Inimigos (one-shot) escrita por Annie Meddina


Capítulo 1
Inimigos (One-shot)


Notas iniciais do capítulo

Atenção: contém cena de estupro não consumada.
contém, lemon.
Boa Leitura.



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Estava acontecendo de novo, era sempre igual, ela não entendia o que significava.

Era mais uma visão do futuro, visão essa confusa, ela se sentia frustrada, ela via o futuro de quase todo mundo, mas o seu era inacessível, isso a deixava irritada, ela se sentia uma incompetente por não ver, ou saber discernir essas visões.

“Começa ela entrando na floresta e de repente ela o ver de longe, mas ele não tem rosto.

Ele se aproxima dela, pega sua mão e a beija, ela tenta de todas as formas ver seu rosto, perguntá-lo, quem era ele, mas sua voz não sai, ela só balbucia as palavras ao vento e de repente ele se afasta, a deixando sozinha, ela tenta persegui-lo, mas é como se tivesse uma barreira invisível os separando.

“E quando ele esta em uma distancia considerável, ele se vira, a olha e parti.”

Ela sentia uma angustia na visão, de repente ela olhou ao redor e descobriu que havia ultrapassado o limite da floresta, ela andava tão distraída ultimamente, deu a volta e já ia retomar o caminho de volta, quando ela sentiu a presença e aquele cheiro característico e repugnante de lobos, ela se virou e lá estava o responsável, era só o que faltava, ela pensou, um lobo asqueroso, ela ficou em posição de ataque, ele que não se aproximasse. Ele a olhava com aqueles enormes olhos pretos e profundos. A analisava.

– Mas é mal educado mesmo, nem pra ficar em seu estado humano pra variar, ela falou pra si mesma. Ele soltou uma risada sádica, ela o olhou surpresa, ele havia entendido.

– quem é você? Ela Perguntou asperamente.

– Jasper e você?

–Alice cullen.

–O que faz aqui? Vampirinha.

– Eu... Não é da sua conta, eu já estava de saída. Se você me der licença.

– Calma Chapeuzinho Vermelho nunca te falaram pra não falar assim com um lobo mal na floresta? Ele perguntou sacarstico.

- olha não sei qual seu problema, só quero que se afaste pra eu passar e ir embora, seu cheiro estar me dando náuseas.

Ele se aproximou dela e rosnou, ela estava aturdida, mas se ele queria briga ele teria.

– Sabe eu odeio os frios e nunca matei um antes. Ele falou.

– E eu não serei a primeira, pode parecer que eu passe uma imagem frágil, mas eu sou muito forte e perigosa.

–oh to morrendo de medo.

– devia ficar, seu babaca fedorento.

– não se preocupe, você fede mais.

Que ultraje, ele era mesmo um insensível, arrogante, pretensioso e babaca. Ela Pensou.

Ela não tinha mais paciência, deu um salto na arvore e já ia atravessar pro outro lado, quando ele a puxou pro chão, ela se virou pra revidar, mas ele foi mais forte, prendendo-a ao chão, suas presas a centímetros da sua cabeça. O que ele queria provar afinal? Que era mais forte? Ele conseguiu, ela pensou revoltada. Ela estava ultrajada e irritada com ele, mais ela não podia esperar nada melhor de um lobo, ela os odiava com todas as suas forças. Ela Tentou se libertar, mas ele era mais forte.

– me solta, imbecil.

–quem é o mais forte mesmo.

– me larga, eu não vou admitir nunca, seu bastardo.

– sabe eu nunca havia me divertido tanto.

– eu não to achando graça, deixe-me ir seu desgraçado.

– você é pequena, mas tem uma língua afiada, só precisa ser amansada.

Ela tentava se libertar, chutá-lo, mordê-lo, mas ele parecia adivinhar e desviava a tempo.

Por fim ele relaxou o peso, ela achava que ele a estava libertando afinal, quando ela levantou seus olhos, encontrou dois olhos negros como a noite, ele havia voltado ao seu estado humano, ele estava muito próximo, ela sentia seu calor, e uma sensação estranha foi tomando proporções gigantescas em seu corpo, um formigamento em seu baixo ventre, era impossível desviar de seus olhos, mas ela entrou em pânico, quando constatou que ele estava nu, ela o olhou e viu divertimento em seu olhar, o desgraçado havia feito de propósito.

– sai de cima de mim, seu ogro.

– logo agora que estava ficando bom, ele falou e soltou uma gargalhada ruidosa, se levantou de um salto e foi caminhando calmamente, ela não conseguia desgrudar seus olhos do seu traseiro, ele tinha um corpo escultural. Ele parou.

– Gostou do que viu vampirinha.

– Vai pro inferno.

– a propósito, ele disse se virando, ela logo se virou de costas pra ele.

– saia do meu território, você e os outros não são bem vindos aqui, entendeu bem.

Ela já ia retrucar, quando se voltou descobriu que estava sozinha. Ela Começou a voltar pra casa e estava rezando pra não encontrar ninguém, pois aquele maldito lobo havia rasgado sua blusa, e pior era a sua favorita.

Mas ela não estava com sorte, ela começou a atravessar a sala, quando o Emmet a chamou.

– O que aconteceu com você? Ele perguntou

–Nada que seja da sua conta, ela falou asperamente. De repente o resto da família entrou na sala e começou as perguntas.

– não foi nada, só um urso que levou a melhor, ela falou, não iria admitir que havia sido derrotada por um lobo. Mas ela infelizmente tinha um irmão astuto.

– E porque você fede a lobo, irmãzinha.

– Ora vá pro inferno, me deixem em paz.

– alguém esta estressadinha hoje, talvez seja falta de homem, ele falou frisando o “HOMEM”. Ela o olhou com cara de poucos amigos e foi pro seu quarto, batendo a porta com força, eles não podiam me deixar em paz, pelo menos uma vez na vida, ela pensou, eu estou estressada sim, e é tudo culpa daquele maldito lobo.



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Que inferno... - A voz suave da Alice ecoou em seu quarto.

– eu devo estar louca, disse ela pra si mesma, deitando-se em sua cama, cerrando seus olhos, e logo as lembranças e aqueles olhos pretos e profundos invadiram sua mente a deixando irritada, ela tentou afastar aquelas imagens, mas elas persistiam, era impossível esquecer aquele lobo tosco e ignorante. Havia se passado dois meses daquele episodio lastimável e com muito custo ela finalmente admitiu estar Irredutivelmente apaixonada pelo inimigo, ela tentava esquecê-lo mais o amor já estava enraizado em seu frágil coração.

E não muito longe dali o jasper se sentia da mesma forma... ele só conseguia pensar nela, ele não acreditava que aquilo estava acontecendo com ele, logo ele que havia prometido nunca mais amar ninguém, pois sua experiência havia sido uma catástrofe, logo ele que sempre fora tão pratico, se via agora sem seu autocontrole.

– Jasper você estar ai? Perguntou seu amigo asperamente.

–Desculpe-me, disse algo?

– É sua vez de jogar, ele disse olhando pro jasper como se olha um demente.

– Claro, disse jasper.

– O que há com você, você estar esquisito.

– Não é nada, só estava pensativo.

O seu amigo não acreditou naquela historia, o Jasper não queria admitir pra si mesmo e quanto mais pros demais da matilha, ele seria tachado.

Mas a verdade era que estava apaixonado por uma vampira, e era inconcebível, ela era sua inimiga, ele tinha que tratar de esquecê-la.



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O céu estava escuro, com nuvens pesadas, anunciava uma tempestade, igual ao humor da Alice, ela caminhava a passos largos, estava absorta em seus pensamentos, seus pensamentos só a levavam a uma pessoa, o lobo. Ela começou a correr pra afugentar as imagens dele da sua cabeça, sentir o vento soprando forte em seu rosto, lhe dava uma sensação de liberdade.

Ela parou bruscamente, ela sabia que não estava sozinha, tinham outros a espreitando. ela olhou ao redor não vendo nada, mas ela sabia que eles a observava.

– Ora, o que temos aqui? Disse uma voz profunda adentrando no seu campo de visão, com ele vinha outro, eles riam sádicos.

– Quem são vocês? Ela finalmente perguntou.

– Eu sou o Laurent, disso o moreno.

– e eu sou o James, prazer docinho. Disse o loiro, a analisando. Ela viu que se tratava de predadores, seus olhos eram vermelhos sádicos.

– A qual Clã vocês pertencem?

– ora querida não seguimos clã algum, somos nômades, não seguimos ordens de ninguém. Com isso ela estremeceu, sentiu medo, eles tinham olhos impiedosos, sádicos.

Eles começaram a cercá-la, ela deu uns passos pra trais e acabou caindo, eles riam debochados.

– o que iram fazer comigo? Ela perguntou com voz tremida.

– Talvez brincar um pouco né irmãozinho, disse o mais alto.

– Com certeza mano, ela é bonitinha, pequena e frágil.

– isso é o que vocês acham. ela gritou e um trovão acompanhou seu grito, a fazendo tremer.

– hum ela é valente, será um prazer vê-la pedir clemência, não acha Laurent?

– Nunca, ela disse se levantando de um salto. ela sabia que tinha que lutar, evidentemente estava em desvantagem, mas não iria se render tão facilmente.

– docinho porque não poupemos nosso tempo e vem ate aqui, será divertido, ele disse sádico.

– é gatinha você vai adorar, falou o outro se aproximando dela, logo ela se afastou e de um salto foi pra outra extremidade, ele pulou no outro lado, ria debochado. E numa fração de segundos o Laurent a pegou por trás e prendeu seus braços, ela sabia que estava perdida. Uma visão tenebrosa assolou sua mente, aqueles animais vis a machucando, ela fechou os olhos tentando apagar as imagens horrendas.

Ela foi jogada ao chão com brutalidade, ela sentiu mãos asquerosas percorrerem seu corpo, lhe dava náuseas. ela ouviu sua blusa sendo rasgada, o som deu-lhes arrepios.ela estava a mercê daqueles animais, ela começou a espernear, chutá-los, mas o outro prendeu seus pés.o pânico a tomou.

De repente uma voz de trovão ecoou na escuridão.

– soltem-na agora.

Logo ela foi libertada, ela se virou e o viu,era ele. Seus olhos se conectaram, logo ela os baixou, se sentia suja, humilhada. ela abraçou seus joelhos e ficou ali, em estado de choque.

Logo se ouviu sons de lutas, ela olhou de relance e viu que ele não estava sozinho, a matilha completa se achava presente.

– livrem-se dos corpos, disse o líder, voltando-se pros demais, - vamos, fizemos nossa parte.

Só o Jasper permaneceu, ele se aproximou dela, ele a viu se encolher mais, ele queria abraçá-la, dar-lhe conforto.

– você estar bem? Perguntou

– Vou ficar, disse ela com voz embargada. Ela levantou-se, arrumando a blusa rasgada, sua pele exposta, logo ele tirou sua camisa e a entregou.

Ela olhou para aquela Mão morena e grande estendida e não agüentou, o soluço preso em sua garganta foi libertado, ela começou a chorar, ele logo a puxou para si, a abraçando, passando seu calor, seu conforto. Ele sentiu o corpinho frio, foi impossível não se arrepiar, era uma sensação diferente, ela era gelo e ele fogo.

– shih, passou, eles não voltaram a machucá-la, você estar segura. E ela sentia essa segurança, estava protegida, o calor do lobo aquecia o frio da sua alma.

Eles continuaram abraçados por um momento, logo ela se afastou e deu-lhe as costas, vestiu a camisa dele e tomando coragem se virou, seus olhares se encontraram, transmitindo cumplicidade.

– obrigada.

– de nada, você quer que eu a acompanhe ate sua casa.

–não é preciso, eu estou bem.

E ela saiu dali, antes que seus desejos falassem mais alto. E ele a deixou ir, pois não confiava em seus sentimentos, ele queria botá-la no colo e niná-la, a proteger, dizer que tudo ficaria bem, mais ele não se permitia a fazer isso, sua razão o mandava ficar longe dela, de seus olhos dourados, da frieza do seu corpo, mais seu coração o mandava amá-la, coração e razão travavam uma batalha silenciosa. Deixando Jasper confuso e perdido.


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Alice caminhava lentamente, ela não tinha presa, ela estava indo pro seu lugar favorito, as margens de um riacho não muito longe da reserva, La havia uma arvore frondosa e bastante velha que os antigos a chamava de “A arvore do beijo”, dizia à lenda que se um rapaz beijar a garota debaixo dessa arvore, o coração dela seria dele eternamente. Mas ninguém ia mais lá, ninguém acreditava na lenda, mas ela sim, sempre que estava com algum problema, ela iria lá, lá ela se sentia em paz consigo mesma. Logo ela avistou o riacho, ela adorava aquele barulho da água contra a correnteza, ela se deitou na relva e cerrou seus olhos, bloqueando seus pensamentos inquietos, deixando sua mente limpa. Não muito distante dali o jasper a olhava e travava uma batalha interna, ele queria se aproximar dela, mas resultaria em admitir que a seguira ate ali. Mas o desejo de vê-la era mais forte.

Ele foi se aproximando dela, ela ainda não havia se dado conta da sua presença, ele aproveitou pra admirar sua beleza, os raios do sol se infiltravam nas folhas da copa da arvore, refletindo na pele de marfim, dando um efeito hipnotizante nela, ele sabia que vampiros brilhavam ao sol, mas jamais havia visto, era lindo, ela era perfeita, ele soltou um suspiro involuntário, ela se levantou de um salto assustada.

– o que faz aqui? Ela perguntou

–Eu te vi e vim ver se você estava bem, é que você estava com os olhos fechados, achei que... Eh, eu. eh.., ele estava visivelmente nervoso, atropelando as palavras.

– tudo bem, eu já estava de saída. Ela falou se virando. Ele foi rápido, pegou seu braço.

– não é preciso, eu é que tenho que ir.

– que tal ficarmos os dois. Aqui é bastante grande não acha? Ela propôs.

– sim, por mim tudo bem, disse ele se sentando na grama. Ela o imitou, mas ficou um pouco mais afastada. O silencio reinou. O Jasper foi o primeiro a quebrá-lo.

– Você vem muito aqui?

– sim, sempre possível e você?

– também, aqui é legal.

– é ela concordou. Era papável o desconforto dos dois.

– você sabia da lenda? Ela perguntou curiosa.

–sim, você acredita?

– sim, disse ela.

– e você acredita?

– Não sei, nunca beijei nenhuma garota aqui. Mas eu desejo há algum tempo beijar você.

Ele disse se aproximando, Alice ficou paralisada pela surpresa, mas só por um instante. Ao sentir os lábios do Jasper pressionando os seus, ela percebeu o quanto desejava aquele beijo.

Enlaçou-o pelo pescoço e abriu sua boca dando livre aceso ao Jasper, o beijo foi intensificando.

Gemendo o Jasper a abraçou mais forte, ele se inebriava com o gosto dela, seus lábios frios eram tentadores, com movimentos lentos, suas mãos acariciavam-lhe as costas ate a cintura, despertando a chama da paixão na Alice.

Antes ela se sentia perdida na escuridão, mas o beijo do Jasper, o calor de seus braços, a força do seu corpo tão junto ao dela, acendia um fogo em seu coração, o derretendo, o alcançando, e ela soube naquele estante que estava perdida, o amava demais e lutaria pelo seu amor.

Os corpos tombaram na relva, se entregando a paixão, o conceito de certo ou errado evaporara-se, aquilo era certo, todas as células do Jasper diziam que, fazer amor com a Alice, naquele momento era a coisa mais certa e natural do mundo.

Os lábios do Jasper traçaram um caminho de fogo na pele da Alice, a incendiando, ela arqueou o corpo dando melhor acesso, ele gemia de prazer, ele acariciou o ventre liso e macio, ele tirou a calcinha de renda encontrando o centro de sua feminidade, acariciando, provocando, explorando... Ela começou movimentar os quadris ao encontro da mão dele, ela deslizou sua mão sob a cueca dele para acariciá-lo também, essa caricias os estavam levando a loucura.

– Alice... Jasper gemeu o nome dela, - você tem certeza?

– Absoluta. Oh Jasper ame-me, ela murmurou , abraçando-o freneticamente. E ele a amou. No inicio, ele se movimentava lentamente, fechando os olhos, absorvendo seu perfume, seu gosto.

Foi Alice que acelerou o ritmo, ela queria senti-lo profundamente, ela não tinha idéia de como seria depois, nada importava, exceto o fato de estar perdida em Jasper, vivendo aquele momento glorioso.

Momentos depois eles continuaram deitados, Alice se levantou e o olhou. Não viu arrependimentos em seu olhar, só ternura.

– e agora como será? Ela perguntou.

– o que você quer dizer. Disse ele.

– Sobre nós.

– eu tenho que confessar uma coisa, desde aquele nosso primeiro encontro, eu não deixo de pensar em você. Somos inimigos declarados, estou perdidamente apaixonado por você, minha pequena vampirinha. Ele disse distribuindo beijos no pescoço dela.

– oh Jasper eu também te amo. Meu lobo mal adorável.

– Eu deixaria a matilha pra ficar com você se preciso fosse.

– fala serio? Ela perguntou não acreditando, seu coração estava leve, liberto.

De repente ela viu os dois no futuro e diferente das outras visões, ele tinha rosto e ria pra ela feliz, eles corriam na relva silvestre sorrindo, se amando.

– o que foi querida?

– nada, ela olhou pra arvore do beijo e sorriu e o olhou.

– seremos muito felizes. Ela disse convicta.

– eternamente, disse ele voltando a beijá-la. – você tem idéia do quanto eu a amo.

– mostre-me, ela pediu com voz enrouquecida. E ele a mostrou.

Afinal eles teriam a eternidade pra ser feliz.




Fim.



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Notas finais do capítulo

eai pessoal Gostaram, comentem.. não custa nada..faz bem pro ego.
bjs