Capitulo Quinze.

POV Zayn.

            Fiquei muito feliz quando o sinal tocou. Na verdade, não fazia muita diferença. Durante todas as aulas depois da aula de biologia eu simplesmente não prestei atenção em nada. Não anotei nada de aula nenhuma. Pois estava ocupado demais pensando em Ligia. Aquela menina que eu havia acabado de conhecer. E nem podia dizer que havia CONHECIDO ela porque trocamos poucas palavras. Uma coisa que estava me deixando REALMENTE feliz era saber que a ajudei com a dissecação. E quando ela me agradeceu pude ver em seus olhos que ficou mesmo muito grata e isso só me deixou MAIS feliz.

            Sai da sala depois de todo mundo já ter saído. A primeira coisa que meus olhos identificaram foi Ligia e um de seus amigos. Pelo menos eu pensava que fosse amigo. Ele estava com a mão em volta de sua cintura e ela com a mão em volta de seu ombro. Aquilo, definitivamente, não deveria me incomodar. Lola, não era minha amiga e nem... A minha namorada. Quando a palavra “namorada” veio em minha mente junto com ela veio-me a possibilidade de Ligia ser a minha e em seguida senti um desconforto, pois obviamente aquele menino não era apenas amigo dela. Minha cabeça estava pura confusão. Nada daquilo fazia sentido. Nem meu desconforto ao ver aquela cena e nem... Aquela ideia de Ligia sendo minha namorada. Era ridículo.

            Desviei meu olhar para não correr o risco de ser pego olhando fixamente para Ligia. Fui andando em direção à saída principal da escola. Passei por ela e seus amigos fazendo muito esforço para não olhar. Estava chegando perto da saída e senti uma mão tocar meu ombro. Levei um susto e olhei para trás. Fiquei muito surpreso ao ver quem era.

- Ligia – pronunciei seu nome por impulso. E segundos depois senti minhas bochechas arderem.

- O-oi Zayn é... Eu... – ela olhava para o chão e não pra mim. Estava ficando nervoso com isso. Queria conseguir olhar em seus olhos – eu queria... Agradecer mais uma vez o que você fez na aula de Biologia. É... Obrigada.

            Senti que um sorriso se formou em meu rosto.

- Tudo bem não precisa agradecer. É sempre... Bom ajudar – comecei a ficar feliz por ela não estar olhando pra mim.

            Escutei uma buzina. E ela olhou para o lado. Olhei na mesma direção que ela. Vi um carro preto, discreto, porém muito elegante.

- Eu... Preciso ir – ela disse ainda sem olhar pra mim – tchau – e correu em direção ao carro.