Throw Away escrita por Amis


Capítulo 25
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a nova recomendação que me deram. obraigada linda.
E me desculpem pela demora, estava ocupada demais com a escola.



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Minha casa era bonita. Quando minha mãe ficou gravida de mim, eles perceberam que não tinham como morar mais no chalé das conchas e construíram uma casa enorme de veraneio ao lado da antiga. Por este motivo, nossa casa de veraneio era grande e bem aconchegante, com vários quartos para hospedes, uma vista linda para o mar, uma sala de estar enorme e uma cozinha decente, como minha mãe sempre desejou.

Meu quarto era grande e espaçoso, com uma cama de casal azul no centro, um armário branco e delicado em uma das paredes, uma escrivaninha grande na oposta e um teto enfeitiçado para eu ver o céu límpido e azul todas as manhãs. Toda a decoração era delicada e eu a adorava, então sempre quando estava em casa, eu me sentia bem.

Mas mesmo com aquela casa decorada e muito confortável, nada se comparava ao quarto no qual eu me encontrava.

Ele era todo creme, com alguns detalhes de madeira escura nos moveis e as cortinas verde pastel. Tudo era amplo, bem organizado e claro, não lembrando nem um pouco as masmorras da Sonserina ou o quarto verde mato, prata e de madeira branca que minha irmã tinha.

Olhei ao redor, procurando Scorpius e suspirei, percebendo que ele não estava no quarto.

O que eu tinha pensado que poderia fazer? Entrar em uma mansão enorme e milenária, encontrar o Scorpius facilmente e ser bem vinda. Eu era uma Weasley no meio dos Malfoy. Em que mundo isso daria certo?

Girei meu corpo para voltar pela lareira – provavelmente passaria o resto da noite na casa da minha tia, Gabrielle – mas a maçaneta fez um click estranho e se abriu.

Ferrou-se.

-Scorpius, seu pai... – uma mulher morena e bem vestida entrou no quarto e percebendo que havia uma garota ruiva no meio do quarto do seu filho, parou e me observou. Automaticamente meu corpo gelou e esperei que uma gritaria começasse, mas a morena sorriu e se aproximou de mim.

-Ah, o Scorpius te chamou para passar o natal aqui também, querida? – disse carinhosa, sorrindo para mim.

Assenti mais aliviada.

-Eu sou a Dominique Delacour Weasley, senhora Malfoy. – me apresentei, tentando soar simpática.

A senhora Malfoy sorriu e me deu um beijo na bochecha, me puxando pelo braço delicadamente.

-Soube quase que no mesmo momento que você era a filha mais nova da Fleur. Você tem a mesma fisionomia dela... – disse animada, saindo no quarto comigo quase grudada ao seu lado. – Scorpius deve ter me dito em algum momento que você viria, mas eu me esqueci de liberar a lareira da sala principal. Já pensou se eu não tivesse lhe encontrado, como você iria encontrar o salão principal? – me perguntou mostrando seus belos olhos mel se iluminando por causa do seu sorriso feliz.

Sorri em resposta, mais relaxada com sua animação.

-Talvez ficaria perdida pelos corredores da mansão, senhora Malfot. – comentei calma.

Ela riu delicadamente.

-Ah querida, me chame de Astória. Me sinto tão velha quando vocês jovens me chamam de senhora... – comentou, virando por mais alguns corredores.

Céus, eu achava a mansão da tia Gabrielle, minha casa de 20 quartos e a mansão dos Delacour grande, mas a mansão Malfoy era o triplo da nossa. Eu jamais saberia andar sozinha por aqui.

-E de que casa você é, Dominique? – ela me perguntou descendo um par de escadas.

Suspirei. Se ela tinha gostado de mim, deixaria no momento em que eu dissesse qual era minha casa de Hogwarts. Obrigada, Merlin.

-Lufa-Lufa. – respondi baixinho.

Astória abriu um sorriso e me olhou docemente.

-Minha melhor amiga fora da Lufa-lufa, querida. – ela me respondeu. – E eu sempre achei a casa mais digna de Hogwarts, para falar a verdade. – continuou doce. – E eu percebi que você tem vergonha de dizer da sua casa, querida... Por que?

Baixei meu olhar.

-Minha casa nunca foi bem falada ou vista. – respondi.

Astória riu.

-Na verdade, ela só nunca foi bem vista porque os outros não percebem o valor do amor e da lealdade, querida. Se não fosse por estes dois motivos, seu tio Potter não estaria vivo e ainda estaríamos mergulhados na idade das Trevas. Se todos fossem leais e amorosos, não existiria nem guerras, nem traições e preconceitos... A ambição criou o capitalismo, a coragem transformou a Inglaterra em uma potencia, a inteligência trouxe a razão e o conhecimento. Mas olhe para o mundo e perceba que algo falta, meu anjo, e o que falta é o amor e a lealdade. Se todos fossem lufanos, talvez o mundo bruxo estaria menos evoluído intelectualmente, mas não teríamos passado por tantos problemas. Quando houver uma pessoa que mostre realmente a importância disso, a Lufa-Lufa será a maior das casas. E não pelos seus feitos nas guerras ou nas conquistas do mundo. Mas pelo seu coração.

Olhei para ela boquiaberta.

-Não sabia que a senhora pensava desse jeito. – comentei sentindo um sorriso brotar nos meus lábios.

Ela sorriu de volta.

-Você acha que só porque eu nasci Sonserina, não vejo o lado bom das coisas? – perguntou retoricamente. – Sempre fui uma Sonserina da pá virada, meu anjo, acredite que se conviver mais comigo, ficará de boca aberta mais vezes que o normal

Sorri.

-Entendi porque minha mãe gosta da senhora. – respondi.

Ela assentiu.

-Eu também gosto muito dela e da sua tia. – disse, finalmente chegando a uma enorme sala de estar, com luxuosos moveis escuros, um lustre de cristal no centro, um piano e algumas pessoas conversando animadamente. – Scorpius, olhe quem chegou? – ela disse docemente, chamando seu filho.

Scorpius levantou o olhar e sorriu para mim, se levantando e vindo para minha direção.

-Você veio... Aconteceu alguma coisa lá? – me perguntou mais baixo.

Assenti levemente.

-Depois lhe conto, Scorpius. – disse sorrindo e lhe abraçando apertado.

Senti o olhar dos adultos sobre minha costas e o soltei lentamente. Scorpius, rindo, me pegou pela mão e me levou até o centro da sala, onde vi Fernand Nott, uma garota loira de olhos verdes que eu não conhecia, um garoto de olhos azuis e cabelos pretos que eu desconhecia também e um mais novo, que tinha cabelos loiros e olhos verdes.

-Pessoal, essa é Dominique Delacour Weasley. – ele disse calmamente. – Domi, essa é a Lívia Parkison Vich. – disse, apontando para a garota loira de olhos verdes. – Lucca Zabine; - continuou apontando para o moreno. – E meu primo por parte de mãe, Pierre Adamastor. – completou.

Lívia sorriu e se levantou, se aproximando de mim.

-É um prazer conhece-la, Dominique. – disse me dando um beijo na maça do rosto. – Eu estudo em Beuxbatons, por isso você não me conhece. – explicou, rindo.

Assenti.

Lucca se levantou também e sorriu.

-Scorpius falou muito de você, senhorita. Estudo em Salém, mas você já deve ter escutado sobre meu pai, certo? – disse com um sorriso sarcástico nos lábios.

Sorri um pouco sem graça.

-Só um pouquinho. – afirmei baixo.

Eles deram risada e o primo de Scorpius se levantou, beijando minha mão delicadamente. Entrando na brincadeira, fiz uma reverencia, como minha tia Gabrielle havia me ensinado, e sorri.

-E eu estudo em Beuxbatons também. – disse sorrindo.

-É um prazer conhecer todos vocês. – respondi e me sentei ao lado de Scorpius no sofá.

Os cinco voltaram a conversar sobre quadribol e surpresa por todos lá jogarem e serem bons, acabei entrando na discussão animada, já começando a me encaixar facilmente. Já estávamos quase se matando para convencer Lucca de que a Bulgária acabaria ganhando a próxima copa, quando o pai do Scorpius se aproximou do nosso grupo e pigarreou.

-Crianças, já são três horas da manhã... Hora de dormir. – disse calmo.

Scorpius gemeu e Lucca fez uma careta.

-Ah não, padrinho, só mais alguns minutos. – Lucca pediu pidão.

Draco revirou os olhos.

-Não caio nessa, Lucca, só seu pai que é um frouxo. – disse divertido.

Blaise Zabinne gritou um xingamento para o amigo, mas Draco ignorou e voltou seu olhar para nós.

-Vamos logo, crianças. Se eu voltar para a sala e encontrar vocês aqui, todos estão de castigo. Incluindo a ruivinha ai... – disse divertido e voltando para a roda de adultos.

Arregalei os olhos e olhei para Scorpius.

-Ele faria isso? – perguntei desconfiada.

Pierre assentiu.

-Você não faz ideia. – disse divertido.

Ri junto e senti uma mão delicada sobre meu ombro. Devagar, eu me virei e encontrei o rosto sereno de Astória me fitando.

-Já preparei seu quarto, querida. – disse calma. – E os elfos já colocaram sua roupa lá. – completou.

Assenti e agradeci. Quando ela saiu de perto de nós, Scorpius suspirou.

-Tudo bem, eu te levo até lá. Vamos dormir antes que alguém nos coloque de castigo. – ele disse calmo.

O pessoal começou a subir as escadas e eu assiti eles passarem, enquanto Scorpius recolhia alguns papeis de cima da mesinha do centro.

-Amanhã faremos o que? – perguntei baixo.

Ele sorriu e percebendo que não tinha mais ninguém na sala, me deu um beijo demorado.

-Vamos jogar quadribol. Se quiser, pode jogar conosco. – disse.

Eu sorri.

-Claro.

Scorpius me conduziu até meu quarto, e me dando outro beijo gostoso, me desejou boa noite.

Com um sorriso bobo, me joguei na cama fofinha e suspirei.

Nunca imaginei que seria bem vinda na mansão Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Bem, quem nao amou a Astoria? Eu achei ela maravilhosa...
RSRSR E quem gostou dos amigos dele? Melhoraram muito em relação aos pais, certo? RSRS
Reviews por favor.
XOXO