POV Damon Salvatore

Droga! Eu realmente não queria tirar a vida de ninguém. Não que eu tenha abandonado os meus instintos de estripador, mas olha no que eu me enfiei. Agora eu tenho uma adolescente, mesquinha e gostosa, morando na minha casa e jurando vingança.

Como se eu não tivesse problemas o suficiente. Stefan ainda está hipnotizado e mal sabe que eu existo. E para piorar, me vem à maldita culpa por estar me evoluindo sexualmente com a namorada do meu irmão. Elena me disse que Klaus ordenou que ela continuasse servindo seu sangue para aqueles cachorros chupadores de sangue. Tudo bem que eu também sou um “chupador de sangue”, mas eu sou totalmente vampiro e totalmente gostoso.

Por citar Elena, eu devo dizer que ela não gostou nada de ter uma mulher morando nesta casa. Eu também não gostei, especialmente por ela ter tomado posse do meu quarto. Mas pensando pelo lado “eu estou sem sexo por alguns dias”, o fato de Elisabeth estar aqui em casa pode ser bom.

[...]

Fiquei irritado quando voltei do Grill e percebi que Elisabeth não estava em casa. Se esta pirralha está pensando que vai me tirar do sério e atrapalhar meu plano para resgatar Stefan, ela está enganada. Eu já vivi muito pra deixar uma criança atrapalhar meus planos.

Depois de uma discussão com ela, subi para o meu quarto que ela tomou posse e me deitei na cama. Podia sentir meu corpo pedindo por descanso, por uma massagem, por qualquer coisa que me distraísse por algum tempo. Minha cabeça estava cheia demais, fechei meus olhos e me concentrei em tirar os maus pensamentos, mas fui atrapalhado pela irritante da Elizabeth pulando em minhas costas. Abri meus olhos e a perguntei o que ela queria e ela disse que havia esquecido.

A pirralha me disse que iria me ajudar a recuperar meu irmão. Analisei e concluí que ela não poderia estar mentindo, os poucos dias que passei com ela foram o suficiente para eu acreditar que a família era importante. A agradeci por ajudar e lhe dei um beijo em sua bochecha.

E foi aí que meus instintos masculinos falaram mais alto. Beijei Elizabeth com fervor, é surpreendente como esta garota sabe ser gostosa e causar batidas desnecessárias  em meu coração. É, eu sei. Isto pode parecer gay, mas é assim que eu fiquei quando nós já estávamos nos agarrando em cima da cama.

Minhas mãos percorriam pela extensão de suas costas até as coxas, e quando eu chegava ali, ela se arqueava me dando ainda mais excitação. Estávamos hipnotizados, eu a desejava mais que o normal. Algo dentro de mim me dizia que não era apenas carnal, esse desejo era espiritual, algo parecido com o que eu sentia por Elena. Espera. Elena! O que eu estou fazendo?

Me separei de Elizabeth e ela me olhou confusa e com raiva. Eu não a culpo, estava com raiva de mim também. Era isso que eu estava precisando, não é? Então por que eu estou fugindo? Eu não sei mais resposta para nada, o efeito do álcool já está indo embora, eu preciso de mais. É, esta é a resposta.

POV Liza Grunger

Raiva, ódio, surpresa, tudo! É isso que eu estou sentindo. Se Damon não tivesse se afastado eu teria feito sexo com ele, com um vampiro, com meu inimigo. O que deu em mim? Eu estou ficando louca, só pode. É a única explicação.

E para curar a loucura, nada melhor do que um bom banho. Fui para o banheiro e tomei um bom banho. Deixei que a água caísse por todo meu corpo por um bom tempo, levando a minha loucura anterior e os pensamentos naquele vampiro idiota. Após me libertar das más coisas, tomei um banho me limpando, principalmente dos vestígios que o “senhor gostosão” deixou em minha pele. Desliguei o chuveiro, me sequei e vesti apenas a lingerie.

Voltei ao quarto e me deparei com uma coisa sentada em minha cama, segurando as minhas roupas. A coisa era um homem alto, loiro e com aparecia jovem. Pigarreei e ele me olhou com aqueles olhos verdes incríveis. Revirei meus olhos quando percebi que ele olhou para meu corpo e passou a língua pelos lábios.

- Sai do meu quarto! - eu disse quase gritando. Tarado.

- Seu quarto? – eu conhecia aquela voz, rouca e sedutora. Fiz uma careta confusa. – Klaus. – ele disse o nome e depois de alguns segundos eu concluí que ele tinha dito o seu nome.

- Sai do meu quarto! – eu repeti me aproximando e pegando a minha roupa.

- Quem é você? – ele perguntou enquanto olhava eu me vestir. Eu sei, eu estou agindo feito vadia, semi-nua na frente de um homem e.... Não, eu estou sendo normal.

- Não te interessa. – disse e saí do quarto.

Klaus estava na minha frente antes que eu pudesse colocar meu pé para fora do quarto. Aquilo realmente estava ficando chato, sendo impedida de novo por um vampiro e sua super velocidade. Maravilha!

- Eu acho que me interessa. – ele olhou no fundo dos meus olhos e suas pupilas dilataram. Eu olhei com tédio para ele.

Klaus perguntou novamente quem eu era com as pupilas totalmente dilatadas. Eu me lembrei da última vez que eu tinha visto alguém com as pupilas deste jeito... Ah, quando Damon me hipnotizou a seis anos atrás. Isso é ridículo. Dei uma risada e o empurrei.

- Idiota! – eu desviei dele e fui para a sala.

Ouvi Klaus grunhir e vir para cima de mim. Engoli em seco pelo seu ataque, mas antes dele atingir dez centímetros de distancia de mim, Klaus já estava no chão se contorcendo. Dei outra risada e ele investiu novamente, e de novo ele estava se contorcendo de dor.

- Babaca! – mostrei a língua para ele e fui para a cozinha comer alguma coisa.

Ele me seguiu. Agora matinha certa distancia e me analisava por completo. Tinha uma careta formada em seu rosto, eu o olhava e ria. Preparei um sanduíche e suco. Comi enquanto era alvo constante dos olhos curiosos do vampiro sedutor em minha frente.

- Já acabou de me analisar?

- Você é uma bruxa? – ele perguntou sem tirar os olhos de mim.

Rolei os olhos e fiz uma careta. Nunca tinha pensado no fato de eu talvez ser uma bruxa. Talvez pelo fato de eu não ter nenhum poder, o ser poderoso capaz de fazer um vampiro sofrer é o colar que eu uso. Mas eu não ia revelar meu segredinho para ele, não é?

- Onde está Damon? – ele perguntou.

Bufei falsamente. Estava na hora de brincar com o senhor todo poderoso. Concentrei-me na mesa e fiz movimentos com a mão, como se eu estivesse manuseando uma esfera. Espremi meus olhos, fingindo concentração. Fiquei assim por alguns segundos e de repente olhei para Klaus com uma cara de espanto. Ele arregalou os olhos, como se estivesse prestando atenção no que eu estava fazendo.

- Minha bola de cristal está com defeito. – eu disse num sussurro e dei uma gargalhada alta.

Klaus fechou ainda mais a cara e se inclinou para me atacar. Acho que ele cansou de sentir dor e voltou para seu lugar. Dei um sorriso sarcástico para ele, aquilo estava me deixando com um ego altamente perigoso.

- Elizabeth! – eu disse depois de um tempo o encarando.

- E o que você é exatamente Elizabeth? – já disse que meu nome fica sedutor na voz dele? Não? Ah, é a primeira vez que ele fala meu nome, mas fica sim.

Pensei um pouco e resolvi deixar de ser irônica.

- Humana. – deixei meus ombros caírem.

Klaus deu uma gargalhada e me olhou com desdém.

- Conta outra! – ele ainda ria.

- Outra – sorri desanimada.

- Você é realmente humana? – ele perguntou me analisando mais uma vez.

- Bom, eu acho que eu sou. – disse fingindo confusão mais uma vez.

Klaus fez uma careta e se levantou.

- Diga para Damon que eu estive aqui. É sobre Stefan.

Stefan? Quem era mesmo este cara? Ah! O irmão de Damon. Balancei a cabeça, curiosa para saber o que ele queria falar com Damon.

- O que tem Stefan? – perguntei ainda da cozinha.

- Não te interessa! – ele disse em um grito.

Fiquei com raiva por ele repetir o que eu disse anteriormente. É claro que me interessava. Quanto mais rápido esse tal Stefan estiver fora da hipnose de Klaus, mais cedo eu terei minha vingança. Mesmo assim relevei e fui para a sala. Liguei a televisão e coloquei em um canal de variedades. Não estava prestando atenção, mas eu aquela casa dava medo de tão silenciosa. Me servi de uísque e me dediquei a assistir o canal.