Throw Away escrita por Amis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, eu só posto mais se tiver reviews.
Enjoy it.



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Eu, desde que me conheço por gente, fui a menina relativamente esquecida. Nunca tive tantos atrativos como minha irmã Victorie, e nunca fui tão carismática quanto meu irmão mais novo, Louis.

Eu era simplesmente mais uma ruiva na família, com um sangue veela que não me ajudava em nada, e uma personalidade inútil.

Devia ser por isso que eu tinha caído na Lufa-Lufa. Nunca fora corajosa, sempre pedia para os outros se arriscarem por mim. A minha única ambição na vida só foi aparecer quando eu já tinha passado pela seleção de casas, então, a Sonserina não servia para mim. A pior parte era que eu não poderia justificar a minha desprovida inteligência com a cor do meu cabelo, eu não era loira como minha irmã, então, certamente a Corvinal não servia também.

E não posso dizer que não foi um choque quando entrei naquela casa. Victorie tinha ido para a Sonserina. Albus e Rose para a Grifinória, e bem, o resto da família que já havia passado por aquilo, também.

E não era como se eu fosse um destaque naquilo. Ser justa e boa não era merecimento de destaque.  Então, desde que eu entrei em Hogwarts, eu comecei a odiar os encontros em família n´Toca.

E não seria muito diferente naquele natal do meu terceiro ano, onde tudo realmente começou.

Eu estava chateada pois estava acima do peso já há algum tempo e não conseguia emagrecer, mesmo tentando. Por este motivo, enquanto todos estavam comendo, eu estava fingindo que estava, empurrando os pedaços de frango de um lado para o outro do prato. Victorie e Teddy estavam conversando sobre o sexo do bebê que ela esperava dele, enquanto vovó Molly e minha mãe falavam sobre coisas de avó. Na verdade eu estava agradecendo a Merlin por não ter que escutar novamente a conversa de sempre, quando tio Rony falou:

-Então James, como estão as coisas no time da Grifinória? – ele perguntou e ao mesmo tempo eu gemi.

Jogar quadribol na família era um pré-requisito, assim como ser ruivo. Obviamente, a acima do peso Dominique não fazia isso.

Os olhos marotos de James começaram a brilhar e todos os alunos naquela mesa pararam de comer para começar a mesma conversa de sempre.

-Ótimos. Desta vez vamos massacrar a Sonserina e ganhar a taça. – disse e Albus assentiu, sorrindo.

Lily, ao lado deles, bufou raivosamente.

-Se depender de mim, James, quem vai ganhar a taça vai ser a Sonserina! – ela disse séria.

Tio Harry e Ron tiveram uma crise de tosse, enquanto Tia Gina ria. Lily estava no seu primeiro ano de Hogwarts, mas diferente dos irmãos, estava na Sonserina e tinha um talento nato para ser apanhadora, conseguindo logo de cara um lugar no time de sua casa.

James bufou.

-Alvo não vai deixar você pegar o pomo, Lily. – disse irritado também.

-Sim, temo dois Potter no time: eu como apanhador, e James como artilheiro. Fora o Fred como goleiro, então, não tem como a Sonserina ganhar.

Lily riu e cruzou seus braços.

-Veremos. – disse em tom desafiador.

Rose revirou os olhos ao meu lado e suspirou.

-Se vocês gastassem menos tempo discutindo e treinando, para estudar, não teria que ajudar vocês no final do ano. – disse com o nariz empinado.

Tia Mione riu.

-Sim querida, coloque um pouco de juízo na cabeça deles. Falando em estudos, como vai suas notas?

Suspirei dessa vez. Depois de Rose dizer o quão bem fora, tio Rony iria perguntar sobre o Xadrez para o filho, alguém ia tocar no assunto de taça das casas e eu ficaria em silencio como sempre.

Mas então algo diferente do programado aconteceu.

Enquanto Hugo dizia que estava preparado para o campeonato de xadrez bruxo que teria na escola e que ganharia logo em seu primeiro ano, e que meu irmão, Louis iria ajuda-lo com isso, alguém tocou no assunto da competição de quadribol novamente. O único problema foi, não me deixaram em silêncio como sempre.

-Pois eu prefiro perder para aquele bando de perdedores da Lufa-Lufa que perder para a Sonserina! – James gritou apontando o garfo para a irmã.

Meu frango parou no meio do prato e eu, lentamente, levantei os olhos para meu primo. Eu sabia que éramos considerados perdedores, mas não precisava jogar na minha cara isso, logo no jantar de natal! Eu poderia me chamar de perdedora, mais ninguém!

Meus olhos encheram de lágrimas e antes que eu mostrasse que iria chorar, me levantei  da cadeira.

-J’ai... Pardon. – eu disse me esquecendo de não estar na frança, e correndo para dentro d’Toca.

Escutei tia Gina ralhando com o filho, mas eu não consegui sentir em prazer em ouvir que ele estava de castigo. Rapidamente, em me escondi atrás do sofá e abracei meus joelhos, odiando a sensação de estar gorda naquele vestido ridículo que eu usava.

Ouvi passos atrás de mim e já imaginando que era James, peguei minha varinha rapidamente.

-Vou te mostrar com quantas azarações se faz um perdedor, James! – berrei me levantando e dando de cara com tio Harry.

-Calma, Dominique, eu só quero conversar. – ele disse com as mãos para cima, em sinal de paz.

Automaticamente relaxei meu braço e abaixei a varinha. Seria loucura tentar lutar com um auror experiente.

Tio Harry, percebendo que eu não ia mais azará-lo, se aproximou de mim e se sentou no chão, onde eu estava antes.

-Se veio pedir desculpas pelo seu filho, diga a ele que se ele vier me dirigir uma palavra, eu vou para Azkaban de bom grado, mas eu o mato! – disse com meus olhos lagrimejando novamente.

Tio Harry riu e fez sinal para que eu sentasse ao seu lado. Relutante, eu sentei.

-Olha Dominique, eu sei que não é fácil ser diferente na família, mas você tem que saber que é especial e...

-É fácil falar para quem foi da Grifinória, salvou o mundo e tem os filhos nas maiores casas que já existiu. – disse o cortando.

Ele suspirou.

-Dominique, a Lufa-Lufa não uma casa perdedora, ela só não teve ainda uma pessoa que a tornasse tão glamorosa, ou temida, quanto as outras. – ele me disse calmamente, me fitando com aquele olhos verdes irritantes. – Talvez você possa torna-la uma casa famosa... – ele disse sorrindo.

Meus olhos brilharam. E não é que o tio Harry tinha me dado uma boa ideia? Não havia possibilidades de eu mudar de casa, mas havia muitas chances de eu tornar a minha casa respeitada.

Sorrindo, eu abracei meu tio e saltitante, voltei para o jantar.  Mau sabia ele, que havia me influenciado a fazer as maiores besteiras da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, reviews...
XOXO