Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 33
Capítulo Trinte e Dois


Notas iniciais do capítulo

Hey, galerinha!
Só pra constar, os reviews eu respondo amanhã. E reviso o capítulo também. :)
Bem, não sei se vocês chegam a escutar as músicas que eu coloco aqui, mas né... Kkkk'.
Bem, a de hoje é "Silent Lucidity" da banda Queensrÿche. Vocês irão querer chorar só de escutar essa música... Ela é tão linda! *-*
Link: http://letras.mus.br/queensryche/32001/traducao.html
Link: http://www.youtube.com/watch?v=jhat-xUQ6dw
Bem, espero que gostem e nos vemos nas notas finais!



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Capítulo Trinta e Dois

Fixei meus olhos no copo de vidro onde eu bebericava meu terceiro copo de Talisker, deixando com que mais um gole da bebida âmbar descesse queimando por minha garganta como se fosse lava fervente.

Irritantemente, ainda sentia sóbria demais e não no estado de semiembriagues em que esperava me encontrar.

Refreei um suspiro pesado que ameaçou escapar por meus lábios cerrados.

– E então foi isso que aconteceu. Acho que desde em que começamos a namorar nada mais foi igual, e isso fez com que eu perdesse meu melhor amigo. Isso foi o que quebrou tudo o que tínhamos, e agora está tudo fragmentado demais para algum de nós conseguir consertar. – Deixei meu olhar vagar pela sala bem decorada, soltando o até então suspiro que prendia, e bebericando novamente meu uísque.

Matthew deu um gole no seu copo, aconchegando-se mais nas almofadas espalhadas ao seu redor e direcionando seu olhar complacente sobre mim. Um sorriso reconfortante brincava em seus lábios.

– Vai ficar tudo bem Lea. Vocês irão se entender – disse-me Matthew de um modo mais compreensivo do que pude um dia imaginar, transparecendo uma sinceridade comovente através de um simples olhar.

Deixei que meus lábios esboçassem um meio sorriso.

Desviei meus olhos para o relógio em minha frente, com o súbito pensamento de que fazia já duas horas que estava sentada no chão da sala de Matthew tomando uísque e relatando entre suspiros e sorrisos melancólicos o que havia acontecido quando encontrei Cameron.

– Eu espero. Realmente espe...

De repente, como o som de trombetas infernais, as notas iniciais de Dirty Angel rasgaram meus ouvidos e consumiram toda a calma que possuía. Definitivamente não queria atender, ao menos não para ter de escutar mais um interminável discurso de Trisha sobre como ela precisava de ajuda para mobilhar o apartamento e eu não estava presente para ajudá-la. Mas algo dentro de mim gritava de forma maçante para eu atender, como se fosse minha última oportunidade.

Hesitante, retirei o telefone do bolso, apertando a tecla verde e preparando-me psicologicamente para uma bronca interminável, porém, que não veio. Mas, mais aterrorizador do que poderia imaginar, ouvi os soluços rascantes de Trisha que cortavam a linha e seguiam diretamente para mim.

O que infernos estava acontecendo?!

– Trsiha? – Perguntei incerta, com medo do que quer que pudesse ser a resposta. - Trisha! – Gritei quando fui recebida pelo silêncio na linha.

Ouvi um soluço descontrolado.

– A Anne... Oh Meu Deus! Me ligaram do hospital... os pais dela... dizendo que ela está tendo uma parada cardíaca... E eu preciso que você venha para o hospital, Lea! Eu preciso... Agora! – A frase foi pronunciada com desespero e entrecortada por soluços.

Por um momento o silêncio ressonou fúnebre apenas em meus ouvidos, com o único som sendo o eco oco de meu coração bombeando sangue. Minha mente havia se desligado por completo, e o copo que até então segurava fortemente em minhas mãos, simplesmente deslizou por meus dedos como se minha força tivesse se extinguido, fazendo com que o uísque derramasse-se ao chão e o vidro se estilhaçasse em milhões de pedaços fragmentados. Mas eu não ligava para isso nesse momento.

Notei que minhas mãos tremiam. E minha respiração saía em lufadas de ar.

– Eu estou indo para aí. Eu estou indo... Fica calma! Eu já chego... – E sem nem pensar no que fazia, deixei meus dedos finalizarem a chamada.

Lentamente, sentia minha mente entrar em colapso.

Com as forças que ainda possuía, forcei minhas pernas à levantarem, enquanto cambaleante ia em direção à porta, tateando cegamente os bolos à procura da chave do carro de Trisha que eu estava dirigindo. Minha garganta estava apertada e quente, e sentia como se pequenos cacos de vidro a pressionam-se. Em meus olhos, lágrimas quentes acumulavam-se.

– Leana! – Matthew gritou, segurando meu cotovelo para que eu parasse de andar. – O que houve? – Ele incitou-me à falar, com os olhos transbordando uma preocupação comovente.

– A Anne... Ela... ela... Eu preciso ir para o hospital. Agora... – Mais lágrimas rolaram, embaçando minha visão.

Rapidamente, vi Matthew correr até seu casaco, retirando de lá a chave de seu carro e voltando correndo em minha direção.

Então, tudo pareceu ocorrer rápido demais. O carro deslizando sobre a rua úmida de uma garoa que começara à pouco, o carro sendo deixado despreocupadamente no estacionamento no hospital, a minhas pernas correndo instintivamente até não terem mais força enquanto ignorava decididamente os protestos das enfermeiras no momento em que invadi o hospital...

Meus pulmões pareciam que iriam explodir à qualquer segundo, mas não me dei ao luxo de parar um minuto sequer para perguntar onde poderia ser o quarto de Anne. Confusa, eu corri por todas as alas conhecidas do hospital, até finalmente encontrar um aglomerado de pessoas com jaleco branco que suspeitava ser os médicos que a tratavam.

A entrada frenética na sala em que o corpo de minha amiga residia deixou-me instantaneamente tonta, imaginando o que quer que fosse o motivo, não poderia ser boa coisa o aglomerado de médicos. Mas tão logo meus olhos pararam realmente em Anne... e ali meu mundo perdeu o som.

Sua pele lívida lhe dava um toque cadavérico, principalmente por causa de suas bochechas descoradas e os lábios rachados; o seu longo cabelo castanho escuro que antes dava inveja agora parecia quebradiço e sem vida... E os olhos fechados era o mais aterrorizador.

Minhas pernas pararam antes que eu pudesse obrigá-las, e tudo o que consegui fazer foi olhar estática para a cena que se apresentava em minha frente.

Com um aperto crescente no peito, vi os médicos tentarem ressuscitá-la.

Minha visão foi borrada pelas lágrimas que eu tentava impedir que viessem.

Então um longo e lamurioso som caiu em meus ouvidos, ecoando em mau agouro enquanto o ar simplesmente sumia e a respiração travava em meus pulmões congelados. Sem força, deixei que minhas pernas cedessem e os soluços invadissem minha garganta sem pedir permissão. Matthew conseguiu me segurar antes que eu caísse, mas as palavras seguintes que se sucederam... essas jamais sairão de minha mente. E de meus pesadelos.

– Hora da morte: dezenove horas e trinta e sete minutos.



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Notas finais do capítulo

Então...? Mereço reviews? Expressem-se nos reviews, galera! Kkk'.
Bem, faltam apenas mais dois ou três capítulos. E eu quero saber de vocês: o que acham de um POV da Meredith?
Não se esqueçam de responder isso!
Bem, pra quem quiser ver, vou deixar aqui o link de um conto que acabei de postar:
Link:http://fanfiction.com.br/historia/304612/Meu_Monstro_De_Estimacao
Sim, é terror. =D Kkkk'.
Bem, nos vemos no próximo capítulo.



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