Filha Do Amor escrita por Noderah


Capítulo 3
Fearless


Notas iniciais do capítulo

Olha só que sorte a de vocês! Dois capítulos em um dia só!



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Voltei para a gruta com Fruitloop e no caminho eu vi uma Manticora, um monstro com corpo de leão, cabeça de homem, dentes de ferro e calda de escorpião. Peguei o estojo e estava pronta para partir para o ataque, mas a Manticora fugiu. E não era eu que ia gastar o meu preciso tempo correndo atrás de um monstro quando eu tinha que melhorar o meu visual para dar uma boa primeira impressão.

– Vamos, Fruitloop. Deixa pra lá... – Voltei a andar até a gruta.

Quando chegamos, coloquei tudo o que eu tinha que era realmente importante dentro da mochila. Coloquei a minha calça jeans e minhas botas que iam até o meio da minha coxa. Vesti minha blusa verde que combinava com a bota verde musgo e fiz uma trança de lado.

Peguei o prato de Fruitloop e a única recordação de meus pais adotivos: Uma foto.

Peguei Fruitloop nos braços e estava pronta para sair de “casa”, quando virei e olhei para aquele lugar detestável. O sofá todo furado, a tv pequena e antiga, o pequeno armário usado para guardar roupas e comida e a mesa baixa que eu tive que comprar com tanto esforço.

– É uma nova era... Uma nova era, e ela vai ser... Muito boa.

Virei e desci da gruta, andei a caminho do meu novo lar.


...


Certo, eu preferia não ter negado o pedido de Mark e Daniel de me levarem ao acampamento. Enquanto eu subia a grande colina, a caminho da passagem, comecei a ficar nervosa. Eu morria de medo de lugares novos. Tinha medo de ficar excluída, mas lá era um medo diferente, afinal se eles não gostarem de mim, a minha própria família irá me excluir! Isso seria horrível! Ah, meus deuses! Por favor, não! Minhas mãos suavam, meu corpo tremia e eu estava ficando cansada de subir aquela porcaria de colina que não acabava, até que acabou.

Entrei no acampamento e passei por um pinheiro que tinha um estranho brilho quase invisível, parecia como se um dia ele foi realmente vivo. Sei lá, eu estava pirando com a pressão. Logo que eu entrei, adolescente e crianças me olhavam e murmuravam algo, alguns sorriam me encorajando, outros riam... O que me dava vontade de voltar.

Mas continuei andando, garotos e garotas – na maioria loiros e bronzeados – treinavam arco e flecha. Outros treinavam luta corporal, lutavam com espadas e escalavam uma parede vulcânica.

– Ei, Helena! - Alguem gritou.

Olhei para trás e Mark estava correndo em minha direção.

– Ah, oi! – Falei.

– Então, o que está achando? – Ele perguntou tocando em meu ombro.

– Aqui é muito bonito e é incrível!

Fiquei bem mais a vontade, conhecer alguém naquele mar de gente, era muito bom!

– Vem, eu vou te apresentar para o Quíron e o Sr. D. – Ele disse colocando a mão em meu ombro, me guiando

– Ah, só para saber, mas você é filho de quem? – Perguntei.

– De Hermes, o deus dos ladroes, viajantes e outras coisas ai. – Ele disse olhando para a frente com as mãos nos bolsos.

– Você nunca pensou em me roubar, né? – Eu brinquei e depois ri.

Ele olhou para mim e viu que a pergunta não era séria, mas não respondeu.

– Certo...

– Você sabe em quanto tempo eu saberei quem é o meu pai?

– Você conhece a sua mãe ou o seu pai? – Ele perguntou me olhando.

– Nenhum dos dois... – Respondi sem graça.

– Bom... Se for mulher, será mais rápido, principalmente se for Afrodite... – Ele sorriu para mim.

Olhei para o lado corando.

Começamos a passar por espécies de chalés e cada um parecia ter uma personalidade. Um tinha uma coruja de prata que parecia de verdade na porta, outro tinham portas duplas de aço e estavam abertas, de modo que e podia ver várias crianças trabalhando, outra parecia um templo, tinham roseiras percorrendo o templo, e um coração com uma duas flechas na porta, ao lado, tinha um chalé bonito e com cheiro de perfume, quando uma menina saiu de lá, pude ver que as camas estavam perfeitamente arrumadas e na parede de frente de cada cama, tinha uma penteadeira arrumada e esculpida. Todos os chalés eram tao bonitinhos e charmosos, mas ao lado do de chalé perfumado, tinha um que parecia um chalé de acampamento de verdade, ele era completamente feito de madeira, com uma bandeira na ponta do telhado, algumas coisas estavam descascando, mas ele parecia tão aconchegante.

– Esse é o chalé de Hermes, onde você provavelmente, passara a noite. Você irá conhecer os meus irmãos, só tome cuidado.

Entao, finalmente chegamos a casa grande, onde eu iria conhecer Quíron e o Sr. D. Subimos as escadas e chegamos na varanda, onde um homem com corpo de cavalo estava ao lado de uma mesa onde estava sentado um homem com camisa de onça, cabelo enroladinho e barba.

– Ah, meus deuses! Um centauro! – Me escondi atrás de Mark.

Crianças que passavam, riram de mim.

– Calma, crianças. Eu não mordo. Sou Quíron, e vc? – Ele tinha uma voz aconchegante, exatamente como o chalé de Hermes. – E este é o Sr. D.

– Oi. – O homem não desgrudou seus olhos da mesa.

– Olá, sou Helena... Espera... Senhor D? D de Dionísio? O deus do vinho e das festas e...

– Nããão! Imagina... –Ele respondeu sarcástico.

– Bom...

Sr. D olhou para mim pela primeira vez me examinando da cabeça aos pés.

– Espere, qual seu nome?

– Helena...

– Ahn, eu... – Ele se levantou e entrou na casa.

– Sr. D as vezes tem esses ataques de pânico. – Quíron explicou. – Mas quem é o deus? Sua mãe, ou seu pai?

– Ela não sabe, não conheceu os pais. – Mark disse.

– Bom, você já sabe de tudo, criança?

– Sei, meu pai ou minha mãe, me deixou uma carta antes de partir.

– Conte-me tudo.

Depois de contar tudo o que aconteceu na minha vida desde os meus 13 anos, Quíron passou a mão em sua barba.

– Você tem um gato?

Fruiloop saiu de tras de mim.

– Ele é bem pequeno para 13 anos.

Olhei para Fruitloop, o gatinho preto, do tamanho das minhas duas mãos, aos meus pés.

– Eu nunca tinha pensado nisso.

– Acho que você deve estar cansada. Mark, leve-a para o chalé de Hermes.

– Sim, senhor.

Fomos voltando para o chalé de Hermes e conversando sobre o que eu fiz em três anos.

– Pronta? – Ele me perguntou na porta do chalé.

– Pronta.

Ele abriu a porta e lá dentro tinham várias crianças brincando e arrumando suas camas.

– Cuidado onde pisa.

– Gente, está é a Helena. Ela é indeterminada e quero que a tratem bem.

Ele sorriu para mim.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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Amore



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