Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 13
Ever Been In Love?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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- Acabei. – disse ele, sorrindo pela primeira vez em várias horas. Respirei aliviada, mordi o lábio e movimentei as pernas enrugando o cenho pela dor que senti. Embora estivesse doendo, fazia cócegas.

- Ai... – reclamei rindo. Caspian levantou pegando a tela e caminhando até mim, sentou no chão ao meu lado apoiando a pintura em suas pernas. Havia a janela, as paredes verdes, eu sentada, mas no chão havia um efeito, como se eu estivesse sentada na grama e, por ali, ele acrescentara algumas borboletas.

- Então, o que achou? – perguntou meio ansioso, meio nervoso e meio feliz, depois de eu passar uns bons segundos em silêncio, olhando sem reação para a tela.

- Está lindo, Caspian! – respondi. Ele sorriu. Sim, sinceridade é pouco para o que minha voz expressava. Eu estava encantada com o talento de Caspian para a pintura, sem mencionar sua voz maravilhosa...

            - Não faz jus a original. – falou. Olhei para ele surpresa com sua frase. Corei levemente e sorri tímida, desviando o olhar. De relance, pude vê-lo abrir um largo sorriso. Mordi o lábio.

            - Obrigada... – sussurrei. Um raio cortou o céu e logo foi seguido pelos pesados pingos de chuva que chicoteavam o telhado da casa. – Parece que estamos presos aqui. – falei olhando a janela atrás de nós.

            - É, parece que sim... – ele suspirou. – Sua vez de pintar. – mudou de assunto sem aviso.

            - Sem chance.

            - Por que não? – perguntou meio ofendido, com as sobrancelhas unidas.

            - Por que meus quadros vão parecer desenhos de criança perto dos seus.

            Ele riu.

            - Deixe de bobagem, Susana, vi o quadro que fez de Lucia, ele ficou simplesmente perfeito. – repetiu.

            - Tudo bem, eu pinto, mas outro dia... – cedi.

            - Eu vou cobrar. – avisou pondo a tela no chão, apoiada na parede. – Bom, já que não quer pintar, aceita uma dança? – pôs-se de pé estendendo-me a mão. Aceitei-a rindo.

[...]

            Dançamos por um bom tempo sem musica, rodopiamos pelo cômodo, depois descemos até a cozinha para comer alguma coisa, em seguida voltamos para o quarto. Rodopiamos por mais um tempo e a seguir voltamos a sentar no chão, contando histórias de quando éramos crianças, sempre trocando gostosas risadas, completamente alheios ao mundo a nossa volta.

            Conversávamos sobre o baile de Lucia quase duas semanas atrás.

            - Caspian – comecei sem saber se devia terminar. – Quando Dash veio com todas aquelas indiretas... A quê ele se referia?

            Caspian desviou o olhar para o chão, pensando na resposta.

            - Referia-se a atos que deixei de praticar e... Uma vida que abandonei. – respondeu.

            - Tudo bem, não pergunto mais nada sobre isso, já estou me metendo demais em sua vida...

            Caspian riu, olhando para mim. Alguns minutos de silêncio.

            - Susana, posso perguntar-lhe uma coisa?

            - Claro.

            Ele me fitou por alguns segundos como se questionasse a si mesmo se deveria expor sua curiosidade ou não. Por fim decidiu perguntar.

            - Já se apaixonou?

            Essa pergunta me pegou de surpresa. Durante alguns segundos, enquanto eu olhava fundo nos olhos de Caspian, não soube o que responder.

            - Nossa – ofeguei. – Por essa eu não esperava. – Caspian riu. – Bom... – desci o olhar para minhas mãos. – Já... Já me apaixonei sim.

            - E... Como foi? Ele correspondia... Vocês... Ficaram juntos...?

            - Não, não... Ele não sabe de meus sentimentos. – continuei olhando para minhas mãos.

            - Ah... – havia um tom diferente em sua voz como surpresa mesclada a decepção. – Então, você está apaixonada...

            Corei.

            - Mas... Por que essa pergunta? – olhei para ele com uma pontinha de esperança.

            - Nada... Só... Curiosidade.

            Não tocamos mais nesse assunto naquele dia e, assim que a chuva passou, voltamos para casa.

            Até hoje me pergunto se, naquela conversa, Caspian suspeitou de quem eu falava ou o que aquela surpresa misturada a decepção queria dizer em sua voz. Ele foi comigo até a esquina de minha rua, de lá, após nos despedirmos, segui sozinha até em casa. Caspian permaneceu lá, parado, observando-me até eu acenar da varanda e entrar.


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Notas finais do capítulo

Suspian bombando em Tale a partir de agora. O próximo capítulo será um bônus com narração do Caspian! Até lá!
Beijokas!!



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