Paradise escrita por Mondai


Capítulo 1
This Could Be Paradise


Notas iniciais do capítulo

Cá estou, com uma Dramione.
Escutem a música. Fica legal se você escutar enquanto lê. Ou não, tanto faz, a música muito bonita. Vou deixar o link:
http://letras.terra.com.br/coldplay/1963119/
Essa fic é pequena, mas eu gostei bastante de escrever ela. Nunca tinha escrito one-shot.
Bem, boa leitura!
Desculpem possíveis erros!
*-----*
A fic se passa depois que a Bellatrix tortura a Hermione em DH, tipo, como se Aberforth não tivesse mandado o Dobby



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196471/chapter/1

Draco estava no pátio da Mansão Malfoy. Sua tia Bellatrix, havia torturado Granger e agora ele carregava o corpo dela, que tinha que tinha cortes profundos e um dos pulsos dilacerado.

Eram questões de minutos para ela morrer e Greyback aparecer para se alimentar de seus restos.

Draco estava aterrorizado com o corpo que ele agora depositava no chão de paralelepípedos, mas tentava não demonstrar. Tinha que ser rápido, Voldemort já devia estar a caminho para matar o suposto Potter, e ele não poderia estar ausente, mesmo que desejasse estar.

Por sorte, estava só. Se sua mãe o visse ajeitar cuidadosamente o corpo de uma sangue-ruim, o expulsaria de casa.

Mas, ao ver de Draco, era o mínimo que ele podia fazer por ter visto ela ser torturada e não ter feito nada.

Ele arrumou um pouco o cabelo dela e levantou-se. Surpreendeu-se ao ver um sorriso, que deixou os dentes manchados de sangue expostos, brotar nos lábios dela. Não entendia como alguém que devia estar urrando de dor podia estar sorrindo.

Ela mantinha os olhos fechados, e não percebeu quando ele ajoelhou-se ao seu lado, curioso.

– Por que você sorri? – Ele perguntou, mesmo achando que ela não seria capaz de responder. Depois de alguns segundos ela respondeu, inspirando profundamente antes de falar com a voz falha e rouca.

– Porque é tão lindo... Tão... Brilhante... Bichento está aqui... – A expressão dela era calma, os olhos fechados davam a impressão de que ela estava dormindo. Ele pensou um pouco antes de falar.

– É... É o paraíso? – Draco se achou tolo após ter perguntado aquilo. Não seria surpresa que ela fosse para lá. Já ele, tinha certeza que iria para o mais profundo inferno.

Mais alguns segundos e a poça de sangue que saía do pulso esquerdo dela já era apalpável ao redor dos dois. Então ela abriu os olhos e inclinou a cabeça um pouco para o lado, o encarando com o mesmo sorriso que, agora, não alcançava mais o resto de seu rosto.

– Draco... – A respiração dela estava ficando mais difícil – Isto... – Ela segurou uma das mãos dele com sua pálida mão direita – Pode... Ser o... Paraíso... – O sorriso dela se desfez e seus olhos fecharam-se novamente.

Ele não entendeu o que ela havia dito; uma guerra com tantas pessoas morrendo e sofrendo definitivamente não era o paraíso. Sua curiosidade era tanta com aquela pequena sabe-tudo que resolveu tentar invadir sua mente. Não foi difícil, levando em conta o estado debilitado que ela estava.

Quando ela era apenas uma garota

Ela esperava o mundo

Mas ele vôou fora de seu alcance

Então ela fugiu em seu sono

Ele viu uma Hermione de sete anos, encolhida atrás da porta de um quarto cor de rosa, que devia ser o dela no mundo trouxa, com as duas mãos tapando fortemente os ouvidos enquanto gritos de um homem e uma mulher brigando eram escutados do lado de fora. Lágrimas escapavam dos olhos da pequenina garotinha de cabelo engraçado. Então a mini Hermione pegou um livro que devia ter o tamanho de uma enciclopédia e pulou pela janela de seu quarto, que era no primeiro andar, lançando-se na perigosa noite londrina.

E sonhava com o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Toda vez que ela fechava seus olhos

Ooohh

Depois, alguns anos mais velha, uma Hermione andando pelos corredores de Hogwarts, encolhida, com o material da aula de poções nos braços. E alguns sonserinos, incluindo Malfoy, passaram por ela, derrubando suas coisas no chão, xingando-a e Pansy lhe jogou suco de abóbora no rosto. A Hermione juntou suas coisas e correu para o banheiro da Murta, com lágrimas nos olhos, trancando-se em uma cabine qualquer e riscando na madeira da porta com sua pena a palavra “Paraíso”.

Quando ela era apenas uma garota

Ela esperava o mundo

Mas ele vôou fora de seu alcance

E as balas ficaram presas em seus dentes

Outra lembrança, uma Hermione correndo pela Sessão de Mistérios no Ministério da Magia. Ela corria, mas eram muitos Comensais da Morte a sua volta. Ela parou bruscamente, olhando ao seu redor, vendo que não tinha saída e fechou os olhos enquanto uma maldição que Draco desconhecia voava até seu encontro.

A vida continua,

Ela fica tão pesada

A roda quebra a borboleta

Cada lágrima, uma cachoeira

Na noite, a noite de tempestade

Ela fechará seus olhos

Na noite

Na noite de tempestade

Para longe ela voaria

Agora era a mesma Hermione que ele tinha ao seu lado. Ela estava sentada no meio de uma floresta, com uma fogueira apagada a sua frente e com um colar estranho, e o colar parecia... Parecia que o colar sussurrava coisa para ela, fazendo que lágrimas caíssem de seus olhos. Ela escreveu com a ponta do dedo indicador nas cinzas a mesma palavra: “Paraíso”.

E sonhos com o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Ela sonharia com o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Outra lembrança. Ela correndo pela mesma floresta com Weasley e Potter ao seu lado, mas havia o bando de Greyback atrás deles. Eles estavam quase sendo pegos, quando ela lançou uma azaração no Potter, escondendo sua verdadeira identidade. Então ela parou e virou-se lentamente para o bando, com toda serenidade de um Dumbledore.

As lembranças haviam acabado. Ele saiu da mente dela e olhou para seu corpo, ela estava com sua respiração arfante e lenta. Retribuiu o toque que ela tinha dado em sua mão e ficou de joelhos ali, até o último batimento do coração da menina que havia feito grandes ações para o mundo mágico. Quando a vida deu seu último suspiro no corpo dela, ele beijou lentamente sua testa.

Ele entendeu. Ela estava certa, como sempre. Foi até a sala novamente, encontrou Weasley e Potter presos em um canto e Bellatrix, sua mãe e seu pai, apreensivos em outro.

– Draco? Draco!? – Bellatrix começou a falar enquanto Draco apontava, sorrindo, sua varinha para as correntes que prendiam os dois meninos.

Independente do que acontecesse, ele sempre se lembraria de Hermione e sua frase memorável.

E assim por debaixo dos céus tempestuosos

Ela dizia: ''oh, ohohohoh

Eu sei que o sol deve sair para se pôr"

Isto poderia ser o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Isto poderia ser o para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Conto com o review de quem leu!
Se um dia, o que é possível, essa fanfic virar uma long, pode deixar que vou mandar uma MP para que gostou ;D!Apesar de eu achar que vocês devem ter odiado o fim...
Obrigado por lerem!
Beijõess
JuB'S
(Confira minha Tomione, hehehe)