Make You Feel My Love escrita por CrazyCullen


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A: Olá! Essa o/s pertence a uma brincadeira de amigo oculto entre um grupo de amigas (algumas escritoras, outras não): Carol Moura, Gabiipaiva, Dani Masen, Aline Lima, Isa Vanzeler, Júlia Simão, Liz Negrão, Mariana Cardoso, Tatyperry e BeeJelly para comemorar o fim de ano.
Cada integrante da brincadeira sugeriu de um a dois plots para que nossa amiga oculta pudesse criar uma história. Legal não? São 10 histórias no total e esse é o meu presente para a minha amiguinha!
Não deixem de conferir as outras ones no profile de cada autora. Ou na comunidade: www(.)fanfiction(.)net/community/Amigo_Oculto_Breaking_Down_Rio/97493/no fanfiction.
Quero agradecer imensamente à Paulinha que, como sempre, foi um doce betando a história para mim. Amore, muito obrigada, por tudo! E também à Ciele que me aturou durante horas no facebook mandando trechos da história para ela e me deu altas sugestões. E à Luma Coimbra pelas ideias complementares e por acabar com meus receios e preocupações. Não sei o que seria de mim sem vocês!
Lá embaixo eu conto quem é a minha amiga oculta e volto a conversar com vocês. Agora, boa leitura!



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Make You Feel My Love

"Estejam onde estiverem, falem a língua que falarem, tenham a cor que tiverem, tenham a idade que for, duas almas gêmeas seguem para um ponto de encontro."

Carlocesar Biancchi

Trilha: Make You Feel My Love – Bob Dylan

www(.)youtube(.)com/watch?feature=player_embedded&v=mH3HMBhzSag#!

EPOV

20 de dezembro de 2011

"Não precisa ser assim, Bella. Nós não estamos fazendo nada de errado. Nós dois somos pessoas livres e desimpedidas."

"Você sabe que não é tão simples, Edward. Ou pelo menos deveria saber..."

Eu permanecia deitado, apoiado em meu cotovelo, tendo apenas o lençol envolto em meu quadril enquanto a bela morena que virara minha vida de ponta cabeça de uma hora para a outra procurava seu sapato debaixo da cama.

"Não, não sei. Alice não é nenhuma garotinha incapaz de entender que seu pai resolveu recomeçar sua vida."

Sem dizer uma palavra Bella pegou o sapato recém encontrado e o colocou no pé, antes de se virar respirando fundo. "Eu não vou discutir isso novamente. Adeus, Edward."

"Por favor, Bella!", ainda murmurei, mas o som da porta batendo deixou claro que ela não voltaria atrás.

Me deixei afundar no colchão enquanto o sentimento de fracasso me tomava, junto com a certeza de estar perdendo a única mulher que mexera comigo em mais anos do que minha virilidade gostaria de admitir.

Sabendo que não poderia continuar deitado para sempre, tomei um banho rápido e rumei para o canto da casa que parecia me entender como nenhum outro, a sala de música, ocupada quase inteiramente por meu piano. Como já havia acontecido em inúmeros momentos de minha vida, eu sabia que a música seria capaz de dizer tudo aquilo que eu fora incapaz de colocar em palavras.

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When the rain

Is blowing in your face

And the whole world

Is on your case

I could offer you

A warm embrace

To make you feel my love

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9 de abril de 2011

"Pai?"

"Sim, filha" – respondi sem tirar os olhos das teclas do piano.

"Eu convidei a Bella pra vir passar o feriado de Páscoa com a gente. A família dela não é daqui e ela acabaria sozinha no alojamento."

"Quem?"

"A Bella, pai." Mesmo sem olhar eu sabia que Alice estava rolando os olhos, como sua tia Rose costuma fazer ao falar comigo também. "Minha companheira de quarto desde o primeiro semestre de faculdade e sobre quem eu sempre falo com você e sobre quem você saberia muito, se prestasse atenção nas coisas que eu te conto."

"Bella? Hum... deixe-me ver," falei, me levantando e começando a caminhar em sua direção no sofá. "Uma morena cujos pais se separaram quando ela ainda era criança e que sempre morou na Flórida até a mãe resolver se casar novamente, e então ela se mudou para Forks para morar com o pai, chefe de polícia da cidade. Seria esta?" disse me abaixando à sua frente enquanto ela me abria um imenso sorriso. "Eu sempre presto atenção no que você me conta, mocinha. E vai ser um prazer receber sua amiga, mesmo eu não entendendo porque tendo uma casa há poucos quilômetros da faculdade você resolveu morar no alojamento com pouquíssimo conforto."

"Não vamos ter essa discussão novamente, não é? Eu já disse que queria ter a experiência completa e, além do mais, você não deveria estar reclamando de eu deixar a casa livre para que meu pai galã possa trazer quem quiser para cá." – Alice disse piscando, enquanto um sorriso malicioso brincava em seus lábios. Ela não perdia a chance de brincar com o fato de as enfermeiras do hospital onde eu atendia fazerem de tudo para chamar minha atenção, assim como as mães de suas colegas de escola à medida que ela crescia.

"Eu ainda acho que isso é desculpa para que você possa levar rapazes para o seu quarto e, se esse for o caso, por favor, não me conte." Disse fechando os olhos, tentando apagar qualquer imagem de minha mente.

"Rapazes no quarto, tendo a Bella de companheira? Impossível. Ela é a melhor companheira de quarto que você poderia querer para mim, paizinho. Totalmente careta e certinha."

"Sinto que vou gostar dessa menina. Agora vamos, você sabe que sua avó não tolera atrasos."

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When the evening shadows

And the stars appear

And there is no one there

To dry your tears

I could hold you

For a million years

To make you feel my love

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16 de abril de 2011

"Seu pai é tão novo." Ouvi Isabella comentar com Alice e não pude deixar de rir. Certas coisas nunca mudavam, e a forma como as amigas de minha filha reagiam ao me conhecer era uma delas.

"Pelo menos você não disse: Uau, que gato!"- Alice disse, rindo ao olhar para mim e piscando. "Sim, ele é bem novo. Logo na primeira vez o galã se mostrou bom de mira e nove meses depois eu nasci."

Elas estavam juntamente com Rose na piscina, enquanto eu e Emmett, meu cunhado, cuidávamos da churrasqueira. Elas haviam chegado a menos de uma hora e Rose já tratava a morena como sua amiga de infância, programando tardes de compras, spas e outras coisas mais que a menina parecia não estar muito interessada.

"Você não precisa concordar com tudo o que essa louca diz, Isabella." – eu disse, tentando deixá-la um pouco mais a vontade. "Ela não morde se você disser não. Pode até rosnar, mas não passa muito disso."

"Obrigada." – ela murmurou, enquanto suas bochechas ganhavam um leve tom avermelhado, a deixando adorável. "Eu não irei me esquecer disso."

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:-:-:-:

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"Ai desculpe, eu imaginei que todos já estivessem dormindo e Alice me disse que eu poderia vir à biblioteca quando quisesse."

"Sem sono também?" – perguntei, fazendo um gesto com a cabeça para que ela entrasse.

"Sim, um pouco. Mas não se preocupe, não irei atrapalhá-lo."

"Você não atrapalha, Isabella. É bom ter alguém novamente interessado por este canto da casa.

"Ler não é muito a praia da Alice, né?"

"Nunca foi. Eu a mãe dela fizemos de tudo para incentivá-la a ler, mas para o horror de Tanya ela sempre preferiu acompanhar Rose nas tardes pelo shopping."

"Eu nunca imaginei que pudesse haver outra pessoa como ela, mas ao conhecer sua irmã hoje, pude entender de onde todo esse consumismo veio."

"Espero ter te ajudado a se livrar de uma tarde no shopping com Rose. Ela consegue ser ainda pior do que minha filha quando o assunto é comprar e mandar nos outros." Disse, rindo junto com ela. "Mas e então, buscando algum livro em particular?"

"Hum..." Bella murmurou, passando os olhos rapidamente pelas estantes. "Você teria 'O Morro dos Ventos Uivantes'?" perguntou, mordendo o lábio inferior.

Tive que me segurar para não rir diante daquele fato, ao mesmo tempo em que sentia um aperto em meu peito. "Pelo menos umas três edições diferentes." – disse me levantando, caminhando até o canto da biblioteca ao qual meus pés me levariam até de olhos fechados. "Era o livro preferido de Tanya."

"É o meu preferido também."

Aquilo me deixou levemente desnorteado e eu podia ver passando claramente em minha mente as inúmeras tentativas de Tanya em me explicar seu fascínio por aquela história, aparentemente banal para mim.

"Mas por quê?"

"Porque o que?" – Bella perguntou, pegando o livro e se sentando no sofá à minha frente.

"Por que alguém escolhe um livro com os personagens mais manipuladores, mesquinhos, odiosos da história da literatura como preferido?"

O som de uma gargalhada encheu o ar e eu me vi pensando há quanto tempo uma risada como aquela, verdadeira, não era dada ali dentro. Por mais que eu gostasse de ler e daquele canto da casa, a biblioteca continha uma aura diferente. Era como se fosse impossível entrar ali e não pensar em Tanya, ou visualizá-la sentada na poltrona próxima à lareira, totalmente concentrada em sua leitura. Talvez por isso Alice evitasse tanto aquele cômodo. Mas, foi ao ouvir Isabella rindo tão solta e à vontade ali, que eu percebi o quanto sentia falta daquilo.

"Eu não sei se concordo com a sua visão dos personagens," ela disse, parando de rir e folheando as páginas, quase com veneração. "Eu diria que eles representam os nossos sentimentos mais intensos, mais primordiais. Eles mostram como amor, ódio e obsessão são sentimentos que andam separados por uma linha muito tênue e que é muito fácil ultrapassar essa linha."

"Eu deveria sentir medo de estar aqui sozinho com você?" perguntei rindo, enquanto pensava na visão que ela tinha da história. Parecia uma visão tão madura para uma garota como ela. Mas então me lembrei das histórias que Alice havia me contado a seu respeito, sobre como ela foi obrigada a amadurecer, assumindo praticamente o papel de mãe da própria mãe após a separação dos pais.

"Acho que para a maioria das pessoas é mais fácil julgar Heathcliff como um vilão e Catherine como uma manipuladora. Porque assim elas não precisam assumir que, como eles, também têm seu lado vilão/obsessivo e manipulador. Ninguém gosta de assumir seus defeitos. Mas, na minha visão, o livro todo é sobre o amor; em todas as suas formas: o amor que ama, que odeia, que despreza, que depende, que vinga, que não morre..."

"Sabe..." – comecei sem saber ao certo o que estava fazendo, mas sentindo uma necessidade imensa de falar, de conversar com alguém que, talvez, não estando envolvido, não me olharia com aquele olhar de pena que eu já me acostumara a receber. "Houve uma época em que eu me sentia exatamente como o Heathcliff. Assim como ele, eu achava que não seria capaz de suportar, de viver sem aquela que tinha sido minha vida. A dor é tão forte, tão esmagadora que parece que nada, nunca, será capaz de suavizá-la."

Eu fiquei realmente agradecido quando ela não disse nada, apenas acenando com a cabeça em reconhecimento ao que eu falara. Não havia o que ser dito. E eu seria sempre grato por ela estar ali, escutando as lamúrias de alguém que ela praticamente acabara de conhecer.

"Talvez eu entenda exatamente como é se sentir como Heathcliff também." Eu a ouvi sussurrar de repente, mordendo o lábio, ainda encarando o livro, mas achei melhor não perguntar nada. Se ela quisesse, ela falaria.

Um silêncio confortável preencheu o cômodo, cada um de nós perdido em seus próprios pensamentos e leituras. Mas suas últimas palavras não saíam da minha cabeça. Quando ergui os olhos para o sofá à minha frente, Bella estava deitada nele, o livro sobre seu peito enquanto ela dormia tranquilamente, com um lindo sorriso em seu rosto. Levantando com cuidado para não fazer barulho, deixei a biblioteca, voltando alguns minutos depois com um cobertor e a encontrando na mesma posição. Com o máximo de cuidado tirei o livro de suas mãos, cobrindo-a em seguida.

Eu sabia que devia sair dali antes que ela acordasse ou que alguém me pegasse ali a observando dormir, como um pervertido qualquer. Mas a verdade é que eu não conseguia desgrudar os olhos da figura encolhida em meu sofá. Eu podia ver que toda aquela fortaleza da qual Alice falava não passava de uma máscara para esconder uma fachada frágil e sofrida. Ninguém se sentiria como Heathcliff se não tivesse passado por algum grande sofrimento. E eu não conseguia entender porque, mas eu queria poder tirar aquilo dela, apagar qualquer sofrimento que ela pudesse ter tido em sua vida.

"Durma bem, Bella" murmurei um pouco antes de fechar a porta atrás de mim, com a mente repleta de pensamentos confusos.

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I know you

Haven't made

Your mind up yet

But I would never

Do you wrong

I've known it

From the moment

That we met

No doubt in my mind

Where you belong

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7 de junho de 2011

"Pai? O que faz aqui?" – Alice perguntou ao se deparar comigo do lado de fora do seu prédio.

"Oi para você também, filha. Eu vou bem e também estava com saudades." – disse, aceitando-a entre os meus braços.

"Desculpa pai, mas é que estou atrasada. Marquei com uns colegas para ensaiarmos uma apresentação que temos amanhã. Mas você não me respondeu, o que faz aqui?"

"Vim convidar minha filha preferida para almoçar."

"Você dirigiu até aqui apenas para me levar para almoçar?" – ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.

"O que foi, não posso querer estar com a minha filha?" perguntei, sentindo o seu olhar me queimando. Eu quase podia ouvir as engrenagens tentando se encaixar em seu cérebro.

"Pode, é claro! Só é estranho. Você não costumava muito fazer isso e já é a terceira vez desde a Páscoa que você aparece assim, de surpresa."

"Eu... er..."

Felizmente uma voz se fez presente, me livrando de ter que dar alguma explicação. Ao ver a amiga, Alice rapidamente abriu um sorriso de fazer inveja a Rose.

"Pronto, resolvido! Eu não posso almoçar com você, pai, mas pra não perder a viagem, pode levar a Bella. É até bom, acho que ela anda enrolada com algum carinha aí e anda meio amuada. Vai ser bom pra ela também!"

"Alice!" – Bella gritou, parecendo ligeiramente envergonhada. Enquanto um sentimento estranho me atingia.

"Claro, por mim se ela não se importar, podemos ir."

"Claro", ela disse, ainda olhando para baixo.

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:-:-:-:

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O almoço se estendera para lanche da tarde e estava quase abrindo deixa para um jantar. Aquela não era a primeira vez que Alice nos abandonara sozinhos no almoço, e a cada encontro nossas conversas pareciam fluir mais. Era fácil conversar com Bella sobre tudo. Tentei fazê-la falar sobre o tal rapaz, embora não tivesse certeza de que realmente queria saber, mas caso ela estivesse com algum problema talvez eu pudesse ajudar, porém ela se recusou terminantemente, ficando ainda mais vermelha do que quando Alice fizera sua insinuação mais cedo.

"Pronta pra ir?" – perguntei quando ela checou o relógio, vendo que já passava das seis. Eu ainda teria meia hora de carro até chegar em casa e ela, com certeza, deveria ter algo para estudar.

"Claro!"

Em menos de 10 minutos estávamos de volta ao prédio do alojamento, e após constatar que Alice ainda não voltara, achei melhor fazer o caminho de volta para casa.

Eu não sei precisar bem ao certo o que aconteceu, mas quando dei por mim já estava com os meus lábios colados nos dela, minhas mãos descendo para sua cintura enquanto as dela se fechavam ao redor do meu pescoço. O beijo não levou mais do que alguns segundos até que ela se afastou parecendo assustada.

"O que... nós não..."

Mas antes que ela ou eu racionalizássemos demais o que estava acontecendo ali eu a puxei novamente para mim, colando nossos lábios uma vez mais, dessa vez aproveitando para aprofundar o beijo. Sua mão puxava os cabelos de minha nuca com força enquanto uma de minhas mãos se mantinha firme em sua cintura e a outra adentrava por aqueles fios cor de chocolate, tentando trazer seu rosto ainda mais para junto do meu enquanto nossas línguas seguiam em sua dança lenta, sensual de reconhecimento.

Eu precisava de ar, mas ainda não estava pronto para me separar dela então apenas desci meus lábios por seu pescoço, deixando uma trilha de beijos abertos por ali. Bella jogou a cabeça para trás, me dando mais espaço, o que quase me enlouqueceu. Ela estava curtindo aquilo tanto quanto eu, e o gemido que escapou por entre seus lábios era a confirmação que eu precisava.

Com passos trôpegos fui caminhando pela sala, sempre com a mão fixa em sua cintura, como se houvesse um imã ali, até cair sentado no sofá, puxando Bella para o meu colo. Minha mão finalmente deixou sua cintura, passeando pela lateral do seu corpo até estar em sua coxa, acariciando a região por sobre a calça jeans que ela vestia enquanto a dela apertava e torcia minha camisa com força. O beijo agora era afoito e a forma como ela se movimentava em meu colo, como se buscasse algum tipo de fricção que a aliviasse estava me deixando louco, me fazendo gemer em sua boca.

Aquilo, mais o meu membro dando sinal de vida por sob minha calça pareceram fazer a morena despertar e ela se afastou uma vez mais, evitando meus olhos, mas ainda assim, sem deixar meu colo.

"Bella..." eu chamei, tentando fazê-la olhar pra mim, embora eu não fizesse a menor ideia do que falar. Eu apenas segui meus instintos e fiz aquilo que queria fazer desde a Páscoa. Eu não queria pensar na nossa diferença de idade ou se ela era amiga da minha filha, eu só sabia que havia uma conexão entre nós, que havia alguma coisa nela que despertava em mim algo que ninguém mais despertara em anos e eu queria viver aquilo.

Mas antes que eu pudesse racionalizar qualquer uma dessas coisas e tentar explicar, eu a senti pular para fora do sofá ao mesmo tempo em que ouvia o barulho de uma chave na porta.

"O que estavam fazendo?" – Alice perguntou, nos encarando depois de fechar a porta. "Vocês parecem assustados."

"Nada. Seu pai estava se preparando para ir embora e eu ia tomar um banho." – Bella respondeu rapidamente, me livrando mais uma vez naquele dia de ter que arrumar uma explicação.

"Ah pai, eu acabei de chegar, fica mais um pouco." – Alice pediu, fazendo sua cara de cachorro pidão."

"Bem, eu vou para o meu banho. Obrigada, Edward." – Bella disse se virando rapidamente. – "Foi uma tarde muito agradável."

E Bella não voltou mais. Alice até tentou convencê-la a vir para a sala assistir filme e comer pizza com a gente, mas a morena alegou ter que estudar para uma prova qualquer. Eu sabia que ela estava apenas me evitando, mas não podia fazer nada, embora meu olhar não saísse da porta que dava para os quartos, na esperança de que ela surgisse a qualquer momento.

E ela surgiu. Às três da manhã enquanto eu me virava de um lado para o outro no sofá sem conseguir dormir. Havia ficado tarde e Alice me convencera a ficar ali e voltar para casa apenas quando amanhecesse. Mas eu simplesmente não conseguia dormir. Cada vez que eu fechava os olhos as imagens de mim e de Bella nos beijando naquele mesmo sofá tomavam minha mente.

Eu ouvi seus passos que pararam abruptamente ao lado do sofá, por alguns instantes, antes de acelerarem rumo à cozinha. Pé ante pé me levantei tomando a mesma direção. Eu precisava falar com ela, saber o que se passava na sua cabeça. Ela parecia tão confusa quando se afastou em meu colo, mas depois o seu agradecimento me deixou com a sensação de que ela havia gostado daquilo tanto quanto eu. Eu precisava falar com ela.

"Também não consegue dormir?" – murmurei me aproximando de seu corpo. Ela estava apoiada, de costas para a porta, com as mãos sobre a pia, encarando o pequeno basculante, de onde era possível ver uma ainda minúscula lua crescente. Ela parecia ainda mais linda ali, com o luar refletindo em seu corpo coberto com um inocente pijama de algodão.

Minha presença pareceu pega-la de surpresa, a fazendo pular ligeiramente, se virando e me encarando com os olhos arregalados ao mesmo tempo em que, quase que automaticamente mordia o lábio inferior.

"Eu... er... vim buscar um pouco de água. O calor não está me deixando dormir. E você?"

"Cada vez que fecho os olhos só consigo ver a imagem de uma morena sentada em meu colo, me beijando com..."

"Edward, por favor..." – ela pediu em um murmúrio, apertando os olhos.

"Por favor o quê, Bella?" – perguntei me aproximando um pouco mais. "Você estava tão envolvida quanto eu. Se Alice não tivesse chegado..."

"Mas ainda bem que chegou. Nós não podemos..."

Mas mesmo negando ela não fez nada para se afastar quando eu envolvi seu corpo com os meus braços, a trazendo para mais junto de mim. Eu não sabia o que aquilo queria dizer, o que estávamos fazendo, mas eu sabia que não tinha nada de errado naquilo e que, principalmente, nós dois queríamos.

"Nós somos adultos Bella, não devemos nada a ninguém e principalmente, somos capazes de lidar com as consequências daquilo que queremos." – disse enquanto acariciava sua bochecha com meu polegar, antes de a beijar uma vez mais.

Eu podia sentir sua mão em minha nuca, em um aperto fraco, como se ainda travasse uma luta interna, até que seu aperto se intensificou ao mesmo tempo em que ela mordiscava ligeiramente o meu lábio. Eu a ergui para coloca-la sentada sobre a pia, mas foi nessa hora que sua mão esbarrou no copo em que estivera bebendo água, fazendo com que o objeto caísse dentro da pia, em um barulho alto diante do silêncio da hora, fazendo com que nós dois prendêssemos as respirações.

Em um impulso ela se jogou para a frente, me dando um selinho rápido antes de descer dali e correr para fora da cozinha, sumindo na escuridão do apartamento.

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I'd go hungry

I'd go black and blue

I'd go crawling

Down the avenue

No, there's nothing

That I wouldn't do

To make you feel my love

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25 de agosto de 2011

As roupas foram deixadas pela sala mesmo, um pouco depois dela surgir, de repente, em sua porta, descabelada pelo vento.

Os lábios se colaram afoitos, transmitindo na dança sensual travada pelas línguas a necessidade que todo o corpo parecia sentir.

Os gemidos eram os únicos sons audíveis no cômodo enquanto as mãos se entrelaçavam sobre as cabeças. Corpo se chocando com corpo. Costas arqueadas. Dedos dos pés comprimidos. Plenitude.

Os corpos permaneciam unidos, como se não cogitassem se afastar um milímetro sequer. As mãos dele subiam e desciam pelas costas nuas dela, enquanto as dela brincavam com os poucos pelos que ele tinha no peito. No rosto, os sorrisos e o brilho não deixavam dúvida do que sentiam, mesmo que as palavras teimassem em permanecer silenciadas.

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The storms are raging

On the rolling sea

And on the highway of regret

Though winds of change

Are throwing wild and free

You ain't seen nothing

Like me yet

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17 de outubro de 2011

"Eu não devia estar aqui." – Bella disse, se jogando sobre o sofá da sala.

"E posso saber por que não?" – perguntei, tentando entender o que se passava naquela mente tão fascinante e confusa ao mesmo tempo, mas o olhar em sua face me deixou claro que eu não obteria uma resposta.

"A Alice está desconfiada." – ela disse de repente, no momento em que eu me preparava para começar uma música qualquer no piano.

"De nós?"

"Não, Edward. Da existência ou não do Papai Noel." – ela disse bufando, deixando as mãos caírem sobre o seu colo. "É claro que é de nós. Quer dizer, não de nós dois juntos propriamente. Mas ela está quase certa de que tanto eu quanto você estamos escondendo algo dela."

"E seria tão ruim assim?" perguntei, deixando o piano e me ajoelhando à sua frente, acariciando seus joelhos, sentindo-a relaxar sob o meu toque.

"O-o que?"

"Ela saber?"

"Claro que sim, Edward!" – Bella disse, praticamente me derrubando ao saltar do sofá, andando de um lado para o outro. "Imagina a cena. 'Alice, minha filha. Eu estou tendo um caso com a sua melhor amiga.' Como você acha que ela vai reagir, Edward? Perguntando quando será a data do casamento? Eu irei perder a minha melhor amiga. Eu não tenho dúvidas disso."

"Em primeiro lugar," falei me aproximando novamente dela, colocando suas costas de encontro ao meu peito, distribuindo pequenos selinhos ao longo do seu pescoço, mantendo nossos olhos fixos uns nos outros através do reflexo no vidro da janela. "Isso não é um caso. Eu nunca poderia te ver ou a isso que temos como um simples caso, Bella. E depois, Alice sempre foi uma pessoa mente aberta e eu tenho certeza que você está exagerando nessa reação. Ela pode até ficar com raiva por termos escondido algo assim dela, mas nunca pela relação em si."

"Pra você é fácil falar. Afinal quem, mais uma vez, vai sair perdendo sou eu." Ela disse por entre as lágrimas. Seu choro era quase histérico e ela se encolheu em meu colo como um animalzinho acuado, como se há muito tempo ela carregasse um fardo pesado demais para seus ombros.

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I could make you happy

Make your dreams come true

Nothing that I wouldn't do

Go to the ends

Of the Earth for you

To make you feel my love

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BPOV

Trilha: Candlelight – Laura Marling

letras(.)terra(.)com(.)br/laura-marling/1167920/traducao(.)html

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28 de dezembro de 2011

Uma semana havia se passado e eu ainda não entendia o que havia de errado comigo. Eu não queria ter partido daquela forma. Mas nunca fui boa em coordenar razão e coração. Eu sabia que estava jogando algo bom fora por medo. Sim, pelo jeito, de alguma forma, eu me tornara uma covarde e isso me assustava mais do que eu poderia descrever em palavras. As minhas escritoras favoritas não falavam justamente sobre se jogar, correr riscos, se rebelar contra as amarras que a sociedade jogava sobre nós? E ali estava eu, fazendo o exato oposto.

Por muito tempo evitei voltar a Forks, mas agora, achava que voltar para lá e passar as festas de fim de ano ao lado do meu pai me ajudaria a esquecer Edward e tudo o que passamos nos últimos seis meses. Os seis meses mais intensos da minha vida. Mas não, eu ainda acordava no meio da noite ouvindo seu pedido para que eu não fosse embora ecoando em meus ouvidos, como se eu ainda estivesse no corredor de sua casa, fechando a porta atrás de mim. Fugindo dos meus sentimentos.

"Você vai me contar qual o problema, Bells?" A voz grave de meu melhor amigo, que eu não via a algum tempo, me fez pular no banco da varanda onde me sentara depois do almoço, enrolada em um cobertor, observando a floresta à minha frente. "Charlie me ligou dizendo que você está estranha desde que chegou. E tenho que confessar que há anos eu não te vejo tão acabada. Vamos lá, se abra com o seu velho amigo!" Disse Jake se sentando ao meu lado, parecendo preocupado ao me encarar.

Como se só estivesse esperando por aquilo, senti as lágrimas começarem a fluir pelos meus olhos enquanto me entregava a um choro repleto de tristeza e arrependimentos. Eu podia ouvir Jake murmurando algumas palavras de consolo, enquanto me deitava entre seus braços, me aconchegando entre seus músculos, me fazendo sentir confortável ali, como nos velhos tempos.

"Chora, Bells! Chora que ajuda..."

"Lembra do James, Jake?" – perguntei quando as lágrimas finalmente pararam de rolar.

"Claro que sim, Bells. Como eu poderia me esquecer? Foram semanas em que você apenas chorava e eu não sabia o que fazer para te consolar."

"Quando Charlie me deu a notícia de que ele havia sido encontrado morto nas pedras naquele maldito penhasco, eu achei que não fosse aguentar. Eu realmente o amava, Jake. Mesmo tendo apenas 17 anos eu sabia que o que a gente dizia sentir um pelo outro, que as promessas que fazíamos eram reais. Até hoje eu leio a carta que ele deixou, pedindo perdão e me dizendo que onde quer que estivesse ele estaria olhando por mim e tento entender onde foi que eu fracassei. Como eu não consegui perceber que o homem que eu amava estava mal? E então eu fugi. Não pisar mais em Forks era o mais fácil. Mas eu não demorei a entender que a dor estava na minha alma, e não aqui."

"Onde você quer chegar Bells? Por que falar sobre isso agora?"

"Eu finalmente conheci alguém que me fez sorrir de novo. Que me fez acreditar que o passado poderia ser deixado pra trás. Alguém que fez com que os pesadelos fossem esquecidos."

"E isso não devia ser algo bom?" – ele perguntou erguendo uma sobrancelha, como que tentando entender onde estava o problema.

"É complicado..."

"Não me diga que ele é casado, Bells!"

"Não, Jake!" – gritei, me sentando novamente em um impulso rápido. "Eu nunca me envolveria com alguém casado. Edward é viúvo. A mulher dele morreu há 10 anos, devido a uma leucemia."

"10 anos? Mas então ele..."

"Exatamente, ele é 18 anos mais velho que eu, Jake!" Falei, apoiando a cabeça entre as mãos. "E, mais uma vez, por medo eu fugi; abri mão da felicidade que eu estava sentindo por medo."

"Medo de que, Bells? Nunca ouviu que pro amor não existe idade?" – perguntou rindo e arrancando o primeiro sorriso dos meus lábios em algum tempo.

"Que parte do 'ele tem 38 anos' você não entendeu, Jake?"

"E que parte do 'isso não importa se vocês realmente se amam' você não entendeu, Bells?"

"Não é tão simples, Jake. Ele é pai da Alice!"

"Alice... aquela Alice que divide o quarto com você na faculdade?" – ele perguntou, e pela sua expressão eu podia jurar que ele estava achando aquilo tudo muito divertido.

"E desde quando eu conheço outra Alice?" – perguntei, sentindo minha paciência chegando ao fim.

"E desde quando você se envolve com os pais das suas amigas?"

"Você não está sendo de nenhuma ajuda, Jake!"

"Desculpe, Bells. Mas estou só imaginando como você deve ter ficado quando se descobriu envolvida, e eu daria tudo para estar lá vendo isso de camarote."

"Você continua não ajudando, Jake!"

"Como ela reagiu?" – ele perguntou, parecendo estar levando a assunto a sério novamente.

Meu silêncio era o que ele precisava para entender tudo.

"Ouch... ela não sabe, não é?"

Eu acenei com a cabeça, antes de criar coragem para falar novamente. "Não. Edward queria contar, mas eu não tive coragem. Como eu poderia chegar para a minha melhor amiga, aquela pessoa que vem me dando força há dois anos e dizer: 'olha, eu me apaixonei pelo seu pai.' Eu não posso fazer isso, Jake!" – gritei, sentindo as lágrimas enchendo meus olhos novamente.

"Bells, você percebe o tamanho do absurdo da situação?"

"E porque você acha que eu terminei tudo e estou aqui sofrendo, Jake?"

"Não, Bells... isso só me mostra que você não percebe. Você está abrindo mão da sua felicidade por medo da reação da sua amiga quando o pai dela não vê problema algum em contar."

"Pra ele é fácil, Jake. Ele não vai perder nada!"

"Ele já perdeu, Bells. E você também; se não tivesse perdido, você não estaria aqui toda chorosa."

O silêncio caiu entre nós novamente. Eu sabia que Jake estava certo e que possivelmente Edward também estivesse, e a reação de Alice nem fosse ser assim tão horrível. Afinal, a baixinha sempre me surpreendia, mas eu estava preparada para arriscar?

"Sabe o que eu acho, Bells? Que você sente culpa ao se permitir ser feliz por causa do que aconteceu com o James. Que por ele ter se matado naquelas pedras, você acha que precisa acabar sozinha e triste também para assim, dessa forma, estar honrando o amor de vocês. Sinto muito por ser tão direto, mas eu acho que ele não merece isso. James foi o primeiro a desonrar o amor de vocês ao saltar do penhasco como ele fez. Ele morreu, Bells, mas você continua aqui e merece ser feliz! Enxerga isso, pelo amor de Deus."

"Você não..."

"Eu não o que, Bells? Tô falando alguma mentira? Porque eu não acho que esteja."

"Eu tenho medo, Jake." – disse, gritando de repente. "Eu não quero que em algum momento o Edward olhe pra mim e se pergunte o que está fazendo com alguém que ainda está começando a vida, quando ele tem tantas médicas bem sucedidas ao seu redor. Não quero estar um dia na rua com ele e alguém vir perguntar se sou a irmã mais nova ou pior ainda, a filha dele. Não quero estar trocando carinhos com ele na rua e receber olhares desaprovadores de pessoas que vão achar que estou apenas tentando dar o golpe do baú."

"E o que essas pessoas têm a ver com a sua vida, Bells? Você não pode guiar sua vida pensando nos outros ou nos 'e se'... você tem que viver. Os olhares vão acontecer? Vão, mas e daí? Ele pode te trocar por uma mulher mais madura e bem sucedida? Pode, mas isso só vai provar que ele é um tremendo babaca. E você também pode trocá-lo por outro, por que não? Mas, principalmente, vocês podem passar o resto da vida juntos. Só que, pra que qualquer uma dessas coisas possa acontecer, você precisa se jogar, Bells. Precisa mandar o medo pra escanteio e arriscar. Ser feliz não é fácil, mas vele a pena! Pensa nisso." – Jake começou a se levantar e me deu um abraço apertado. "Agora eu tenho que ir. Chegaram umas peças novas na oficina e preciso dar uma olhada nelas. Mas Bells..." ele disse ao terminar de descer os três degraus da varanda, se virando: "ainda dá tempo de salvar o seu ano-novo." E, piscando, ele desapareceu no fim da rua.

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30 de dezembro de 2011

'Calma, Bella, respira' – esse parecia ser o meu mantra por toda a viagem de volta de Forks para Nova York. Passei pelo alojamento procurando por Alice para tentar sondar alguma notícia de Edward, mas claro que ela não estava por lá. Aliás, o que alguém estaria fazendo ali em plenas férias? Me enchendo de coragem, rumei até a casa que eu tanto frequentara nos últimos meses.

Respirando fundo, toquei a campainha, e tenho certeza que enquanto a cara de Alice demonstrava surpresa ao me ver parada ali, debaixo de chuva, a minha devia mostrar toda a frustração por não ter sido Edward a abrir a porta. Teria sido tão mais fácil...

"Bella? O que faz aqui? Você não devia estar em Forks? Aconteceu alguma coisa? Você está..."

"Alice, eu te explico tudo depois," – disse, a interrompendo. "Mas agora, seu pai está aí?"

Ela pareceu ligeiramente confusa, mas rapidamente negou com a cabeça, para o meu total desespero. "Não, ele estava esquisito desde quando eu vim para casa. Só quer saber de ficar trancado tocando aquele maldito piano. E hoje depois do almoço ele simplesmente levantou, dizendo que ia andar um pouco. Eu acho que..."

"Obrigada, Alice, eu vou tentar encontrá-lo!" – disse já me virando, tentando pensar para onde Edward poderia ter ido.

"Bella?" – Alice gritou. "Você tem alguma coisa para me contar?" – ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

"Depois, Alice... depois."

Depois de dar várias voltas pela vizinhança e tentar inutilmente falar com Edward pelo celular, acabei voltando para o campus, disposta a tentar falar com ele novamente no dia seguinte. A chuva aumentara e tudo o que eu queria era um banho quente, um chá e a minha cama.

Mas ao chegar ao alojamento, o inconfundível Volvo parado na porta me disse que Edward estava próximo. Acabei o encontrando no Parque que ficava ao lado do apartamento, em pé olhando para a água do lago, como se nem percebesse a chuva que começava a molhá-lo por demais. Como que sentindo a minha presença ele se virou, e o sorriso em seu rosto me trouxe toda a certeza e tranquilidade que eu precisava.

Sem precisar dizer nada eu simplesmente corri, me atirando em seus braços, que estavam abertos para me receber. As outras pessoas talvez não entendessem, mas a verdade pertencia a nós dois e nada mais importava.

FIM


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Notas finais do capítulo

Bem, vamos por partes porque eu simplesmente tenho muita, muita coisa pra dizer aqui! *senta que lá vem história*
Primeiro de tudo quero dizer que eu fiquei super feliz quando vi quem eu tinha tirado nessa brincadeira e ainda bem que o sorteio foi virtual senão poderiam acabar dizendo que teve marmelada. Mas, a minha amiga oculta, que depois de ter lido essa história já sabe que foi ela que eu tirei, com toda certeza, simplesmente odeia pobre, tanto tanto que resolveu ser assistente social e eu simplesmente não posso ver o Justin Bieber na minha frente que lembro dela. Fácil não? Juju, minha boneca Jolie favorita, eu realmente espero que você tenha gostado da história. Cara, foi um verdadeiro inferno trocar mensagens de celular contigo falando sobre a história e não poder falar de verdade, perguntar se você ia curtir ou não o que eu estava fazendo... ILY babe! S2
Bem, a Júlia pediu apenas que fosse uma história baseada na música Make You Feel My Love, na versão original, do Bob Dylan. Foram dias ouvindo a música incessantemente sem ter nenhuma ideia. Aí troca e-mail com a Paulinha, conversa com a minha mãe e eis que ela me deu a ideia da diferença da idade. Acho até que ela tinha pensado em algo mais tipo Lolita, mas eu ainda não conseguia enxergar até que fui começando, começando e a história tomou seu próprio rumo. Espero que apesar da estranheza de um Edward 18 anos mais velho que a Bella e ainda por cima pai da Alice, não apenas a Julinha, mas todos possam ter curtido essa história que acabou sendo uma delícia de se escrever.
Por fim, *pelo menos eu acho* depois de betar a fic, Paula Maria me mandou um e-mail com a seguinte questão: "Eu só fiquei com uma dúvida (e te dou um doce se acertar que eu tô falando sobre a Alice): a guria sabia ou não do lance entre o pai e a amiga? Eu fiquei a fic inteira apostando que a Alice só estava fazendo o tipo "tô sabendo, mas quero ver quanto tempo vocês demoram até me contar". É isso mesmo?" E aí, tudo bem se eu disser que não sei? Hahahahaha Bem, vou deixar aqui o que eu respondi pra ela, mas acho que tudo bem se cada um tirar sua própria conclusão ;) Pra mim, a Alice não tem 100% certeza, mas ela intui. Eu não acho que as conversas na biblioteca tenham se resumido apenas àquela noite. Pra mim aquilo se tornou uma rotina durante o feriado de Páscoa. Vejo até mesmo Edward e Bella discutindo literatura à beira da piscina ou numa tarde de sábado diante da TV e a Alice ali, tendo que disputar a atenção de sua melhor amiga com o pai. E então, do nada o homem desanda a ir convidar a filha pra almoçar? Pra cima da Alice? Hum... sei não.
Agora, por fim mesmo, *será que alguém chegou até aqui?* quero pedir reviews! Claro, vocês não imaginam como eu ganho o dia com cada alerta que chega no meu e-mail. Por menor que seja a mensagem, já faz toda a diferença e eu juro que não custa nada! E claro, não deixem de passar nas outras histórias também!
Beijos, beijos,
Taty



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