Garota Veneno escrita por Mariaa


Capítulo 11
The truth about Lily.


Notas iniciais do capítulo

Beeem, eu não morri. Apenas viajei e fiquei isolada da civilização, maaas compensei com um big cap, não é mesmo?
As coisas estão começando a se desenrolar, e a verdade sobre lily a aparecer.
Espero que gostem.
Beeijos



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- Senhor Potter, Senhorita Evans... Eu os chamei aqui para passar os detalhes do caso em que vamos trabalhar. Neste dossiê contém tudo sobre John Adams, que é o homem que vão defender. Espero que se reúnam e comentem os pontos importantes antes de nossa primeira reunião com o cliente. Na sexta-feira.

- Obrigada professor. Pode ter certeza de que Potter e eu faremos o melhor.

- Assim espero. Lembrem-se, isso não se trata apenas de uma oportunidade acadêmica, mas da vida de um inocente.

- Sabe, eu gostei da maneira que disse “Potter e eu” para o professor. Sempre soube que formaríamos um belo casal. – sussurrei no ouvido da ruiva, assim que saímos de perto de Slugh.

- Como uma pessoa pode ser tão irritante? E nós nunca seriamos um casal Potter, você é insensível demais para isso.

- Eu? Para sua informação acabei de terminar um namoro de quatro anos. E minha ex nunca me acusou de ser insensível. Cachorro, safado e mulherengo com certeza, mas insensível nunca.

- Não seja hipócrita, você a traía com todo rabo de saia que entrasse em sua visão.

- Nem todos. Você é um rabo de saia bem interessante, e nós nunca fizemos nada. Nem um beijinho.

- E nem vamos fazer.

- Não é como se eu não te respeitasse Lily.

- Você respeita? – ela levantou a sobrancelha, descrente.

- Com o tesão que eu sinto por você, eu já poderia ter te agarrado e no mínimo de beijado à força.

- E porque nunca fez isso? – ela me desafiou.

- Você sabe que poderíamos resolver isso agora mesmo. – a encurralei na parede, exatamente como seu ex-namorado tinha feito com “Jane” na noite anterior. Balancei a cabeça para espantar os pensamentos.

- Pare com isso Potter.

- Por que? – eu a olhava intensamente. E sentia que ela também estava com desejo.

- Porque eu me dou ao respeito.

- Não é isso que seu namoradinho anda dizendo por aí. – antes que pudesse pensar no que tinha dito, ela me deu um tapa na cara.

- Nunca mais diga isso. – e saiu chorando.

E mais uma vez eu tinha estragado tudo.

- Lily, fala comigo, por favor. – Já havia se passado uma semana desde que estraguei tudo e ela ainda se recusava a trocar outras palavras comigo que não fossem sobre o caso. – Foi sem querer, eu não queria dizer isso, e...

- Vocês tem meia hora.

Nesse momento fomos interrompidos pelo guarda da prisão, permitindo nossa entrada. Era a primeira visita que faríamos a John Adams.

- Obrigada. – Lily agradeceu e entrou na salinha onde ele já nos esperava. Era um homem mediano de cabelos grisalhos e expressão sofrida no rosto.

Aparentemente, tinha 50 anos e foi preso após um acidente na fábrica onde trabalhava, uma grande corporação de materiais eletrônicos chamada James Cameron.

- Boa tarde senhor. Eu me chamo Lily Evans e ele é James Potter...

- Potter? – ele tinha uma expressão de escárnio no rosto – quer dizer então que me prendem e depois resolvem me tirar a cadeia, é um mundo pequeno mesmo.

- Do que o senhor está falando? – eu estava confuso.

- Se você não sabe meu jovem, as empresas Potter é que estão representando a JMC no processo. E você me desculpe a grosseria senhorita Evans, mas eu me recuso a conversar com qualquer um que Slughorn tenha mandado, pelo menos qualquer um que esteja na companhia desse daí. – e saiu, nos deixando sozinhos no meio da sala.


- Eu não entendo.

- O que você não entende Potter, achou que papai era defensor dos bons e oprimidos? – Lily me olhava sarcástica do banco do passageiro, enquanto voltávamos para a universidade.

- Mas é claro que não, se nem na própria família ele é assim. É só que aquele senhor é tão...

- Bom? Bem, você pode não acreditar, mas existem muitas pessoas por ai assim, presas por causa de pessoas ambiciosas e sem escrúpulos, como o seu pai.

- É só que...

- Sabe Potter, algumas pessoas cometem o erro de serem boas, bobas demais e caem nas mãos de outras que só querem se aproveitar delas. Se alguma coisa dá errado são esses trabalhadores que pagam.

- Você fala como se...

- Como se eu tivesse vivido algo assim? Novidade para você, eu vivi. – ela começou a sair do carro, mas eu a impedi.

- O que aconteceu?

- Eu realmente não quero falar nisso.

- Mas eu quero. Eu preciso entender Lily. – algo em minha expressão deve tê-la convencido, porque ela logo se virou para mim com uma expressão indecifrável:

- Você vai precisar de tempo, a história é longa.

- Bem, o nome do meu pai era Anthony, Anthony Evans. Minha mãe morreu no parto e ele sempre me criou sozinho. A mim e à minha irmã, Petúnia. Nós nunca tivemos uma boa relação, eu e ela, já que ela me culpava por ter matado minha mãe. – ela suspirou tristemente – Mas o meu pai não, ele era o meu herói. Sempre trabalhou na única fábrica da cidadezinha de Cedar Creek, a Multiplax. Ele trabalhava no setor de solda, e um dia, por falta de revisão, a solda que ele costumava usar estourou, deixando-o cego. O meu pai ainda tentou entrar na justiça e processar a empresa, mas ele foi considerado culpado e acabou morrendo de depressão. – ela tinha lágrimas nos olhos – No dia em que ele morreu, eu jurei que defenderia pessoas como ele, pessoas como John. E foi assim que eu vim para aqui, com uma bolsa integral e trabalhando naquele bar horrível para me manter.

- Por isso esse caso era tão importante para você.

- Sim, por isso é tão importante para mim.

- Eu não sou meu pai Lily. – eu chorava junto com ela.

- Não, você não é. – ela colocou a mão carinhosamente em meu rosto – Mas se continuar assim, tavez venha a ser.

- Mas que cena romântica. – Amus Diggory nos encarava do lado de fora de minha BMW – O mauricinho e a vadia do ano juntos.

- Sabe Diggory, - desci do carro irritado – já tem muito tempo que eu venho querendo te dizer uma coisa. Infelizmente, eu não sou um cara de conversas. – dei um soco em seu nariz, sorrindo satisfeito quando ouvi alguns ossos estalando – Mas da próxima vez que chegar perto de Jane ou de Lily, ou andar inventando mentiras por ai, você é um cara morto.

- Você quebrou o nariz dele. – Lily me olhava espantada, enquanto Diggory se contorcia no chão, chorando como um bebê.

- Eu espero que tenha mesmo.

- Obrigada. – ela me abraçou chorando – Você não sabe o quanto tem sido difícil ouvir calada todas as mentiras que aquele idiota andou inventando de mim.

- Eu sei. – fiz carinho em seu cabelo, enquanto a mantinha em meu peito – E eu só piorei as coisas.

- Foi uma boa maneira de concertar. – ela sorriu fracamente.

- Eu espero que sim. Agora vamos, tem uma Starbucks a duas quadras daqui e eu realmente preciso de um café.

Dois segundos depois ela estava novamente no meu banco de passageiro.  E eu não podia estar mais feliz.



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Notas finais do capítulo

reviews?*-*