Zera escrita por Filha de Apolo


Capítulo 15
Capítulo 15 - Final


Notas iniciais do capítulo

Eu sou tipo
a vadia mais vadia
de todas as vadias
por ter prometido que ia escrever mais rápido
e não escrever
mas tipo
eu explico no final o porquê
ou nos agradecimentos
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não esquecendo o fato de que eu quase postei o capítulo em Posena, porque eu cliquei errado K
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Aviso: Eu sou p-é-s-s-i-m-a em coisas afroditescas (sab né ~caradefafada~), então me deem um desconto.
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Ah, e obrigada a pessoa linda que recomendou a fic alguns dias atrás (vi só hoje). Sério, é muito mágico quando vocês fazem essas coisas, aquece meu coração ~dramaon~ sab.



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-Hey - Ele disse, sua voz ainda fraca. Uma lagrima rolou pelo rosto de Hera, e todo seu rosto se contraiu para um sorriso. Antes que ela pudesse respondê-lo de alguma forma, Zeus se inclinou e selou seus lábios aos da esposa, que correspondeu apaixonadamente.

O beijo durou pouco mais de um minuto, o que mais pareceu horas, até ambos terem de lutar por ar. Ele a puxou, com um pouco de dificuldade, para mais perto de seu corpo. Ela enterrou seu rosto na curva do pescoço dele.

-Ah, Zeus! - Ela falou, em meio a um suspiro de alivio, o corpo agora completamente colado ao do Rei do Olimpo. - Você quase me matou do coração.

-Você é imortal, meu bem. - Ele disse, calmo, sorrindo. Se afastaram um pouco para poderem se olhar nos olhos.

-Eu sei… Ah, você entendeu! - Ela disse, frustrada mas sorrindo. Ele apenas sorriu em resposta a mulher. - Me diga, você esta bem? Não esta com frio? Fome? Sede? Precisa de algo? Remédio? - Ela disse, se virando e se preparando para levantar.

Com um movimento rápido, Zeus laçou a cintura de Hera e a puxou para perto novamente.

-Eu preciso somente de você - ele murmurou no ouvido da deusa - então se acalme. Me diga, como vão as coisas por aqui, eu dormi por muito tempo?

-Não, ao menos não tempo o suficiente para Atena transformar isso aqui num quartel.

-Ahh, que maldade, Hera - disse ele, rindo - mas por que você mesma não comandou o Olimpo? Você é tão boa nisso, nunca nem precisou de mim.

-Eu sei que sou uma ótima rainha, obrigada. O problema não era eu precisar de você, e sim eu ter que cuidar de você.

-Nossa, era só me deixar com o Apolo.

-Ah claro, para ele depois te deixar com uma ninfa psicótica de novo? Bem capaz. E eu não ia conseguir me afastar de você de qualquer jeito.

-Awn, que fofa, ficou preocupada - Ele disse, sorrindo bestamente.

-Mas é óbvio que eu fiquei preocupada! Eu fiquei com meu coração na mão, praticamente. E eu não sou fofa - Ela fez questão de acrescentar o final, além do mais, fazia éons que ela não era mais ‘fofa’.

-Nhá, viu? Você tem surtos de fofura.

-Você vai ver onde eu vou enfiar essa fofura.

-‘To louco pra ver - Ele disse, rolando e ficando por cima dela, seus narizes encostando um no outro.

-Você gosta, não é? - Ela disse, seu olhar ameaçador não fazendo o mínimo efeito em Zeus. Já se conheciam e conviviam durante tanto tempo juntos que sabiam, na maioria das vezes, o que o outro pretendia, o que cada um pensava e como cada um agia.

-Adoro, principalmente se for para enfiar em você - Ele retrucou, a malícia estampada em seus olhos. Hera retribuiu seu sorriso e mordiscou o lábio do marido.

De repente, o sorriso malicioso foi substituído por dor, e os braços de Zeus cederam ao peso do seu corpo. A verdade era que ele não estava bem. Para não cair por cima de Hera, machucando-a, Zeus aguentou um pouco mais até conseguir rolar para o lado e se soltar som um baque, em cima da cama.

Por instinto, Hera levantou e pegou a garrafa de néctar adulterado que Apolo a deixara quando viera visitar o pai. Ela se sentou do lado de Zeus e ergueu sua cabeça.

-Hera, eu não preciso disso, eu só preciso descansar.

-Aham, agora abre a boca, por favor - Ela disse, aproximando a o liquido de Zeus. Sem escolha, o deus dos raios tomou o néctar, que desceu queimando sua garganta. Abafou um gemido de dor, para não parecer fraco.

Depois de alguns minutos, a expressão do rosto de Zeus relaxou, e ele suspirou aliviado. Hera se inclinou, beijou os lábios do marido por alguns segundos e depois foi buscar um pano e água para fazer uma compressa quente.

Zeus a observou partir. Colocou a mão nos lábios, como se aquilo fizesse o gosto dos beijos dela voltar. Por um momento, refletiu sobre o quanto devia ter doído nela, vê-lo naquele estado deplorável.

Seu coração se apertou, lembrando de ouvir o choro dela. Queria se matar por fazê-la chorar tanto. Não era a primeira vez, óbvio. Ela chorava quando ele a traía, na maior cara de pau. Passava dias o xingando, brigando e até o batendo, e ele continuava fazendo a mesma coisa, todos os dias, a noite toda. Quando chegava em casa, encontrava ela, na maioria das vezes, encolhida no sofá da sala, com uma coberta leve por cima. Ou ficava lendo, ou escrevendo, fazendo palavras cruzadas ou desenhando. Ela desenhava muito bem.

Um dia Zeus, em um ataque de raiva e impaciência, perguntou a ela o porquê dela ficar o esperando todas as noites, se ela era trouxa de ficar ali, sabendo que ele estava com duas, três ou até quatro amantes. Ela se virou, calma, e o olhou fundo nos olhos até que ele se acalmasse também. Ela evitava conversar com ele quando ele estava alterado, sempre acabava mal.

Quando Zeus parou de lançar insultos e revirar os olhos, se sentindo até mesmo um pouco culpado, Hera suspirou e o respondeu, olhando para o chão.

”Fico esperando para ter certeza de que virá. Você é o único que confia nessas ninfas, todos sabem que elas fariam de tudo para conseguir o que querem. Você deveria saber, melhor do que ninguém, com quem você está “lidando”. E você pode se perguntar o porquê de eu me importar tanto, já que você é um cafajeste desalmado, mas você sabe a resposta. Alguém precisa cuidar de você, Zeus. E é meu instinto cuidar da família.”

As palavras martelavam em sua mente de vez em quando, no meio da noite, enquanto ele caminhava para o Palácio. Ou em sonhos, fazendo-o acordar culpado. O pior de tudo é que ele não ouviu o que queria. Quando ele a questionou, esperava outra resposta. Doía o fato dela não ter dito aquilo. Não ter dito que era porque o amava.

Mas ali estavam eles, alguns séculos depois. Ela cuidara dele, depois de tudo o que ele fizera. Cuidara e ele sabia que ela iria cuidar novamente, no futuro, se fosse preciso. Só queria ter certeza de que era por amor, e não por obrigação.

Claro que ele havia percebido que ela o amava, pelos choros abafados da noite, ou a dor e a preocupação em seus olhos. Mas ele queria saber se tudo aquilo era mais amor ou mais instintos.

A verdade é que ele sentia falta do passado. De como eles eram quando haviam recém se casado. Como ele conseguiu se manter fiel por um ou dois éons. Como ele a pegava sorrindo, do nada. Ela costumava cantarolar pela casa, dançando de um lado para o outro. Eram jovens, a verdade era essa, mas ainda assim conseguiam conciliar o trabalho, o lazer e o casamento. Parecia mais fácil, antes do caminhão de brigas. Não que eles não brigassem antes, mas parecia que as brigas eram menos sérias, a maioria era por besteira, do tipo que eles não ficam nem cinco minutos brigados. 

Agora não, as brigas duravam semanas. Eles ainda se falavam, dormiam juntos e tudo como normalmente, o que era pior. As brigas que eles tinham antes afetava apenas o dia a dia deles, as de depois afetavam os restos do amor que eles ainda sentiam. 

Ouviu passos leves. Piscou para voltar a realidade. Melhor que não tivesse.

Uma ninfa estava parada na sua frente, alguns passos de Zeus. Não 'uma' ninfa, e sim 'a' ninfa. Assim que notou o olhar dele, se ajoelhou, fitando o chão. Ela estava horrível, os dois olhos roxos, o nariz meio torto, de tê-lo quebrado. Fraca, como se não estivesse se alimentando direito, ou estivesse doente. Seus braços estavam cobertos de arranhões. Na parte interna da coxa dela, Zeus notou uma marca. Uma pequena pena de pavão fora encravada em sua pele, daquelas marcas que não saem nem se a pele fosse queimada.

Zeus levantou os olhos e encontrou Hera escorada na porta, com um ar de superioridade (que ela sempre tinha, mas havia se ausentado nos últimos dias). Um sorriso brotou no canto dos lábios de Zeus, fazendo Hera sorrir discretamente também. O deus voltou seu olhar à ninfa.

-O que deseja? - Ele falou, formal. Nem parecia que eles já haviam passado várias noites juntos. O tom de voz que ele usou fez a ninfa se encolher um pouco.

-Pedir de-desculpas, meu senhor – Ela disse, praticamente para si mesmo. Ela não queria fazer aquilo, ia apenas se desculpar para Hera para poder continuar no Olimpo, mas então descobrira que Zeus acordara, e a rainha não deu muitas opções a ela. Ou ela pedia desculpa para ambos, ou acabaria renegada.

Haviam se encontrado no pátio, Hera estava buscando água de uma das fortes termais que haviam ao lado do Olimpo. O olhar mortal que a rainha a lançou foi o suficiente para ela ter coragem de falar com ela, lembrando que poderia cair 'acidentalmente' do Olimpo caso não o fizesse delicadamente.

E então estava ali, na frente de Zeus. Ela nunca quis machucá-lo, sua intenção era apenas tirar Hera de seu caminho. Com a rainha ausente, Zeus ficaria mais manipulável. Ao menos as coisas funcionariam assim, na mente doentia da ninfa.

-Vá em frente – Ele disse, seco. Ela preferia quando ele sussurrava em seu ouvido, não assim. 

-Me perdoe, meu rei, por tê-lo machucado de tal forma. Meu objetivo nunca foi esse...

-Eu sei que não, seu objetivo era atacar Hera.

-Ela já me pediu desculpas, Zeus – Hera o interrompeu, usando o mesmo tom de voz de rainha que ela usava quando estava em reunião. Ele amava vê-la assim, tão confiante, tão poderosa.

A ninfa assentiu, concordando, e continuou.

-...Prometo não lhe fazer mais mal, nem planejar ou acobertar planos que tenham como alvo o senhor e sua esposa. Servirei, seguindo o desejo da rainha, nos campos afastados do Palácio, para que assim não possa me intrometer na vida dos senhores – A ninfa disse, terminando de falar tudo o que fora dizer e se levantando.

Fez uma reverência a Zeus e outra a Hera antes de sair correndo do Palácio. Havia se humilhado o suficiente para uns dez anos.

-Isso foi... curioso – Zeus disse, por fim. Hera caminhou até a cama e se sentou ao lado do marido. - Você é terrível, sabia?

-Sabia sim – Hera sorriu, provocando Zeus. Se inclinou e beijou o pescoço do marido, que, por sua vez, puxou pela cintura, fazendo-a se deitar por cima dele.

-Eu estou com saudade de você – Zeus disse, a pressionando contra seu corpo.

-Seu safado – Hera se descansou seu queixo no peito de Zeus e o olhou nos olhos. -, pra isso você não está fraco, não é? - Zeus riu, a beijando na testa.

-Claro que não, pra essas coisas nós temos reservas particulares de energia.

-Sei. Pena que o senhor vai precisar usar essa energia para tomar um banho relaxante – Ela disse, se desvencilhando delicadamente do abraço do marido e se levantando. -, porque você vai jantar com todos nós hoje, que está todo o mundo preocupado contigo.

-Oh, que fofos, me amam demais mesmo. - Zeus disse enquanto se levantava lentamente. Caminhou até seu armário-quase-closet para selecionar uma roupa para vestir (N/A: Porque Zeus não escolhe a roupa, ele seleciona, como disse minha linda Filha de Atena).

-Não te amam mais do que eu amo. Agora vai logo e deixa eu vejo o que você vai usar – Zeus sorriu com o comentário dela. 

Hera foi até Zeus para o guiar até o banheiro. Assim que ela tocou em seu braço, Zeus a girou e a prensou contra a parede, os dois braços trancando os lados de seu corpo. Hera sorriu, revirando os olhos. 

Ele começou afastando a alça do vestido que ela usava. Beijou o ombro nu, subindo pelo pescoço até chegar na orelha, onde deu mordiscou delicadamente. Correu seu nariz pela curva do pescoço dela, a fazendo suspirar. Hera subiu suas mãos e as entrelaçou na nuca de Zeus, o trazendo para mais perto de si. Arrepios dançaram pelo corpo da deusa quando ele a ergueu do chão, segurando suas coxas. Hera enlaçou suas pernas na cintura de Zeus, que ainda a prensava contra a parede.

Se beijaram depois de algumas mordidas e puxadas dos lábios de ambos. Os olhos fechados, nada mais existia.

Só a batida na porta.

Bateram uma vez. Depois duas. Depois três batidas impacientes. 

Zeus e Hera se separaram, ofegantes.

-Eu atendo. - Ela disse, se desprendendo do marido e indo até a porta.

-Eu... - Zeus sorriu sozinho, com os dedos percorrendo seus lábios. Os beijos apaixonados que eles se davam sempre lembravam a ele da primeira vez que ele conseguiu roubar um selinho dela, na ilha separada que ela costumava ficar. - Eu vou para o banho.

Zeus entrou no banheiro e Hera terminou de baixar e ajeitar seu vestido, depois abriu a porta.

-Olá, minha querida rainha – Zeus ouviu, de dentro do banheiro, uma voz masculina se dirigir à Hera. O som estava abafado pelos sons da banheira, que se enchia de água, não deixando Zeus discernir o dono da voz. -, como vai seu tão amado rei?

-O que você quer por aqui?

-Não seja rude, minha cara Hera, eu só gostaria de confraternizar com a família, é claro!

-Como se você se importasse com a família.

-Só porque desrespeitei Zeus uma vez não quer dizer que não me importe com ele, afinal de contas, ele ainda é rei.

-Engraçado como você sempre vai para o lado que lhe é mais conveniente, Prometeu. Durante o retorno de Cronos, não lembro de ver você preocupado com a saúde de Zeus. Ah, é verdade, você estava ocupado demais liderando um ataque contra o Olimpo!

-Hey, eu não liderei um ataque contra vocês. Não exatamente. E afinal, por que eu faria isso? - Prometeu até tentou soar ofendido, mas um sorriso brotava no canto de seus lábios. - Me diga, querida, isso tudo é mesmo por causa do ataque, ou por causa da proposta que eu lhe fiz? - Ele disse, se aproximando de Hera, a fazendo recuar para a parede. - Sabe, você nunca me deu uma resposta, e agora que Zeus está fraco – Ele estendeu a mão para afastar uma mecha de cabelo da frente do rosto de Hera. Um sorriso malicioso estava estampado em seu rosto - seria um ótimo momento para...

-Zeus está ótimo, Prometeu! - Hera disse, afastando a mão do titã. - E fique longe de mim, por favor. – A rainha se virou e andou até a porta. - Agora, se me dá licença, eu preciso me vestir – Ela acenou para a porta com a cabeça -, então nos encontramos lá em baixo.

-Ah, querida – O titã foi andando até ela. - Não finja que não pensou no que eu lhe disse, eu sei que você não é feliz – Agora ele a havia encurralado em frente a porta, que estava aberta e encostando na parede. Proximidade era tudo o que ele precisava. - Eu te trataria tão bem, você sabe – O perfume dela anestesiou os sentidos de Hera. ”Muito... perto...”.

-O quê... você... fez...? - Os joelhos de Hera estavam bambos, e seus olhos não aguentavam mais ficarem abertos. Ela abriu a boca para gritar, ia chamar Zeus, mas sua voz não saía mais. E nem adiantaria, Zeus estava no chuveiro agora, havia desistido da banheira, ele não a ouviria.

-Não resista, será melhor – Prometeu a segurou. Seus rostos estavam tão próximos e seus lábios estavam se tocando. Ela precisava parar aquilo, não iria trair Zeus agora, não, muito menos assim. 

Nunca o trairia.

-Afaste-se... de mim, Prometeu – Ela murmurou. Se desvencilhou dele e se jogou para frente, caindo mais perto do banheiro. - ZEUS! - Ela reuniu o que conseguiu e gritou pelo marido. Prometeu se assustou, primeiro com a ação repentina de Hera, e segundo pelo fato de Zeus estar ali. Ele não deveria estar ali.

Zeus a ouviu. Desligou o chuveiro. Havia urgência e medo em sua voz. Pegou uma toalha e cobriu-se da cintura para baixo, depois saiu do chuveiro e abriu a porta.

-Que merda é essa? - Foi tudo o que ele disse. Prometeu estava com Hera nos braços. Ela se debatia fracamente, como se algo a impedisse de lutar. Ele dava pequenos passos para trás, esperando para fugir.

-Hum, olá. Eu estou roubando a sua... - Ele até ia terminar a frase, mas um raio o atrapalhou. Um raio no meio de sua testa.

Desnorteado, Prometeu largou Hera, quem Zeus se apressou em pegar antes dela cair no chão. Se encostou na parede, atingido por uma fraqueza repentina, ainda não estava completamente recuperado.

-Vá roubar doce de criança, Prometeu, talvez você consiga. - Zeus disse, sua voz soando como um rosnado. O titã não se deu o trabalho de revidar, apenas desapareceu, levando consigo uma poeria que envolvia Hera. 

Assim que ele se foi, a deusa recobrou os sentidos. Zeus a largou delicadamente, dando tempo para ela se firmar no chão. 

-Então, você vai me explicar o que acabou de acontecer?

-Vou... vou sim... vista seu... terno. Eu vou... me recompor – Sua respiração alterada causava as falhas em sua voz, mas Hera conseguiu explicar tudo o que Prometeu dissera, explicou até sobre a proposta, que ela antes havia escondido de Zeus.

E resolveu não se afastar muito dele, pelo menos durantes as semanas seguintes. 

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Todos aplaudiram.

Não apenas porque aplaudir o discurso do rei era uma regra, e sim porque ele realmente havia falado bem. 

-Você pode repetir aquela parte que o Olimpo fica sem ninguém comandando? Eu gostei – Poseidon disse para Zeus mas olhando para Atena, que ficou completamente vermelha. Raiva? Vergonha? Nem Afrodite saberia dizer ao certo.

-Melhor é a parte do Zeus ficar fiel. - Hermes comentou, cutucando Apolo, que sorriu maliciosamente.

-Claro, assim sobra mais doçuras para nós – O deus do sol falou.

-Você quis dizer ”vítimas”, não? - Ártemis disse, erguendo uma sobrancelha.

-Não, não, maninha, vítimas são aquelas que você recruta para a caçada. - Apolo disse. Os dois mostraram a língua um para o outro.

Zeus sorriu analisando a cena. Já haviam se dispersado depois de seu discurso. Quando chegou, todos haviam ido comprimentá-lo, alguns correndo, outros praticamente se arrastando, como Hades e Poseidon, mas que sorriram e fizeram piadas bobas quando chegaram, como eles sempre faziam. Zeus até sentira falta das jantas tumultuadas

Poseidon alternava entre insultos com Atena e piadas idiotas com o Hades, que alternava entre rir com o Poseidon ou mimar Perséfone, quem ele não cansava de disputar com Deméter, que tentava roubar a atenção da filha, que não estavam nem dando bola para os dois. Hermes e Apolo incomodavam um ao outro e a Deméter, Dionísio e Ártemis. Hefesto e Ares trocavam olhares furiosos enquanto Afrodite não estava vendo, já que estava conversando animada com Perséfone. Zeus virou-se para Hera, que o observava, sorrindo, segurando sua mão.

Eles eram, no final das contas, a mesma família feliz de sempre. Feliz em seus próprios termos, mas ainda assim, feliz.


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Notas finais do capítulo

Nem as plantinhas da janela acreditaram no 'discurso' da ninfa.
Nossa, ok, me superei
no drama do Prometeu
no tamanho do capítulo
e no final-merda
agora
eu vou escrever os agradecimentos :3
deixem reviews dizendo o que gostaram, o que não gostaram, o que eu poderia aprimorar em minhas outras fics e tals *u*