E além disso eu estou com Harry Potter bem aqui. Eu nunca trairia meus amigos Helena.

Lady Gray parecia ter reagido ao ouvir o seu nome e assentiu positivamente.

- Quando ele voltou a escola alguns anos depois. – disse Lady Gray quase num sussurro – Eu o vi entrar numa sala, mas, a porta dela desapareceu e eu não consegui atravessar para segui-lo, eu fui parar em um armário de vassouras.

- A sala precisa. – disse Harry encarando Agatha.