Sábado – 12 de dezembro de 2019

Uma ruiva caminhava – corria – pelos terrenos de Hogwarts rumo a biblioteca desesperada, o motivo: Deveres atrasados?! Não, não dessa vez...
Rose Weasley estava a procura do ‘amigo’ e - por enquanto vivo - primo James Potter. O que ele estaria fazendo na biblioteca? Oras não me perguntem isso, sou apenas uma humilde narradora.
– James Sirius Potter! – a ruiva exclamou ao vê-lo se escondendo por trás de uma estante de livros.
– Shiu! Rose! Isso é uma biblioteca! Você quer que a Madame Pince te expulse daqui?
– Tenho certeza que antes dela pensar em me expulsar daqui eu já terei ido para Azkaban pela morte do meu primo. – a ruiva falou furiosa.
– Quem? O Alvo? O que foi que o coitado te fez? – o garoto se fez de desentendido.
– O Alvo nada, mas o irmão dele vai pagar caro pelo que me fez.
– Graças a Merlin eu acho que sou adotado. Então só sobra o Teddy. Mas, olha, eu já vou avisando, a Victorie vai querer te matar se algo acontecer com ele, não que eu me importe sabe, afinal, eu devo ser adotado e tudo mais, mas, sabe como é né? – o moreno começou a tagarelar tentando distrair a prima, mas se calou ao ver que aquilo não estava dando muito certo. – Nossa! Caramba! Eu já estava me esquecendo do treino de quadribol. Melhor eu ir logo, porque eu sou o líder e tenho que dar exemplo, não é mesmo? Então... Depois a gente se vê. Até mais Rosinha.
Antes que a garota pensasse em algo para responder, seu primo saiu em disparada para fora da biblioteca, e ela saiu logo atrás dele parando apenas para ouvir um sermão da Madame Pince que reclamava sobre o desrespeito dos jovens para com os livros.

[...]
– Merlin! Eu acho que essa deve ser a décima vez que uma ruiva, ou filha de um ruivo quer me matar hoje. Hoje é o dia de todas as Weasley ficarem contra mim? – James perguntou a si mesmo enquanto andava pelos jardins pensando em qual lugar seria melhor para se esconder e quem sabe assim sobreviver até o domingo, ou quem sabe até o natal para poder desfrutar uma última vez da ceia preparada pela sua avó Molly.
– Eu acho que vou ficar por aqui mesmo, nenhum sinal de nenhuma ruiva ou descendente de ruivo por perto...
– JAAAAAMES! – um grito fez com que ele se sobressaltasse.
– Ai! Droga! Falei demais.
– James Sirius Potter! Eu posso saber que história é aquela de que eu ando grudada de mais no Hugo e que toda Hogwarts já está achando que os Weasley permitem incesto na família? – uma ruiva baixinha perguntou cruzando os braços na altura do peito e olhando para o moreno seriamente.
– O que? Eu? Como? Como você pode pensar algo assim de mim Lily? Que tipo de irmão mais velho você acha que eu sou? Eu nunca faria algo assim com você! Minha doce e ingênua irmãzinha.
– Eu não vou responder que tipo de irmão mais velho você é porque não quero ofender os trasgos. E pare de me enrolar e responda logo. Ou você prefere que eu chame a Rose? Eu sei que você está se escondendo dela desde que disse ao tio Ron que ela é uma possível candidata a futura namorada do Malfoy.
– Eu não acredito nisso! Como vocês ousam me julgar desse jeito? Eu estou completamente ofendido! Merlin me ajude a superar esse trauma! Se antes eu já achava que era adotado, agora tenho certeza! E eu vou sair daqui antes que essas acusações injustas possam causar um trauma maior em mim. – falou dando as costas para a irmã e saindo do local despreocupadamente, pelo menos os dois primeiros passos foram despreocupados, depois ele precisou correr para escapar da ira da pequena ruiva.
[...]
– Excelente! Isso é realmente excelente! Eu preciso aprender a controlar a minha boca, ou pelo menos não exagerar no Whisky de Fogo. Agora só o que me falta é aparecer mais alguém para me culpar de ter falado mais alguma coisa....
– JAMES!
– Eu não disse? Merlin, eu sei que eu apronto com muita gente! Mas, eu ainda não te fiz nada. Então por que tudo isso, hein? POR QUÊ? – Ele olhou para o céu e levantou os braços como os religiosos trouxas.
– James? Você ta falando sozinho? – uma loira o perguntou com cara de assustada.
– Não Dominique. Eu estava falando com Merlin. – James respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
– Tudo bem então... – a garota comentou ainda assustada enquanto dava um passo para trás.
– Anda logo vai! Pode começar com as acusações! O que você quer? Brigar comigo por ter falado ao seu pai que você estava oferecida demais? Tudo bem, pode brigar comigo.
– Na verdade, eu só vim avisar que o Alvo está te procurando, mas, VOCÊ FEZ O QUE? - a loira mudou o olhar assustado para um com muita raiva.
– F****! – o moreno exclamou. – Então... Melhor eu ir ver o que o Al esta querendo. Pode ser algo importante não é? – ele sorriu amarelo para a prima e saiu correndo.
– VOLTA AQUI JAMES SIRIUS POTTER! EU VOU TE MATAAR!! – Ele ouviu a voz da prima e pôde jurar que viu pelo canto do olho ela sacar a varinha, mas não ficou lá pra conferir.
[...]
06h30m PM – Corujal
– Está quase na hora do jantar, pelo menos aqui, eu espero que ninguém me ache! Todos devem estar indo jantar. Indo se fartar da maravilhosa comida de Hogwarts. Só de pensar nisso o meu estomago já começa a roncar. Eu tenho que me lembrar de ir dar uma passadinha na cozinha assim que os corredores estiverem vazios.
– Olha só quem eu vejo! Se não é o fugitivo da família. – James ouviu uma voz conhecida que o fez gelar dos pés a cabeça.
– Ah! Olá Vic! – ele falou sorrindo inocentemente.
– Priminho, você tem sorte de não ter aprontado nada comigo, porque eu não teria a mesma paciência das outras, mesmo se te bater fosse custar uma das minhas unhas, bem, mentira eu não ia quebrar uma unha por você. Eu ia mandar qualquer um bater em você por mim. – a loira falou divertida.
– Mas, então Vic... O que você faz aqui? Por que não está indo para o jantar? – o moreno perguntou tentando aparentar tranqüilidade.
– Eu vim aqui para ler e responder uma carta que o Teddy me mandou, já que a sua irmã e a Rose estão quase contagiando a todos com o estresse delas. E sabe como é, estresse é igual a rugas, e se elas querem ficar enrugadas antes dos 20 problema delas. Eu sou bela demais para perder meu tempo ganhando rugas. Sem contar que eu preciso estar maravilhosa quando me casar com o Teddy, quer dizer, mais maravilhosa do que eu já sou, se é que isso é possível. E por falar no Teddy, ah, o Teddy, ele é tão gentil e cavalheiro....
Algum tempo depois...
–... Sem contar fofo. Ele é muito fofo. Na verdade ele é perfeito sabe? Por isso nós formamos um casal tão lindo. E eu acho que você devia aprender com ele sabe James? James? James você está me ouvindo? JAAAAMES?
– Hãn? O que? EU JURO QUE NÃO FUI EU! – o garoto acordou de uma vez e se levantou assustado.
– Você ouviu o que eu falei? Caramba! Será se eu vou ter que repetir? – a garota falou cruzando os braços e batendo o pé irritada.
– NÃÃO! É claro que não! Eu ouvi tudo! Você falou sobre o quanto o Teddy é maravilhoso e que vocês formam um casal perfeito... - “só para variar” completou mentalmente.
– Ah! Tudo bem então. É melhor eu ler logo a carta antes que dê a hora do jantar.
– Se já não tiver passado. – o garoto murmurou.
– O que?
– Ah! Nada Vic. É só que agora que eu lembrei que eu tenho um trabalho de poções para amanhã. – ele usou a primeira desculpa que lhe veio na mente antes que sua prima viesse com mais discurso sobre o quanto o Teddy Lupin é maravilhoso e saiu rapidamente do corujal.
– Trabalho? Desde quando o James faz algum trabalho? E amanhã é domingo! Bem que a Dominique falou que ele está ficando maluco. Pobrezinho. Nem todos tem a sorte de nascer com beleza e carisma e ter um namorado maravilhoso como eu. – a loira falou com ‘pena’ do primo.
[...]
– James!
– PELO AMOR DE MERLIN! EU JURO QUE NÃO FUI EU! POR FAVOR, NÃO ME MATE! Olha eu prometo que vou parar de aprontar, ou tentar pelo menos. Eu vou passar a fazer pelo menos um dever na semana, se quiser eu faço até dois. Eu posso até ajudar a alguém que precise. Eu vou me regene... Alguma coisa. Eu só quero viver até o natal. Se quiser me matar depois da ceia de natal tudo bem. Mas agora eu to de barriga vazia, eu NÃO POSSO MORRER ASSIM! Eu quero um advogado, quero saber quais são os meus direitos. Eu vou no Ministério da Magia processar a todos. Inclusive a Merlin! Eu aposto que você deve estar rindo a essa hora não é seu desgraçado! Vai! Ri da desgraça alheia! Mas, eu já vou avisando que se eu morrer eu vou acertar as contas contigo!
– Hum... James?
– O QUE É? – o garoto perguntou alterado, mas assim que viu quem era engoliu em seco. – Ah! Oi mãe!
“É por isso que eu digo que Merlin me odeia”