Juntei meus materiais e corri até o lado de fora. Pelo que eu sabia, ela estaria saindo da aula de poções. Desci correndo todos os lances de escada até as masmorras. Lá estava. Sentada ainda, dentro da sala. Era a única. Entrei.

– Oi, Helena... – cumprimentei e ela se virou, os cabelos voaram sobre o ombro.

– Oi! – cumprimentou, animada, e sorriu.

Mas então as vozes das garotas lá fora se tornaram mais altas. Uma delas entrou na sala, os olhos arregalados me escaneavam de cima a baixo e então voltaram-se a Helena.

– Nós... Estamos esperando você lá fora... – murmurou e saiu.

– O que quer, Will? – perguntou, a voz áspera e rude.

– Vim ver você... – respondi – Dar as boas vindas...

– Obrigada, mas – ela estreitou os olhos enquanto se virava, os materiais já em mãos. – estou bem.

Saiu a passos largos, deixando-me sozinho com uma expressão de desgosto.

– Ela me ignorou, Harry! – exclamei. – Por que ela me ignorou?

Ele piscou os olhos confusos e retirou-os do bolo que estava à sua frente enquanto virava-os para mim.

– Como? – perguntou. Eu lhe acertaria um tapa, mas permanecia observando os cabelos cor de mel que estavam de costas para mim.

– Ora... – respondi à minha própria pergunta, puxando a camisa de meu amigo. – Ela é uma corvina, não... Ela é filha de Ravenclaw. E os corvinos não gostam de sonserinos por causa do que o Slytherin fez e a Rowena menos ainda, não deve querer a filha com gente da nossa laia...

– Posso dizer uma coisa? – assenti. – Não vai me bater? – neguei, apesar de não ter certeza de a resposta ser verdadeira. – Acho que você está apaixonado...

Acertei-lhe um soco no braço e continuei observando Helena Ravenclaw. Minha ”prima”.