Dirty Little Princess escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 4
Bônus - Especial de Natal


Notas iniciais do capítulo

Eventualmente posto alguns bônus como este, não necessariamente seguem a cronologia da fic.
A história abaixo aconteceu dois anos antes do cmeço da fanfic Dirty Little Princess



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Meu natal perfeito

Eram férias de natal do meu quinto ano e eu estava aliviada por me livrar um pouco daquela pressão que o ano dos NOM's fornecia aos seus estudantes, os exames pareciam ser o único assunto dentro daquele castelo de modo que estava aliviada por estar em casa.
Nem acreditava, que já era véspera de natal! Eu simplesmente idolatrava essa época do ano, o clima maravilhoso, os enfeites, a neve, a família reunida e é claro a comida da vovó. Uau quem escuta isso não imagina que em Hogwarts sou tratada a pão-de-ló, mas fazer o que se nada pode superar a comida de natal da vovó?

Lily Luna, desvia o pensamento da comida!

Gritava minha voz da consciência, mas era natal, poxa vida, eu poderia me dar um dia de folga e sair da dieta. Além disso tudo que eu comesse seria gasto fazendo farra com meus primos, certo?

Uma batida na porta do meu quarto tirou-me de meus devaneios.
–Pode entrar.-Falei despreocupada, devia ser um dos meus irmãos, pedindo minha opinião sobre suas roupas. Mas para minha total surpresa quem entrou fui meu primo Hugo, e por Merlin, ele estava lindo em suas vestes negras. Corei ao ver que ele me analisava e corei ainda mais quando ele soltou um assovio.

–Fiu fiu, prima você está uma gata! - Modéstia a parte eu estava sim. Usava um vestido verde de camurça com detalhes dourado, me sentia como uma princesa nele, meus cabelos lisos estavam levemente ondulado nas pontas e eu sentia que havia feito um bom trabalho com a minha maquiagem.
–É você também não está de ser jogar fora Hugo.- Comentei com um sorriso. Realmente a única coisa boa de ir a um evento do ministério da magia antes da ceia de família era poder usar essas roupas glamorosas. Mas logo meus pés começariam a doer e não valeria mais a pena.
–Vamos? Mamãe quer ir logo, segundo ela quanto mais cedo chegamos mais cedo vamos embora.-Hugo perguntou estendendo a mão para que eu a segurasse. Quase chorei quando vi nossas imagens refletidas no espelho de meu quarto, parecíamos perfeitos juntos e nossos dedos entrelaçados ficavam magníficos.
Por Merlin e Morgana, são só dedos Lílian!!
Saímos de meu quarto, para encontrar toda a família nos esperando, meus irmãos já reclamavam que seriam enforcados pelas vestes e Rose tentava de todo modo se equilibrar em sua sandália dourada.
–Podemos ir? - Perguntou meu pai conferindo se todos estavam ali. Confirmamos e fomos para os carros do ministério que tinham vindo nos buscar.

(...)

Como de costume tudo estava chato e entediante no ministério. Depois de um discurso interminável do ministro e um discurso do meu pai finalmente começaram a servir uma comida chique que eu não reconhecia.
–Eu quero o empadão da vovó...-Comentou James, meu irmão mais velho cutucando sua comida sem muita vontade de levá-la a boca.
–Nem fala Jay, ai Merlin!-Gritou Rose após mais uma cutucada em sua comida. Alguns figurões do ministério olharam para nossa mesa e foram prontamente ignorados.
–O que foi? Perguntou Alvo ao ver a cara de espanto de nossa prima.
–Eu acho que tem algo vivo no meu prato.-E para nossa surpresa com certeza tinha algo se movimentando no prato da ruiva.
–Argh, se não queria comer nada antes agora nem toco nessa comida.-Falei afastando o prato e todos os outros seguiram meu gesto.
–Quando vamos embora? Eu to com fome.-Reclamou Hugo cruzando os braços. Mal ele terminou de falar, apareceram nossos pais correndo, minha tia Hermione só falou com pressa.
–Rápido, vamos cair fora daqui antes que descubram nossa fuga.- Ela não precisou dizer mais nada, eu meus irmãos e meus primos nos levantamos saímos o mais rápido possível do salão.
Quando chegamos na área das lareiras, estávamos todos corados e rindo.
–Uau, me sinto como uma adolescente que fez algo errado.-Disse minha mãe.
–Mas também! Quem aguenta ficar naquele lugar? Pessoas esnobes, comida viva, pra que tanta formalidade? É natal!-Gritou tio Rony, e como uma avalanche todos começamos a falar nossas coisas favoritas de natal.
–Biscoitos de canela da vovó em forma de pinheiro!-Gritou Hugo.
–Suéteres Weasley e pantufas nos pés!-Praticamente gargalhou Rose arrancando as sandálias de salto.
–Empadão da Molly...-Disse meu pai com um ar sonhador.
–A troca de presentes...-Acrescentou James com um ar sonhador.
–Enfeitar a árvore do modo mais brega possível.- Falou Alvo dando um soco no ar.
Logo estávamos todos gargalhando juntos, um a um fomos entrando na lareira e gritando.
–Para a Toca!

(...)

Era quase meia noite e estávamos todos acomodados na sala de estar só esperando dar a hora para desejar feliz natal, eu já havia me livrado da roupa linda porém desconfortável, e usava agora um blusão do James, que apesar de me deixar gorda era muito gostoso de se usar.
–Lily, está acordada?-Me perguntou Hugo, estávamos sentados no sofá e eu descansava em seu ombro.
–Ainda estou.-Respondi sorrindo e abrindo os olhos, Merlin como ele era cheiroso, e eu estava tão perto do pescoço dele.
–Que bom, será que podemos ir um pouco lá fora? - Lá fora? Eu queria perguntar e gritar Está um frio do diabo lá fora!Não podemos só ir para um dos quartos? Mas ao invés disso, me levantei e chamei.
–Vamos logo então.
Sob os olhares desconfiados de Rose, eu e Hugo saímos da Toca, nem tinha pisado no jardim e já estava arrependida, meu nariz iria congelar ali fora.
–Então , o que quer falar?-Perguntei com os braços cruzados tentando me esquentar.
–Hum, queria te dar seu presente, sabe sem os olhares da família. - Assim ele estendeu uma caixinha de veludo preto em minha direção. Não, não era uma caixinha quadrada para anéis, infelizmente, mas sim uma daquelas compridas onde se guardavam pulseiras.
–Hugo, não precisava de nada.-Falei olhando para caixinha sem ter coragem de estender a mão para pegá-la. Assim meu primo abriu um sorriso malandro e guardou a caixinha no bolso.
–Que bom! Posso guardar para o seu aniversário de 16 anos então!- Arregalei os olhos!

Qual é, eu tinha dito por educação! Me dá meu presente!!!
Hugo então saiu caminhando na direção contrária da casa, corri atrás dele pulando em suas costas e o pegando desprevenido.
–Ué, mudou de ideia? - Perguntou entre risos, tentando se equilibrar com o meu peso.
–Me dá! Você sabe como sou curiosa!
–Hum! Vai ter que pegá-lo.- Nem pensei duas vezes, fui com a mão na direção dos bolsos de sua calça, meu primo sabendo que eu não me faria rogada se adiantou e pegou o presente tentando mantê-lo afastado de mim.
Me soltei de suas costas, e fui tentar pegar a maldita caixinha, Hugo por outro lado começou a andar, e em pouco tempo estava correndo de mim. Sem pensar muito no que fazia corri atrás dele e quando estava me aproximando simplesmente me joguei em cima dele, nos levando a uma bela queda na neve branquinha.
–Ai...Lily!Assim você me quebra!-Gritou entre risos, também queria rir, mas aproveitei o momento de distração dele e tirei a caixinha de suas mãos.
–Vitória!-Gritei levantando meu troféu.
–Droga...abre logo espero que goste.-Falou e então notei que ele parecia um pouco envergonhado.
–Tenho certeza que vou gostar Huguito.-Respondi, estávamos então sentados na neve, nossas pernas roçavam uma na outra, finalmente tomei coragem e abri a caixinha. Em um primeiro momento fiquei muda, não sabia o que responder, era a coisa mais linda que eu já tinha visto na vida.
–Então?-Perguntou ansioso. Mas aquilo devia ter sido caro, não conseguia acreditar.

Dentro da caixinha estava uma pulseira, era feita de prata, e cheia de pingentes, a grande sacada é que os pingentes eram no formato exato de pomos de ouro. Eu não podia acreditar na delicadeza daqueles pequenos pomos feitos de cristais. Então uma pergunta boba saiu da minha boca:
–Diz que não são dimamantes...-
–Não se preocupe são feitos de cristal swarovski.-Disse rindo.
–Eu amei, Hugo, é a pulseira mais linda que já vi na vida.
–Bom, pensei que iria gostar, afinal um dia vai ser uma apanhadora muito famosa. Além disso, a pulseira é linda, delicada, exótica me lembra você.
O meu Deus, ele falou isso mesmo? Não é um sonho?
–Me ajuda a colocar?-Pedi estendendo o braço direito para ele, Hugo então retirou a pulseira com delicadeza de sua caixa, e quando foi fechá-la em meu pulso notei que suas mãos tremiam.
–Ficou perfeita.-Disse por fim ao vê-la em meu braço. Logo desviou o olhar de meu pulso para meu rosto, e por Merlin ele não devia ter feito isso.
Não conseguia deixar de encarar aqueles olhos azuis penetrantes, sua pele vermelha pelo frio, os lábios levemente arroxeados, os cabelos despenteados pela nossa brincadeira. Nunca tinha achado-o tão bonito, nunca tinha tido tanta vontade de descobrir como seria beijá-lo.
–Obrigada.-Eu falei quase que em um sussurro já que minha voz teimava em não sair. Estávamos tão perto, Hugo olhava para minha boca e eu via desejo em seus olhos, me encarou novamente e então começou a se aproximar.
Ai meu Deus, ele vai me beijar...
Mas então ouvi gritos de alegria vindos de dentro da Toca.
–Hugo...eu acho que já é natal.-Comentei um pouco nervosa, ainda assim continuávamos com a aproximação. Quando eu quase podia sentir o gosto de seus lábios ele sussurrou.
–Feliz Natal Lily.
E então nos beijamos.E deixa eu dizer, foi a melhor sensação do mundo, se antes sentia frio nem me lembrava mais. O beijo que começou lento e inseguro, logo se tornou rápido, quase que violento, suas mãos passeavam por minhas costas, sempre me levando para mais e mais perto do seu corpo. E isso era tudo que eu queria, eu precisava senti-lo, queria mexer em seus cabelos, acariciar seu rosto, sentir seu cheiro . Quando a necessidade de respirar se tornou mais forte nos separamos, só o suficiente para podermos nos encarar e esse foi o erro fatal.
Nossas faces entregavam nosso medo, a sensação de que havíamos feito algo errado pairava entre nós.
–Somos primos...-Conclui estupidamente.
–É, nós somos, mas não me arrependo, você é especial Lily.-Senti meu rosto corar ao ouvir o elogio.
–Nem tanto Hugo, que tal ficarmos apenas com a lembrança disso que aconteceu?-Perguntei por fim, enquanto isso uma vozinha gritava em minha cabeça.

Está louca?Beije ele de novo, diga que quer ficar sempre com ele!Quem se importa se vocês são primos!
–É acho que é o mais sensato a se fazer.-Respondeu Hugo, ele se levantou e estendeu a mão, em um convite mudo para voltarmos para a Toca.

Foi nosso primeiro beijo, a primeira prova de que apesar de primos havia algo mais ali, foi a primeira vez que me senti completa. Beijar Hugo era viciante, eu me senti amada, desejada e a garota mais sortuda do mundo, engraçado como agente se ilude aos 15 anos.

Talvez Hugo tenha sido sincero naquela noite, tudo que sei é que três meses depois ele estava namorando com Lana Prescott. Aquela noite, aquele natal perfeito ficou na lembrança, em pulso a prova material de que por uma noite eu fui a garota mais especial do mundo.



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Notas finais do capítulo

NA/ OOIIII!!Amo, amo, amo os comentários de vocês, sério são muito inspiradores!!Tá aí um pequeno presentinho pra vocês que estão lendo!!
Loreline