LEIAM MINHA NOVA FIC TAMBÉM: Out Of A Town Girl

Bufei me levantando do sofá e começando a andar de um lado para o outro. Jennifer continuou sentada batendo os pés, impaciente, no chão da sala.

E pela primeira vez na vida não era Jennifer que estava enrolando e sim, Victória.

–Qual é o problema dessa loira? –perguntei jogando minha franja para o lado, irritada.

–Eu também quero saber! –Jennifer falou bufando e se levantando do sofá.

Ouvi passos na escada e olhei na direção vendo Victória descendo graciosamente como se nós nem estivéssemos muito atrasadas.

Olhei para sua roupa sem entender.

–Tudo bem, aonde você vai? –perguntei confusa.

Ela terminou de descer as escadas e olhou pra mim e pra Jennifer, sorridente.

–Eu vou pra escola junto com vocês. –ela disse óbvia e foi em direção à porta.

Olhei para Jennifer e nós duas começamos a segui-la.

–Mas desse jeito? –Jennifer perguntou.

Victória revirou os olhos enquanto trancava a porta.

–Eu só quis dar uma caprichada a mais. –ela deu de ombros e foi em direção à garagem.

Ela apertou o botão do pequeno controle e logo o portão automático começou a se levantar vagarosamente.

–Você não vai mesmo nos contar porque você se arrumou assim? –perguntei não acreditando em sua resposta anterior.

Victória poderia ser milionária, e era, mas ela só se arrumava mesmo quando ia a uma festa muito importante com seus pais ou...

–Espera... –disse ligando os pontos e as duas me olharam. –Você se arrumou assim por causa do Joseph?

Ela arqueou as duas sobrancelhas e suspirou entrando na garagem e destravando o alarme do carro. Ela entrou no banco do motorista e eu bufei indo em direção à porta do passageiro antes que Jennifer entrasse.

Entrei no carro e bati a porta olhando seriamente para Victória.

–Você não me respondeu.

–Dá um tempo Stephanie. –ela falou irritada enquanto saia com o carro da garagem.

–Não dou não. E eu sei que é por causa dele. Qual é Victória, se ele gostar ou começar a gostar de você, você não acha que seria melhor se você fosse... Você mesma?

Ela me olhou por alguns instantes, logo voltando a prestar atenção na rua.

–Mas eu sou assim.

–Não é não. –Jennifer disse colocando a cabeça no meio dos bancos. –A Victória normal iria de calça e tênis

Victória bufou.

–Eu não posso mais me vestir de outra maneira? Que saco. –ela quase gritou e eu suspirei.

–Eu só não quero que você mude por outras pessoas. –murmurei e o silêncio se instalou no carro.

Chegamos à escola e estava lotado de carros por todos os lados e havia poucos alunos chegando ainda, e nós éramos um desses.

A loira estacionou o carro no único lugar que havia ali e nós saímos rapidamente de dentro dele. Victória ligou o alarme fazendo um barulhinho e logo nós estávamos andando rapidamente até a entrada da escola onde estavam o diretor e a vice-diretora.

–Boa noite garotas. Espero que se divirtam. –o diretor George disse sorridente.

Nós sorrimos pra ele e cumprimentamos a vice-diretora, Eliana, com um abraço. Ela era um doce de pessoa.

Depois disso nós fomos praticamente correndo para o ginásio, e após passar pela porta de vidro que nós ouvimos a música alta que tocava lá dentro. Alguns alunos estavam fora do ginásio se pegando, o resto estava lá dentro e lá de fora já dava pra ver a quantidade de pessoas. Era muita gente.

As meninas entrelaçaram seus braços nos meus, cada uma de um lado, e em seguida nós entramos na quadra. Ela estava toda enfeitada de branco e vermelho e os alunos estavam todos sentados nas arquibancadas esperando começar o jogo e a apresentação das líderes de torcida.

–Onde estão os meninos? –perguntei alto no ouvido de Victória, que estava do meu lado direito.

Ela olhou em volta e parou seu olhar em dois meninos de camiseta de basquete que conversavam com um homem gordinho, baixinho e de cabelos encaracolados.

–Aqueles são o Chaz e o Ryan não são? –ela perguntou apontando para os dois garotos.

–Vamos lá ver. –Jennifer disse e nós fomos em direção a eles.

Passamos na frente do vestiário feminino e masculino e a porta estava aberta, e não deu pra ver lá dentro já que nós passamos rapidamente.

Nós chegamos perto deles e Victória cutucou o garoto de cabelos pretos, que quando se virou deu um sorriso gigante.

Era o Chaz.

–Pensei que vocês não viessem mais. –ela falou alto e abraçando cada uma de nós.

Ryan olhou pra trás e também sorriu.

–Até que enfim. Se você não viesse Steph, eu acho que o nosso querido amigo Bieber iria ter um infarto. –Ryan disse em tom de brincadeira enquanto me dava um de seus abraços de urso.

Eu ri.

–Por falar em Bieber, onde ele está? –o homem que estava conversando com os garotos perguntou.

–Ele está no vestiário passando às coordenadas para os moleques. –Ryan disse dando de ombros.

–Eu vou lá falar com ele. Tchau garotas. –o homem disse simpático dando um aceno para nós, que retribuímos.

–Quem é ele? –perguntei depois que ele estava dentro do vestiário masculino.

–Ele é nosso professor de basquete. –Chaz respondeu.

Assenti olhando em volta vendo as pessoas animadas nas arquibancadas.

–Vocês devem estar estranhando por ele ser meio gordinho, não é? –Ryan perguntou soltando um risinho.

Nós assentimos freneticamente fazendo os dois a nossa frente gargalhar.

–Ele é um bom treinador e ele treina vôlei também. –Chaz disse depois que parou de rir.

Começou a tocar Chasing the Sun e eu mordi o lábio começando a mexer os ombros.

Os meninos riram de mim, mas eu continuei dançando.

Alguém deu um tapa forte em minha bunda e eu arregalei os olhos dando alguns passos pra frente de tão forte foi o tapa. Olhei pra trás encontrando Sidnei e as meninas rindo de minha cara. Até Chaz e Ryan estavam rindo.

–Filho da puta. –murmurei em português olhando com uma cara nada boa para o Sidnei.

–Olha, não xinga a minha mãe. –ele disse apontando o dedo pra mim mais se segurando pra não rir.

Acariciei minha bunda enquanto voltava para o meu lugar, ao lado do Sidnei.

–Que dor Sidnei, puta merda. –disse ainda acariciando minha bunda.

Minha cara deveria ser cômica já que os meninos não paravam de rir.

–Essa é a intenção. –Sidnei disse óbvio.

Revirei os olhos sentindo um beijo em minha bochecha.

Dei um pulo de susto e olhei pro meu lado vendo um Justin sorridente e de regata ao meu lado.

Ele estava simplesmente lindo com uniforme vermelho com uns detalhes brancos do time de basquete da escola que se chamavaAtlanta Hawks.

–Por que você não faz igual ele? –perguntei me virando para o Sidnei que me olhava com tédio.

–O quê aconteceu? –Justin perguntou.

–Sidnei deu um tapa em minha bunda. –disse fazendo bico enquanto acariciava ela novamente.

Estava ardendo pra caralho.

Justin riu e me abraçou pelos ombros.

–Tudo bem? –ele sussurrou no meu ouvido.

Olhei pra ele e sorri abertamente.

–Estou ótima.

Ele sorriu e se virou para os meninos.

–Eu já volto. –ele disse para os garotos e começou a me puxar pra longe deles.

–Aonde vai Drew? –Ryan perguntou.

–Eu preciso conversar com ela. –ele disse apontando com a cabeça em minha direção.

O olhei confusa e logo olhei para as meninas e o Sidnei.

–Conversar? Sei. –Ryan disse malicioso e ouvi Justin bufar começando a me puxar em direção à saída do ginásio. –Camisinha é sempre bom, Justin. –Ryan gritou e eu arregalei os olhos sentindo minhas bochechas ferverem.

–Vai se fuder Ryan. –Justin gritou e eu gargalhei.

Saímos do ginásio e fomos nos sentar em uma das mesinhas que tinha ali.

Justin sentou-se em cima da mesa e eu fiquei em pé em sua frente. Ele me puxou pela cintura e eu abracei a cintura dele colando nossas testas.

–Eu pensei que você não viria. –ele sussurrou e seu hálito de menta bateu em meu rosto causando arrepios.

–Eu disse que viria e eu não poderia perder você jogar. –disse acariciando sua bochecha enquanto sorria.

–Eu vou fazer uma cesta pra você. –ele disse sorridente.

Eu ri.

–De três pontos?

–Sim. –ele murmurou enquanto aproximava seus lábios do meu e fechava lentamente seus olhos.

Senti seus lábios macios roçarem nos meus e fechei meus olhos. Ele me deu vários selinhos e depois mordeu meu lábio inferior.

Me aproximei mais dele e grudei mais nossos corpos. Ele apertou fortemente minha cintura e eu suspirei lambendo meus lábios que estavam a centímetros dos seus. Senti a pontinha de sua língua acariciar meu lábio inferior e eu entreabri meus lábios iniciando um beijo intenso.

Acariciei seu cabelo puxando levemente alguns fios e desci lentamente minha mão, que estava em sua bochecha, por seu abdômen definido. Ele apertou fortemente minha bunda e fez com que eu batesse contra o seu membro, que eu senti estar bem animado.

Ele gemeu e eu senti todos os meus pelos se arrepiarem.

–Droga Steph. –ele murmurou com a voz rouca e separando nossos lábios.

Abri meus olhos e o olhei assustada. Ele permaneceu com os olhos fechados e respirando profundamente.

–O que houve? –perguntei preocupada.

Ele respirou fundo e abriu os olhos me olhando intensamente.

–Como você consegue? Eu... –ele suspirou e me puxou pela cintura grudando nossos corpos novamente. Arfei quando senti o quanto ele estava excitado. –Senti isso? –ele sussurrou em meu ouvido.

–O-o quê? –gaguejei e engoli em seco sentindo meu estômago dar voltas.

Essas são as famosas borboletas no estômago? Uma sensação bem estranha.

–Assim é como eu fico quando você me beija. –ele falava baixo em meu ouvido me fazendo tremer.

–É só você parar de me beijar. –sussurrei respirando fundo quando ele começou a beijar meu pescoço.

–Eu não vou fazer isso. –ele soltou uma risada rouca em meu pescoço e eu tremi mais uma vez. –Eu só não entendo porque você apenas... Me beija. –ele voltou a olhar em meus olhos e eu os desviei rapidamente.

–Eu não sei também. –dei de ombros e ele pegou em meu queixo me obrigando a olha-lo.

–Mas eu gosto disso. Pelo menos você não precisa ficar fazendo... Hum... Outras coisas pra me deixar assim. –ele sorriu malicioso e eu ri.

–Bieber, o treinador está chamando! –ouvi a voz de Ryan gritar atrás de nós e Justin olhou pelos meus ombros.

–Estou indo. –Justin soltou um suspiro e desceu de cima da mesa grudando em mim.

–Eu tenho que ir. –ele sussurrou acariciando minha bochecha.

–Boa sorte. –dei um beijo em sua bochecha, mas ele não ficou satisfeito.

Ele me puxou pelo braço e me beijou intensamente logo se separando de mim com um gemido de frustração.

–Vamos. –ele me puxou e nós voltamos pra dentro do ginásio.

Eu, Victória, Joseph, Jennifer e Sidnei estávamos sentados na arquibancada direita, onde o time do Justin iria ficar, mas eles ainda não tinham saído do vestiário.

As líderes de torcida iriam entrar em alguns minutos e enquanto isso nós conversávamos sobre coisas bobas.

–Você está namorando com o Justin? –Sidnei perguntou curioso.

–Não Sidnei. –disse revirando os olhos.

–Mas vocês estão ‘’ficando sério’’ então? –ele perguntou fazendo aspas com o dedo.

–Ai eu já não sei. –disse dando de ombros.

–Eu acho que está sim Sidnei. –Jennifer disse ao lado dele.

A olhei com o cenho franzido.

–Faz tempo que você não fica com ninguém, e os meninos falaram que o Justin também não ficou mais com nenhuma menina. –ela explicou e Sidnei me olhou maliciosamente.

–Eu acho que vocês ainda vão namorar, e não vai demorar muito. –ele disse dando dois tapinhas em meu ombro.

Quem me dera – pensei comigo mesma

–O Justin não é do tipo que namora, eu já cansei de falar. E eu também estou muito nova pra namorar. –disse dando de ombros.

–Você tem dezoito anos Stephanie. –Sidnei disse revirando os olhos.

–Mesmo assim. Eu quero pensar em estudar primeiro, não em namorar. Quem sabe um dia. –disse dando de ombros.

–Eu tenho certeza que se ele pedir você vai mudar de opinião. –Jennifer murmurou e eu ignorei.

As luzes se apagaram ficando só uma luz vermelha e todos começaram a gritar, até eu entrei no meio gritando feito uma louca.

As luzes se acenderam e o pessoal gritou ainda mais quando viram que no meio da quadra estavam as meninas da torcida.E no meio das meninas encontrei Julliete e Mayara sorridentes segurando seus pompons. Todas seguravam pompons idênticos.

Mariane estava na frente ao lado de sua irmã Summer e do outro lado de Mariane estava Alex. Havia várias meninas ali, muito bonitas por sinal, mas as que esboçavam sorrisos convencidos e olhar superior eram apenas essas três.

E isso me deixava mais em duvida ainda em como o Justin me trocou quando tinha duas meninas lindas aos seus pés.

Suspirei e uma música animada começou a tocar e elas logo começaram a fazer acrobacias incríveis e gritar algumas coisas que eu não entendia por causa dos gritos ensurdecedores da plateia.

Eu o Sidnei e a Jennifer estávamos em pé pulando e aplaudindo as meninas que davam saltos inacreditáveis, que dava até um gelo na barriga. Victória continuou sentada com Joseph, eles estavam conversando um com o outro, e no ouvidinho.

Quando elas terminaram umas meninas levantaram Alex e Mariane, que ficaram de pernas cruzadas e as outras se ajoelharam mexendo seus pompons olhando para as duas. Todos aplaudiram e as garotas desceram Alex e Mariane colocando às no chão.

Elas ficaram enfileiradas e agradeceram acenando para as duas arquibancadas. O diretor veio na direção de Mariane e entregou a ela um microfone.

–Então... Gostaram? –ela perguntou um pouco ofegante e todo mundo gritou a fazendo rir. –Que bom que gostaram. Mas agora os meninos vão mostrar algumas de suas habilidades no basquete. –ela disse soando um pouco maliciosa.

Logo os garotos começaram entrar no ginásio pela porta principal e eu nem havia percebido que eles tinham saído. Isso deve ter acontecido quando apagou as luzes.

Os gritos das meninas eram os que mais podiam se ouvir, e algumas delas até gritavam o nome do Justin insistentemente. O próprio sorria e acenava para as arquibancadas enquanto caminhava daquele jeito até o banco de metal que estava próximo de onde nós estávamos.

O time foi divido entre o time do Luke que ficou no banco da arquibancada esquerda, e o time do Justin, que ficou na arquibancada direita.

Então era o seguinte... O tempo de jogo oficial é de 40 minutos, divididos em quatro períodos iguais de dez minutos cada. Entre o segundo e o terceiro período, há um intervalo de quinze minutos e invertem-se as quadras de ataque e defesa dos times; logo cada time defende em dois períodos cada cesta.

O técnico pode utilizar seus doze atletas (cinco em quadra e sete no banco) a qualquer momento.

Sidnei também jogava basquete, e sempre me explicava algumas coisas que eu não entendia.

No time do Justin ficou o Chaz, Ryan, Michel, Willian, Michael, Freddie, Petter e os outros sete eu já tinha visto, mas não sabia o nome.

E no time do Luke eu também não conhecia.

–Hey, onde está o Philip? –perguntei olhando para o Sidnei ao meu lado.

–Ele não quis vir. Ele diz que essas coisas de escola são um lixo. –Sidnei deu de ombros e eu assenti voltando a prestar atenção em Justin, que falava alguma coisa com os meninos do seu time.

O esmalte rosa claro da minha unha já tinha ido pro saco depois que eu comecei a tirá-lo com os dentes. Meus olhos não saiam de Justin que estava pingando suor e com o olhar concentrado e sério.

O time dele estava ganhando, mas se o time do Luke fizesse uma cesta de três pontos, eles ganhariam. Foi então que Justin deu um ‘’toco’’ em Luke quando ele estava prestes a fazer uma cesta, e saiu correndo em direção à outra cesta. Ele passou a bola para Ryan quando viu que não dava mais pra passar porque um garoto estava o bloqueando, e Ryan pegou a bola fingindo que iria fazer uma cesta, mas ele voltou à bola para Justin, que agora estava livre, e ele fez uma cesta linda de três pontos. O professor apitou e o jogo foi encerrado.

Pulei da arquibancada gritando e pulando igual às outras pessoas.

Justin vasculhou as arquibancadas e quando me viu soltou uma risada. Ele mexeu os lábios em um ‘’foi pra você’’ e eu sorri abertamente, batendo palmas.

Esse jogo foi melhor do que os que eu já assisti na TV.

Os garotos entraram no vestiário e logo as pessoas começaram a descer das arquibancadas e ir embora. Nós descemos um degrau da arquibancada e iriamos em direção à saída, se não fosse por Julliete eMayara, junto com uma menina que eu nunca vi na vida, nos chamando na outra arquibancada que ainda havia bastante gente.

Fomos nos espremendo no meio das pessoas indo em direção a elas que estavam descendo os degraus da arquibancada.

–Oi gente. –Julliete disse quando nós já estávamos pertos o suficiente e deu um abraço em cada um de nós.

Mayara também fez o mesmo e a menina ‘’desconhecida’’ ficou atrás dela, um pouco tímida.

–Ah! Gente essa é minha prima, Louise. –Julliete disse sorridente abraçando a menina pelos ombros.

Ela sorriu com as bochechas vermelhas e acenou.

–Essas aqui são Stephanie, Jennifer, Sidnei, Victória e Joseph. –Mayara disse apontando pra cada uma de nós.

Nós acenamos pra ela e ela apenas sorriu.

–Vamos no MC Donalds? –Mayara disse animada e eu senti meu estômago se contorcer.

Eu estava faminta.

–Com certeza. –disse assentindo com a cabeça e já me virando pra sair do ginásio.

–Espera Stephanie. Vamos esperar os meninos porque eles vão querer ir também. –Mayara disse e eu voltei pro lugar de antes, fazendo cara de tédio.

–Vamos esperar, fazer o que? –revirei os olhos.

Fomos em direção ao vestiário masculino e eu me encostei na porta do vestiário feminino, que estava fechada.

–O que foi? –Sidnei perguntou me abraçando pelos ombros.

Me encostei em seu ombro e suspirei.

–Eu estou com fome Sid, muita fome. –disse abraçando sua cintura.

–Você é a garota mais fominha que eu já vi. –ele soltou um risinho e eu bufei.

–Olha quem fala.

–Eu não sou garota. –ele disse incrédulo.

–Vai saber. –dei de ombros e ele me apertou fortemente contra ele.

–Sidneeeeeeeeeeeei. –gritei desesperada por ele estar apertando minha cabeça muito forte.

Ele riu e me soltou.

Apertei minha cabeça e fiz uma careta.

–Depois você não gosta que eu xingue sua mãe.

Ele riu e voltou a me abraçar.

–Os meninos vão demorar muito? –Victória, que estava abraçada com Joseph igual a mim e o Sidnei, perguntou entediada.

–Não sei. –Julliete respondeu suspirando.

Estava a maior barulheira no vestiário, e logo alguns meninos começaram a sair, já com outras roupas e com o cabelo um pouco molhado.

–Hey, onde está o Chaz, o Ryan e o Justin? –Mayara perguntou a um garoto que estava saindo do vestiário.

–Eles estão trocando de roupa. –o garoto respondeu dando um sorriso.

Mayara sorriu de volta e o menino foi embora junto com os outros quatro que saíram.

Esperamos mais alguns minutos e logo Chaz, Ryan e Luke saíram do banheiro.

–E o Justin? –perguntei confusa.

–A noiva demora pra se arrumar, se acostume. –Ryan disse e eu ri.

–Eu vou indo que ainda tenho uma festa pra ir. Tchau. –Luke disse e passou por mim dando uma piscadela e sorrindo maliciosamente.

Eu não gosto desse garoto.

Passaram-se alguns minutos e nada do Justin aparecer. Bufei e me afastei do Sidnei indo em direção à porta do banheiro masculino.

–Justin Bieber se você demorar mais um pouco eu vou ai e te trago pelos cabelos. –falei alto e minha voz ecoou por todo o banheiro.

Escutei sua risada e ele logo apareceu com uma mochila vermelha pendurada em apenas um ombro.

Ergui as mãos agradecendo a Deus por ele ter finalmente terminado de se arrumar. E valeu a pena esperar já que ele estava lindo e completamente cheiroso.

–Aonde nós vamos? –ele perguntou com seu maravilhoso sorriso de sempre.

–Nós pretendemos ir ao MC Donalds. Querem ir? –Mayara perguntou olhando para cada um dos garotos.

Chaz e Ryan estavam abraçando Louise pelos ombros. Eles já se conheciam?

–Oi Louise. –Justin disse indo em direção à garota e lhe dando um abraço e um beijo no rosto.

É eles já se conheciam.

–Oi Justin. –ela disse sorridente retribuindo o abraço.

Era a primeira vez que eu ouvia a voz dela, já que ela era um pouco tímida.

–Dá pra responderem minha pergunta? –Mayra disse estressada nos fazendo rir.

–Vamos May, vamos. –Justin disse.

–Então vamos logo, pelo amor de Deus. –eu disse começando a andar em direção à saída do ginásio.

Eu estava começando a ficar até zonza de fome.

Ouvi eles rirem e seus passos atrás de mim.

–Quer dirigir Stephanie? –Victória perguntou.

–Não, eu estou tonta. –disse sem me virar pra trás e indo em direção á porta de vidro.

A noite estava fria, e o vento que veio em direção ao meu rosto até que foi reconfortante.

Passei pela porta de vidro e andei por aquele pequeno corredor, logo chegando ao corredor principal. Lá fora dava pra ver alguns carros saindo.

–Stephanie, espera. –ouvi a voz da Jennifer e me virei pra trás os vendo caminharem até mim.

Cocei meus dois olhos com minha mão direita e senti uma mão em meu ombro.

–Você está bem? –ouvi Jennifer perguntar.

Abri meus olhos e ela me olhava preocupada.

–Eu estou com muita fome, acho que é por isso que eu estou tonta.

–O que houve? –Justin chegou ao lado da Jennifer me olhando preocupado.

–Ela fica assim quando está com fome. –Jennifer disse.

Justin pegou minha mão e depois me olhou assustado.

–Sua mão está muito gelada. Há quanto tempo você não come? –ele me puxou e nós voltamos a caminhar em direção a porta da escola, com Jennifer ao meu lado.

–Eu acho que desde a hora do almoço. Que horas nós almoçamos Jennifer? –olhei para ela que estava ao meu lado e ela ficou pensativa.

–Eu acho que foi meio dia.

–Stephanie faz dez horas que você não come, ficou maluca? –Justin perguntou me olhando assustado enquanto caminhávamos mais apressados em direção ao estacionamento.

–Hey Stephanie, você vai com o Justin? –Victória perguntou ao lado de nossa BMW branca.

Sidnei já estava saindo com seu carro, com Julliete, Mayara e sua prima logo atrás em sua Ferrari. Ryan e Chaz estavam parados ao lado da Range Rover fosca de Justin Bieber.

–Vai. –Justin disse sem nem ao menos me deixar responder.

O olhei confusa e ele me puxou até seu carro pegando a chave de seu bolso da calça e destravando o alarme.

Olhei para as meninas sem entender e Victória deu um selinho em Joseph, que logo depois seguiu até seu carro, que era também uma BMW preta conversível.

–Ela vai na frente. –Justin disse olhando para os dois marmanjos que bufaram e entraram na parte de trás.

–Justin. –o olhei com repreensão e ele praticamente me jogou no banco do passageiro e me ignorando completamente.

Ele colocou sua mochila no banco na parte de trás e fechou a porta rapidamente em seguida.

–Qual é o problema desse garoto? –perguntei aos meninos enquanto via ele passar em frente ao carro em passos rápidos.

–Ele ama você, esse é o problema. –Ryan disse com a voz entediada e eu ri não me importando com o que ele disse.

Justin Bieber amar alguém além de sua família e seus amigos (Ryan,Chaz e Mayara que são seus amigos verdadeiros e leais) é meio difícil.

Ele entrou no carro batendo a porta e ligou o mesmo saindo com ele do estacionamento. Quando chegou na rua ele cantou pneu e começou a correr em direção ao MC Donalds.

–Justin Bieber, por que você está correndo? –Chaz perguntou apontando sua cara no meio do banco do passageiro e do motorista.

–Está vendo essa garota ai do seu lado? Ela está há dez horas sem comer. –ele disse trincando o maxilar.

Eu simplesmente amo quando ele faz isso.

Chaz me olhou com os olhos arregalados.

–Sério Steph? Se fosse eu já teria desmaiado. –ele disse e eu ri.

–Relaxa, eu estou bem.

–Tão bem que está branca de fome. –Justin disse irônico e eu revirei os olhos.

–Eu vou sobreviver Justin Bieber, não se preocupe. –disse passando a olhar pela janela do carro pra ver se a tontura passava.

Ouvi ele bufar mais ignorei vendo as casas e prédios passar como um borrão pela janela piorando a tontura. Fechei os olhos pra ver se melhorava.

Em alguns poucos minutos Justin estava estacionando o carro no MC Donalds e eu não vi nenhum carro conhecido. Nós havíamos chegado primeiro do que os outros.

Saímos do carro e fomos caminhando até a entrada, onde o Chaz abriu a porta e nós passamos indo até o balcão fazer nossos pedidos. E graças a Deus não era a Spencer que estava ali.

–Podem ir se sentar, eu faço o pedido de vocês. –Ryan disse tirando a carteira do bolso e olhando para o homem atrás do balcão.

–Você sabe do que eu gosto? –perguntei.

–Big Mac, batata frita e fanta uva, não é?

Assenti sorrindo e caminhando com Justin e Chaz até a mesa dos fundos onde nós sentamos da última vez que estivemos aqui e que foi um dos dias mais divertidos da minha vida.

Justin se sentou no mesmo lugar onde se sentou da última vez e eu me sentei ao se lado. Chaz se sentou na nossa frente.

–Você está bem mesmo Stephanie? –Chaz perguntou me olhando preocupado.

Eu devo imaginar como deve estar meu rosto. Sempre quando eu fico muito tempo sem comer eu fico com os olhos mais brancos do que o normal, minhas mãos começam a suar frio e minha boca fica seca e eu tenho que comer pouco se não eu passo mal e acaba voltando tudo.

–Estou sim Chaz. Quando eu comer vai passar. –sorri de leve e senti o braço de Justin me puxar pra mais perto dele, onde eu deitei minha cabeça em seu ombro.

Ele beijou o topo de minha cabeça e eu abracei sua cintura olhando pelo vidro do estabelecimento pra ver se as meninas chegaram, mas nem sinal delas. Justin deveria ter pegado um atalho pra termos chegado aqui tão rápido.

Ryan chegou em seguida se sentando ao lado de Chaz e me olhando.

–Não vai demorar Steph, hoje até que não está muito cheio porque já é tarde. –ele disse dando um leve sorriso.

Eles se preocupavam comigo mais do que minhas próprias amigas, vulgo Victória, e isso estava quase me fazendo chorar.

Suspirei e Justin me apertou mais contra si.

–Você está quieto. –sussurrei em seu ouvido quando vi que Ryan e Chaz começaram uma conversa sobre o jogo de hoje.

–Eu estou preocupado. –ele disse baixo.

–Com o que?

–Com você. Parece que você desmaiar a qualquer momento. –ele falou puxando meu rosto fazendo com que olhasse em seus olhos, que esbanjavam pura preocupação.

–Eu não vou desmaiar e não é a primeira vez que acontece isso Justin, eu já estou acostumada. –dei de ombros e ele me olhou sério.

–Por Deus Stephanie isso faz mal sabia? Não pode ficar sem comer assim, ainda mais você que pratica esporte.

Bufei e afundei meu rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro delicioso.

–Se você ficar em cima de mim desse jeito eu nunca mais vou ficar assim.

–Pode ter certeza que eu vou. –ele disse e eu mordi de leve seu pescoço só pra irritá-lo.

Senti todos os pelos de seu corpo se arrepiar.

–Vocês já chegaram? –ouvi a voz de Julliete e tirei meu rosto do pescoço de Justin olhando pra ela e para as meninas e os meninos que estavam em pé olhando pra nós.

–Não não Julliete, isso aqui que você está vendo são nossos espíritos. –Ryan disse irônico e todos nós gargalhamos, menos Julliete que lhe mostrou o dedo do meio e se sentou ao meu lado.

–Idiota. –ela murmurou e Ryan riu.

Todos eles se sentaram e começaram a conversar.

O barulhinho das senhas se fez e Ryan se levantou pedindo licença para o pessoal que estava sentado ao seu lado. Logo ele voltou com uma bandeja na mão e colocou em minha frente.

–Divirta-se. –ele disse e eu ri me desencostando do ombro de Justin e abrindo a caixinha do meu lanche.

–Obrigada Ry. –falei e dei uma pequena mordida em meu lanche.

Ele sorriu e eu suspirei quando senti aquele maravilhoso gosto do queijo cheddar em minha boca.

Todos eles estavam comendo agora, menos eu, Justin, Chaz e Ryan que fomos os primeiros a pedir e acabamos com o lanche em alguns minutos. Eles também estavam famintos.

Agora com a barriga cheia eu estava encostada no ombro de Justin e segurava sua mão macia a acariciando. Às vezes soltava uma alta gargalhada das bobeiras que o Sidnei falava e principalmente de suas caretas. Justin não era diferente e sempre quando ele ria quando Sidnei contava alguma besteira que eu fazia na escola, mesmo não querendo eu ria junto. Sua risada era contagiante.

Me desencostei do ombro de Justin e o olhei. Ele sorriu me olhando.

–Obrigada. –sorri abertamente pra ele e ele acariciou minha bochecha com a ponta dos dedos me dando um beijo longo na bochecha depois.

–Eu adoro você Steph, não precisa agradecer. Eu não fiz mais que minha obrigação. –ele sussurrou em meu ouvido e eu dei um meio sorriso enquanto enlaçava seu pescoço em um abraço apertado.

–Eu também adoro você. –disse dando um pequeno beijo em seu pescoço ouvindo sua risada.

Mas ao contrário do que parecia, eu não o adorava.

Eu o amava, e não era pouco. E a cada dia que passa eu o amo mais que a mim mesma.

Agora eu praticamente dependo dele pra viver e só Deus sabe o quanto eu estou ferrada.

Ou não...