Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Cinco


Notas iniciais do capítulo

Genteeee, desculpa a demora, mas não deu tempo pra fazer nada a não ser estudar nas últimas semanas, e o pior, ainda tenho provas semana que vem.
Beeeeemmmm, de qualquer modo, capítulo curto e chocante, que garanto que vocês não esperavam isso no final. Então por favor, não me matem!
Espero que gostem. :)



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Capítulo Vinte e Cinco

Delicadamente, bati com o punho cerrado contra a porta, esperando alguns segundos entediantes enquanto minha cabeça explodia lentamente. A porta foi aberta, revelando um Matthew sonolento, vestido com jeans e uma blusa preta surrada de mangas curtas, esfregando os olhos surpresos.

– Leana? – Ele perguntou confuso.

– Yep. Vim te entregar a pesquisa sobre arte medieval. – Sorri condescendente, estendendo-lhe a pasta negra que segurava, que prontamente foi parar nas mãos de Matthew.

– A pesquisa é só par o final da semana. – Ele apertou os olhos.

– Eu sei, mas é que eu estou indo viajar daqui à algumas horas e só volto semana que vem. – Soltei uma risadinha contida, lembrando-me que quase fora obrigada à ir em tal viajem. – Sabe, diversão com as amigas... – Fiz uma expressão de animação simulada, que tão logo arrancou uma risada do rapaz em minha frente. – Bem, já justifiquei minhas próximas faltas, mas a secretária da faculdade me disse que deveria entregar os trabalhos pendentes.

Minha cabeça latejou, e imediatamente amaldiçoei a mim mesma por não ter tomado uma aspirina.

– Vai ir para onde? – Ele indagou com um meio sorriso divertido.

– Las Vegas. Sabe, cassinos, gente bêbada, casamento entre pessoas bêbadas... – Soltei uma risadinha.

Matthew me olhou surpreso, porém quando abriu a boca para falar o que eu imaginava que seria o mais longo discurso sobre “não fazer nada que me arrependesse depois”, cortei-o, rindo de sua expressão quase apavorada.

– A ideia não foi minha, okay? Eu nem queria ir, mas fui obrigada pelas minhas amigas. E não se preocupe, não pretendo fazer nada que não deva. Só vou me divertir um pouco descente e conscientemente. – Ri sozinha, porém logo fui interrompida com mais lampejo de dor que atravessou meus pensamentos.

Matthew sorriu sem graça, porém vi uma luz se incendiar em seus olhos.

– Bem, eu devo estar te atrapalhando. Então, já estou indo. Tenho que arrumar minhas malas, e você têm que ir dar aula. Nos vemos na segunda. – Sorri, recebendo um abraço apertado de Matthew antes de conseguir ir em direção às escadas do prédio onde esse morava.

– Tome cuidado – ele disse, pouco antes de eu descer o primeiro degrau.

– Sempre. – Sorri.

...~{[...]}~...

– Peixinho Gordinho, tem certeza que você não quer ir junto? – Perguntei pela quinta vez em menos de trinta segundos, com ar de riso, enquanto jogava algumas peças de roupas, que nem me preocupava em saber quais eram, na mala.

Lucy revirou os olhos.

– Tenho sim. Tenho uma prova que vale um meio da nota final, amanhã, e não posso adiar. E o Thomaz me chama de Panda Fofinho. – Ela me mandou um olhar irritado.

Sem conter a risada que explodiu em minha garganta, Lucy me olhou ainda mais irritada.

– Mas desejo boa sorte pra você, porque eu sei que isso é apenas mais uma forma de fugir de Cameron. – Ela sorriu perspicaz. – Você se demitiu do Romaine, não vai os lugares que ele frequenta, agora vai ir viajar...

Sentei na cama, suspirando derrotada.

– Primeiro: eu me demiti oportunamente do Romaine porque àquela artista me ofereceu um emprego; segundo: fui obrigada a viajar por àquelas duas garotas que você conheceu ontem...

– Anne e Trisha?

Sorri.

– Essas mesmo. E terceiro: sim, talvez eu esteja realmente fugindo dele por enquanto. – Suspirei pesadamente. - Cameron está ainda muito irritado comigo, mas por enquanto pretendo simplesmente deixar as coisas se aquietarem um pouco, mas quando eu voltar... Nem que eu tenha que filmar um pedido de desculpas agarrada a chama da Estátua da Liberdade pintada completamente de dourado, Cameron e eu vamos voltar. Já passei por muita coisa para simplesmente deixá-lo escapar por entre meus dedos sem lutar. Sei que errei, sei que estou sendo orgulhosa e... Eu o amo. – Suspirei pesadamente, jogando-me na cama e cobrindo minha cabeça com um travesseiro.

Lucy riu.

– Que lindo! É assim mesmo que têm que se pensar! – Pude senti-la sorrindo. – E só não vou continuar aqui falando contigo porque já estou atrasada para a aula. Boa sorte amiga, em tudo. – E sem mais aviso, somente ouvi a porta batendo.

Voltei à arrumar minhas malas, sem me importar realmente com o que colocava dentro, e quando dei por mim, uma hora mais tarde, com a mala pronta e tudo o que eu precisaria já devidamente guardado, me encontrava beirando o puro tédio enquanto esperava Trisha e Anne aparecerem.

...~{[...]}~...

– Vamos gente, não temos o tempo todo. E ainda temos mais doze horas de viajem até Las Vegas, baby – gritou Trisha animada, rebolando os quadris enquanto esperava impacientemente eu guardar minha mala.

– Só para constar, vocês que demoraram - disse, ajeitando-me no banco de trás do carro enquanto as duas se jogavam em seus respectivos bancos.

– Que seja! – Disse Trisha, dispensando a informação com um aceno de mãos.

Soltei uma risadinha.

Anne ligou o carro, dirigindo lentamente em direção à auto-estrada.

– Preparadas para as melhores férias das vidas de vocês? – Anne perguntou sorrindo largo, algo que imediatamente me fez sorrir também.

Então, naquele momento, eu vi que jamais acharia amigas como àquelas.

Horas mais tarde, o céu já havia tomado tons de azul meia-noite, e em pouco tempo chegaríamos no nosso destino: a tão aclamada Las Vegas.

Espreguicei-me no banco traseiro do carro, escutando as minhas costas estalarem e meu pescoço começar à doer devido ao tempo demasiado em uma mesma posição. Olhei para os bancos da frente, vendo Trisha lixando as unhas enquanto cantava desafinadamente November Rain, rindo de seus desvios da letra original; e Anne, dirigindo concentrada enquanto cantarolava a mesma música que a amiga.

Ri sozinha.

– Vocês são péssimas cantoras, sabiam? – Indaguei divertida, ainda com a voz embriagada de sono.

As duas instantaneamente botaram a língua para mim, rindo e me xingando enquanto diziam o quanto eram cantoras maravilhosas.

Eu ria, acompanhando tudo sem entender uma única palavra.

Revirei os olhos logo em seguida, olhando para a frente à tempo de ver uma forte luz invadir meu campo de visão, cegando-me de modo súbito, tanto que tive de rapidamente fechar meus olhos. Então uma buzina ressoou, gritos de desespero em meio à uma cacofonia infernal que fez meus ouvidos sangrarem. Em um átimo de segundo abri meus olhos, vendo os faróis de outro carro chocarem-se contra com a carroceria do automóvel que estava, e em uma pancada bruta, senti meu próprio corpo se deslocar para a frente, chocando-se contra algo duro.

Em uma canção de ninar composta por gritos assombrados, senti a minha consciência esvair-se.



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Notas finais do capítulo

CRÉDITO TOTAL aos apelidos ÓTIMOS da Lucy (Peixinho Gordinho e Panda Fofinho) à Oompa Loompa, que os criou. Eu amei eles!! Kkkkkk'.
Mas bem, mereço reviews? Ou vocês querem minha cabeça sobre suas lareiras depois desse final? Expressem isso nos reviews!! E o que acham que vai acontecer...
Bem, o próximo capítulo deve sair lá por quinta-feira, meu dia favorito da semana a partir da semana passada! :D Kkkk'.
Bem, nos vemos nos reviews!! :)