O Herdeiro De Maeda escrita por RafaM


Capítulo 1
Capítulo 1




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O dia em que a raposa das nove caudas atacou Konoha. O dia que um grande herói morreu e o dia em que o destino de uma criança mudou para sempre.

Não importava o qual forte era o shinobi que a enfrentasse o resultado sempre era igual: ele acabava morrendo. Então o Yondaime Hokage não viu alternativa. Teria que selar o monstro em alguém, mas o problema é que a única pessoa que poderia suportar a intensidade do chakra da raposa era justamente o seu filho e de qualquer jeito ninguém iria querer ser recipiente de um demônio que destruía tudo que aparecia em seu caminho. Se não fizesse nada a vila inteira seria destruída então o Hokage deu sua própria vida e selou o monstro no seu próprio filho na esperança de salvar a vila. Mas Jiraya, o padrinho da criança, sabia que a criança mesmo não tendo culpa de nada iria ser desprezada pela vila por que era capaz de acharem que a criança era o próprio demônio. Então na esperança de fazê-la ter uma vida melhor, o seu padrinho a levou para viver na vila onde sua mãe foi criada. Mas este não sabia que na vila do redemoinho já sabiam que a raposa estava selada no garoto.

Desde então se passaram doze anos e meio. O pequeno considera todos os seus poucos amigos parte da sua família e Jiraya que sempre que podia o visitava e era como um pai para ele. Todos viviam muito felizes o único problema era as brincadeiras que o loiro aprontava, pois era uma criança muito hiperativa e não parava um minuto. Mas tudo piorou quando começaram a treiná-lo para um dia se tornar um grande shinobi como era desejo de seu pai e um dia voltar Konoha e viver com Jiraya.

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Mais um dia. As pessoas andavam tranquilamente pelas ruas fazendo suas coisas. Parecia um dia comum como qualquer outro e talvez até fosse. Crianças brincavam e corriam pela rua, seus cabelos ruivos balançavam junto com o vento. Mas no meio de todos os ruivos havia um loiro.

Mesmo sendo diferente dos demais, se dava bem com alguns devido a sua personalidade amigável. Seu padrinho, Jiraya, o visitava com frequencia e por isso não se deixava abalar mesmo sendo criado sem pai e sem mãe. Também nunca soube por que era o único da vila que não possuía cabelo vermelho ou quem foram seus pais. Nunca soube de nada, mas nem por isso se aborrecia facilmente.

Ele era Uzumaki Naruto. Uma criança hiperativa de quase treze anos. Ele tinha cabelos dourados e arrepiados, olhos na cor do céu e um sorriso capaz de motivar qualquer pessoa. Ele morava na vila do redemoinho desde bebê.

Naruto andava a passos lentos olhando as pessoas trabalhando ao redor, era agradável. Gostava de andar sem ter para onde ir, apenas ir aonde seus passos o levassem.

Continuou andando até que escutou uns passos atrás de si e parou desconfiado. Olhou para trás tentando ver o que fazia o barulho, mas não viu nada. Talvez fosse só sua imaginação. Com esse pensamento voltou a andar.

Não demorou muito tempo e logo o barulho recomeçou. Apressou o passo, mas de nada adiantou. Ele estava sendo seguido. Começou a correr a fim de despistar quem quer que esteja fazendo isso. Quase caia de tão rápido que corria, mas estava dominado pelo medo e não se importava com mais nada.

Parou em frente a uma praça e logo viu um de seus poucos amigos. Correu até ele e o chamou.

– Ryu, me ajuda! Eu estou sendo seguido. – gritou o loiro desesperado.

O ruivo continuou mudo e um sorriso escapou dos seus lábios.

– Acha mesmo que eu seria amigo de um esquisito que nem você? – ele sorriu.

O ruivo fez um sinal com a mão e logo o Uzumaki loiro foi cercado por garotos mais velhos. Era tudo uma armadilha. O pequeno era tão inocente que não notou que o tempo todo eles o conduziam para a praça.

Os garotos foram se aproximando cada vez mais e cada um tinha um sorriso sádico que daria medo até o homem mais forte. O loiro fechou os olhos só esperando a dor que logo veio.

Os socos e pontapés eram constantes. Os garotos tinham um grande prazer em bater no menor que já estava no chão ensangüentado. Sentia puxões de cabelos, cortes profundos por todo o corpo... Era incrível o quanto doía.

Como queria ser forte o suficiente para bater naqueles garotos para o deixarem em paz, mas não era. Abriu os olhos e se assustou com a grande platéia que o via apanhar sem fazer nada. Havia adultos apoiando, mas porque queriam que ele apanhasse?

Sentiu uma vontade de se levantar e cobrar as respostas de cada um deles. Quase na mesma hora que teve a vontade de levantar sentiu um grande poder tomar conta de seu corpo.

As feridas já não doíam mais. Tudo que restava como prova de que apanhara, era a roupa rasgada. Tentou se levantar e conseguiu imediatamente, nunca sentiu tão forte em toda a sua vida. As pessoas encaravam espantadas como se fosse um monstro.

Antes que pudesse falar algo sentiu seu braço arder e o loiro caiu de joelhos no chão apertando o braço com força. A dor era insuportável. Todos olharam para o seu braço e era visível sobre a roupa rasgada uma estranha marca que ele não conseguiu decifrar.

Os adultos ficaram chocados assim que viram a marca e arregalaram os olhos, era como se estivessem arrependidos de algo, mas completamente surpresos para tomar alguma atitude. As crianças não entendiam nada assim como Naruto.

O loiro se deixou levar pela escuridão, mas antes de cair inconsciente tudo que escutou foi “ele já escolheu”.

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PV Naruto


Abri os olhos e vi o teto branco do hospital. Logo me lembrei do motivo por está ali e novamente me senti triste.

Mas o que me deixou ainda mais curioso, foi o que eu senti antes de desmaiar. Era uma força incrível, nunca pensei que era possível existir tanto poder. Mas depois do poder, veio aquela dor alucinante. Parecia que eu estava sendo perfurado com milhares de kunais e depois jogassem álcool por cima das feridas e essa dor era concentrada no meu braço direito.

O que será que queriam dizer com “ele já escolheu”?

Fui interrompido pela porta que se abriu revelando a figura do Uzukage. O Homem parecia cansado. O chapéu de kage cobria seu rosto e ele usava aquele manto estranho que alguns kages usavam.

Ele me lançou um olhar preocupado que eu simplesmente ignorei. O silêncio prevaleceu até que ele o quebrou.

– Você está bem Naruto? – perguntou ele.

– O que você tem para me dizer Koruno-san? – o cortei.

– Certo, vou direto ao ponto. – ele me encarou – há muito tempo atrás antes da vila do redemoinho existir, a primeira pessoa do clã Uzumaki só vagava pelo continente, por cada vila. Só explorando as maravilhas do mundo. Foi em uma dessas viagens que ele achou uma caverna. Assim que ele entrou notou uma figura deitada no chão da caverna. Era um dragão. O dragão disse que ia matá-lo, mas o Uzumaki tinha tanta coragem que até o enfrentou. O dragão ficou surpreso e propôs um desafio. Se o rapaz cumprisse algo que a fera pedisse, dragão passaria todo o seu poder para ele e em casos de emergência ele poderia invocá-lo para lutar e esse poder passaria de tempos em tempos para alguém do clã com coração puro e que o realmente o merecesse, mas caso o Uzumaki não respondesse a pergunta corretamente, o dragão o mataria. Até hoje não se tem registros sobre o que o dragão pediu. Só se sabe que o Uzumaki venceu o desafio e esse poder iria passar para outra pessoa que o dragão escolhesse quando o Uzumaki morresse. Resumido... É isso. – concluiu Koruno me encarando.

– A marca no meu braço tem alguma coisa a ver com isso? – perguntei encarando a marca que agora parecia ser claro que os traços formavam um dragão.

– Você foi o escolhido por Maeda-sama. – ele pronunciou o nome do dragão com enorme respeito.

Por um momento fiquei surpreso. Porque ele me escolheria? Nunca tive nada de especial, mas... Isso me deixa feliz. Quem sabe recomeçar novamente e esquecer das pessoas dessa vila.

– Mas de que adianta ter tanto poder sem saber usá-lo? – disse ele chamando a minha atenção – você treinará com ele até que saiba lidar com o poder.

Ele me encarou sorrindo e logo voltou a falar.

– Depois do treinamento você pode voltar... – antes que ele completasse o interrompi.

– Creio que já poderei voltar para Konoha certo? Porque para a vila do redemoinho é que eu não vou voltar nunca mais. – terminei desviando meu olhar do dele.

Ele pareceu surpreso por um tempo, mas logo concordou.

– Como eu faço para me encontrar com Maeda? – perguntei.

– Tente concentrar chakra na tatuagem do seu braço. – disse sem deixar de sorrir.

Fiz o que ele disse com um pouco de dificuldade, mas logo consegui. Fechei os olhos com a dor que tomava conta de mim. Meu braço começou a arder e eu gritei desesperado. Assim que abri os olhos notei que eu não estava mais no quarto de hospital.



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Notas finais do capítulo

espero que gostem! talvez demore a postar porque quero fazer capítulos maiores!
quanto ao casal da fic eu não faço a minima ideia de quem vai ser o par do Naruto
por mim pode até ser harém, mas eu não sei qual a opinião de vocês então digam por reviews, ok?