Acordei super cansada. Hoje já era quinta-feira. Me arrumei, não tomei café, porque eu decidi que passaria na Starbucks.

Peguei minhas coisas e fui até a Starbucks. Comprei um chocolate quente e um cupcake com chantilly com vários M&M’s (N/A: Eu vi um cupcake assim numa padaria aqui :P), com recheio de chocolate. Fui comendo em caminho do colégio.

Quando eu cheguei só faltava terminar de tomar o chocolate quente. Eleanor não estava no portão, e como minha bolsa estava um pouco pesada decidi entrar para guardar algumas coisas no meu ármario.

Fui até o meu armário, 188. Guardei as minhas baquetas e o meu caderno de cifras para bateria, hoje eu teria aula. Eu só tinha um par de baquetas, elas eram personalizadas, tinha o meu nome escrito “Savannah Styles”, que eu ganhei da Luce a alguns anos. Eu tinha que comprar outra, assim como uma palheta de violão e uma pasta, onde eu gosto de por cifras.

Na parte de cima da prateleira coloquei meus livros e os meus cadernos. Na parte debaixo coloquei um potinho de bala e chicletes (sou maníaca por balas e chicletes), um mini estojinho de maquiagem e uma espécie de “bolsa sacola” com uma troca de roupa lá dentro. Sim, eu tenho até uma troca de roupa lá dentro. No meu armário eu sempre deixo uma troca de roupa, quando eu tinha 13 anos, uma garota mimada e vadia do colégio jogou milk shake de morango na minha roupa, a partir daí eu comecei a levar uma troca de roupa. Ah, uma semana depois eu dei o troco nela e joguei suco de uva no uniforme dela de líder de torcida. Sou mal gemt.

Eu estava rindo ao me lembrar de tudo o que eu já tinha aprontado no meu antigo colégio. Fui interrompida dos meus devaneios por Eleanor:

– Do que está rindo, Sav? – Eleanor abriu seu armário e pegou seu livro de história.

– Quando eu joguei suco de uva na vadia da oxigenada da Ashley. – falei começando a rir de novo, Eleanor me acompanhou e começou a rir também. – Foi hilária a cara que ela fez.

– Foi mesmo Sav. Você é mal, viu?

– Eu sei. – pisquei pra ela e rimos de novo.

Pouco tempo depois o sinal tocou. As aulas foram tediantes, óbvio. Tive as duas primeiras aulas de física, a terceira de química, duas aula tediosamente tediosas de matemática e uma aula de história.

Eu e a Eleanor almoçamos no mesmo lugar em que almoçamos a dois dias atrás, fizemos nossas outras aulas e depois eu fui um pouco na casa da Eleanor, fizemos umas coisas e eu tive que ir embora, no caminho eu passei numa loja de música, que ficava perto de casa.

Comprei duas palhetas pretas e uma baqueta que me seduzia demais, ela era verde água neon, que brilha no escuro! Tá, não tem tanta utilidade assim ela brilhar no escuro. Mas foda-se, e se eu quiser tentar tocar no escuro?

Pouco depois eu voltei pra casa, já era 18:30, tinha um bilhete em cima da bancada, falando que eles foram para gravadora. Subi para o meu quarto, para colocar uma roupa confortável. Depois que eu terminei de me vestir, lavei a louça que estava na cozinha e decidi ir até a sala de música. Lá tinha um piano, uma guitarra, os violões deveriam estar no quarto do Harry e do Louis, também tinha uma bateria... bateria, era isso.

Fechei as persianas, que fazia com que a sala ficasse mais escura. Peguei meus headphones, coloquei na música Crushcrushcrush, do Paramore no último volume e comecei a tocar na bateria, estreiando minhas novas baquetas em neon. Realmente, fica fluorescente mesmo. Quando eu terminei de tocar minhas mãos formigavam um pouco. Havia cinco pessoas paradas na porta me olhando de boca aberta.

– O quê? Aconteceu alguma coisa? – perguntei me levantando e guardando minhas baquetas numa caixinha comprida preta, onde elas vieram.

– Você toca muito bem, Sav. – Zayn elogiou.

– Obrigada. – agradeci. Automaticamente todos começaram a me elogiar. – Para, eu não toco tão bem assim. Assim vocês me deixam com vergonha. – falei dando um tapinha no braço do Niall.

– Nem precisa, aqui estamos em família. – Liam falou e eu sorri.

– Então... Vamos comer? – Niall perguntou e eu ri.

– Comer o que? Eu não vou fazer nada. – disse eu, os meninos riram.

– Trouxemos comida chinesa. – Zayn falou.

– Haaa, vamos comer logo então, né povo! – falei animada, todos riram e nós descemos.

Convenci os meninos a assistirmos American Horror Story enquanto comíamos, era o último episódio da primeira temporada, e eu como sou fã precisei assistir (N/A: Pra quem assiste/assistia AHS sabe que o último epidódio já saiu a um tempão, mas finjam que aqui ainda não, falow?). Eles nunca tinham assistido um episódio se quer, daí eu tive que fazer um resumo de tudo que aconteceu, para que eles entendessem o último episódio. Foi legal, não era tudo o que eu esperava pro último episódio, mas foi bom. Eu já mencionei que o Evan Peters me seduz, e muito? Evan, se você estiver lendo isso, saiba que estarei te esperando na minha humilde residência.

– Nossa Evan, assim você me mata. – falei dando um longo suspiro e me abanando. Todos os meninos me olharam com censura. – Qual é? Manda ele parar de me seduzir! – apontei para a televisão, que bem nessa hora passava uma cena com o Tate e a Viollet.

– Duvido que ele te seduz mais do que eu. – Zayn falou convencido, tá, tá, ele é lindo e gostoso, mas o Evan é mais, eu acho... Ou talvez não. É, talvez ele não seja. – Eu sou mais legal, bonito, gostoso, lindo, maravilhoso... – Zayn começou a contar nos dedos.

– Esqueceu do modesto né Zayn? – eu disse e eu e os meninos caímos na risada. Ele fez uma cara debochada e eu ri.

Os meninos arrumaram a cozinha, pelo menos o Liam eu sei que arrumou. Já que o Harry foi dar uma de paizão para que eu fosse dormir cedo e blá blá blá. Subi para o meu quarto, tomei um banho demorado e comecei a fazer o meu dever de física. Sim, era mais da meia noite e eu estava fazendo meu dever. Ô coizinha complicada, viu!? Não demorou muito para o Liam, Zayn e Niall virem se despedir de mim. O Harry foi tomar um banho e depois me deu boa noite. Enquanto meu sono e nem o do Louis vinha ficamos conversando no meu quarto.

– Sav... – Louis chamou. Eu parei de fazer um dos cálculos. Descansei minha lapiseira roxa em cima do caderno e olhei atentamente para Louis, como se dissesse “Pode falar, Louis”. – Você já se apaixonou por alguém. Quer dizer, se apaixonou talvez não seja a palavra certa... – Louis fez uma pausa, pareceu estar pensando na palavra certa.

– Ahn, talvez... Se eu já gostei? – perguntei.

– É, pode ser. – ele falou de uma maneira engraçada, como sempre. – Você já gostou de uma pessoa ou se apaixonou a primeira vista? – Boo Bear perguntou, eu levantei uma sobrancêlha. – Quer dizer... Isso não é possível, certo?

– Olha Louis... – fiz um gesto para que ele se levantasse da poltrona e se sentasse ao meu lado. – Quando o assunto é amor, nada é impossível. – eu falei me lembrando de Travis. Soltei um longo suspiro. Como eu sentia falta dele. – É, eu já me apaixonei, talvez a primeira vista, não. Mas, foi quase isso que aconteceu. E então, quem é a garota, Boo Bear? – Louis sorriu em aprovação por eu ter o chamado de seu apelido.

– Ahn... – Louis começou a coçar a nuca, como se estivesse com receio de dizer quem era a pessoa.

– Tá tudo bem, Louis. Não precisa falar se não quiser, embora eu saiba quem é a pessoa. – falei, ele sorriu envergonhado.

Louis me ajudou um pouco com o dever de física, mas ele não era muito bom naquela matéria. Já era quase duas da manhã quando Louis foi para o seu quarto dormir. Guardei meus materiais e fui dormir também.