O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado.

Albert Einstein

 – Vinte e Três –

Uma Mulher ou Um Problema?

Harry estava entediado em sua sala de estar vendo uma discussão em grupo, nesse grupo incluía sua querida esposa Gina, Rony, Hermione, Angeline e Simon, já havia se passado dois dias desde que Simon chegara a sua casa e ele ficou hospedado por lá.

Desde que Simon os avisou que mais gente viria, eles têm discutido muito sobre o que deveriam fazer a seguir.

- Porr que non podemos atacarr logo enton? – perguntou Simon pela décima vez.

- Não é tão simples assim. – disse Hermione aborrecida – Precisamos fazer algo antes. Não é só você que quer acabar com essa guerra.

- A única coisa que eu querro é voltarr parra minha família e viverr em paz. – disse Simon deprimido.

- Todos querremos as nossas famílias de volta. – disse Angeline serenamente – Mas se Arry, Gina, Rony e Herrmione, prrecisam fazerr algo antes temos de respeitarr.

- Obrigado Angel. – disse Harry agradecido – Se ao menos Draco entrasse em contato conosco logo.

- Talvez seja a hora de contar toda a verdade para a Ordem Harry. – disse Gina séria.

Harry considerou a idéia por um momento, realmente essa era uma saída, se contasse para a Ordem que tinham espiões com Voldemort eles poderiam se acalmar e esperar mais um pouco, mas, ele tinha que falar com Draco antes de tomar qualquer decisão.

- Eu estive pensando. – começou Rony de repente – Como a Ordem pretende atacar Voldemort se eles nem ao menos sabem onde ele está? Nem nós sabemos, Draco nunca nos disse.

- Você tem razão Rony. – disse Hermione com admiração.

- Sempre o mesmo tom de surpresa. – disse Rony sorrindo para a esposa.

- Acho que esses anos fizeram bem para o seu cérebro, irmãozinho. – disse Gina. Rony a olhou com raiva.

- Só se eles têm um jeito de descobrir. – disse Harry pensativo – Quero dizer, Voldemort pode estar em qualquer lugar do mundo, não necessariamente na Inglaterra.

- Eu só fico chateada porr que meu marrido non me disse nada. – lamentou-se Angeline – Se eu soubesse dos planos poderria terr contado a vocês.

Todos ficaram absortos em pensamentos, quando alguém bateu na porta.

- Deixa que eu atendo. – disse Gina.

- Veja quem é primeiro. – disse Harry preocupado, a última vez que alguém batera na porta, era Simon.

Gina pegou a varinha e fez um movimento em direção a porta, uma pequena fissura com um vidro na frente apareceu e Gina pôde ver que era uma mulher que ela não reconheceu. Ela abriu e porta em seguida, a mulher sorriu e seus dentes muito brancos e retos apareceram atrás de seus lábios carnudos, sua pele era negra, lisa sem nenhuma mancha, seus olhos eram cor de avelã e seus cabelos negros caiam em grandes cachos até a sua cintura, e a mulher também usava uma blusa colorida e apertada deixando a sua barriga a amostra, sua saia longa também colorida tinha um racho do lado quase até a coxa, ela segurava uma pequena bolsa de couro e em um de seus braços havia um tecido igualmente colorida amarrado em grande parte do mesmo, e ela estava usando jóias que eram definitivamente de ouro.

- Me chamo *Malkia Mokoena eu sou de Seicheles na África. – apresentou-se Malkia sua voz era doce e atraente – Me disseram que Harry Potter mora aqui, eu preciso falar com ele.

Gina hesitou antes de responder, na verdade ela não respondeu, ela só se afastou da porta e fez sinal para que ela entrasse. Gina foi à frente até a sala e disse em um tom irritado:

- Essa mulher quer falar com você Harry. – disse ela de braços cruzados.

Harry e os outros presentes olharam para a mulher que entrara na sala em seguida, suas bocas se abriram em um perfeito “O” de admiração. Harry meio desajeitado se pôs de pé.

- Em que posso ajudar? – disse sem tirar os olhos dela.

- Me chamo Malkia Mokoena, sou da África. – disse ela mais uma vez.

- Eu sou Harry Potter. – apresentou-se Harry apertando a mão da Africana.

 - Então você é o menino que sobreviveu? – disse Malkia interessada – Desculpe, menino não, você já é um homem.

- É sou eu. – disse Harry sem noção.

- Será que você pode dizer o que veio fazer aqui? – perguntou Gina irritada. “Ela é uma mulher ou um problema?” pensou Gina.

- Ah, sim, desculpe. – disse ela sorridente – Minha chave de portal estava agendada para daqui a dois dias, mas, foi necessário que eu falasse com você primeiro Harry.

- Sente-se, por favor. – disse Harry oferecendo o lugar que antes estava Gina. – Deixa eu adivinhar foi a Ordem que te chamou?

- Exatamente. – disse Malkia – Mas eu nunca pensei que a Ordem me chamaria, os planos eram outros.

- Quais planos? Se é que posso saber... meu nome é Ronald Weasley, mas, pode me chamar de Rony – perguntou Rony sorrindo para a mulher. Hermione lhe lançou um olhar assassino.

- Muito prazer Rony. Você pode saber sim. – disse ela docemente – Foram mandados alguns comensais para a África, assim foram reunidos alguns bruxos antes da sua conquista que demoraria um pouco.

- Quem mandou esses comensais? – perguntou Hermione duvidosa.

- Draco. – respondeu Malkia – Eu sou comensal dele, foi me dito que a sua esposa entraria em contato comigo e Agatha me contactou por esses dias, disse que o dia estava chegando e que eu usasse um detalhe em verde na barra das vestes para ser reconhecida pela Ordem, mas não foi me dito que a Ordem me chamaria, como não consegui entrar em contato com eles, vim falar com você.

- Isso é terrível! – exclamou Gina.

- Verdade. – apoiou Malkia – Verde não combina com o meu tom de pele.

- Do que você ta falando? Isso é ridículo!– disse Gina azeda.

- Gina tem razon Malkia querrida. – disse Angeline amigavelmente – Clarro que verrde combina com você.

- Gina está se referindo ao fato de que simplesmente estamos perdidos. – disse Harry aborrecido.

- Eu não sei se a Ordem vai fazer inspeção. – disse Malkia – Mais debaixo desse tecido eu carrego a marca negra. – disse ela apontando para o tecido enrolado em seu braço.

- Non havíamos pensado nisso. – disse Simon passando à mão pelos cabelos – Alguns brruxos que vão chegarr também son comensais, se a Orrdem fizerr inspeção, uma guerra pode começarr aqui mesmo.

- Hum. E você é? – perguntou Malkia com um sorriso atraente.

- Simon Depardieu, encantando. – disse Simon pomposo.

- Espero que Draco entre em contato logo. – disse Harry visivelmente aborrecido – Você não trouxe bagagem?

- A julgar pelas roupas dela, dá e sobra nessa bolsinha. – comentou Gina afiada.

- Feitiço de extensão. – respondeu Malkia sem se sentir ofendida.

- Ok. – disse Harry – Temos que acomodar você longe dos olhos da Ordem por enquanto.

- Ela pode ficar em casa. – disse Rony rapidamente.

- Tenho certeza que Harry pode acomodá-la aqui. – disse Hermione.

- Não, não. – disse Gina – Simon já está aqui.

- Ótimo. – disse Hermione – A gente leva o Simon com a gente.

- Ele fica. – disse Gina entre os dentes.

- Chega. – alterou-se Harry – Simon já está aqui, ele fica. Rony seria incomôdo de Malkia ficasse com vocês?

- Claro que não. – disse Rony prestativo – Temos um quarto sobrando.

Hermione cruzou os braços, irritada. “Será que Draco não podia recrutar pessoas menos atraentes?”.

O lugar ficou mais desconfortável por um momento e de repente uma mulher loira com os cabelos presos em um coque entrou apreensiva no local.

- Harry. – disse Narcisa sem prestar atenção em quem estava na sala – Ouvi uma conversa do meu marido, a Ordem está convocando bruxos para fazer um ataque a Você-Sabe-Quem. Sei que Dumbledore pediu que fizessem algo antes de derrotá-lo, eu precisava te contar.

Harry respirou fundo e disse:

- Tarde demais. – disse ele mostrando as pessoas presentes.

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*O nome Malkia significa rainha.