Black Wings escrita por RyuzakiChan
- Mãe, cheguei.
- Não acredito que você veio nessa chuva. Vai acabar pegando um resfriado, Bianca.
- Calma dona Carol. Eu to bem.
- Sobe agora e troca essa roupa. Vou fazer uns sanduiches pra gente.
Bianca tomou um banho quente e colocou sou pijama. O uniforme estava totalmente molhado, teve de esticá-lo na banheira. Devorou os sanduiches como se não comesse há dias. Depois foi pro quarto para fazer a lição, mas quando entrou tinha um homem lá. Correu para sua mãe que foi com um taco de golfe ver o tal cara.
- Zacky! – Ela disse abaixando o taco. – Bi, pode entrar.
- Desculpe, Carol, eu não queria assustá-las.
- Vocês se conhecem? – Bianca perguntou, mas não responderam.
- Qual o motivo da visita?
- Parece que descobriram que ela está aqui.
- Como assim? Algum tipo de serial killer? – Bi perguntou – Mas o que eu fiz?
- Nasceu. – Zacky não queria parecer frio. – Meu pai pensou que você estaria segura aqui, mas de algum jeito te rastrearam e estão vindo pra cá. – Ele tentou explicar, mas ela revirou os olhos e estava saindo do quarto.
- Filha, você sabe que eu te adotei, mas eu nunca disse de onde você veio. – Bianca tentou falar, mas foi interrompida. – Apenas escute. Zacky veio do mesmo lugar que você e está aqui pra te proteger. Na verdade sempre esteve, mas você não podia vê-lo. Agora você precisa ir com ele.
- Eu não vou.
- Você não pode ficar mais aqui.
De repente dois monstros pularam a janela do quarto aos berros. Zacky falou umas palavras estranhas e puxou uma espada do circulo de luz que saia de sua mão.
- Se escondam.
Carol e Bianca correram para fora do quarto enquanto ele lutava com as criaturas.
- Que merda é aquela? – Bianca perguntou pegando um facão na cozinha.
- Estão aqui pra te matar. O vai fazer com essa faca?
- Nos proteger.
Quando se virou para Carol viu que a criatura estava atrás dela. Gritou para sua mãe se abaixar e jogou a faca. Bem aonde a faca acertou começou a sair um liquido preto, que deveria ser sangue. A criatura, que mais parecia um cachorro gigante, ficou com mais raiva ainda e avançou na direção delas, quando, do nada, a cabeça dele estava voando do pescoço e ele desapareceu em uma fumaça negra e mal cheirosa. Então Zacky aparece diante da fumaça com a espada na mão e sangue saindo de sua cabeça.
- Pelos menos não estão mortas.
- Você está sangrando. – Bianca arregalou os olhos.
- Nada que não esteja curado pela manhã. Podemos ir?
- Bianca, eu ficarei bem. Eles não me farão mal.
- Eu vou, se me prometer que ela ficará bem. – Ela olhou para Zacky e ele confirmou com a cabeça.
- Espere um minuto. – Carol correu para fora da cozinha e depois voltou com embrulho na mão. – Seu presente. Espero que possa usá-lo lá. – Carol a puxou para um forte abraço. Quando se soltaram, Zacky colocou a mão no ombro de Bianca e desapareceu.
Eles apareceram em um quarto verde e branco. Tudo tinha essas cores. Móveis, cama, moldura do espelho e das portas... Até o carpete era verde.
- Onde estou?
- Em casa. Este é seu quarto. Tem roupas no closet e este é o banheiro. Se precisar de mim é só chamar meu nome.
Ele nem usou a porta, apenas desapareceu. Bianca colocou o presente, ainda embrulhado, na mesinha e sentou na cama, querendo estar em casa ao lado de Carol.
- Oi Oliver.
- Val! – A criança correu pra abraçar a mulher.
- Nós precisamos ir. O orfanato não é mais seguro.
- Por quê?
- Conseguiram te rastrear.
- São Mawx?
- Caçadores Mawx. Esses são piores.
- Mas... Um casal vem me ver amanhã.
- Eles vão ver outra criança que substituirá sua existência nesse mundo. Ou você prefere ver o orfanato destruído e algumas crianças machucadas, talvez mortas?
- Estou convencido. Vamos. – Oliver era esperto demais para um criança de 7 anos. Gostava de livros, mas era apaixonado por games.
- Eles estão perto. – Ela pegou a mão dele e sumiu.
Apareceram em um quarto com o mesmo aspecto que o de Bianca, mas azul?
- Esse quarto é meu? – Ele estava maravilhado.
- Sim. Closet e banheiro são aqui. Se precisar de mim é só falar meu nome. – Ela desapareceu como sempre.
Oliver colocou o livro na cama e olhou para o quarto,ficando feliz em estar finalmente em casa.
Quando Zacky chegou na sala de reuniões, Val já estava lá dando seu relatório para os outros Racters, espécie de guarda.
- Já chegou? Não é a toa que sou o número 5 e você a 4.
- A criança foi fácil. Eu falei que era melhor contar quando ela era menor.
- E você estava certa. Se não fosse pela mãe dela, eu a teria arrastado pra cá a força. – Ele colocou a mão na cabeça para ver se tinha parado de sangrar.
- Por acaso ela bateu na sua cabeça e te chamou de maluco? – Johnny, o numero 7, brincou com ele.
- Dois Mawx caçadores. Ela quase matou um. Jogou um facão perto do peito dele, mas é preciso cortar a cabeça e ela não sabe disso ainda.
- New York, baby. – Matt, o número 6, zombou.
- Pelo menos chegaram bem. – Disse Brian, mais conhecido como Papa Gates, número 2 e pai de Brian Jr, o número 8.
- Cadê meu pai?
- Tio James saiu com os outros membros do conselho. – Respondeu Jimmy, o 3.
- Pera ai, ela ta me chamando. – Ele se teletransportou para o quarto dela. – Sim?
- Porque aqui só têm vestidos e sapatilhas?
- Estão ai porque sua mãe os deixou ai na esperança de que você voltasse, mas ela desapareceu antes, e não podemos mudar seu guarda roupa, só você.
- Conheceu minha mãe.
- Sim, uma mulher muito boa, diferente de você.
- Como?
- Você é muito durona.
- Vou fingir que não ouvi. Como eu mudo isso afinal?
- Apenas pense no tipo de roupa que você gosta.
- Legal. Isso é algum tipo de magia?
- Tudo aqui funciona com magia.
- Obrigada. Será que eu posso dar uma volta por ai?
- Só não sai do castelo.
- Castelo? – Ela colocou a cabeça pra fora, mas ele já tinha sumido.
- Me chamou?
- Como eu mudo essas roupas?
- Não gostou? Você ficaria até bonitinho nesse... Acho que é uma calça.
- Não, Val. Eu quero roupas legais iguais as suas.
- Apenas imagine o tipo de roupa que gosta.
- Gostei desse tipo de magia. – Ele disse colocando uma camisa xadrez.
- Sé quiser pode dar uma volta, só não sai do castelo.
- Parece até que você é minha mãe.
- Sua mãe era mais legal que eu. Bye. – Ela desapareceu de novo e o deixou sozinho no quarto.
- Quantos quartos. – Bianca estava andando por corredores enormes onde tinham várias portas marrons com números. Andou bastante e encontrou uma biblioteca gigante. Em uma das grandes poltronas tinha uma criança pequena. – Oi.
- Oi, você é como a Val?
- Val? Desculpe, eu acabei de chegar. Sou Bianca.
- Oliver. Eu também acabei de chegar. Val disse que vamos aprender a nos defender aqui.
- Com lutas? Oliver, quantos anos você tem?
- Sete.
- Sete? Zacky! Ela falou alto e com raiva.
- O que foi dessa vez?
- Acho que sei o porquê que eu e Oliver estamos aqui.
- Sério? – Ele levantou uma sobrancelha.
- Isso aqui deve ser algum tipo de base militar com magia, onde, possivelmente, chegarão mais crianças e seremos treinados como armas para um guerra futura, mas não vou fazer parte disso. – Ela apontou o dedo na cara dele. Ele teve que segurar uma risada histérica. – O que foi? Do que você está rindo?
- A Val não me falou sobre uma guerra e a gente virar soldados. – Oliver olhou assustado para Zacky.
- Porque não é nada disso. Você está metendo medo na criança. Tem idéia da besteira que está falando?
- O que é então?
- Ainda não é hora de saber. – Ele desapareceu.
- Mas... Não acredito que ele me deixou aqui falando sozinha.
- Pelo menos não seremos treinados como soldados.
- Vou ler também. Talvez assim eu esqueça aquele idiota.
- Gosta de ler?
- Adoro. – Ela pegou um livro sobre magia e leu até cair no sono. O mesmo aconteceu com Oliver.
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