E o jogo começa. escrita por JessyErin


Capítulo 8
Hora de jogar.




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Assim que saímos da casa, ele me colocou em sua frente, de modo que nenhum atirador conseguiria atirar nele sem me ferir, eu estava esperando que eles tentassem, mas ninguém se mexeu.

Ele procurou, e depois de um sorriso, disse:

– Gibbs, eu sei muito bem que você está aqui, portanto, é melhor aparecer.

Silêncio.

– Gibbs, eu vou ter que apelar? E quanto a você, Kate? Apareça, vamos! Onde estão vocês?

Silêncio outra vez.

– Ok, então. – ele pegou a arma e a colocou perto do meu ombro – então olhe só, Gibbs, o que acontecerá com ela, por sua culpa!

E dizendo isso, ele atirou em meu braço. Eu não queria soltar nenhum ruído, mas ele começou apoiou a mão onde estava o ferimento, e eu soltei um grito involuntário.

Então, para meu desespero, eu o vi saindo da van preta: Gibbs, sem colete, sem nada. Só com sua arma e distintivo, ele olhou para Ari como eu nunca o vi olhar pra ninguém.

– Solte – a agora! – ele grunhiu.

– Como você se sente, Gibbs? Vendo sua menina, de novo, sendo ameaçada de morte, só que da outra vez você não estava aqui para evitar, não é mesmo? E será que teria feito diferença? Olhe só, a metros dela, e eu ainda posso mata-la quando quiser, assim como aquele homem fez.

– CHEGA! – eu disse, e ele me deu uma coronhada que fez tudo escurecer por um momento.

Então, Dinozzo e Mcgee saíram da van, e eu murmurei um “não”, mas ninguém ouviu. Ziva saiu de dentro da casa e Dinozzo apontou a arma para ela, e depois se lembrou do que eu havia dito, e relaxou, e novamente apontou, com medo que Ari percebesse que ela não representava medo.

– Ari, vamos desistir disso enquanto há tempo, entregue – a e vamos embora por aquele túnel! – Ziva disse.

– Ok, já que estamos todo aqui – ele disse, ignorando – a – vamos ver novamente um pai fracassado, perder sua filha bem na sua frente, como aconteceu há 15 anos, mas eu acho que ninguém sabia, não é mesmo?

– Não, Gibbs não foi sua culpa! – eu disse, desesperada e ele me calou com um tapa, Gibbs estava quase chorando de raiva.

– Me troque por ela, ok? Mate-me, eu sou muito mais valioso pra você do que ela! – ele disse, gritando.

– NÃO! Fui eu quem te entregou, fui eu quem te descrevi! – eu tentei virar para encarar Ari, mas ele não cedeu à pressão no meu braço,

– Bom, já que insiste – ele disse e colocou a arma na minha cabeça – mas antes que alguém movesse um musculo, para meu total desespero, Kate saiu de dentro da van, com um olhar que eu também nunca havia presenciado, um olhar que eu nunca tinha visto em nenhum deles. Eu não tive coragem de falar nada, então ela parou e cochichou algo no ouvido do Dinozzo, e depois colocou uma mão no braço do Gibbs e o puxou para trás, devagar, como se estivesse tentando convence-lo. Assim que ele se afastou, ela assumiu o lugar dele, bem de frente pro Ari, e ele apontou a arma para ela e eu, instintivamente tentei me mexer, mas ele me controlou com uma das mãos.

– Ari, todos sabem que você tem certo interesse em mim, então, deixe-a ir e eu ficarei no lugar dela.

– NÃO! – eu gritei, e ele me puxou para trás.

– Vou falar com a minha parceira sobre isso - ele parecia confuso.

Eles começaram a falar em uma língua que eu não pude entender. Parecia ser o idioma natal de onde vieram.

– Não! Isso é uma loucura Ari, e você está sozinho nesta, me desculpe. – Ela disse de repente, decidida.

Ela saiu e ele me pegou bruscamente, me tirou da casa e disse que aceitava, então Kate pediu para que ele me deixasse vir pra frente, e que ela iria em seguida, mas ele negou, disse que me libertaria quando ela estivesse em suas mãos, e ela veio em nossa direção. Eu estava em prantos.

– Jess – ela começou – não se preocupe, vai ficar tudo bem – ela passou a mão em meu rosto, levemente.

– Kate, promete que você vai voltar! – eu disse, chorando.

– Eu prometo, mas você tem que confiar em mim, ok? Eu te amo muito.

Então ela pegou meu braço e me puxou pra longe dele, e antes que qualquer atirador pudesse fazer algo, ele a puxou para perto dele, e então o que aconteceu a seguir foi muito rápido. Eu estava de costas para eles, me afastando e olhando para Kate, com aquele olhar de “vai ficar tudo bem” e de repente eu ouvi um tiro, e então vários tiros. Alguma coisa me jogou no chão e me obrigou a ficar abaixada, eu vi vislumbres de pessoas correndo pra todos os lados, e uma mão segurou a minha enquanto eles me colocavam em uma superfície plana, minha vista começou a ficar embaçada. Eu segurei aquela mão, e uma voz estava me dizendo que tudo ficaria bem, e então eu adormeci, e pela primeira vez em meses, não tive sonhos bons ou pesadelos, somente um sono sem sonhos.



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