All My Hope escrita por Angel1006


Capítulo 40
Welcome to the Family


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeente quase esqueci que era dia de postar hoje!! Mamae e papai tao viajando e eu to com saudades mimimimi :( Ficar uma semana com um irmao que é mais velho, mas parece mais novo, e uma avó de 87 anos é foda!! shuahshaushau Mas ninguém me controla pelo menos!!
Gente espero que gostem do capítulo e entendam que a Manu não é uma idiota só por voltar com ele depois do que ele fez! hsuahushau



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Merda, nem deu pra ir no parque.

Cheguei em casa rapidamente e troquei de roupa. Pus um pijama e peguei um chocolate quente.

Fiquei o dia todo com esperanças de ele aparecer. Minha vontade era ligar pra ele, ir até onde ele estivesse e ficar lá. Só pra ficar perto dele. Mas ao mesmo tempo, eu estava extremamente magoada. Ele não tinha direito de me culpar por algo que não fiz. Aliás, fiz, mas não sozinha. Arranjamos isso juntos, certo?

No final da tarde fui até o parque. Cansei de esperar por ele, cansei de pedir para que voltasse. Na volta, dei uma passada na gravadora. Os meninos da banda estavam lá. Contei para eles tudo o que aconteceu, desde a minha vinda pra Los Angeles no começo do ano, passando pelo namoro com Jake e a viagem da praia, depois a viagem ao Brasil. Contei sobre a briga com meus pais e sobre os meses de tortura que passei em casa. Pedi sigilo absoluto sobre a gravidez e contei sobre a briga com Jake também.

Eu estava mesmo precisando desabafar. Todos me ouviam atentos e quando eu terminei de falar tudo com lágrimas inundando meu rosto todo, ganhei um abraço grupal. Todos me apoiaram, dizendo que me ajudariam com o que eu precisasse, que poderíamos começar os ensaios quando eu quisesse e que me apoiariam em relação a qualquer decisão que eu tomasse. Não importando qual fosse.

Agradeci a eles, e combinei de ligar pra eles no próximo final de semana.

Quando cheguei em casa, estranhei a porta aberta. Fui até a sala e adivinhem só: um buquê de rosas vermelhas me esperando. Ao lado dele, um vestido vermelho justo, mas elegante. Digno de uma mulher.

Em meio às flores, um cartão.

“Me espere pronta às 10!

Te amo.

Beijos, Jake”

Olhei no relógio. Já eram nove e meia. Tomei um banho correndo e pus o vestido que coube perfeitamente em mim. Fiz uma maquiagem preta e passei um gloss transparente.

Passei em frente ao espelho e parei por um minuto. Jake já estava me esperando lá embaixo. Nos espelho pude notar uma diferença de como eu era há poucos meses, eu estava com o rosto mais magro, olhos mais significativos e um sorriso muito mais cativante.

Peguei o elevador e fui até o carro de Jake.

– Manu, você está linda. – Disse chegando mais perto de mim já dentro do carro e me dando um selinho, que eu não recusei, claro.

– Obrigada, e você está ótimo também. – Ele sorriu. – Tá mais gordo. – Rimos quando falei isso.

Fomos com um clima meio chato até o restaurante, mas chegando lá já estávamos mais descontraídos com a presença um do outro.

Sentamos na mesa e pedimos a comida.

– Manu eu queria te pedir desculpas por...

– Jake, não precisa.

– Mas eu quero. Eu fui um grosso com você, fui estúpido e idiota. Se eu esqueci a camisinha a culpa não é sua, e agora que tudo já está feito, acho que não adianta a gente ficar brigando. Então me desculpa pelas brigas, pelos gritos e por todas as besteiras que eu te disse.

– É claro que eu te desculpo, mas eu também to errada. Eu fui grossa com você também, e escondi isso de você por um bom tempo.

– Eu te amo. – Ele disse me estendendo a mão por cima da mesa. Lhei dei minha mão e respondi.

– Eu também te amo.

– E os nomes? Quer dizer, para o bebê?

– Se for menino, o que você acha? – Perguntei animada. Essa era a parte legal.

– Luke. Meu primeiro professor de guitarra, ele era bem legal. – Sugeriu.

– Certo, Luke. E o nome da menina eu escolho.

– Tá.

– Quer saber?

– Sim, claro. – Respondeu ansioso.

– Carolyn. O que acha? – Falei animada.

– Acho que a minha mãe surta.

Momento gargalhadas. Ficamos conversando desse tipo de coisa por um tempo até que resolvemos voltar para minha casa. Jake dormiu lá, e eu nem preciso falar o que aconteceu né?

Continuamos assim por duas semanas. Liguei para os caras da banda e nós marcávamos os ensaios no mesmo horário do dos meninos, assim podia ficar Jake e o pessoal no horário livre. E todos que agora já sabiam da gravidez me ignoravam e ficavam o tempo todo conversando com a minha barriga. Sério, um dia quando estávamos resolvendo onde jantar, o Jinxx que discutia com Jake, porque um queria ir no Mc Donalds e o outro no Burger King, olhou para minha barriga e disse com voz de falar com crianças e cachorros:

– Onde você quer jantar? Fala pro titio, fala, onde que o bebê quer jantar. – Olhou de volta para o Jake e continuou. – Viu? Ele quer ir no Mc Donalds. Otário.

– Ele vai escolher o que o pai dele quer. E não o que você quer.

E logo os dois começaram a discutir sobre qual seria a preferência da criança em relação a restaurantes de comida gordurosa.

Acabamos indo nos dois. Jinxx comprou seu lanche no Drive Thru do Mc Donalds junto com o CC e o Andy, mas todos comemos no burger king.

Quase todos os dias Jake ia almoçar comigo na minha casa e depois deitava no sofá com a cabeça no braço do mesmo enquanto eu sentava em uma cadeira bem ao lado. Enquanto eu lia revistas como Billboard e Rolling Stones, Jake ficava conversando com a minha barriga. Mais precisamente, com a criança dentro dela.

Além disso, sempre que saíamos para dar uma volta no shopping ele queria entrar em todas as lojas de bebês e fazia questão de contar até para os garçons dos restaurantes que eu estava grávida. Não comprávamos nada porque ainda não sabíamos o sexo da criança.

Ele se apegou muito ao bebê. Parecia mágica, ela contagiava a todos. Ela, sim, eu sentia que seria uma menina.

Alguns dias se passaram e Jake foi dormir em casa de novo, pra mudar a rotina, sabe, variar um pouco.

Por volta de 4 horas da manhã acordei desesperada, tudo graças a um pesadelo.

Nele eu estava sentada em um banco em um gramado. Um banco branco em meio a uma vastidão verde.

Carolyn, sim, uma menina, brincava serena a mais ou menos cinco metros de mim. De vez em quando me olhava com seu sorrisinho banguela e eu sorria de volta, fazendo-a voltar para seus brinquedos.

Em um certo momento, apareceu um tornado, como um redemoinho imenso. Carolyn não percebia, simplesmente continuava com seus brinquedos. E eu tentava gritas e pular e correr até era, mas eu não conseguia. Simplesmente não conseguia alcançá-la.

O tornado se aproximava casa vez mais e ela entrava mais fundo na sua fantasia. Ela parecia fora da realidade, e eu não conseguia ajudá-la.

Quando eu tentava gritar, minha voz não saía. E meu corpo não correspondia aos meus comandos para se movimentar. Eu permanecia estática e o tornado estava quase chegando em Carolyn. Minha aflição não parava de aumentar e minha cabeça parecia latejar.

E finalmente o que eu mais temia, todo aquele vento, aquele tremor, levou minha filha embora. E ainda assim meu corpo parecia ignorar meu cérebro. Eu assisti tudo, eu vi minha filha sendo levada, a vi indo embora, e não pude fazer nada.

Mesmo sabendo que fiz de tudo a culpa me invadia quando eu tentava chorar mas nem isso eu conseguia fazer. Ninguém para me ajudar, nem Jake, nem meus pais. Minha filha dependia total e completamente de mim e eu não consegui salá-la, como pude deixar isso acontecer? Eu estava ali, sozinha, estática sem conseguir me mover mesmo depois de perder meu maior tesouro.

Então acordei. Acordei chorando como nunca. Sentia que meus olhos não iam mais caber no meu rosto de tão inchados. Jake acordou junto comigo e meu grito estrondoso. Me olhou e seu rosto tomou uma expressão preocupada ao ver meu estado de desespero, angústia e aflição.

Contei para ele meu sonho inteiro. Com todos os detalhes que eu podia.

Ele ficou nervoso, parecia preocupado comigo. Me acalmou e me pôs na cama junto a ele. Ficamos conversando de besteiras até eu dormir, o que não demorou muito.



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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações? Não né? Beleza!
Bjoo



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