Assim que o segurei, uma sensação de sufocamento começou a surgir em mim. Eu já estava acostumada a aparatar, mas aquilo era diferente, era como se algo estivesse resistindo à mim, me empurrando para trás. Apertei o braço de Draco com mais força.

Segundos depois, já me vi, enfrente à orla da floresta proibida. A expressão dele era tensa.

Andamos lentamente entrando na floresta, esperando a qualquer minuto, encontrar o grupo de comensais que esperava para atacar.

Num momento, ele parou e me segurou, estendeu o pequeno frasco da poção parecida com água. A poção que me dava arrepios, só de me lembrar da ocasião em que eu a usara. Ele bebeu um gole e depois a deu à mim. Logo meus arrepios se intensificaram, resultado da poção, e então estávamos invisíveis. Bem na hora.

Dois comensais se aproximavam silenciosamente pela floresta. Não Teríamos percebido, não fosse pelo fato de um cochichar:

–Tem certeza? Ele está aqui?

–Sim, Snape avisou. O lorde avisa para começarmos a invadir pelo norte da floresta.

–E porquê raios estamos aqui? – Esse chegou tão perto de mim, que seu pescoço ficou a um palmo de distância do meu. Minha única referência de Draco, era onde estava seu braço, que agora eu apertava ainda mais firmemente. – Estamos ao sul! E eu... – Ele se interrompeu, farejando o ar próximo de mim. – Que é isso? Cheiro de...Rosas?

–Não seja tolo! Não há rosas aqui! Além do mais, concentre-se. Viemos aqui porque pensei ter ouvido um barulho.

–Barulho? Tenho cara de palhaço? A floresta é cheia de barulho. Tudo quanto é coisa vive aqui!

–Bem, me desculpe se sou precavido! Se acharmos alguém, será meu mérito! Eu receberei os agradecimentos do lorde, e sem a sua companhia! E eu – Esse chegou mais perto ainda de mim, e eu me afastei. Nesse momento, o vento fez meu cabelo se açoitar ao pescoço do comensal. Esse se encolheu. – Eu também sinto o cheiro. Não são rosas, é perfume, seu idiota! Tem alguém aqui! Chame o lorde!

Os dois correram como se suas vidas dependessem de manter a floresta limpa de invasores. E se realmente dependiam, eles estava muito encrencados.

–Bem, acho que isso irá atrasá-los não? – Draco disse, e eu sabia que estava sorrindo.

–Não acredito que vou dizer isso, mas seu plano deu certo! – Respondi.

–E, hum... Você usa perfume de rosas? – Ele perguntou, rindo.

–às vezes de baunilha. – Eu respondi, rindo também. Me interrompi, quando ouvi passos se aproximando da clareira onde estávamos.

–Prepare sua varinha. – Draco disse, apenas.

...

Ele se separou do meu aperto em seu braço, quando Bellatriz Lestrange lançou-nos um feitiço que eu nem sequer conhecia.

–Apareçam! Eu sei que é você Granger! Sangue-ruim! Avada Kedavra! –Ela lançava feitiços às cegas tentando me acertar. – E o traidorzinho dos Malfoy! Volte para o lado vencedor querido! – Ela gritou em voz sarcástica.

–Ah, cale a boca, tia. – Draco disse, bem ao ouvido de Bellatriz, que deu um salto para trás enquanto disparava feitiços.

–Draco? Meu filho? – Narcisa exclamou, finalmente prestando atenção ao que se passava. – Querido! Você está aí?

–Eu estou bem. – Ele disse, em algum ponto atrás de mim.

–Pare Bella! Meu filho está aqui, pare! – Narcisa implorava à irmã, se pendurando em suas costas.

Eu lançava os feitiços às cegas, tentando acertar Bellatriz, que se locomovia, rapidamente. Mas parei assim que escutei um grito de dor terrível, vindo de uma das pessoas que eu acertei.

Narcisa Malfoy jazia morta no chão.