Semideuses No Brasil escrita por Rachely Owly


Capítulo 28
Presentes Divinos (Último Capítulo)


Notas iniciais do capítulo

Buaaááááááá!!! Chegamos ao fim! EU não queria que acabasse mas, afinal, era só uma semana viajando, então... Tive muito trabalho pra fazer esse capítulo por pura falta de criatividade para os presentes, mas está aí. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191073/chapter/28

POV Annabeth

         Chegamos finalmente em Nova York. Acompanhamos Raquel, Anabela, Anabelle, Nick, Jack e Jake ao um hotel perto do apartamento de Percy, onde instalaram suas coisas. Grover foi com nossas malas ao Acampamento Meio Sangue. Rachel deu a disculpa de que ia apresentar
Nova York aos nossos amigos brasileiros, e então fomos direto ao Empire State.

Não precisamos discutir com o recepcionista. Afinal, tínhamos hora marcada com Afrodite e Ártemis. Subimos ao 600° andar, e os semideuses brasileiros ficaram de caras impressionados. Como não ficar? O Olimpo era simplesmente incrível. Caminhamos entre as construções e, como sempre, fiquei simplesmente louca com todos aqueles edifícios. Caminhamos em direção à Sala dos Tronos. Pensei que só Afrodite e Ártemis estariam lá, mas ao invés disso, TODOS os deuses estavam. Até mesmo Hades!

         - Oi, mãe. – dei um sorriso envergonhado.

         - Minha filha. – ela retribuiu o sorriso. E assim todos nós fomos cumprimentando nossos pais e mães divinos.

         - Thalia, Jason. – Hera fez uma careta ao ouvir seus nomes. Tive uma vontade instantânea de avançar nela. – Estou muito orgulhoso de vocês. Todos os semideuses se saíram muito bem. – Cutuquei Percy e ele tirou o arco de ártemis da mochila. Ele foi até ela e o entregou, recebendo um olhar mortal em troca. Ártemis não gostava muito de homens...

O arco cresceu alguns centímetros em sua mão e brilhou mais do que o normal. Ela pareceia muito mais bonita e jovem. Sua força vital havia sido recuperada.

- Obrigada por recuperarem meu arco. – Ela deu um quase-sorriso. Em seguida Piper tirou de sua bolsa a sombra e o gloss labial de sua mãe, tomando muito cuidado na sombra. Afrodite abafou um gritinho afetado.

- Ah, por Zeus! Como senti falta da minha maquiagem! Cuidaram bem dela? – Percy murmurou alguma coisa e Afrodite se voltou pra ele. – Ah, Percy! Que bom vê-lo. Sinto muito pelo incindente da sombra. Bom, pelo menos achou um jeito de concertar tudo com a Annabeth não é? Aquilo foi tão romantico! Sim, muito romantico... – Ela continuou tagarelando, Poseidon piscando travesso pr a Percy e, à aquele ponto, eu ja estava tão vermelha quanto um tomate, quase tanto quanto Percy.

- Tudo bem. – Zeus deu um fim ao assunto – Em gratidão ao seu esforço, receberão presentes...

- Pergunta. – Percy disse e levantou a mão, como se estivesse na escola. – Por que vão nos dar presentes? Vocês nunca fazem isso, que eu saiba. – Quase tampei a boca dele com a mão.

- Olha aqui, moleque. Isso não é da sua conta! Você deveria aproveitar minha gentileza e generosidade, enquanto ainda estou com paciência! – Zeus se irritou – Você deveria também se importar com o fato de que posso te transformar em pó em menos de 2 segundos! – Percy ia responder alguma coisa, mas me pus em sua frente.

-Então. – tentei desviar o assunto – Presentes. Um pra cada um?

- Sim, minha querida nora. – respondeu Poseidon, também tentando salvar o filho da morte. – Um presente pra cada um. Vocês vão adorar! Quer começar irmão? – Zeus então materializou um envelope e uma chave do nada.

- Para Thalia, dois ingressos VIP para o show do Glen Lay...

- Não seria Green Day, pai? – perguntou Jason

- Exato! Dois ingressos VIP para... Essa banda que o Jason disse, com direito de ver a banda e conversar com ela depois do show e... – Ele teve que parar de falar de novo pois Thalia se jogou em seus braços dando-lhe um abraços. Ele ficou extremamente surpreso, o que era muito estranho para um Rei dos Deuses.

- Meus deuses, meus deuses, meus deuses! Muito obrigada, pai! – Thalia pegou o envelope e ficou pulando de um lado pra outro. Zeus demorou a se recompor.

- Bom... Sim, claro... De nada minha filha. Ah, e tem outra surpresa quando você estiver com os integrantes da banda. – Ele deu uma piscadinha. – Te aconselho a aprender logo a tocar guitarra. – Thalia ficou mais histérica e pulou em cima de Nico e lhe deu um beijo.

Zeus ficou sem reação. Ele queria protestar, mas não sabia o que falar, então acabou esquecendo e continuou.

- Agora o presente de Jason. Está estacionado na pista de pouso. – ele jogou a chave pra Jason e ele pegou confuso.

- Tem pista de pouso aqui? – perguntei ao mesmo que Jason perguntava:

- O que é isso?

- Sim. E isso é a chave do seu helicóptero. – respondeu. Os olhos de Jason saltaram das órbitas. – Os comandos são mais simples, pra você conseguir pilotar. – Depois que os filhos de Zeus se acalmaram foi a vez de Poseidon.

- Pra Percy eu vou dar essa prancha mágica. Ela vai muito rápido tenha cuidado.  Nick, pra você vou dar um equipamento completo de kite surf. -  Duas caixas pequenas apareceram em sua mão, uma azul e outra verde. Não sei como coisas tão grandes podiam caber ali. 

Ele entregou a verde pra Nick, depois gritou ανοιχτό! (o grego para abrir) para a caixa azul, que se abriu. De lá dentro Poseidon tirou a miniatura de uma prancha, que cresceu quando ele falou Ανάπτυξη (expandir).

- Voilá! – Poseidon deu um sorriso igualzinho ao do Percy, o que me assustou. A prancha era realmente linda. Era azul com ondulações que se moviam como o mar. Dava para ouvir o barulho das ondas e sentir o cheiro de maresia. Era tão... Percy.

Logo Nick também abriu seu presente com as mesmas palavras mágicas que Poseidon usou. Os olhos verdes dele também brilharam ao ver a prancha e a pipa enorme do kite surf. Era do modelo da prancha de Percy, mas com um tom puchado mais pra o verde.

- Gostaram? – perguntou Poseidon sarcasticamente – Quando quiserem guardar é só falar μείωση e colocar dentro da caixa, que se fecha automaticamente. Briquem direito. Sua vez Ateninha.

 Atena revirou os olhos pra ele e se voltou pra mim e Raquel. Ela fez aparecer em sua mão duas caixinhas, aquelas onde geralmente são guardados colares de diamante. De imediato, estranhei. Não achava que Atena nos daria jóias ou coisas desse tipo. Ela deu uma caixa pra cada uma. Quando abri a minha vi um colar com um pingente de uma chave decorada com diamantes ( o que confirmou minha suspeita). Parecia ser de ouro puro, mas nem pesava tanto.

- Esta chave, meninas – Atena começou. – é a chave para o conhecimento. – Fiquei mais confusa ainda. Comecei achar que aquilo era só simbólico. – Vamos. Tentem abrir Qualquer porta com elas. – Franzi a testa, mas mesmo assim fui até uma porta que ficava num corredor perto da sala dos tronos. Encaixei a chave na fechadura sem dificuldade, o que foi estranho, e girei. Empurrei a porta e a visão que tive era tão incrível quanto a prancha de Percy. Não, aquilo era ainda mais incrível. Era o paraíso.

A porta se abria para uma sala circular com o teto muito alto, que parecia um céu estrelado de verdade. No meio da sala tinha escadas que levava a outros três andares. A sala era extremamente grande, ao ponto de eu não ver onde as paredes iam. Ao redor das escadas estavam espalhadas muitas mesas e cadeiras. Algumas tinham notbooks. Antes de um adentrar a sala ouvi Raquel exclamando um “Ai, meus deuses!” e minha mãe dizendo:

- O colar não pode se perder e volta para seu pescoço quando você chega a uma distancia muito grande dele. Essa chave é muito preciosa! Não a entreguem a ninguém, pois assim a posse pode passar pra a outra pessoa!

Fui andando pelo o primeiro andar. Estantes de livros. Livros, livros e mais livros. Cada área tinha um gênero. Parei na área de ficção e achei livros como: Harry Potter e Jogos Vorazes, o que me fez sorrir. Eles estavam em grego.Todos os livros eram em grego, o que era ótimo pra mim. Passei por seções de arquitetura, biologia, química, física. Terror, romance, comédia, drama e tragédia... Tinha de tudo! Cheguei do outro lado da sala e notei que tinha outra porta aberta que dava pra o mesmo corredor que ficava ao lado da sala dos tronos, estranho...

 Enfim subi para o primeiro andar. Mais estantes de livros. Do outro lado tinha, além dos livros, CDs e discos. Tinha aparelhos de som com headphones por todos os lados. Coloquei um deles e apertei play. A música que tocava era Linger de The Cranberries. Na metade da área da música, esbarrei com alguém, Raquel, que estava escutando Linkin Park.

- Esse lugar não é incrível? – perguntou e eu concordei animada.

- Essas chaves, elas abrem qualquer porta para essa... Biblioteca. – disse, sabendo que o termo “biblioteca” não era tão adequado pra descrevê-lo. – Deuses, adorei meu presente!

Subimos juntas ao segundo andar. A primeira coisa que vimos foi mais mesas e um balcão, que parecia uma lanchonete. Entramos lá dentro e descobrimos que realmente era. Tinha uma máquina de fritar batas, máquina de churros,  máquina de crepe, um frizzer com garrafas de água mineral, ref[rigerante e potes de sorvete e outras coisinhas. Ah, e o preferido de Raquel: A mangueira de coca-cola. Nós pegamos algo pra lanchar, pois fazia horas que não comíamos, e continuamos caminhando. Mais livros, mais Cds, mais notebooks. Aqui e ali tinha uma TV de tela plana com sabe lá Atena com quantas polegadas. Tinha pufes espalhados por toda o andar, o que era confortá vel pra ler.

O terceiro andar era o mais incrivel. Suas paredes eram, no geral, telas enormes do tamanho de uma lousa de escola que eram operadas através de touch. As mesas também eram assim. Algumas tinham um mapa holográfico do olimpo ou do acampamento Meio – Sangue. Outras eram cheias com Ipads, Computadores, Notebooks, Netbooks e outros que eu nem sei o nome. As estantes de livros também eram especiais. Olhei o nome dos autores: Dédalo, Arquimedes, Pitolomeu e outros. Tinha vários os livros de autoria da minha mãe. Achei um cuja o título era 12 maneiras de iniciar a terceira Guerra Mundial de Ares. Outro que ensinava a construir coisas – Hefesto. Diversos livros escritos por gênios ou deuses.

Olhei para o colar com pingente de chave que estava em minha mão. Coloquei-o em meu pescoço, junto ao colar de contas do Acampamento Meio-Sangue. Precisaria agradecer melhor a minha mãe quando saísse dali. Esse era um dos melhores presentes que já havia ganhado.

POV Nico

Depois que Raquel e Annabeth entraram naquela sala, os deuses continuaram a entregar os presentes.

- Tudo bem. Hefesto, quer ser o próximo? – disse Atena e Hefesto assentiu. Ele deu uma caixa à Leo. De dentro ele tirou um martelo dourado.

- Isso, meu filho, é um martelo mágico. Ele pode concertar qualquer coisa que não seja maior que um carro. Eu mesmo que fiz. Tente. – ele fez um movimento com a mão e a prancha de Percy vôou da mão dele. Hefesto pegou-a e a partiu em dois. Acho que Percy quase teve um ataque cardíaco.

- Hum, a prancha não pode quebrar tão fácil, mas Hefesto é um deus então... – disse Poseidon. Hefesto fez sinal pra Leo se aproximar e colocou os dois pedaços da prancha no chão. Leo caminhou envergonhado até lá e bateu na prancha com o martelo. Ela brilhou, novinha em folha.

Depois disso me desconcetrei. Zeus estava me fuzilando com o olhar, e eu tinha a sensação que Jason estava fazendo a mesma coisa. Eu estava de mãos dadas com Thalia, o que era um erro na frente de dois membros familiares tão ciumentos (Jason: Olha só quem fala.).

A vez de Hermes. Connor ganhou um kit mágico de pegadinhas e travessuras. Travis ganhou um casaco com bolsos internos com espaço ilimitado. Jake ganhou uma bateria que se reduzia a um tambor pequeno, quando ele queria. Jack ganhou um video game de sensor com mais de 1000 jogos, que se transformava também em um jogo portátil ou em um console de controle remoto.

Àquela altura, Raquel e Annie ja tinham chegado. Era a vez de Afrodite, então, contra minha vontade comecei a prestar atenção em como sua voz e tudo nela era bonito.

- Minha vez! – disse com um sorriso animado. Eu estava hipinotizado. Thalia me cutucou. Ouvi minhas irmãs rindo ao meu lado.

- Fecha a boca, Nico. – disse Anabelle – Vai entrar mosca.

Parei de babar. Afrodite tinha dado à Piper uma maleta, que eu achava estar cheia de maquiagem.

- Isso é maquiagem, mãe?

- Sim, querida. – respondeu a deusa. – Claro que não uma simples maquiagem mortal. Argh, aquelas fazem muito mal para a pele! – Ela retocou o batom - Essa maleta contém itens da minha coleção pessoal de maquiagem. Ah, e elas também servem pra alto-defesa, mas isso não é tão importante.

Piper franziu a testa. Tirou um gloss de dentro da maleta, que tinha um estranho botão na tampa. Ela apertou e o gloss rosa virou uma espada da mesma cor.

- Todas isso são armas? – perguntou Piper espantada.

- Sim, sim... – Afodite fez um gesto, dispensando a pergunta. – São produtos de qualidade, que hidratam a pele. E as cores são lindas...  – Afrodite começou um falatório sobre maquiagm e tivemos que esperar ela terminar. Isso me deixou irritado. Eu estava realmente ansioso para ganhar meu presente e fiquei muito feliz quando ela terminou e chegou a vez do meu pai, Hades.

- Vou começar com as garotas. – disse e foi até o corredor. Voltou para a sala com um carrinho parecido com aqueles de aeroporto, com várias coisas em cima. – Uma guitrra e  um amplificador para Anabela. O amplificador fica maior. É só apertar esse botão. – Anabela estava muito pálida.

- Obrigada, Ha... Quer dizer... Pai. – ela obviamente tinha gostado, mas acho que estava mais surpresa com o fato de o pai saber o que ela iria gostar.

- Anabelle, pra você eu dou esse teclado. Ele também se transforma em um piano de calda, quando você quer.

- Piano de calda? Ai, meus deuses! – Por fim, Hades tirou um arco do carrinho, junto com uma aljava de flechas.

- Bianca. – ele deu os itens à minha irmã. – Essa aljava de flechas é mágica. As 5 prateadas sempre voltam pra aljava depois de 1 minuto, após serem atiradas e nunca se perdem. As outras cinco, as douradas, nunca erram o alvo, mesmo que você queira errar. Só use-as em emergências.

- Nossa, pai! Muito obrigada.

- Ótimo. Que bom que gostaram dos presentes. Agora o seu Nico... – Hades me deu um broche, onde havia seu símbolo gravado. – Esse broche é muito valioso. Ele contém vários poderes, alguns você ja tem, porém ele ajuda à não gastar tanta energia.

- E quais são os outros poderes? – Hades deu um meio-sorriso.

- Isso você vai ter que descobrir sozinho, Nico.

Depois disso Zeus declarou encerrada a reunião. Os deuses foram se dispersando lentamente. À medida que isso acontecia, minha ficha ia caindo. A missão acabara. A viagem acabara. No caminho ao helicóptero de Jason, que era muito grande ao ponto de caber todos nós, refleti sobre tudo que havia acontecido na viagem ao Brasil. Eu tinha feito novos amigos, irmãs e tinha até uma namorada. Tinha participado de uma missão, ao mesmo tempo que conhecia um outro país.

         Naquela semana havia acontecido muitas coisas. Aquela semana me marcara muito. Eu sabia que nunca mais seria capaz de esquecê-la. Nem seria capaz de esquecer aquele país tão bonito...

         Brasil.

*********************************************************************

É isso, meus leitores queridos! Quero que mandem reviews falando o que gostaram na fic., no geral. Por favor, quero que avaliem com carinho! Para não ficarem sem nada meu pra ler, aqui vai: JA ESTÁ DESPONÍVEI, O PRÓLOGO DE "INTERNATO MEIO-SANQUE!! O link está nas notas finais. 

Obrigada por tudo. Obrigada por lerem, mandarem suas opiniões e me incentivarem a continuar. Prometo escrever melhor nessa próxima fic., pois aprendi com meus erros e agora espero parecer mais matura na escrita.

Beijos

>Ray


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/331461/Internato_Meio-sangue/