Breaking Dawn escrita por Nara


Capítulo 11
Décimo Primeiro Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oi amores. Eu não vou dizer q faz tempo q eu não posto, pq faz tempo. Espero q vcs gostem dessas 4.196 palavras. Tenho q dizer q a fanfic já está na reta final... snif snif.
Agradeço a todos os comentários, as recomendações e a todos os leitores.
espero que gostem do capítulo, enjoy!



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Décimo primeiro capítulo

Não o vi quando abri meus olhos e nem senti sua presença ao meu lado.

Rolei na grande cama, em que me encontrava sozinha e me ergui em seguida. O quarto não estava completamente iluminado, deduzi que ele havia abaixado a luz para me deixar dormir.

Apesar de meu sono ter sido profundo, não me sentia descansada. Sentia fadiga, sentia mal estar, havia uma queimação em meu interior. Abracei a mim mesma, me enrolando nos lençóis.

Ouvi então uma batida tímida na porta, seguida por um “com licença”. Reviraria os olhos, se estivesse me sentindo melhor. Edward sentou-se eu meu lado na cama, ele me olhou com o que parecia preocupação.

- Você está melhor Bella?  - Indagou.

- Acho que sim. - Menti. Não queria perturbá-lo.

- Você precisa mentir melhor. - Riu timidamente.

- Edward, eu...-  Procurei palavras enquanto buscava tocar seu rosto com uma de minhas mãos.

- Por que nós não aproveitamos o dia? - Propôs, mudando de assunto. - Está frio lá fora, talvez você queira ficar deitada no sofá em meio a um monte de cobertores. O que você acha? Eu posso te fazer chocolate.

Eu ri um pouco.

- Tudo bem, amor. Mas antes eu quero tomar um banho, tudo bem? - Puxei um lençol para cobrir meu corpo enquanto me erguia na cama.

- Eu vou estar te esperando lá em baixo. - Aproximou seu rosto do meu e me beijou ternamente, depois se levantou e caminhou em direção à porta, sorrindo de forma doce. Eu respirei fundo.

Caminhei em direção ao banheiro da suíte. Quando lá entrei, encarei meu reflexo no espelho, mas não me identifiquei com o que vi. Eu parecia diferente de uma forma estranha. Meus olhos tinham um brilho incomum, e minha pele apresentava uma coloração qual eu nunca havia visto. Meu aspecto era sombrio.

Corri para a ducha, ligando-a no máximo e com a temperatura mais elevada. A agua queimou minha pele, mas não me incomodei com isso. Molhei-me por inteira e, por algum tempo, me encontrei com o pensamento longe. Senti-me agradecida por Edward ter me dado esse tempo sozinha, isso só fazia com que eu o amasse ainda mais.

Meu corpo estava respondendo a todo o stress pelo qual eu estava passando, fazendo com que eu me sentisse fraca, cansada mental e fisicamente. Deixei que a agua quente lavasse toda a sujeira de meu corpo e saí do banho tentando relaxar e dar uma trégua a mim mesma.

Caminhei de volta ao quarto e procurei algo para vestir, minhas coisas ainda estavam bagunçadas e isso me frustrou um pouco. No entanto era uma tarefa da qual eu poderia me ocupar, ainda que por apenas alguns minutos. Encontrei uma roupa confortável e enrolei meu cabelo no topo de minha cabeça. Sentia-me novamente eu casa.

Saí porta a fora e corri pelas escadas, procurando pela casa por meu marido. O encontrei sentado no sofá da sala com o olhar perdido. Edward me encarou quando entrei em seu campo de visão e sorriu como antes. Deu batidinhas em seu colo, convidando-me para me juntar a ele. Relutei, mas não pude negar o carinho de meu marido. Aproximei-me dele e logo fui acolhida em seus braços. Senti o frio calor que emanava de sua pele e enfim senti-me confortável.

- Me diga o que quer fazer, senhora. - Indagou.

- Hm, talvez nós pudéssemos apenas aproveitar esse tempo juntos. - Propus.

- Eu concordo. - Sorriu abertamente.

Ele ficou meio deitado no sofá e eu deitei em seu colo enquanto sentia suas mãos entre meus cabelos.

Eu ri de repente. – É tudo tão estranho. - Comentei.

- O quê?

- Nós dois aqui, sozinhos, na nossa casa. Casados. - Expliquei-me.

- Não é estranho. Eu sonhei com isso desde que admiti que te amava. - Ele respondeu simplesmente, aproximando-se de mim e plantando um beijo em meu rosto.  - Você é meu destino.

Ergui-me para olhar em seus olhos.

- Você falando em destino? - Questionei.

- Não, sou apenas eu falando em nós dois. – dirigiu-me um olhar tão profundo que eu senti que naquele momento ele pode estar em minha mente e além, em minha alma.

Colocou uma mão na lateral de meu rosto e me puxou para junto dele, me beijando de forma calorosa. Joguei meus braços em volta do pescoço dele, entregando-me ao beijo. Gemi contra seus lábios quando ele puxou meu corpo contra o seu.

- Se você soubesse o quanto eu te amo. - Declarou enquanto me beijava loucamente.

- Eu te amo muito.  - Respondi.

- Jura que me ama? - Ele perguntou.

Não dei importância a sua pergunta não usual, apenas respondi com sinceridade:

- Eu juro que te amo. Muito. - Confirmei com a mente embaciada.

Afastou-se me mim para me olhar com seus olhos quase negros. Não pude assimilar o que ele estava observando em mim, mas senti que ele gostaria de realmente ler meus pensamentos.

Jogo sua cabeça para o lado e cerrou seus olhos.

- Eu te amo mais do que eu amava antes. - Disse de forma profunda.

Suas palavras me tocaram de uma forma da qual eu não pude explicar. Senti como se algo dentro de mim explodisse em felicidade, mas também um pouco de receio.

- E eu te desejo mais do que um dia eu já desejei. - Aproximou-se de mim novamente. Uma lágrima rolou por meu rosto e logo ele a secou. – Não era para você chorar. - Riu.

- Eu sei; - eu também o fiz. - É só que... Eu não sei. Estou com frio, vou subir.

Edward segurou meu pulso, impedindo que eu me afastasse dele.

- Você não vai dizer que me ama? - Indagou.

Levou alguns segundos até que eu encontrasse minha voz. – Eu te amo muito.  Respondi. Ele me soltou e eu me desvencilhei de seu olhar, fazendo meu caminho de volta para o andar de cima.

Alcancei a porta do quarto e rapidamente adentrei o cômodo, atirando-me na cama. Encolhi-me abraçando minhas pernas, meu corpo tremia, mas não de frio. Encontrava-me perdida em pensamentos, minha mente tinha inúmeros pensamentos que iam e vinham e passavam sem que eu pudesse ao menos focar-me em um deles.

Tinha consciência de meu marido no andar de baixo de minha casa; pela primeira vez em anos dei um salto da cama pensando que ele poderia ouvir meus pensamentos confusos. Depois me lembrei de que ele não podia. Sentada no colchão abracei meus joelhos e me balancei, para frente e para trás, alternando meu olhar entre a porta do quarto e o nada.

Não tomei ciência de quanto tempo se passou.

De súbito assustei-me. Um grito agudo escapou de meus lábios quando senti uma mão agarrando meu pulso, me sacudindo.

- Bella, meu amor. Por favor, o que você tem. – identifiquei a voz de meu marido. – Fale comigo, por favor. – parecia desesperado.

Procurei pela imagem de Edward. Ele estava ao meu lado, segurando meus pulsos, a expressão aflita.

- Edward. – sussurrei.

- O que você tem Bella? Por que você não me respondia?

Não consegui responder à sua pergunta, não conseguia assimilar o sentido de suas palavras. Apenas pronunciei seu nome mais algumas vezes.

Edward colocou cada uma de suas mãos nos lados de meu rosto, fitando diretamente meus olhos.

- Santo Deus! – exclamou. Passou suas mãos por toda a minha pele, como que me examinado.

Aos poucos começou a vir a mim as coisas que se passavam ao redor. – Edward. – disse mais uma vez.

- Eu estou aqui, meu amor. Eu estou aqui. – segurou minhas mãos.

- O que... O que...?

- Não foi nada, está tudo bem agora. – me abraçou. Colei meu rosto em seu peitoral, meu corpo tremia e eu sentia minha pele suava, apesar do frio.

- Edward? – chamei mais uma vez.

- É melhor você descansar, meu amor. – insistiu.

- Eu não estou cansada. – respondi.

- Deite, mas não durma. Não durma.

Fiz o que ele me pediu. Deitei em meio aos lençóis e ele permaneceu ao meu lado, passando a mão pela minha testa.

- Bella – chamou tímido, com a voz baixa. – Você está sentindo calor, queimação? – questionou.

- Eu estou com febre? – respondi com uma pergunta um pouco desconexa.

- Você está gelada.

- Então por que eu estaria com calor? Eu estou suando? Sinto-me suada.

- Você está suando frio. – concordou. – Você está enxergando? – continuou com o mesmo tom baixo.

- Agora eu estou. – olhei bem para a sua face, demonstrando. Ele tinha uma ruga entre as sobrancelhas.

Ficamos em silencio, eu podia ouvir nitidamente os ponteiros do relógio trabalhando em algum canto do quarto; só assim tive noção de que os minutos estavam se passando.

- Acho que agora não há problema em você dormir, Bella. Você já parece melhor. – comentou.

- Mesmo? – não me sentia melhor. – Eu não estou com sono.

- Durma. – disse impacientemente. Como uma criança, fechei meus olhos, apertados, rapidamente. O tic-tac continuou.

No que parecia mais distante, ouvi seus passos para fora do quarto; já não sentia sua presença ao meu lado. Pensei ouvir Edward falando comigo, semicerrei meus olhos, mas não captei a imagem de meu marido. Dei-me conta então de que ele estava falando com outra pessoa.

- Eu não sei o que aconteceu. – ouvi. – Foi como uma crise, eu estou muito preocupado... Não, não foi algo comum... – ele pareceu discutir com alguém. – A saúde dela é perfeita, e ainda que não fosse. Você tinha que ver o transe em que ela estava, era como se eu estivesse segurando uma boneca ao invés da Bella. – ele estava falando de mim. – Eu estou com muito medo. Muito medo... Carlisle, eu já vi isso acontecer. Com Esme e Rosalie e também com Emmett... Parecia que ela estava passando por aquilo como eles. – Edward ficou em silêncio por algum tempo. – Carlisle, os olhos dela...

Então sua voz se distanciou até que sumiu. Eu queria continuar ouvindo o que ele dizia, mas me sentia sonolenta demais para me levantar. Fechei os olhos e apaguei.

Acordei novamente e com um pulo me pus sentada. Segurei minha cabeça entre minhas mãos, o quarto estava um pouco escuro e eu me sentia péssima. Não enxerguei ninguém em minha companhia.

Levantei-me da cama, mas acabei voltando para ela após perder o equilíbrio ao me levantar. Firmei meus pés no chão e caminhei até a porta. Por ela saí. Os corredores estavam vazios, assim como o quarto. Desci as escadas até chegar ao andar de baixo. Senti minha garganta seca, deixei minha busca por Edward para depois. Encontrei o caminho da cozinha e quando me apoiei no batente da porta vi que Edward estava andando por ela, pegando coisas na geladeira e levando até o balcão e do balcão para o fogão. Ele encarou a minha figura descomposta, escorada no batente, e eu tratei de me recompor adotando uma postura um pouco menos quase morta.

- Que bom que você já acordou, Bella. – ele disse um pouco aliviado. – Eu já estava subindo para te despertar, está na hora do jantar. – sorriu. Eu sorri de volta.

- Estou com sede. – disse com minha voz falhando. Tossi.

Rapidamente ele foi até a geladeira e tirou uma jarra de água, servindo-me num copo. Eu tomei o liquido todo de uma vez, mas não senti que era o suficiente para satisfazer minha sede. Enchi o copo novamente e bebi mais uma vez. Repeti isso mais umas duas vezes. Edward ficou me olhando todo o tempo.

- Você deve estar com fome... – divagou. – Sente aí, eu vou servir você. – indicou o banco do balcão. Eu fiz o que ele disse, me sentando.

Edward pegou um prato e o levou até perto das panelas, depois colocou os talheres na minha frente enquanto tirava alguma comida dos objetos de aço. Esperei mais alguns minutos até que ele colocou o aparelho de porcelana em cima do balcão e se voltou para as panelas novamente. Eu me estiquei e peguei o prato, cortando um belo pedaço da carne que estava nele e comendo com vontade. Não sabia se era apenas a fome falando, mas nunca havia provado uma comida tão boa. Continuei comendo até que senti os olhos dele fixos em mim. Quando olhei para ele de volta, sua expressão estava um pouco assustada. Eu juntei as sobrancelhas e perguntei:

- O que foi? – falei de boca cheia. Indaguei se meus modos não estavam adequados, mas eu parecia bem, apesar de estar comendo um pouco rápido. Talvez fosse isso.

- Hum... Bella... – ele gaguejou. – Esse não era o seu prato. A carne que você está comendo está crua.

Eu analisei o que estava comendo e realmente a peça ainda continha sangue.

- Por que você está comendo carne crua? – ele indagou.

- Bem, eu pensei...  Desculpe-me. – afastei o prato de mim. Não dei importância para o fato, não mais do que Edward, que parecia perplexo. Em muitas culturas comer carne crua era algo comum. E estava muito bom, por sinal. Mas isso devia ser apenas por causa da... Balancei minha cabeça, espantando os pensamentos.

- Seja sincera Bella. – pediu aproximando-se de mim em uma fração de segundo. – Sente-se bem?

- Sim. – afirmei firme. Ele fechou os olhos e refletiu por uns instantes.

- Eu liguei para Carlisle hoje, enquanto você dormia. – ele disse, mas parecendo que isso havia escapado de sua boca, aparentou ter se arrependido do que disse.

- E então? – inquiri, pegando minha comida cozida de suas mãos.

Edward passou uma de suas mãos pelos cabelos. – Estão todos com saudade. Principalmente Alice.

- Falou com Alice? – ele fez-se tenso e afirmou logo em seguida. – Sobre o quê? – indaguei.

- Nada em particular. – respondeu como se estivesse me escondendo algo. Teria Alice visto algo no futuro? Algo sobre mim...

Meu marido observou enquanto eu comia rapidamente. Não tinha noção da intensidade de minha fome até dar a primeira garfada.

- Eu dei uma olhada no quintal lá fora. Você gostaria de ter um jardim? – propôs.

- Nós poderíamos? – perguntei excitada.

- Claro que poderíamos. Estava pensando que amanhã seria um bom dia para começarmos, Alice disse que amanhã o tempo estaria bom.

- O que mais ela disse? – perguntei curiosa.

Ele sorriu de forma estranha. – Ela disse que nós seríamos muito felizes... – aproximou-se de mim e beijou minha testa.

- Por que ela diria isso? – questionei.

- Porque é verdade. – ergueu as sobrancelhas. - Vamos, amanhã vai ser um longo dia.

Eu terminei de comer sem mais nenhum imprevisto e fomos para sala assistir um filme qualquer na televisão. Edward ligou o aquecedor e nós dois nos enrolamos nas cobertas, estirados no sofá. Lembrou-me nossa lua de mel.

Os raios de sol invadiram a sala por entre as cortinas. Eu despertei no sofá da sala, na mesma posição em que me encontrava antes, mas sem Edward ao meu lado. Saí debaixo das cobertas e subi para meu quarto. Sentia uma estranha felicidade em qualquer motivo.

Tomei um banho quente e escolhi uma roupa bonita para usar, como raramente eu fazia. Correção: como nunca eu fazia. Abri as janelas do quarto quando já estava devidamente vestida e notei que Alice estava certa; o tempo estava melhor. Podia ver o sol brilhando timidamente por entre as poucas nuvens. Parecia que o clima estava influenciando meu humor. Dessa vez não corri pelas escadas, andei educadamente, por estar calçando sandálias de salto.

- Bella? – ouvi a voz de meu cônjuge já no andar de baixo. Virei-me e o encarei com um sorriso.

- Edward, onde você estava? – perguntei alegre.

- Na varanda... Você parece bem. – olhou-me de cima a baixo.

- Você não vai me dar um beijo de bom dia? – joguei minha cabeça para o lado.

Edward aproximou-se de mim e me ofereceu um beijo terno, apenas. Tomada por uma força maior, joguei meus braços em volta de seu pescoço e o beijei apaixonadamente. Ele pareceu assustado com minha atitude, mas logo me retribuiu com calor, segurando firmemente em minha cintura.

- Eu estou com fome. – anunciei em meio ao beijo.

- Eu também. – ele me respondeu. Julguei ter sido infeliz em minha colocação e tratei de falar sem ambiguidades.

- Ainda tem daquela carne de ontem? – quebrei o clima.

- Bella, não são nem nove horas da manhã. – informou apontando para o relógio em cima do móvel. – Eu vou fazer um café decente para você e depois...

- Depois nós vamos começar a trabalhar no jardim! – completei a frase.

Ele analisou meu corpo. – Jardim, claro...

Saciei minha fome, que era grande e insisti que deveríamos trabalhar no jardim. Ele me mostrou o quintal dos fundos, onde tinha uma vista perfeita do rio.

- Aqui é lindo! – exclamei.

- Eu sabia que você iria gostar. Pensei em planar todos os tipos de flores brancas e azuis ali. – apontou para o jardim de onde nós estávamos.

- Eu gosto disso. – concordei. – O que tem ali? - apontei para a casinha logo à frente.

- É um casebre vago. Ou melhor, ocupado. Está cheio de materiais usados e todo o tipo de tranqueira. Quer ir até lá ver? – propôs, eu acenei que sim. Andamos até lá, ele abriu a porta destrancada. – Vê? Eu estava pensando em arrumar esse lugar, colocar uma lareira, um grande sofá. Seria o lugar ideal para um dia de chuva.

- Querido, eu não estou enxergando nada. – as luzes permaneceram apagadas. – Onde fica o interruptor? – dei alguns passos em busca da luz, mas logo tropecei em algo sólido. Edward me segurou antes que eu me desequilibrasse.

- Cuidado. Eu me esqueci de te falar desses botijões de gás, você está machucada? – preocupou-se.

- Gás?

- Gás acetileno.

- Acetileno? Isso é perigoso, não deveria estar aqui. – perguntei.

- Não há perigo enquanto os botijões estiverem fechados. Mas de qualquer forma eu vou retirar esses botijões daqui, levar para um lugar seguro. Não entendo o motivo de eles estarem aqui. – acendeu o interruptor de luz.

Do soquete saiu uma faísca que me causou susto. Ele logo desligou o circuito.

- Deve ter algum fio desencapado. – informou. – Nossa... Se esses botijões estivessem vazando, a faísca teria causado combustão.

- Sorte minha que não estão. – coloquei a mão no peito para controlar o susto.

- Sorte minha e sua. Não me dou muito bem com fogo. – brincou, mas eu permaneci séria, sem encontrar a graça do comentário. Apenas o pensamento de ver Edward pelos ares me causou pânico.

Nós saímos de lá e colocamos as mãos na terra. Tirei meus sapatos de grife e me empolguei em fazer o jardim do meu jeito. O verde já não me incomodava como há alguns poucos anos atrás, ao contrário, agora ele harmonizava perfeitamente com o marrom da terra. Impressionou-me o fato de eu estar lidando com aquela tarefa, sendo que o máximo que eu conseguia plantar quando saí do Arizona era um cacto, pois não morriam de sede; no entanto, as mãos de Edward nas minhas, auxiliando meus movimentos eram fundamentais. Nós tínhamos um sincronismo inigualável.

Quando o sol já estava a pino, meu marido ordenou que nós entrássemos e assim o fiz. Ele me seguia com suas mãos presas em minha cintura.

- Hora do banho. – sussurrou em minha orelha. Eu sabia o que ele quis inferir.

- Eu já tomei banho hoje. – rebati.

- Porquinha. – virou-me de frente para ele, beijando a ponta do meu nariz. – Eu posso te ajudar a tomar banho, se você quiser. – Ergueu-me em seu colo e com sua velocidade vampiresca estávamos no andar de cima sem que eu sequer percebesse.

- Eu não acho que seja uma boa ideia, me cansei bastante no jardim hoje.

Ele riu. – Mesmo? Então me explique uma coisa... – prensou-me na porta do banheiro, levantando minhas mãos acima de minha cabeça. – Qual foi a do beijo pela manhã? – questionou.

- Eu estava com saudade do seu beijo. – respondi simplesmente, enquanto ele chupava meu pescoço. Fechei meus olhos em deleite.

- Mesmo? Você nem parece a mesma Bella da lua-de-mel. Não quer mesmo que eu te ajude no banho?

- Você é impossível! – dei-me por vencida.

O banho foi demorado, a água estava quente assim como os toques e as carícias. Quando saímos debaixo do chuveiro, ainda com a pele e os cabelos molhados, Edward me carregou para o nosso quarto. Ri quando pensei em quanto tempo nós havíamos passado nesse cômodo, quando comparando com os demais cômodos da casa. Nós nos divertíamos assim, com risadas bobas e carícias apaixonadas.

Deitei dentre os travesseiros, Edward entrelaçou seus dedos nos meus. Fitei o teto num mix de êxtase e ânsia.

- Eu te amo. – Edward declarou.

- Eu também te amo.

- Eu jamais pensei que o que eu sinto fosse crescer ainda mais, mas é o que está acontecendo. Hoje está maior que ontem e estará menor que amanhã.

- Você tem me dito isso muito ultimamente. – soltei uma risada, mas ele não me acompanhou, parecia sério.

- Talvez... Talvez seja a hora de... De nós fazermos isso.

Encontrei-me confusa. – De fazermos o quê? – pedi explicação.

Edward se virou para mim, olhando no fundo de meus olhos.

- A nossa vida está tão perfeita. Nós temos nossa casa, nossa felicidade. Mas olhe, nós ainda somos diferentes. Eu acho que está na hora de nós dois nos tornarmos iguais, para que possamos ficar juntos para sempre. De uma vez por todas.

Tentei absorver tudo aquilo que ele me dizia. Então era isso, havia chegado o momento pelo qual eu esperei desde que me vi apaixonada por Edward. Ele estava em fim disposto a me transformar.

- Você aceita? – indagou.

Uma lágrima escorreu por meus olhos. Uma lágrima de felicidade. Em meus lábios, há muito já havia se formado o “sim”. O mesmo “sim” que eu havia dito no altar. Meu marido secou minhas lágrimas.

- Não. – eu respondi.

Encarei o espanto na face de Edward, me cortou até a alma. Tratei de me explicar.

- Não agora, nós temos que esperar mais um pouco. – tentei esclarecer.

- Esperar mais o quê? Você sempre esteve tão ansiosa para que isso acontecesse, não consigo encontrar sentido em suas palavras.

- Eu quero... Eu quero muito, mas eu acho que ainda não estou pronta. Quem sabe se nós esperássemos mais algumas semanas, alguns meses. A nossa vida está realmente tão perfeita, não há porque termos pressa não acha?

- Pressa? – questionou confuso. – E você acha que em algumas semanas você estará pronta, sendo que nós tivemos todo esse tempo juntos?

- Amor, eu só estou pedindo um pouco mais de calma. Só alguns meses...

- Nós não temos alguns meses!

- O quê? – indaguei confusa. As palavras haviam fugido de sua boca, saído sem pensar. – Do que você está falando?

- Eu não estou falando de nada. Eu quero saber de você. Por qual motivo você não quer que eu te transforme?

- Você não respondeu minha pergunta. – insisti.

- Você não me quer mais? – ele sussurrou, erguendo-se na cama.

- O quê? Que bobagem é essa que você está dizendo?

- Você voltou atrás, não quer mais ter essa vida. E isso? Essa é a única explicação. – ergueu uma de suas sobrancelhas. Senti vontade de lhe bater.

- Isso é ridículo! Por que outro motivo eu estaria aqui com você se não fosse por amor? – apontei para a cama em que ainda nos encontrávamos.

- São coisas distintas. – ele desviou o olhar de mim.

- Mesmo? O que você está tentando dizer com isso, que só o que eu quero é estar aqui com você, mas que não te amo. Pode acreditar, não.

- Bem, talvez eu devesse deixar você aqui, pensando um pouco sobre isso. Quem sabe quando eu voltar você já tenha tomado uma decisão a respeito disso. – ele se levantou da cama e saiu fechando a porta com força. Eu ainda gritei para que ele voltasse quando percebi que ele realmente estava disposto a me deixar aqui, mas de nada adiantou.

- Você está sendo um idiota! – exclamei sabendo que ele ouviria.

Coloquei minha cabeça entre minhas mãos e por minha mente se passava toda a conversa de instantes atrás.

Não adiantaria o quanto eu dissesse que ele estava sendo estúpido, e estava. Nada iria fazer sentido a menos que eu dissesse a ele os meus reais motivos. Eu o amava, muito, mas não podia deixar que ele me transformasse, não depois de hoje, quando acordei tendo a certeza de que carregada um filho em meu ventre.

.............

- Ele vai nos ligar daqui a alguns instantes. – disse Alice à Carlisle.

- Certo, mas eu não pretendo dizer nada a ele, não hoje. Segundo você Edward está com problemas, não quero perturbá-lo.

O celular de Carlisle começou a tocar, mostrando o nome de Edward no visou.

- Carlisle, isso é importante, eu não insistiria se não fosse. Edward precisa transformá-la, os Volturi não vão esperar mais, não vão dar uma segunda chance.

- Por favor, Alice, deixe-me conversar com Edward primeiro, saber pelo que ele está passando. – pediu Carlisle cheio de condescendência.

- Eles estão decididos, eu vi. Você tem que dizer isso a ele. Se você não o fizer, eu faço.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente desculpem qqr erro de pt, eu não revisei o texto. espero q os hiperlinks abram, se não abrirem é só me dar um toque no review.
Eu gostei de fazer esse capítulo, espero q vcs gostem de ler.
Eu vou atualizar twilight agora, pra quem acompanha.
Um beijo e um abraço pra esquentar esse frio. amo vcs, Nara...