Bom, não vou descrever mais nada desses dois, viu.

Acordei domingo no meio de um montinho, que eu vo te contar. Estava entre CC e Jake. CC abraçado na minha cintura como se eu fosse um bichinho de pelúcia e Jake agarrado e mim com uma mão na minha coxa. Tenho que lebrar de impor respeito mais tarde. Agora eu tenho problemas mais graves como uma dor de cabeça.

Lembrei que Jake sempre tinha aspirinas na carteira então, pus a mão na bunda dele mesmo, e tirei a certeira do bolso. Peguei o pacote de aspirinas e atrás eu vi algo interessante no mínimo. Uma foto minha. Uma foto só do meu rosto com a maquiagem toda borrada mas com um sorriso realmente verdadeiro estampado no rosto. Foi do dia que eu bebi que nem uma desvairada. Abri um sorriso e deixei escapar uma lágrima de emoção.

Na hora que estava com a mão na bunda de Jake devolvendo a carteira ele acordou. E começou a rir compulsivamete. Parou, pos a mão na cabeça, fez cara de dor e pos a mão no bolso a procura de um remédio. Mas eu estava com a carteira na mão. Entreguei uma aspirina a ele e dei um beijo na testa. Beijo sara, é comprovado.

Uma hora depois todos já estavam indo para suas casas na maior ressaca. Só Jake que não se mexia enquanto eu varria o chão, lavava a louça, passava aspirador de pó no tapete, trocava os lençóis das camas, limpava o banheiro e etc...

- Que depressão é essa menino? Tá fazendo algum plano maquiavélico nessa cabeça infantil?

Chamava ele de criança e infantil mesmo ele tendo 25 anos e eu só 17. Eu sou mais madura que ele, ok? Idade não define maturidade. Jake que o diga.

- Na verdade, eu to planejando um almoço em família. Enquanto você tava no banheiro, limpando ou fazendo outras coisas, - Frase errada, querido. Tapa na cabeça. – Aaaai. Enfim, minha mãe me ligou que é pra ir almoçar lá daqui uma hora e eu falei que ia levar uma amiga. Vai comigo né?

- Eu não pretendia, mas não consigo resistir a essa carinha fofa. – Falei apertando suas bochechas. – Vai tomar banho aqui? Tem uma roupa sua lá no quarto de hóspedes, se ainda tiver alguma coisa inteira lá.

- É, vou fazer isso mesmo.

- Que horas é o almoço?

- Uma hora.

- Fudeu. Meio dia e meia agora. Corre nego.

Rimos indo cada um para um banheiro.

Estava entrando no banho quando ouvi:

- MAAAAAANU.

- Que foi? Morreu alguém? – Saí do banheiro só de calcinha e sutiã.

- Pior, não tem água nesse banheiro. Posso...

- Não, você não vai tomar banho comigo.

5 minutos depois:

- Você fique de cueca e controle seus hormônios, ok?

- Sim, senhora.

Pov Jake

Que corpo, cacete, que corpo. Aquelas pernas. Eu tomando banho com ela, toda molhada na minha frente e sem poder encostar em nada.

Tomei o banho normalmente e pedi para ela ensaboar minas costar. Enquanto fazia o que pedi, virei para ela, encostei-a na parece e comecei um beijo calmo, delicado, para começar o dia. Haha. Se ela souber o que eu penso, ela me mata, mesmo.

Ela correspondeu e quando paramos para respirar ela se afastou para o lado, mas não tinha muita saída.

- Jake, agora não. Por favor.

- Desculpa, eu prometi que ia me controlar.

Corremos contra o tempo e conseguimos chegar no almoço com só dez minutos de atraso. Entrei e encontrei uma família de mais ou menos 30 pessoas naquela casa.

- Jake, o que eu vo falar pra sua mãe?

- Sinceramente, é melhor falar que é minha namorada, se falar que é amiga, vai parecer que ta me negando aí vai ficar chato pro meu lado e...

- Oi filho. Que saudades, não mora mais em casa é? Não vai me apresentar? – Falou olhando pra mim.

Pov Manoela

Aquela casa era maravilhosa. Era da cor salmão com o acabamento em madeira. Tinha uma cerca viva que dobrava a rua. Com certeza os pais de Jake são bem sucedidos.

O frio na barriga aumentava a cada passo que eu dava em direção às pessoas da família. Como eu ia ficar conhecida? Mais uma que ele leva no almoço? Uma putinha qualquer?

Pov Jake

A Manoela tava nervosa.

- Mãe, essa é Manoela, minha namorada. Manoela, essa é minha mãe.

- É um prazer conhece-la, senhora Carolyn.

- O prazer é todo meu, e me chame só de Carlyn.

Assim que ela saiu:

- Então eu sou sua namorada agora? Ainda bem que você me avisa que a gente ta namorando porque eu nao to sabendo de nada.

- Minha namorada, minha amiga, minha tudo. Pelo menos nesse almoço.

- Dramático.

- Também te amo.

Pov Manoela

Sentei ao lado de Jake durante o almoço e a comida estava deliciosa. Tinha uma velhinha, que descobri ser avó de Jake que firou minha bff. Contei a ela sobre a minha avó que morava no Brasil e ficamos conversando sobre aparelinho pra ouvido e como se perde o apetite quando se fica mais velho. Uma fofa.

- Jake menino, - falou para ele – essa menina é pra você casar, meu filho. Olha que menina abençoada, sabe que não é todo jovem que gosta dos velhos hoje em dia. Ela até me ensinou como arrumar o aparelho de ouvido.

- Vó, eu arrumei seu aparelho do ouvido semana passada. – Falou calmo.

- Ih, tá com ciúmes da sua avó? – Jake ficou com cara de WTF? – Menino, eu não vou trocar você pela sua namoradinha, apesar de ela ser mais paciente comigo. A próxima vez que meu aparelho quebrar eu peço pra você conversar tá bom?

- Tá sim, vó. – Nos olhamos e rimos disfarçadamente.

Quando terminamos fui lavar alguma louças na cozinha enquanto Jake conversava com um tio.

 - E aquela menina hein? Ta pegando ela mesmo?

- To sim tio, gostosa né?

Me senti um objeto agora, eu não demonstro muito, mas eu tenho sentimentos ta?

- Muito.

- Vai durar?

- Depende dela tio. Acho que eu to mesmo apaixonado.

- Homem não se apaixona, garoto. Homem gosta de sexo. E só.

Ouvi os passos do tio se ditanciarem. Jake não sabia que eu estava ouvindo. Mas escutei quando acrescentou baixo:

- Impossível não se apixonar por ela.

Ele entrou na cozinha e eu fingi que nada estava acontecendo.

- Larga essa louça. Vamos subir para o tour pela casa, namorada?

- Vamo sim, namorado.

Ele me mostrou a casa toda, era linda. Toda decorada com muito bom gosto e móveis de qualidade. Mas faltava o quarto do Jake.

Entramos no quarto e me joguei na cama. Ser apresentada para uma família nova era desgastante. O canto do Jake combinava perfeitamente com ele. Era um lugar claro e escuro ao mesmo tempo. Com posteres de bandas, e duas guitarras em um canto.

Jake se aproximou ficando por cima de mim.

- Um beijo?

Sorri como resposta e ganhei um beijo de presente. Jake já procurava a barra de minha camiseta para tirá-la. Mas eu fui rápida e o impedi. Ficamos conversando com ele ganhando carinho deitado no meu colo, até a hora que ele foi me levar em casa.