"I let it fall, my heart,

And as it fell, you rose to claim it,
It was dark and I was over,
Until you kissed my lips and you saved me,
My hands, they're strong, but my knees were far too weak,
To stand in your arms without falling to your feet"

Matthew Sanders

Minha própria irmã me abandonou. Agora só dá atenção ao Brian, Johnny, Arin e ao Baker – não estou com ciúmes mas é que ela é minha irmã e não deles.

Pelo menos tenho a Catie, nos últimos dias temos nos aproximado mais um pouco. Talvez seja só carência mesmo, desde que me separei da Val não fiquei com mais ninguém.

Estava no quarto com a Catie, minha cabeça apoiada em suas pernas, a mesma mexendo em meus cabelos.

– Cá, a Norah me abandonou. Eu a salvo e é assim que ela me trata?

– Deixe de ciúmes besta Matt, a Noah não te abandonou. – Falou dando um puxão de leve em meu cabelo.

– Uou, doeu. – Belisquei seu braço.

– Dramático. – Ela riu. – Acabo de chegar a conclusão, são mesmo irmãos. Dramáticos.

– Engraçadinha. – Dei um peteleco em seu nariz.

– Por favor Matthew Sanders pare de ficar me cutucando. – Falou rolando os olhos.

Me sentei na cama e fiquei olhando – a com um sorriso sádico na face.

– O que? Porque tá me olhando assim? – Perguntou.

Fui para cima dela lentamente, uma perna de cada lado de seu corpo segurando o meu peso e comecei a fazer cócegas nela.

– Agora diga que eu sou ciumento e dramático.

– PARA MATT... PARA... POR FAVOOOOR. – Ela falou rindo histericamente.

Peguei em seus pulsos e os segurei acima de sua cabeça. Aproximei meu rosto do dela, rocei meu nariz no dela.

– Eu sou ciumento e dramático? – Sussurrei em seu ouvido.

Catie não falou nada, só acenou com a cabeça mordendo o lábio inferior. Soltei suas mãos. Encostei meus lábio nos dela e pedi passagem com a minha língua fazendo a mesma ceder. Começamos um beijo calmo, nossas línguas travavam uma briga. Uma de suas mãos estava em meu cabelo, a outra traçava uma linha em minha costas me fazendo arrepiar. Minhas mãos estavam em seus rosto. Fomos parando o beijo lentamente com selinhos.

Ficamos em silêncio um olhando para o outro, até que a garota resolveu quebrar o silêncio com um sorriso nos lábios.

– Porque você me beijou? – Indagou ela.

– Realmente... Não sei. – Respondi sinceramente. – Você, não gostou? – Perguntei me levantando.

– Não é isso... – Ela falou me puxando de volta para si. – Só fiquei curiosa.

Não falei nada, apenas a beijei novamente. Dessa vez um beijo mais urgente como se precisasse disso para sobreviver. Tracei uma linha de beijos que vai do seu queixo até o pescoço. Minha mão estava em sua coxa apertando – a levemente, as mãos dela estavam por baixo da minha camisa tentando tira – lá. Dei um sorriso de lado e a ajudei, jogando minha camisa em um canto qualquer do quarto.

A garota me empurrou ficando por cima de mim. Ela me olhava. Abri um enorme sorrio nos lábios. Catie foi aproximando lentamente seu rosto do meu, suas mãos estavam em meu peitoral, acariciando. Deu uma mordidinha no meu lábio inferior me olhando com um sorriso travesso.

– Para de provocar. – Falei colando minhas mãos em suas pernas apertando - as.

– Não estou fazendo nada. – Sussurrou em ouvido mordendo minha orelha.

Percorreu meu abdômen com suas mãos parando no cós da calça. Tirei sua blusa lentamente admirando cada curva, ela estava com um sutiã preto rendado. A garota voltou a me beijar lentamente. Novamente inverti as posições ficando por cima dela. Comecei a fazer movimentos circulares com o quadril fazendo a mesmo cruzar os tornozelos em minhas costas. Ela puxava meus cabelos.

– Matt eu vou sair com o bolota... – Norah entrou com tudo no quarto. – Oh desculpa não queria atrapalhar só vim avisar.

Ela colocou a mão sobre os olhos rindo, se virou e saiu do quarto. Olhei para a Catie que olhou para mim e começamos a rir.

– Bom, acho que depois dessa cortou total o clima né? – Falei.

– Não acredito que a Noah me viu assim com você. – Ela deitou na cama colocando as mãos sobre o rosto.

– Não vejo problema algum, a Norah já crescidinha e vai entender. – Falei tirando suas mãos do rosto e dando um selinho.

– Você acha? – Perguntou.

– Eu tenho certeza. – Abri um sorriso. – Já que não vai mais acontecer nada por hoje, coloca sua blusa por favor.

– Porque? Você não gosta? – Perguntou “inocentemente”.

– Pelo contrario gosto demais. – Fiz cara de safado mordendo meu lábio inferior. – Só não quero apressar as coisas.

Ela colocou a blusa e me beijou demoradamente. Deitei na cama e pedi que ela se deitasse ao meu lado. Ficamos conversando por um bom tempo e ela adormeceu com a cabeça sobre o peito.

Quem diria que em um ato desesperado poderia trazer tantas coisas boas num futuro próximo?

"When I lay with you I could stay there,
Close my eyes, feel you here forever,
You and me together, nothing is better."