Back To Summer escrita por Allie Próvier, Izzi Graham


Capítulo 12
Capítulo 12 - Incômodo e infelicidade andam juntos


Notas iniciais do capítulo

AHA' voltei cedo dessa vez! õ/
Os capítulos 13 e 14 também já estão prontos, e irei postá-los logo, logo! *-*
Algumas de vocês devem estar achando o andamento da fic meio lento (até eu, LOL), mas é que eu quero dar um pouco de ênfase à vida do Mark, às coisas que ele enfrentou e a família. Estão sentindo falta da Summer? No capítulo 15 ela aparecerá.
AGRADECIMENTOS à TORY STER, à NANGEL e à MILEY BIEBER, que comentaram no capítulo anterior. E à LuPaz, que ficou toda feliz pelo capítulo homenageado! Obrigada ♥
Agora... ao capítulo! Boa leitura (:



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Cap. 12: Incômodo e infelicidade andam juntos

Bom dia, pessoas lindas!

Fechei meus olhos e joguei a cabeça para trás, gemendo de desgosto.

– Como vocês estão? Oh, Elena! Você estava aqui? Eu não fazia ideia!- a assombração disse.

Christofer McLean: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48684965&.locale=pt-br

Mas é claaaaaaro que ele não fazia ideia que a minha mãe estaria aqui!

– Como você está, minha bela?

Chris tentou beijar a mão da minha mãe, mas ela se desvencilhou dele, sorrindo para mim.

– Vou deixar vocês a sós.- ela disse, dando um beijo na minha testa.

E saiu do quarto, me largando lá com o traidor. Não abri os meus olhos, nem levantei a cabeça. Permaneci como estava.

Ouvi o barulho que Christofer fez ao largar a mochila no chão e puxar a cadeira ao meu lado para se sentar.

– Hei, Mark.- ele chamou, mas permaneci quieto.- Ei, amiguinho, fale comigo.

Silêncio.

Ok, o que eu estava fazendo era infantilidade. Mas eu ainda estava com raiva por ele ter contado o meu segredo.

Permaneci quieto, na esperança dele pegar suas coisas e ir embora.

Não foi o que aconteceu.

– Me desculpe.

Me engasguei com minha própria saliva ao ouvir aquilo. Olhei para Christofer, surpreso.

– O q-quê?- gaguejei, olhando-o com os olhos arregalados.

Eu não estava surpreso pelo Christofer ter me pedido desculpas.

Eu estava surpreso por alguém ter me pedido desculpas por algo. Ninguém nunca havia feito aquilo. Juro.

– Eu pedi desculpas.- ele disse, parecendo arrependido.- Eu não devia ter contado seu segredo à Summer. O que eu fiz com você foi errado.

Suspirei, me sentindo mal pela cara de cão abandonado que ele fazia.

Meu deus... ele está jogando os Raios de Sedução em mim também? Estremeci com essa pensamento.

– Ok, eu te desculpo. Agora para de fazer essa cara, por favor.- falei, revirando os olhos.

– Que cara?- ele perguntou, ainda com aquela expressão.

Suspirei. O que eu tinha na cabeça quando decidi ser amigo dessa coisa?

.

.

.

Nos outros 3 dias em que fiquei no hospital, Chris sempre ia me visitar. Ele passava, praticamente, a tarde inteira (ou as manhãs) no hospital comigo. Minha mãe tem saído ultimamente, mas não me diz o que vai fazer. Enfim, eu e Chris ficávamos conversando sobre amenidades, as vezes ele levava alguns filmes antigos e extremamente toscos. E ele me contou sobre o que estava acontecendo na escola... e sobre Summer.

Chris me disse que, como eu ainda não havia voltado para a escola, ele pediu à Dylan para que ficasse de olho em Summer quando Joshua estivesse por perto, já que Chris já está no último ano e Dylan tem algumas aulas com Summer.

Mas, ao que parecia, Joshua não estava nem aí para Summer. Não a olhava, não falava com ela, parecia que nem a conhecia. Parece que ele até pediu desculpas quando esbarrou nela no corredor.

Eu disse à Chris eu era provável que Joshua tenha mudado. Deveria estar, finalmente, arrependido por ter feito o que fez com Summer. Falei isso, mesmo que nem eu mesmo tenha acreditado muito nas minhas palavras.

Eis a resposta “compreensiva” e “doce” de Christofer McLean:

Animais tarados e estupradores não mudam, Mark. Eles continuam sendo nojentos e repulsivos até morrer. E quando morrem, ardem no inferno.

Para vocês verem como o ser humano é capaz de mudar drasticamente. Quando o conheci, Chris era calmo, na dele, muito tranquilo. Agora, qualquer um que o irrite ele quer que arda no inferno.

Só eu mesmo para aguentar.

Hoje eu receberia alta, e novamente Christofer estava aqui. Enquanto a enfermeira me ajudava a me arrumar, Chris ficava no sofá do quarto tarando a minha mãe.

Elena Campbell: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48685163&.locale=pt-br

Cara, eu já fiz muita merda na minha vida, mas eu não precisava passar por isso, sabia? Quero dizer, não é nenhum piquenique você, todo doente e lerdo, estar prestes a sair do hospital, mas antes ver seu amigo jogando charme para a sua mãe que mesmo querendo fugir dele, se derrete toda.

Acho que esse é o pior castigo que eu já recebi até hoje.

– Ah, filho! Terminou?- minha mãe perguntou, levantando do sofá num pulo e vindo até mim.- Como você se sente?

Dei de ombros.

– Mais ou menos. Estou meio mole.- falei, bocejando em seguida.

Mamãe passou a mão por meus cabelos, suspirando.

– É assim mesmo. O médico falou que a... a droga ainda causará um leve efeito de cansaço em seu corpo, devido a quantidade ingerida. Você ainda está se recuperando, mas não tem por que continuar aqui. Aliás...

Minha mãe deixou a frase no ar, fechando os olhos e me abraçando. Mas ela logo continuou sua fala, sussurrando em meu ouvido:

... quero saber o por quê disso tudo em casa, entendeu?– engoli em seco.

Assenti, meio receoso. Minha mãe me soltou, mas antes deu um beijo em minha bochecha.

– Eu vou até a recepção para assinar alguns papéis. Christofer, querido, você pode levar o Mark até o carro por mim?- ela perguntou.

– Mas é CLARO que sim.- Christofer falou, dando um sorriso torto.

Um silêncio tenso se instalou no quarto, até que eu ri de Chris.

Ah, coitado dele.

Minha mãe agradeceu e saiu do quarto. Chris ficou lá, todo se querendo, enquanto eu pendurava a minha mochila nas costas. Peguei meu celular, que estava desligado há um tempão, e o liguei. Me assustei ao ver a quantidade SMS que haviam me mandado.

Uma das mensagens era de Dylan, que me desejava melhoras e disse que a peça estava chegando, então era bom o Sr. Capuleto melhorar o quanto antes. Havia uma de Laura, que dizia que ela sabia o que eu havia feito e que me achava um tremendo idiota, mas queria me ver bem logo.

E havia uma mensagem de uma tal de Heather, que eu nem conhecia. Ela dizia que eu era muito gato, e que queria ficar comigo.

Hã?

Mas no total, eram 23 mensagens. As outras 20 mensagens restantes eram TODAS da minha prima de Nova Iorque, a Nina. Nina Slater.

Suspirei, receoso. Quando ela me mandava várias mensagens seguidas, é porque coisa ruim estava por vir.

Terminei de ajeitar meus tênis, enquanto tentava imaginar o que havia nas mensagem de Nina antes de abri-las. Nina é uma caixinha de surpresas, nunca se sabe o que ela coisinha com cara de boneca pode querer de você!

Mark Campbell: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48685263&.locale=pt-br

– Aí, cara, vou logo avisando. Elena Campbell é minha, entendeu?- despertei dos meus quando ouvi Chris falando essa pérola.

Olhei bem dentro da cara dele, com uma das sobrancelhas arqueadas.

– Como é?- perguntei.

– Isso mesmo que você ouviu. Você pode ser o filho dela, mas eu sou o amor da vida dela, entendeu?- Christofer encheu tanto a boca para falar aquilo que eu até ri.

– Christofer, você não está podendo assim não, ok?- falei.

Chris revirou os olhos, dando um soquinho em meu ombro.

– Estou podendo sim, você vai ver.

Sorri, puxando Chris para fora do quarto. Eu queria sair daquele hospital o mais rápido possível.

.

.

.

Já estávamos à 2 quadras do condomínio de Chris. O levaríamos em casa antes.

Como eu ainda estava meio zonzo, fiquei deitado no banco de trás do carro. Christofer estava no banco passageiro, tentando conquistar minha mãe. Bufei e revirei os olhos diversas vezes devido às besteiras que ele dizia.

Percebi que minha mãe não sabia se ria ou se chorava enquanto Christofer tagarelava em seu ouvido.

– Eu falo sério, Elena. Seus olhos são mais verdes e tão bonitos quanto as águas cristalinas do Caribe!- Chris dizia, dando seu sorrisinho torto.

Ah, pelo amor de Deus! Se eu fosse mulher eu já teria dado um soco naquela cara de idiota dele. É meu amigo, mas ninguém merece!

– Sério? Obrigada, Christofer.- minha mãe agradeceu, forçando um sorrisinho e tentando não olhar para o tarado ao seu lado.

– E seus cabelos... eles são mais belos que...

Bufei impaciente e dei um grito agoniado.

Minha mãe deu uma freada brusca no carro e se virou para trás para me olhar, os olhos arregalados. Christofer estava do mesmo jeito.

– O que foi, Mark?!- minha mãe perguntou, praticamente gritando também.- Você está passando mal?!

– NÃO, MAS EU TEREI UMA HEMORRAGIA CEREBRAL SE O CHRISTOFER CONTINUAR FALANDO ESSE MONTE DE BABOSEIRA!- gritei, trêmulo.

Minha mãe revirou os olhos e virou-se para frente novamente, colocando o carro em movimento. Chris ficou olhando para mim e riu, passando a mão pelos próprios cabelos.

Permaneci sério olhando para a cara-de-pau do sujeito.

– Eu disse que posso, cara. Eu posso.- ele falou, virando-se para frente.- Nossa, Elena, você dirige tão bem!

CACETE! DESPACHA ELE AQUI MESMO, POR FAVOR?!

.

.

.

Logo deixamos aquela coisa insuportável em casa e fomos para a nossa própria.

Quando chegamos lá, minha mãe me ajudou a sair do carro. O Sol estava forte, e fazia meus olhos arderem ou queimarem, sei lá.

Fomos direto para o meu quarto. Senti um mal-estar quando entramos no cômodo.

A última vez que estive aqui foi quando... quando me entreguei à droga novamente.

Vi que minha mãe, de repente, pareceu ficar um pouco abatida, mas forçava um sorriso para mim. Ela me ajudou a tirar os tênis e pegou minha mochila para guarda-la.

Logo eu estava deitado na cama e minha mãe abria a porta da varanda do um quarto para entrar um ar fresco. Estava um pouco abafado.

Fechei meus olhos, sentindo o cansaço vir com tudo.

Senti o colchão afundar ao meu lado e a mão pequena e macia da minha mãe acariciou meus cabelos, num leve cafuné. Sorri levemente com o toque.

Mas logo meu sorriso murchou, pouco a pouco.

Por que eu fazia aquilo, afinal? Por que eu fazia a minha mãe passar por esse sofrimento? Por essa vergonha? Ela é a pessoa mais importante da minha vida, a única com quem sei que posso contar em qualquer momento, em qualquer situação.

Então por que eu insistia em fazê-la sofrer assim?

Só percebi que chorava quando senti os dedos finos de Elena passando suavemente pela minha bochecha e a lágrima que escorria se espalhou.

– Por que está chorando, meu amor?

Minha mãe segurava uma das minhas mãos. Eu já soluçava quando abri os olhos e a olhei.

E eu desejei lhe dizer tudo o que estava engasgado, tudo o que eu sentia. Queria lhe dizer que eu a amava mais do que tudo, e que nunca mais a faria sofrer, nunca mais me entregaria ao vício.

Mas eu era um fraco. Um inútil.

Só consegui abraça-la e chorar. Chorar pela dor que causava à ela, chorar pela dor que me atingia cada vez que eu a via fingir que estava bem, para eu me sentir bem.

Mas não adiantava, porque a pessoa mais importante da minha vida não se sentia bem.

E eu a amava tanto...



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Notas finais do capítulo

AO PRÓXIMO! ->



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