Throw Away escrita por Amis
Notas iniciais do capítulo
Bom, obrigada pela recomendação da aninha061. Graças a vc, eu estou postando o capítulo.
RSRS
Deixem reviews.
Eu estava em um estado de torpor. Pelo canto do olho podia ver Scorpius tentando explicar algo á diretora, enquanto lançava olhares preocupados em minha direção. Eu sentia os olhos dos antigos diretores me queimarem curiosos, todos retratados em quadros mágicos. Podia perceber que o lábio da diretora se encontrava franzido, enquanto tentava falar comigo. Mas eu não conseguia escutá-la. Seus lábios se mexiam diante dos meus olhos, mas eu não conseguia captar o som da sua voz. Eu me sentia um rádio que não entrava na sintonia certa.
Por dentro eu funcionava como um caos. Minha cabeça estava explodindo, meu estomago se revirava e eu sentia o bile subindo e descendo pela minha garganta. Meus olhos ardiam, mas eu não conseguia chorar e eu não conseguia encontrar minha voz.
Eu já tinha perdido completamente a noção do tempo, quando uma enfermeira se aproximou de mim, murmurou algo que eu não escutei e aplicou uma poção em minha veia com uma seringa pequena.
O liquido passou por cada poro do meu braço queimando e aos poucos, comecei a sentir meu coração acelerando. Logo, eu comecei a sentir uma descarga de adrenalina desenfreada correr pelas minhas veias e os meus sentidos se aguçarem. Como mágica, que é o que poções fazem, eu comecei a escutar as vozes da diretora e do Scorpius, colocando o caos do meu corpo em uma harmonia acelerada.
-O que foi aquilo que aplicaram nela? – escutei Scorpius questionar.
A diretora Minerva suspirou.
-Uma poção de adrenalina. Algumas pessoas entram em estado de choque em certas situações e como precisamos dela em sã consciência, tomei a liberdade de pedir uma poção dessas. Logo ela estará voltando ao normal. – finalizou, lançando um olhar preocupado me minha direção.
Ele assentiu e continuou me observando. Eu sabia que era maldade com ele não avisar que estava bem, mas eu estava precisando de um tempo para me recolocar nos eixos.
Já estava prestes a avisar que estava bem, quando a lareira fez um barulho estranho e um homem de terno preto, cabelos platinados e olhos tempestuosos saiu de lá, tirando as cinzas da roupa e sorrindo friamente para a diretora.
-Senhorita Mcgonagol, a que devo a honra? – perguntou cordial, cumprimentando a mais velha com um aceno.
Minerva franziu os lábios, mas com um simples gesto, apontou para Scorpius.
Draco Malfoy olhou para o filho com seriedade e com alguns passos largos, se aproximou dele e consequentemente de mim.
-Não me diga que andou aprontando outra, Scorpius, Sua mãe não vai te salvar desta, já estou avisando. – disse sério, se sentando ao lado do filho. – O que você fez? – perguntou direto.
Scorpius suspirou.
-Desta vez nada, só te chamaram porque estou envolvido em um caso sério e você, como meu responsável, está aqui para garantir que os adultos corrompam minhas palavras ou me obriguem a falar algo contra minha vontade. É a lei. – disse frio, lançando um sorriso sarcástico logo em seguida.
O Sr. Malfoy revirou os olhos e notando minha presença, me fitou rapidamente.
-A versão ruiva de Fleur Delacour... Dominique Weasley, acertei? – me perguntou simpático, me lançando um sorriso divertido.
Assenti calmamente. Não sabia que o pai de Scorpius conhecia minha mãe tão bem para reconhecer a filha dela.
Scorpius abriu a boca para fazer algum comentário, mas a lareira fez outro barulho bizarro e meu tio saiu da lareira, desesperado e confuso.
-O que aconteceu, diretora Mcgonagol? Falaram que minha filha estava na enfermaria, mas não me deram mais nenhuma informação... – Tio Ron disse esbaforido, fazendo a cor da sua pele se confundir com a dos seus cabelos. Então seu olhar se recaiu nos dois Malfoy ao meu lado e seus olhos queimaram. – Mas é claro que tinha que ter um Malfoy no meio. O que você fez, filhote de doninha? – ele perguntou, pegando a varinha e apontando para os dois.
No mesmo momento o Sr. Malfoy se levantou e postou-se entre o ruivo e seu filho, erguendo sua varinha ameaçadoramente.
A diretora arfou surpresa com a reação dos dois e se levantou bruscamente de sua poltrona.
-Abaixem os dois as varinhas, ou eu vou ser obrigada a expulsá-los daqui. – ela disse de forma severa, e percebendo que a senhora não brincava, os dois abaixaram.
Meu tio franziu o cenho e respirou fundo.
-Deveria não ter deixado o Harry te salvar naquele dia... – ele comentou venenoso e eu me surpreendi. Nunca tinha visto alguém da minha família ser tão venenoso ou rancoroso daquela forma.
Por impulso, eu me levantei e me coloquei no campo de visão do meu tio. Em segundos, a expressão assassina dele se suavizou e com alguns passos largos, ele se aproximou de mim.
-Dominique, você está bem? O que aconteceu com a Rose? Ou melhor, o que o Malfoy fez com minha rosa? – ele perguntou tentando soar calmo.
Eu respirei fundo e olhei para Scorpius antes de olhar para meu tio.
-Tio, o Scorpius ajudou a Rose. Ele a carregou até a enfermaria...
-O que? – ele perguntou confuso. – O que aconteceu?
A diretora colocou uma mão no ombro do meu tio.
-A senhorita Weasley só vai poder falar algo quando algum responsável por ela chegar. É a lei que o senhor e seu amigo ajudaram a implantar...
Meu tio voltou a ficar vermelho.
-Mas que absurdo! EU SOU O TIO DELA, SOU RESPONSAVEL POR ELA TAMBÉM! – ele berrou e sua expressão assassina me fez recuar. Tio Ron sempre me assustou com aqueles ataques. Parecia que nada podia controla-lo.
-Weasley, você está assustando a sua sobrinha. Não sei se você é muito responsável por ela. – o senhor Malfoy disse sério.
Meu tio o ignorou e se virou em minha direção.
-O que aconteceu, Dominique? O QUE ACONTECEU COM MINHA FILHA? – ele gritou se aproximando outra vez de mim e por instinto, me encolhi. A diretora não poderia ter chamado o tio Harry, não? Ele sabia se controlar pelo menos.
-Senhor Weasley...
-Oras, tio Ron, ouse encostar um dedo na minha irmã e eu vou meter um lindo processo nas suas costas. – escutei a voz da Victorie atrás de toda essa confusão e suspirei aliviada. Minha irmã, depois de ter tido a Margot, decidiu que sua vida não podia se resumir a vida domiciliar e virou advogada do mundo bruxo. Ela se deu tão bem neste cargo, que com menos de trinta anos é a juiz principal do ministério francês e muitos estrangeiros a procuram para resolver casos sérios.
Até Merlin respeitava ela.
A figura loira e alta passou pelo meu tio e me abraçou forte, me transmitindo segurança.
-Boa noite a todos. – ela disse me largando, mas ficando ao meu lado. – Recebi a mensagem no lugar da minha mãe, a fofinha está na sua sétima lua de mel... Perdi alguma coisa? – ela perguntou com bom humor, usando seu usual sarcasmo.
Meu tio franziu o cenho.
-Não é hora para jogarmos seus joguinhos de sarcasmo, Victorie. Eu quero saber o que aconteceu com minha FILHA!
Minha irmã suspirou.
-Eu juro tio, que se você gritar mais uma vez, eu vou acabar com sua cara de uma maneira bem informal para nossos padrões. – ela disse mais séria, encarando meu tio com aqueles olhos azuis impenetráveis.
Meu tio abriu a boca para falar, mas Vick foi mais rápida.
-Dominique, diga-nos o que você sabe? – ela pediu docemente, passando a mão pelos meus cabelos ruivos.
Respirei fundo.
-Não posso contar... Eu prometi que não ia dizer nada. – disse firme, olhando nos olhos da minha irmã.
Ela me conhecia bem o suficiente para entender o que meu olhar significava. Eu sabia o que tinha acontecido, pelo menos parte, mas eu não contaria. Eu era leal as minhas promessas e as pessoas a quem eu fazia elas.
Meu tio rosnou de raiva.
-Você vai contar, nem que eu tenha que entrar em sua mente para isso.
-Nem pense em fazer isso, Ronald! Minha irmã está sob minha tutela e eu não sou nenhuma idiota para deixar que você faça isso sem o consentimento dela.
-EU QUERO SABER O QUE ACONTECEU COM MINHA FILHA! ELA ESTÁ EM UMA CAMA DA ENFERMARIA, DESACORDADA POR CAUSA DE UMA HEMORRAGIA E VOCÊ QUER O CONSETIMENTO DESSA GAROTINHA? O QUE TEM DE ERRADO COM VOCÊS?
Hemorragia? Ai meu Deus, eu já sabia exatamente o que tinha acontecido.
Rapidamente, a voz dela veio a minha mente.
“Eu vou dar um jeito nisso. Eu já li sobre algumas poções e eu acho que posso fazer uma que...”
“Mas me perdoe, Domi... Eu engravidei, mas eu vou abortar e...”
As peças se encaixaram em segundos. Ela fez a poção para abortar e deu algo errado. Ela teve uma hemorragia em função disso e quase morreu.
Pelo canto do olho, vi minha irmã tirando a varinha do bolso e apontando para meu tio.
-Eu não estou brincando, tio!
-VICTORIE...
-Tem uma pessoa que pode explicar tudo melhor que eu. – disse em um tom mais alto, fazendo todos prestarem a atenção em mim.
A diretora se aproximou de mim e me olhou severa.
-E quem seria, senhorita Weasley?
Eu suspirei.
-É melhor chamarem os pais do Erik, diretora. – disse sombria.
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Leal até depois da traição. RSRS
Bem, deixem reviews, pessoal, por favor.
XOXO