Voltei para a cama enquanto ele entrava e fechava a porta que ficava do lado da minha cama. Virei de lado e dormi em questão de segundos, sempre dormia rápido depois de chorar.

Os dias que se seguiram foram completamente normais. Eu e Jake nos tornamos amigos e saíamos sempre juntos. Mas agora a banda dele tinha que começar a gravar o álbum e ele estava ocupado. Fui com ele na gravadora algumas vezes e fizemos algumas gravações de brincadeira quando não havia ninguém por perto.

E depois de tantos dias felizes, não podi me esquecer daquela porcaria daquela faculdade, aquela coisinha dos infernos. Apesar de sempre ter odiado estudar, me dava muito bem na escola, sempre tive notas altas, então as esperanças de eu fazer uma faculdade boa eram grandes em casa.

Nos primeiro de aula conheci um colega que faria as aulas de cáculo comigo e começamos a conversar sobre o Brasil depois da aula terminar.

A conversa em si não tem muita importância, mas o final, sim.

- Então não quer sair um dia desses?

- Pode ser. – Respondi.

- Sexta passo na sua casa às 9 então.

A semana passou rápido demais. Já eram 7 horas na sexta quando ouvi a campainha tocar. Brian (o colega) estava adiantado demais, eu não estava pronta.

Ao abrir a porta, dei de cara com Jake.

- O que você ta fazendo aqui moleque?

- Vim te dar oi. – fez uma pausa -  Oi! – Falou com cara de criança acenando com a mão. Cresce, pessoa.

- Você é muito bobo. – Comentei rindo. – Mas hoje eu tenho um compromisso.

- Então você não vai fazer bolo pra mim? – Perguntou com uma cara de triste e eu neguei com a cabeça. – Então preciso avisar o povo porque eu chamei todo mundo pra vir aqui.

- Nem é folgado não. Fala pra eles virem amanhã.

- Chata! Mas eu vou ficar aqui e quero ver com quem é esse compromisso que você tem.

Gelei.

- Ninguém não. É... um trabalho pra faculdade!

- Sexta a noite? Uhun, beleza.

Merda, ele não ia acreditar.

- Que porra, Jake. É um cara que eu conheci. E para de me olhar com essa cara emburrada. – Ele parecia muito bravo.

Pov Jake

- Não to emburrado. Mas eu quero conhecer e aprovar. – Não vou aprovar bosta nenhuma. – Ele é legal? Grosso? Não é galinha? Como você sabe se ele não quer só te comer e te largar? E se ele for um pedófilo escondido? – Eu não considerava isso de verdade, mas eu queria fazer com que ela desistisse desse encontro.

- Aff, que criancice. Para com isso Jake, é só um amigo, e é bem maduro tá? Ele não fica com criancice.

Amigo, sei. E eu sou o papai noel vestido de Shakira.

- Hum, ta. Mas eu ainda quero conhecer. Vai lá se arrumar pro Sr. Maturidade. Enquanto isso eu vou contar pra nossa turma que você preferiu um encontro com um homem maduro, do que receber seus lindos amigos que te amam na sua casa.

Tá, eu fiz drama demais, e ela me rospondeu com um dedo no meio quase enterrado na minha cara, mas foda-se, eu achei que tinha alguma coisa com ela, algo mais do que uma simples amizade, mas pelo visto não é bem assim. Ela não parece sentir a mesma coisa.

Algum tempo depois, Manu ficou pronta. Tempo em que eu dormi, comi, toquei violão, fiquei olhando o Sr. Maturidade pela janela e enchi o saco dela.

- Você vai mesmo me trocar por aquele carinha ali com cara de: eu pego geral? Só porque ele é loiro e todo musculoso? Argh, que nojo.

Ela levou na brincadeira.

- Ele é loiro e musculoso, mas você é mais sexy. – Piscou pra mim. - Vai ficar aqui até eu voltar?

- Claro né. Imagina se você faz com ele o que fez comigo na primeira vez que a gente saiu?

- Praga. Não precisa ficar me lembrando disso o tempo todo.

Eu ri e vi ela saindo. Ela estava realmente maravilhosa com aquela roupa. Um vestido preto justinho e um sapato prateado. Hoje mais tarde, vou ter ela pra mim. Vou fazer ela esquecer aquele cara.

Conferi se minha camisinha reserva estava na carteira. Tudo pronto. Deitei na cama do quarto dela e fiquei esperando ela voltar.

Manoela Pov

Fui jantar com Brian. Ele era um amor. Um cara engraçado, romantico. Mas uma pessoa não me saía da cabeça. Adivinha só: Jake. Eu havia falado pra ele que não queria me envolver, e olha aí, já tava me entregando de bandeja para o Brian.

Aguentei a minha vontade de sair pelo resto resto do jantar. Brian me contou tudo sobre sua família, seu casal de sobrinhos e seus planos para depois da faculdade. Eu me resumi a fazer comentarios, sem me abrir para não parecer envolvida.

Voltamos para casa cedo, por volta das 22h, e Brian se esforçou muito para me levar para sua casa. Nao aceitei seus milhares de convites e ele me deixou em casa. Abriu a porta do carro para mim.

- Obrigada, Brian, pelo jantar. Foi muito bom. – Disse me despedindo.

Mas ele não era fraco. Me puxou de volta e me prensou entre ele e o carro. Tentou me beijar, mas eu virei o rosto. Ao mesmo tempo Andy chegou, mas como estava vestido de preto quase não foi visto. Só ao virar o rosto percebi ele do nosso lado segurando uma risada da cara decepcionada de Brian.

- Credo, - assustei – o que você ta fazendo aqui, assombração?

- Eu estava vindo pra sua casa para encher a cara com você e com o povo e falar merda a noite inteira. E você, o que está fazendo?

- Estou me despedindo do Brian. O Jake tá lá em casa, sobe lá. Ele não falou que eu ia sair e que era pra vir amanhã?

- Sim, mas a gente resolveu vir hoje E amanhã. Enfim, antes de subir eu quero falar com você. Eu vou esperar na frente do portão com o Ashley.

Virei para Brian, que estava com uma expressão bovina.

- Ei – Brian gritou para Andy que já estava andando. – Quem é você, cara? O que você quer com a minha Manoela?

- Sou o irmão da “sua Manoela”?

O ANDY BIERSACK TA ME DEFENDENDO DE UM CARA QUE TA TENTANDO ME COMER DO LADO DE FORA DO CARRO E FALOU QUE É MEU IRMÃO. Sou irmã do Andy Biersack agora, toma essa bitches.

A cara de Brian foi impagável. Quase ri junto com Andy que quase morria de gargalhar ao lado do portão junto de Ash.

Me livrei de Brian. Resolvi que não iria me envolver com ninguém tão pouco tempo depois do acidente.

Apesar de tudo o que Rogério fez escondido pouco antes de morrer, ele era meu namorado e eu realmente gostava dele. Apesar de não confiar em nenhum homem depois do que ele me fez, Andy e Ashley eram diferentes. Não demonstravam querer nada comigo, além de me proteger, as vezes até demais.