Lucifers Daughter - A filha de Lucifer escrita por Jones001


Capítulo 6
Capítulo 6 - Tiro ao alvo, frustrações e tristezas


Notas iniciais do capítulo

Aqui fica mais um capitulo!!!
Boas leituras =D



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Fomos para uma floresta. Saimos do carro e olhei á minha volta.

-Onde estamos? - Perguntei.

-Na tua nova sala de aula. - Disse o Dean.

-Oh... Está bem. - O Sam olhou para mim com um ar meio duvidoso.

-Não tenho a certeza disto. - Disse-me baixinho. Porque será que eu no fundo concordo com ele? Não posso pensar assim. O Dean está a fazer isto para o meu próprio bem e é verdade e eu já disse que aprendia. Talvés seja interessante e eu ganhe gosto por isto. Engoli em seco.

-Vai correr bem Sam, vamos a isso. - Disse, aproximei-me do Dean e ajudei-o a montar uns bancos e garrafas em cima destes.

Ele chamou-me para eu ir ter com ele perto do seu carro. "Ela" com ele diz. Ele abriu o porta-bagagem.

-Isto é as nossas ferramentas de trabalho. Têm tudo aqui. Isto são as armas normais, uma espingarda e a que mata os demônios, a colt também e a faca. Isto é para os fantasmas. - Apontou. - Sal e água benta para atirares aos demônios, caso não tenhas a certeza se estão dentro de um corpo. O sal também serve para te protegeres num estabelecimento. O Bobby já deve-te ter explicado, certo?

-Sim.

-Optímo. Também temos uns cadernos com algumas notas sobre todos os assuntos. Com o tempo vou-te ensinando. O importante agora é conseguires atirar contra o demônio. Vais usar esta pequena arma para aprenderes, depois passamos a uma maior e quando ficares bem treinada podes usar a colt e a faca. Ai vai ser outro tipo de treino. Alguma duvida?

-Não. - Ele sorriu, meteu-me a arma na mão e falou de novo.

-Optímo, vamos começar. - Afastou-se. O Sam está sério e a olhar para mim.

-Também vais-me ensinar? - Perguntei. Ele sorriu.

-Claro. - Apróximou-se de nós.

-Vêm para aqui. - Ordenou o Dean. Fui para a sua frente.

-Aponta a arma para a frente. Isso, agora tenta fixar o teu alvo. - Apontei a arma para a garrafa e fixei o olhar nela. Ele ficou atrás de mim e os seus braços e as suas mãos vieram para cima das minhas. Senti um choque. Ele é tão alto, forte e musculado. Senti os seus músculos á minha volta, assim vai ser dificil de me concentrar. Ele ajudou-me a apontar bem a arma para a garrafa.

-Puxa o gatilho. - Assim o fiz, em poucos segundos a garrafa estilhaçou-se e os seus pequenos fragmentos de vidro cairam no chão. Olhei para ele.

-É assim que tens que fazer. Os teus ombros devem ficar um pouco hirtos e quando apontares a arma, têm que ser certa e atiras logo. Não podes vacilar nem piscar os olhos e muito menos respirares, atiras logo. - Acenei com a cabeça.

-E não podes ficar tensa, estás um pouco.

-Está bem. - O Dean ajudou-me mais uma vez, assim que alcançamos o alvo atiramos sem vacilar. Á terceira vez fiz sózinha mas não consegui.

-Não fiques assim, tens que continuar a tentar. Não vais conseguir á primeira nem á terceira e muito menos á quinta ou á sexta. Eu só consegui depois de cem vezes. - Disse o Dean. Arregalei os olhos de espanto.

-Leva tempo mas tens que ter paciênçia. - Disse o Sam.

Não foi á terceira, nem á quarta, quinta, sexta, sétima, oitava, nona... Devo ter tantado umas vinte vezes mas não consegui. Atirei a arma ao chão.

-Não aguento mais.

-Tens que continuar a tentar. - Disse o Sam. Olhei triste para a arma no chão.

- Vamos continuar. Sam não queres ir buscar algo para comermos? Começo a ficar com fome. - Disse o Dean autoritário.

-Está bem. - Ele levou o carro do Dean, e eu fiquei com este. Continuei o tiro ao alvo. Passou-se talvés uma meia hora ou mais e continuei sem conseguir.

-Dean não podemos tentar outra coisa para descançar disto por um tempo? - Ele aproximou-se de mim com as mãos nos bolsos das calças.

-Enquanto não conseguires fazer aquilo, não podemos fazer mais nada. Isto é fundamental. Depois veêm o resto. - Suspirei.

-Ou menos posso descançar um pouco? Estou farta de estar com os braços esticados.

-Sim podes. Estás a fazer um bom esforço. - Sorri.

-Ainda bem. Obrigada. - Sentei-me num tronco de árvore partido. Ele veio-se sentar ao meu lado.

-Como te estás a adpatar a isto? - Ficamo-nos a olhar.

-Bem. Ainda continua a ser um pouco novo. Ainda só se passou um dia.

-Claro. Tens razão. - Ficamos calados, é desconfortável. Falei.

-Á quanto tempo tens esta vida? - Perguntei.

-Desde sempre.

-Lutas desde criança? - Ele sorriu.

-Ah isso... Não. Faço isto desde que o meu pai desapareçeu. Encontrei-o mas ele depois m-morreu. Talvés uns quatro anos.

-Já é algum tempo.

-Sim é.

-Como é que voçês conseguem? Quer dizer eu sei que acaba por ser um hábito, mas assim é dificil de ter um amigo ou uma namorada certo?

-Mais ou menos. Amigos temos poucos e bons. Namoradas é que não. Já tivemos algumas. O Sam perdeu a Jessie... Para além disso tivemos algumas aventuras. - Sorriu, eu corei. Aventuras, não quero saber mais disto.

-Está bem. - Foi tudo o que eu disse.

-E tu? Como reagiste quando soubeste que o teu pai biológico não é humano? - Pensei na minha reacção. Foi de risos, ri e não queria acreditar.

-Estranha. Foi o meu pai adoptivo que me disse, depois o Bobby, e eu não queria acreditar. Foi estranho mas depois começei a ver coisas estranhas e começei a acreditar.

-Acredita no que te vou dizer. Ainda vais ver coisas muito mais estranhas. - Senti um arrepio a subir-me pela espinha. Que coisas estranhas é que ele está a falar? O melhor é nem fazer perguntas. Com o tempo vou vendo, chocando-me e a habituando-me. Não quero que ele se ponha a explicar-me tudo como se eu fosse uma criança.

Resolvi continar a treinar antes do Sam chegar. Quando ele chegou comemos frango frito. Voltei depois ao tiro ao alvo. Não consegui nada.

Fui para o hotel frustrada.

-Amanhã á mais. -Disse o Dean. Atirei-me á cama. Estou tão furiosa por não ter conseguido nada.

Estive á noite no computador do Sam a ver a minha pagina do Facebook. As minhas amigas estão todas a sair á noite e a conhecer rapazes bonitos e eu a fugir de tudo isso. Baixei a tampa do computador e fui ao banheiro chorar.

Algum deles deve ter visto que eu não estava bem e veio bater á porta para ver se estou bem.

-Marcy? - É o Sam.

-E... eu já vou.

-Estás bem? - Não lhe fui capaz de responder. Só consigo soluçar. Ele entrou e eu virei-me para a parede.

-Marcy... - Aproximou-se de mim.

-D-deixa-me sózinha.

-Tu não estás bem. - Tocou-me no braço apoiado na borda da banheira.

-Ei fala comigo. O que se passa? - Olhei para ele lavada em lágrimas.

-Porque isto teve que me acontecer? Eu estou a perder a minha vida lá fora. Enquanto as minhas amigas e conhecidas se divertem e conhecem rapazes. E eu aqui a fugir de tudo. Porque tive que perder a minha vida? Porqué? Só queria que tudo voltasse ao normal e que eu não soubesse que sou filha de uma aberração. - Soluçei. Ele voltou a tocar-me no braço.

-Eu compreendo. Eu também me levei a habituar muito tempo e acredita eu não tive outra saida. Eu tinha 22 anos. Sei o que estás a passar. - Aproximei-me de si e deixei a cair a cabeça no seu peito largo e forte. Só quero ter alguém a quem me posso apoiar e contar e o Sam têm sido tão compreensivo e amigo comigo. Não consigo parar de sentir uma grande empâtia por si, ele é um bom amigo. Senti os seus braços á minha volta. Ele é tão forte.

-Eu estou aqui. Podes contar comigo. - Disse-me. Chorei até não poder mais.


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Notas finais do capítulo

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