– Calma... Nós já estamos chegando. – Disse para Fruitloop.

Eu tinha sangue de monstro por todo o meu corpo, minhas botas estavam todas encardidas e meu casaco podia ser jogado fora. Mas meu corpo queria mais adrenalina.

Chegamos a gruta no momento que a adrenalina estava passando. Ah, mas cade os meus modos, não me apresentei, né. Bom, meu nome é Helena e eu tenho 16 anos. Quando eu tinha 13 anos, meus pais adotivos me contaram o que eu sou. Logo em seguida, monstros nos atacaram, e eu teria morrido, se eles não tivessem me escondido no sótão. Minha mãe adotiva disse que me deixaram na porta de casa em uma cesta (típico, não?) quando eu tinha 6 meses, e junto da cesta estava Fruitloop, o meu gatinho preto e uma carta enorme explicando tudo. E desde então venho procurando o acampamento que é citado na carta. Na carta, ele é descrito como um lugar onde pessoas iguais a mim podem treinar, fazer amigos e saber da onde e de quem vem.

Ninguém pensa que com o meu físico eu moraria em uma gruta. Sim, eu sou bonita. Tenho olhos realmente pretos, pele branquinha, cabelo negro e sou alta e magra. Magra de tanto correr de monstros... Mas eu não me acho “A fabulosa”, se eu fosse, teria um namorado, muito dinheiro e pais de verdade.

Mas é, eu vivo em uma gruta com o meu gato, hoje em dia, ela tem até tv a cabo, mas quando eu cheguei eu dormia em cima de uma pedra.

Voltando ao ocorrido... Fruitloop pulou no sofá enquanto eu entrava em “casa”. Coloquei o pão que eu tinha comprado e as frutas que eu colhi em cima da mesa. Tirei a calça jeans, as botas e a blusa rapidamente para tentar evitar o frio que fazia na gruta, coloquei um moletom e fui me deitar com Fruitloop em meu colo.

A verdade, é que eu sou uma semideusa, e não sei de quem eu sou filha, nem por parte de mãe, nem de pai.