Lost In The Shadow escrita por LaraMagchep


Capítulo 6
Dois Beijos e Uma Derrota.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora, não consegui postar meesmo!
Vou tentar postar dois capitulos para vocês hoje e nesse capitulo um romance para vocês *------*
Gente, esse capitulo e o próximo tiveram os travessões "-" cortados ao separar a fala da ação do personagem na mesma frase. Peço desculpas, mas não vou tirar os caps do ar, enquanto arrumo, vocês leiam dessa forma e me desculpem outra vez pelo transtorno.



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– O que diabos é essa coisa?
– Eu não sei... Aqui! Por aqui!
Hermione estava a frente agora, a varinha e o mapa de Harry aberto na mesma mão, enquanto ela corria puxando Malfoy pela manga das vestes.
– Ele esta se aproximando, Hermione! Gemeu Malfoy ao olhar por cima do ombro e ver as fracas luzes dos castiçais escondendo-se na escuridão.
– Jogue algum feitiço nele! Ela gritou de volta.
– Como o que? Ele perguntou apanhando a varinha.
– Eu não sei. Porque você não usa seu cérebro uma vez na vida Malf...
A garota Granger caiu abruptamente e foi arrastada, soltando Malfoy e deixando a varinha cair e rolar pelo piso com sua ponta azulada acesa. Draco deslizou por meio metro, ao se virar viu Hermione no ar, gritando por socorro. A coisa de repente tomando forma, ele podia distinguir a mão que apertava os braços da morena, podia ver a forma humana de braços e do longo tronco, duas esferas vermelhas no lugar dos olhos e um sorriso espectral. Draco poderia ter pegado sua varinha e corrido para se salvar e foi o que ele fez. A não ser pela parte de se salvar.
Ao ver Hermione presa, suas lagrimas correndo pelas bochechas, tão desesperada, tão inofensiva, ele simplesmente não agüentou. Apanhou sua varinha e encheu-se de raiva.
A Hermione Granger que ele conhecia não era assim, ela lutava, insistia e metia-lhe um soco na cara se estivesse sendo estúpido, Draco berrou e lançou-se em direção ao tal Bogus, a Hermione que ele conhecia era teimosa e forte, chata e insistente.
Atirou meia dúzia de feitiços sem produzir efeito algum na escuridão, Hermione começava a ser sugada pelas mãos daquela coisa, ele começava a perdê-la.
Draco não iria perdoar jamais quem fizesse aquela maldita garota chorar indefesa e a tirasse um segundo de perto dele.

Malfoy atirou-se sobre as costas da coisa acertando-lhe socos no que deveria ser a cabeça. Bogus hesitou deixando Hermione deslizar até o chão esticou seus longos braços para a costa do loiro que se deixou cair no chão e voltou a atacá-lo como uma versão amadora dos lutadores trouxas da TV, mas o monstro aprendia com os erros e bloqueando o golpe mal dado de Malfoy o atirou contra uma armadura que enfeitava o corredor. Draco sacudiu a cabeça, engatinhou para levantar-se e sentiu sua varinha sobre os dedos, ergueu o corpo ainda de joelhos e Bogus investia contra Granger outra vez. O garoto não refletiu o que fazia, ele concentrou-se no fato de que sua vida seria muito melhor se aquela coisa feia não tirasse Hermione dele. Da ponta de sua varinha saiu um jorro de fagulhas douradas que tomou forma de uma gigante serpente e deslizou em direção ao monstro de repente aterrorizado, envolveu-o em seu corpo brilhante e quando estava prestes a esmagá-lo a sombra se desfez sumindo imediatamente e as luzes reacenderam.
– Você... Você está bem, Draco? Hermione se aproximou dele, agachando-se.
– Eu vou ficar se dermos o fora daqui Ele respondeu usando o ombro dela como apoio para se levantar.
Não precisavam correr, mas correram o quanto puderam, correram até o coração querer escapar e a garganta ficar áspera e dolorida, até Hermione implorar em meio a uma golfada de ar que parassem na próxima porta que vissem.
– Jogue um feitiço nele, Malfoy Draco a imitou quando, após entrarem no que foi identificado como banheiro dos monitores, se acalmou VOCÊ... TEM... SÉRIOS... PROBLEMAS! Esganiçou Malfoy, agarrando as vestes do peito.
– Não é como se você fosse completamente normal. - Hermione replicou unindo as sobrancelhas.
Trocaram um olhar desafiador, o canto da boca de Draco tremeu em um sorriso e os dois gargalharam desesperadamente. Continuaram rindo até mesmo quando caíram sentados lado a lado na borda da banheira, os lados da barriga doíam muito e os olhos lacrimejavam.
– Nada mal, Malfoy Hermione comentou quando conseguiu respirar, enxugando as lagrimas Que feitiço foi aquele?
– Eu não tenho idéia, mas seja o que for afugentou o Bogus. Acho melhor irmos Granger, eu te acompanho até a porta do seu Salão Comunal.
Eles seguiram calados e rapidamente, sempre olhando por cima dos ombros. Quando passaram a tapeçaria do trasgo e pararam em frente a porta um silencio incomodo se instaurou, Malfoy murmurou que estava morrendo de sono e estava virando-se para sair.
– Espere Draco. Obrigada Disse Hermione fracamente depois de um longo silencio.
– Pelo que? Perguntou Malfoy sonolento.
– Por me salvar agora a pouco.
– Não fiz mais do que minha obrigação. O santo Potter e seu companheiro pulguento iriam me servir como peru semana que vem se não te salvasse.
– Mesmo assim foi importante, Malfoy. Foi muito importante para mim.
Sem avisar com antecedência o que ela faria a seguir, Hermione segurou a gola das vestes de Malfoy e lhe depositou um beijo demorado no rosto, depois simplesmente soltou-o, acordou a Mulher Gorda e deixou o garoto ali parado olhando para o retrato zangado, acariciando com a ponta dos dedos onde ela havia beijado e pensando que agora seria muito problemático conseguir dormir.



Hermione levantou-se muito cedo, mesmo assim quando desceu para o café da manhã a Grifinória estava em peso incentivando o time. Arriscou um olhar para a mesa onde o verde era predominante e ali estava Malfoy um pouco distraído, mas junto com seus companheiros de equipe. A garota sentou-se ao lado de Rony e reparou que ele parecia desanimado.
– O que houve com ele? Perguntou ela a Harry.
– Alô, estou aqui. Você poderia perguntar direto para mim. Pediu Rony irritado.
– Ok, Ron, o que houve com você?
– Não vou jogar respondeu cutucando uma salsicha com força Detenção, tudo por atirar uma bomba de bosta no caldeirão do McLaggen semana passada, a professora McGonagall descobriu ontem e me vetou do time esse jogo.
– Isso parece ser ruim A garota comentou tentando soar compreensiva.
– Uma tremenda tragédia Ajudou Gina.
– Tudo bem, eu não gosto de jogar no inverno mesmo. Pergunto-me quando dezembro vai acabar, parece ser o mês mais longo da minha vida.
Hermione olhou para a mesa da Sonserina onde os jogadores começaram a se levantar e teve que concordar com o colega.
– Eles já estão indo Comentou Harry e fez sinal para os colegas da equipe irem também, virou-se para Rony e Hermione Vocês vêm?
– Claro, já terminou Hermione? Ótimo.
Rony a arrastou até o campo e se ajeitaram nos lugares na arquibancada. Realmente parecia ser um frio e triste dia de dezembro, ainda havia muita neve por todo o campo de Hogwarts, porém ventava pouco. Rony não falava muito, lançava olhares furtivos para Hermione como se quisesse dizer alguma coisa, mas apenas se calava. Hermione havia conseguido manter uma conversa longe de assuntos amorosos com Rony, quando um garoto baixo e com cara de rato, todo vestido de verde apontou na frente de Hermione.
– Ei, pirralho, errou de lugar. Dá o fora daqui Rony apontou para a arquibancada da Sonserina.
– Não estou aqui por querer. Você é a Granger, não é? Draco Malfoy mandou te entregar isso Enfiou um papel na mão de Hermione e retirou-se.
Ela abriu e apenas uma frase estava escrita em uma caligrafia fina e deitada Preciso falar com você AGORA, estou no vestiário
– O que ele quer? Perguntou Rony, desconfiado.
– Não sei, acho que ele descobriu mais alguma coisa, quer que eu vá encontrá-lo. A garota levantou-se descendo alguns degraus.
– Você quer que eu vá com você?
– Não precisa, Ron, fique ai, não vou demorar.
Hermione desceu e perguntou onde era o vestiario, ela parou por alguns minutos tentando escutar conversas dentro, mas só passadas ocasionais. Seu velho sentido anti sonserino detectou cheiro de armadilha. Porém ela o ignorou e abriu a porta.
Por Deus Hermione, desde quando confia tanto em Draco Malfoy?
Draco estava em pé, com as vestes de apanhador verde esmeralda. Faltavam as luvas de couro que ele apanhou quando viu a garota entrar e sorriu caloroso para ela.
– Queria falar comigo, Draco? - Hermione sentou-se no banco próximo a Draco e alinhou a saia.
– Sim, caso contrário não a teria tirado da preciosa biblioteca. - Ironizou.
– Eu não estava. Eu... Eu... - A garota ficou rosada e sentiu dificuldade em encarar Draco - Eu vim ver você jogar.
Ergueu os olhos, Draco parecia divertido e espantado.
– Certeza que não veio ver seus amigos da grifinória, Hermione?
– Você é meu amigo agora. Você salvou minha vida Lembrou-lhe a garota.
– Talvez.
– Por que, talvez? - ela perguntou unindo as sobrancelhas.
Olhando para Draco agora, o achou diferente. Ainda muito preocupado e cansado, como se tivesse mil anos de luta, sofria pelo pai e isso estava estampado em parte das suas olheiras, mas a outra metade delas a garota não conseguia identificar. Ele suspirou e terminou de colocar as luvas do jogo, contemplou por um momento o relógio do vestiário, o qual foi acompanhado por Hermione. Ainda faltavam dez minutos antes do jogo, virou-se para Draco e ele a contemplava brandamente, seus olhos tinham um brilho diferente, eles sorriam para ela.
– Você sabia que eu não pude dormir essa noite?
– Com medo do escuro, Draco?
– Não, na verdade eu passei essa noite pensando e talvez tenha chegado a uma conclusão idiota.
– Sobre o que?
– Hermione... - E o coração dela saltou notando pela primeira vez que agora ele a chamava com freqüência pelo nome - Eu acho que estou ficando louco. Deve ter alguma coisa de muito errado comigo, essas coisas que aconteceram ultimamente me abalaram muito, disso eu sei, mas não sabia que chegaria a confundir minha cabeça. A prisão do meu pai, depois a chegada do Lord das Trevas e mais castigo nas costas do meu pai, meu dever que eu devo cumprir, esse monstro estúpido que pegou Crabbe e Goyle e que me impede de terminar minha tarefa, tudo isso... Tudo isso, Hermione, deve ter me feito muito mal, muito mal mesmo. Primeiro porque eu comecei a andar com um bando de grifinórios e depois porque - Ele riu e ela acompanhou nervosa, então a mão dele deslizou sobre a dela e seu coração desejou parar de bater - eu me peguei completamente louco por uma sujeitinha de sangue-ruim. Que tem o nariz mais empinado que o meu, uma coragem maior que a minha, uma mente mais brilhante e um coração tão grande e quente forte o suficiente para verter em água o gelo que existia dentro do meu e fazer com que eu desejasse desesperadamente as mãos, os abraços e os lábios dessa garota. Fazendo-me ignorar a minha linhagem sanguínea e meus costumes, tudo por causa de um sorriso que me faz perder o sono em noites frias e queimar por dentro em noites quentes. Estou afundando meu orgulho, Hermione, ao te dizer isso, ao confessar que eu estou completamente... Completamente... - Hermione notou que ele gaguejava, que seus olhos brilhavam em lagrimas. Ele suspirou e ela segurou a respiração - Apaixonado por você.
Draco acariciou o braço da garota, subindo e emaranhando os dedos expostos da luva em seus cabelos, o braço livre envolvendo a cintura de Hermione, trazendo-a para si, a colando contra o manto verde da sonserina que cobria seu corpo. Hermione deixou-se ser levada, seus olhos consumindo os lábios do rapaz, desejando intensamente estar entre a eles. Malfoy adentrou mais sua mão nos cabelos soltos dela e a garota suspirou pelo arrepio novo que correu sua espinha. Viu Draco se aproximando e tocando seus lábios sobre os dela, sentiu o cheiro mais delicioso que já sentira, um cheiro que aprendera a admirar desde cedo. Um odor de creme dental de hortelã entrou em sua boca. Ele provou do gosto dos lábios ainda fechados de Hermione Hermione, umedecendo sua boca e então a beijou. Hermione amoleceu ao beijo, suas pernas estremeceram e se não fosse pelo abraço de Draco teria caído ao chão, queria retribuir, mas o conflito que começava a martelar sua cabeça a impedia de mover-se. Queria abraçá-lo pelo pescoço e se afundar completamente naquele peito forte e quente de Malfoy. Mas no fim ela era uma grifinoriana, isso ia contra todos seus princípios e... e tinha.. Ron tinha Ron com quem se preocupar.
Seus braços acordaram e tentaram empurrar Malfoy, mas ele forçou sua cabeça sobre a dele aumentando o ritmo do beijo, deixando faltar o ar a ela. Desviou o rosto por um momento e quando ele voltou a procurar faminto por sua boca, Hermione voltou a se entregar deslizando a mão pela mandibula do rapaz, acariciando com a ponta dos dedos e percebendo uma barba rala nascer em baixo do queixo. Empurrou-o novamente com certo êxito e quando ele fez menção de voltar ela depositou um tapa no rosto de Malfoy fazendo-o apertar os dentes e a solta-la completamente. Hermione achou que estava perdida, que teria que correr o mais rápido possível da fúria de Malfoy, mas Draco riu e envolveu mais uma vez Hermione com os braços, inclinando o rosto para o lado levemente e se aproximando dela.
– Pode me bater quantas vezes desejar sangue-ruim - Ele sussurrou com os lábios nos dela - Porque eu não vou parar de te beijar.
Uniu sua boca de hortelã mais uma vez sobre a dela e a liberou do abraço, deu as costas, apanhou a vassoura e saiu do vestiario.
Hermione caiu escorregando pelo ladrinho gelado, enfiou as mãos no rosto ofegando. Deve ter passado quinze minutos ou meia hora, não saberia dizer. Seu peito arfava com tal velocidade que a garota pensou delirante que o coração rasgaria a caixa torácica e correria para longe dela e para perto dele.
Não, Hermione, isso é errado. Muito errado.
A menos de um mês atrás ela diria (ou melhor, não diria) que era Ronald Weasley quem amava. Qualquer um que convivia com ambos sabia da paixão e da quimíca que existia entre eles, então porque agora sentia isso? Porque essa confusão dentro de uma cabeça tão brilhante?
Não há confusão alguma.
A garota levantou-se decidida e esfregou a boca com raiva na manga das vestes. Tiraria Rony daquela arquibancada, levaria ele para dar um passeio e o beijaria. Simples assim. Pensou que fosse sucumbir diante de tanta idiotice, mas recompôs seus cabelos em um coque e correu para fora. Subiu a arquibancada e atravessou o mar de alunos até Rony, o puxou pelo braço e o arrastou até embaixo.
– O que houve? Você demorou. - Perguntou Rony - Espero que seja sério você está fazendo com que eu perca o jogo, Hermione.
– Eu quero sair com você Rony. - despejou.
O terror se espalhou por Rony, ele amassou os cabelos procurando ajeita-los e o rubor ferveu em suas bochechas.
– Sair? V-Você diz, tipo, agora? Aqui?
– Vamos dar uma volta até a cabana do Hagrid. - Definiu ela - ou prefere ver o jogo?
– N-Não, é só que... Bem, vamos.
Os dois caminharam lentamente, ambos nervosos, o pescoço dela coçava por baixo do cachecol pelo suor que formigava seu pescoço, Rony parecia ausente e mal a respondia o que não contribuía nada para o teste dela. Já passaram alguns metros da cabana de Hagrid quando ela estancou e olhou a paisagem. Não havia neve caindo nem vento forte, o que era bom, os campos de Hogwarts pintados de branco era um espetáculo particular que ela admirava desde o seu primeiro ano no colégio e desde que se viu apaixonada por Rony, imaginava os dois juntos, entrelaçados em um cenário como este.
– Por que você me chamou aqui? - Perguntou Rony, tirando-a do devaneio.
– Há algum tempo precisamos conversar.
– Não acha que foi meio... Inesperado?
– Acho.
Olharam-se e Ronald sorriu, ela esquadrinhou os lábios rosados do garoto com os olhos, procurando a fome que já sentira por eles.
– Hermione, faz um tempo que eu queria contar uma coisa para você... Mas, bem, você sabe, eu não encontrava coragem - Ele deu de ombros.
– Não acho que precisa ser necessariamente dito.
Deixou que os dedos de Rony tocassem seu rosto, uma e depois a outra mão envolveu seu maxilar a mirando, Hermione olhou em seus olhos azuis que ficavam cada vez maiores, mais próximos. Vasculhou seu peito, coração e alma a procura do sentimento que guardara por anos pelo rapaz, que até alguns dias atrás estava ali enfiado até a garganta querendo sair. Mas não o encontrou e olhando para aqueles olhos brilhantes se pegou desejando que não fossem azuis, fossem cinzentos e misteriosos como uma noite de neblina. A boca dele roçou sobre seus lábios cheios.

– Rony... - sussurrou.
– Hermione...
– Ron... Eu... - Ela pousou as mãos sobre o rosto dele, encostando os dedos em sua boca - Eu não posso. Desculpe-me.
Rony a soltou confuso, afinal ela quem havia arrastado o garoto até ali. Hermione chorava, as lagrimas escorregavam pelas bochechas e entrava salgadas na abertura de seus lábios, a garota chorava a estupidez, dor e a felicidade da descoberta que enchia seu coração. Rony balbuciou alguma coisa por ser culpa dele e pediu que ela não chorasse, a garota caiu sobre o peito do amigo e chorou lagrimas culpadas, que não eram para ele. Chorou um pranto apaixonado, todo ele destinado a Draco.
– Você está bem Hermione? Perguntou Rony depois de um longo momento.
– Ah estou melhor agora, obrigada Hermione limpou as lagrimas no cachecol vermelho e dourado.
– Tem certeza?
– Claro, pode voltar a ver o jogo.
– Não, eu fico aqui com você sem problema...
– Tudo bem, Rony. Eu vou lá para dentro ler alguma coisa, volte ver o jogo.
Rony ainda tentou argumentar, mas já estava sendo impelido para o campo, então por fim se rendeu e voltou para a arquibancada. Hermione viu o garoto afastar-se e foi em direção a cabana de Hagrid, entrou e ficou sentada a janela acariciando as orelhas de Canino. Não demorou a uma movimentação começar ao redor do campo, e pequeninas pessoas se arrastarem até o castelo. Hermione esperou que o ultimo retardatário fosse em direção ao castelo correndo e saiu da cabana de Hagrid. Caminhou sem notar onde iria e já havia atravessado metade do campo de quadribol quando notou o que seu subconsciente queria, ele gritava por voltar no vestiário e reviver o melhor momento de sua vida. Ela andou cautelosa até a porta e a abriu, ao contrario da ultima vez estava completamente vazio, ela então se encaminhou até o banco ultimo banco onde Draco se confessara e mal se sentou quando a porta do vestiário foi mais uma vez aberta. Ergueu a cabeça de pressa, apertando a varinha no bolso do casaco e parou no meio do gesto. Um rapaz estava parado, apenas com as calças de time, o peito branco e forte salpicado por uma fina camada de neve, os braços pouco musculosos ainda tinham a camisa do uniforme neles, o cabelo loiro esbranquiçado bagunçado em todas as direções por onde passara a camisa para retirá-la. Hermione fitou seus lábios, o formato e a cor viva de seus olhos, desceu uma vez mais para seu peito e corou. Draco Malfoy livrou-se do resto da camisa e sorriu como ela nunca o vira sorrir antes, Hermione levantou-se.
– Como foi o jogo? Ela perguntou tentando soar natural, mas sua voz quase falhava diante a aparição de Malfoy.
– Bom. Ele respondeu caminhando para ela em passos largos.
– Vocês ganharam? Hermione também começou a se aproximar cautelosa.
– Perdemos Ele abriu mais o sorriso Trezentos e cinqüenta a cento e setenta.
– Então porque você está sorrindo?
Encontraram-se, ele abraçou a cintura de Hermione, percorreu a mão pela sua costa e colou seu peito sobre o dela.
– Porque você esta bem aqui comigo.
Ele não investiu, não se moveu, deixou que ela pousasse os braços sob os seus e percorresse as mãos pelos seus braços nus e arrepiados pelo contato, deixou que ela lhe afagasse o peito e enroscasse ambas as mãos em sua nuca, deixou que Hermione se aproximasse mais fitando seus olhos (e Hermione sentiu outra vez como se aqueles olhos pudessem queimá-la, pudessem incendiar sua alma e coração), deixou que ela encontrasse encostasse sua boca sobre a dele e o beijasse. Hermione o beijou tão lenta e calmamente que Draco evitou abraçá-la com mais força para não quebrar a fragilidade do momento, porem quando ela envolveu seu pescoço com um dos braços o fazendo dar alguns passos para trás, ele apertou as mãos quase como quisesse que ela se fundisse a ele. A garota não entendia como ficara tão quente, como lá fora a neve voltava a cair e ali dentro nos braços nus de Malfoy era como se ela própria, ela própria queimasse em sua tentação.


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Notas finais do capítulo

Review se gostarem *-*



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