Lembranças. escrita por Lorys Black


Capítulo 2
Capítulo 1 - Saltando


Notas iniciais do capítulo

N/Bruna: Volteeeeeeeeeeeeeeeeeeii.

Meninas a Fic foi finalmente editada, ou melgor esta sendo.

Para as leitoras que já haviam comentado nos outros dois capitulos, peço desculpas.

Para quem chegar agora vou explicar.

Essa Fic nasceu no orkut, e foi minha primeira FIc, sem parceria. Minha escrita estava mais crua, e sempre que passava por ela, pensava que poderia dar mais, escrever melhor.
Também aconteceu um erro no orkut, e perdi alguns detalhes da Fic.
As cartas, que são muito importantes na história. Porem, estou refazendo, então.....Seremos felizes juntas novamente rs.
Fic editada, leitores satisfeitos, escritora feliz rs.

Alguns pontos sobre a Lembranças:

Vamos lembrar que nesta Fic não ha seres sobrenaturais embora sejam os personagens da Saga.

A Fic é sobre as Lembranças que a vida guarda em nossas mentes, no caso aqui, sobre as memórias de vida, escolhas, e atitudes da nossa personagem principal Bella.

A fic tem dois momentos, em quase todo capitulo.

Eles se dividem entre o presente, e o passado. Entre o que esta acontecendo, e as lembranças.

Então Flash Back On: marca o inicio da lembrança.

Flash Back Off: marca o fim da lembrança. E a volta para o presente.

A partir de 5° capitulo temos as cartas, que estarão em algum momento do Flash Back.

Em todo capitulo a uma musica tema, vou postar o código do You Tube, se não abrir, copia e código e cola na barra de endereço. Ok!

Agradeço a minha Siamesa(como nos chamamos carinhosamente) Stephane Renner, que sempre foi uma fã desta Fic, e por ela, a Fic foi editada.

A Carla Black minha Marida, que fez, e fará as minhas capas maravilhosas. E esteve comigo também desde a primeira vez, que esta fic foi ao ar.

Miss Black também, que foi uma das primeiras pessoas a enxergar o potencial desta Fic.

Agradeço a quem esteve por aqui, voltem e vamos ver essa fic decolar aqui.

E que venham novos leitores.



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Forks, 13 de Setembro de 2011.


8:30 a.m



- Bella você tem certeza que vai levar isso a diante? – A voz suave e tranqüila de Ang tirou-me das minhas lembranças. 

- Podemos cuidar de tudo! Ainda é cedo, se eu começar agora, muito antes do horário tudo estará cancelado! – Quill reforçava o coro iniciado pela minha amiga.

Sem tirar os olhos da janela, a qual eu admirava o dia ensolarado na chuvosa Forks, respondi calmamente, e pela décima vez hoje:

- Tenho certeza da decisão que tomei e pela primeira vez na minha vida não existe medo, ou dúvida! – a decisão só se fortalecia a cada minuto em mim. – Minha prova de amor, a ultima. Ou talvez a primeira, não sei.

- Ainda acho tudo uma loucura, mas estamos ao seu lado. E como vamos seguir com o dia, como se ele tudo fosse realmente acontecer... – ela respirou fundo. – Vá, tomar um banho, pois, a maquiadora, e a cabeleireira chegam em menos uma hora! – Ângela usou um falso tom de animação.

- Bem, já que você vai seguir com essa loucura, vou avisar o seu Pai, e seguir a diante, com os preparativos! – Quill não me deu chance de responder, ou tentar dizer algo. Saiu batendo a porta do meu quarto com força.

- Ele não entende, aliás ninguém entende Bella. Qual o motivo dessa loucura toda. Sei que você já tentou nos dizer, ainda sim... – ela deu de ombros.

- Eu não pedi que alguém entendesse Ang. Pedi apoio, apenas isso. Sei o quão difícil isso será, pois não posso prever como vou me sentir após sair de lá. Mas agora essa é a única decisão que me faz ficar em pé! – respirei fundo.

- Apoio é a única coisa que podemos te dar, e será tudo o aquilo que vai receber. – ela me abraçou. – Quill vai entender, e se não já esta aqui para te dar apoio. – Ang se afastou e saiu do quarto.

Mesmo sabendo o quanto seria difícil para todos, me apoiarem neste momento, de certa forma, e mesmo sendo um pensamento egoísta não me importava.

Precisava fazer algo por ele, e na minha mente essa atitude, será a única que vai fazê-lo viver em paz nesta cidade, após toda essa loucura de hoje.

Mesmo sendo uma loucura, como não dar a ele, a chance de viver em paz, onde ele sempre quis estar? Como não provar o meu amor por ele, quando ele sempre provou o seu por mim?

Iria em frente com essa decisão, mesmo sem apoio de ninguém.

Foi sozinha que o perdi, será sozinha que vou enfrentar tudo isso!

Caminhei até o banheiro, e liguei o chuveiro. Deixei a água quente relaxar meus músculos. Respirei fundo e meus pensamentos voaram para longe dali, um lugar onde eu era feliz, e nem sabia o quanto, meus pensamentos voaram para uma outra vida.


Flash Back On.


La Push, Fevereiro de 2000.


Respirava fundo, tentando disfarçar o pavor que ameaçava me fazer correr daquele lugar. Mesmo tendo que agüentar, Jacob me irritar meses, lembrando da grandíssima covarde que eu fui.

- Você é uma grandessíssima medrosa Isabella Swan, é isso que você é! – A voz estridente e irritante dele me tirava do sério, mas eu estava apavorada, ele não iria me convencer facilmente.

- É alto demais Jake, eu não consigo... – Olhava apavorada para baixo, e ficava ainda convencia, que pular era um erro. – Eu sei que desafiei Collin e Embry, mas não posso, não vou morrer antes de fazer quinze anos por um desafio idiota. Pular do Penhasco, que idéia mais estúpida a minha.

- Bells esse é o ponto mais baixo, e você não vai morrer, eu faço isso desde os oito.

anos e estou aqui vivo não é? – Seus dedos quentes levantaram meu queixo, para que eu olhasse em seus olhos. 


- Esta vivo, mas não é normal! – debochei. – Mata seus neurônios afogados desde oito anos, você não é um bom exemplo Jacob. – me afastei sentando um pouco distante da ponta do penhasco.

- Posso não ser normal, mas não sou um medroso e sem palavra como você. – ele sentou um pouco afastado, atirando uma pedra ao mar.

- Você é você, eu sou diferente, e ponto. E mais, quem terá que agüentar aqueles dois idiotas, e pagar a aposta sou eu Jake, não você!
 

- Mas quem vai agüentar você reclamar dos “idiotas” – ele fez um gesto teatral abrindo aspas. – Sou eu. E palavra você vai reclamar.

- Vou nada, você que é o chato aqui, não Eu. Agora vamos. Estou faminta. – levantei tirando a poeira da roupa.

- Claro, claro. – caminhamos pela trilha, onde Quill, e Embry se aproximavam com sorrisos largos nos lábios.

- Eu sabia que você não era de nada Swan, eu sabia! – Embry estendia a mão, esperando o dinheiro da aposta.

- Garotas são umas medrosas! – Quill emendou.

- Calem-se, eu apenas não estava me sentindo bem! – peguei a carteira, onde estava todo o dinheiro da minha mesada que apostei com esses idiotas.

Jacob segurou minhas mãos.

- Apostamos o dobro que amanhã ela, vai saltar. – ele olhava desafiador Quill e Embry. – ela vai se sentir melhor, e vai saltar, e aposto, mais dez pratas, que ela pula do ponto mais alto.

Minha vontade era matar Jacob, mas a expressão de ironia estampada no rosto de, Embry e Quill selou meus lábios.

- Pois eu acho que ela esta com medo de pular daqui Black, mas aposta é aposta, e veremos a garota perder, como aconteceu hoje. – Embry apertou a mão de Jacob.

Os dois se afastaram vitoriosos.

- O que você fez? – o empurrei com força.

- Nada, eu fiz uma aposta, assim como você faz, colocando meu nome, e eu não digo nada. – ele amarrou a blusa na cintura. – Agora vamos. Você precisa acordar cedo para saltar amanhã. Eu acho que fará um tempo agradável!.

- Jacob você é um imbecil, é isso! Um idiota, imbecil, que vai me fazer perder mais dinheiro. Aliás de onde você tirou tanto dinheiro? Como vamos pagar o dobro? E mais “dez pratas” pelo ponto mais alto? Me diga?Vamos assaltar quantas velhinhas nas ruas, até sermos pegos pelo meu Pai? E melhor, ainda ficaremos devendo aqueles dois inúteis. – Jacob gargalhou.

- Eu não fiz ninguém perder nada Swan. O dia da aposta é amanhã. E não sabia que você previa o futuro. Farei você ganhar. E eu também. E com esse dinheiro, vou comprar peças para começar a montar um carro. E depois de amanhã você vai me agradecer, por ter feito isso. – ele se aproximou vitorioso.

- Depois de amanhã, eu vou querer ver um Leão da Montanha, a olhar para você Jacob. Serei uma “garota” cheia de dividas, e com dois imbecis me atormentando. Valeu por me ajudar! – bufei irritada e passei por ele, sem olhar para trás.

- Eu confio em você Bella. – as palavras deles não me alçaram.

- Alguém tem que fazer isso Jake, mas por favor, que não seja você! – corri pela trilha para ficar longe do insuportável.

- Burra. Como pude ser tão estúpida? Pular do penhasco, que grande idiotice a minha. – entrei em casa esbravejando.

- O dia foi movimentado na rua, aposto. – meu pai segurava o jornal, como uma expressão divertida, por me ver irritada.

- Não foi, e, por favor, chega de apostas por hoje! – dei um beijo em sua testa e subi para o meu quarto.

A irritação por Jacob ter apostado tanto dinheiro em algo perdido, me fez pensar, em como pagar essa aposta.

- Vou ter que vender algo. Mas o faço vender também. – peguei minha tolha e fui tomar um banho.

Não fazia a menor idéia do quanto demorei ali.

Ao entrar novamente em meu quarto o susto por ver a figura de Jacob deitado na minha cama, quase me fez perder o ar.

- Mas o que diabos você esta fazendo aqui? – segurei com força a minha toalha. – Como meu Pai?... – olhei para a janela aberta.

Explicado.

- Tenho uma teoria. Ela fala sobre medos. Os seus. – ele sentou na cama.

- Tenho outra, ela fala de idiotas, ou seja nós dois. – procurava roupas descentes para colocar.

- Você já reparou que só desafia as pessoas, em coisas, que você já estava acostumada a fazer? – ele me olhava sugestivo.

- O normal é desafiar as pessoas, em coisas que sabemos que podemos ganhar Jake. – peguei uma camisa.

- Não Bells. O melhor do desafio, esta na parte que testamos os nossos limites. Como você vai testar seus limites, em coisas que já domina? Isso é trapaça sabia? – revirei os olhos.

Ele cruzou os braços, sentado na minha cama.

- Não Jake, isso é ser esperta. Coisa que desaprendi hoje. – peguei minha calça jeans. Abri a gaveta de calcinhas.

- Não Bells isso se chama medo. Como você sabe que não vai ganhar, se não tentar? Você pode ser boa, mas se não se jogar pela primeira vez, jamais descobrirá.

- Você vai ter que vender sua coleção de figurinhas Black. Eu vendo alguma foto autografada, da coleção da vovó, acho que ela não vai se importar. – fechei a porta do quarto, com medo do meu Pai escutar a voz de Jake.

- Não vou vender nada. Você vai vencer a aposta. Eu sei que vai Isabella Swan. – ele tinha um sorriso nos lábios que me irritava.

Jacob sempre sorria assim, quando queria me tirar algo. Pois eu acredito sempre naquele sorriso, e ele me passa para trás.

- Nem tenta Black, esse desafio nós perdemos! – joguei as roupas em cima da cama. – Posso me vestir agora?

Jacob se levantou. Caminhou até a janela, e colocou uma das pernas para fora. Meu coração acelerou, com medo dele cair dali.

- Eu confio em você Bells. Acredito sabe?! – ele deu de ombros. – Faço isso por nós dois, até você acreditar como eu. – ele desceu pela arvore. Corri até a janela para ter certeza que ele estava descendo em segurança. Afinal Jacob é meu melhor amigo, e não vivo sem ele.

Fiquei observando ele caminhar pela minha rua até desaparecer.

Minha irritação com ele havia desaparecido.

Respirei fundo e fechei a janela.

Fiquei algum tempo no quarto, lendo, mas sem prestar atenção de fato em nada.

Desci para jantar com meu Pai.

Comemos em silêncio.

Meu pai sabe respeitar meu espaço. Já Jacob, não faz isso nem quando eu peço.

Levantei da mesa após terminarmos, e lavei a louça.

- Vou até a casa do Billy ver o jogo. Vamos? – meu Pai pegava o casaco na porta.

- Não! Quero ficar longe do Jake esta noite. – me joguei no sofá e liguei a Tv.

- Entendi vocês brigaram! – ele afirmou, enquanto colocava o casaco.

- Eu não brigo com Jacob, Pai, mesmo que tentasse, ele não ia devolver a briga. E eu ficaria como uma idiota falando sozinha, como sempre acontece quando Eu brigo com ele. – cruzei os braços.

- Esta certo minha filha, não demoro. Qualquer problema, estarei lá. Até mais tarde. – ao fechar a porta, um aperto dominou meu peito. Desliguei a televisão e corri na direção da porta, antes de tocar na maçaneta a porta abriu.

- Achei melhor esperar você aqui, antes de ligar o carro, e correr o risco de vê-la caindo na neve! – meu Pai tinha uma expressão no rosto.

- Engraçadinho. Vou apenas porque não quero ficar sozinha. – menti.

- Eu sei minha filha, eu sei. – meu pai abriu a porta do carro, e pude ver o sorriso em sues lábios enquanto contornava o carro.

O caminho foi rápido, e conversamos sobre o dia de hoje na delegacia.

Ao chegar em frente a casa dos Black, Billy conversava com o Pai de Embry na porta.

Descemos, e já me preparava para agüentar Embry, que provavelmente estaria por ali.

- Olá Bella. – Billy sorriu a me ver.

- Oi Billy. – estendi a mão para cumprimentá-lo.

- Oi Bella. – a Mãe de Jacob Sara, entregou a Billy uma tigela enorme com salgadinhos, e duas cervejas. – Venha Bella. Jacob esta na garagem.

Assenti. E entrei com ela. Ir pelos fundos era a melhor opção.

- Lê vê isso até lá. Jacob não comeu nada desde que chegou. – ela ajeitava uma bandeja com sanduíches. – Vocês brigaram? – ela pegou dois copos, e parou atrás da bancada, me encarando.

- Não. – ela me olhou incrédula, com uma das sobrancelhas erguidas. – Bem, nós tivemos um desentendimento. – dei de ombros. Provavelmente, mas vermelha que o copo que ela havia colocado na bandeja.

- Imaginei isso. – ela colocou suco nos copos.

- Ele é teimoso. Fiz uma besteira, e ele ao invés de se calar, piorou. Não me deixou resolver. Aliás tentou me ajudar, mas piorou tudo, prometeu coisas, que eu não posso cumprir. – soltei as palavras.

- Bella, Jacob sempre fará tudo para vê-la feliz, mesmo que ele erre uma, ou, outra vez. – ela empurrou a bandeja em minhas mãos. – Mas tem algo que ele não erra. Ele acredita em você, pois ele sabe, do que você é capaz. Acredita nisso. Tente se enxergar, como ele enxerga. – ela tinha o sorriso arrebatador que os Black, tem.

- Não quero decepcionar perder, ou envergonhar Jacob. Ele é meu melhor amigo, sabe?! – segurei as laterais da bandeja com firmeza.

- Ele só ficará decepcionado, caso você desista de coisas, sem tentar Bella. Isso o deixará triste. – ela suspirou, dando de ombros, tão parecida com Jacob. – Agora vá, faça as pazes com ele.

Segurei a bandeja, com firmeza, e caminhei para os fundos da casa.

Abrir a porta dos fundos foi um desafio.

Caminhar pelas pedras, até a garagem, outro.

Jacob havia arrumado todo aquele espaço. Alias nós dois.

Passamos meses retirando as velharias. Arrumando, e pregando prateleiras, limpando, e pintando aquele espaço.

Billy deixava a caminhonete dos Black na parte da frente da casa, justamente porque a garagem era longe, e a noite, era impossível passar por ali sem escorregar.

Jacob diz que aquele espaço, foi projetado para ele, por isso só quem ele convida não se esborracha ali a noite.

Como eu estou mais que acostumada, milagrosamente não escorreguei na pequena trilha, que leva a garagem.


http://www.youtube.com/watch?v=JqLyPBz_GKQ


- Hora do jantar. – minha voz era quase um sussurro na soleira da garagem.

Jacob estava deitado, sobre um colchão de casal, que ele levou para lá, e que diz só tirar dali, quando tiver um carro naquele espaço, para sujar tudo ao redor de graxa.

- Já comi. – ele continuou deitado ali, olhando para o teto, como costumamos fazer quando procuramos a resposta para algo.

- Mentiroso. – me aproximei e coloquei a bandeja ao lado dele. – Vai mais pra lá. – ele se afastou e deitei no colchão.

- Só não senti fome. Comi muito na rua. – ele não me olhou.

- Sinto muito por te chamar de idiota. Sou uma idiota. – rimos juntos.

- Você gosta muito dessa palavra mesmo. – ele se virou para me encarar. Os olhos negros, que deixa o olhar intimidante.

- É você, eu sou assim. – dei de ombros.

- Olha aqui. – ele tirou um pedaço de papel do bolso.

- O que é isso? – Jacob me entregou o papel, estava amassado.

Abri com cuidado, pois não sabia o que tinha nele.

- Um endereço. Vamos lá amanhã à tarde. – ele parecia animado.

No papel havia o nome de uma rua, e alguns números. Um pouco mais abaixo o nome do que eu acredito ser um carro.

- O que significa isso? – não estava entendendo absolutamente nada.

- Significa, que amanhã vamos comprar a carcaça do que será um carro, em alguns meses, ou anos, não sei. Ele esta detonado, mas muito em breve, e a tempo do meu aniversário de dezesseis anos, ele estará ótimo para irmos á todos os lugares. – ele pegou o papel das minhas mãos com cuidado. – O Rabbit, é um carro forte, se bem cuidado, pode surpreender.

A forma como Jacob acredita nas coisas, sempre me deixa admirada.

- Jacob, relaxa não completamos quinze anos ainda. O carro pode esperar. Temos outras preocupações agora, por exemplo, como vamos pagar Embry e Collin? – sua expressão não se alterou.

- Esse carro estava esperando por mim Bells. E ele será meu. E até completar dezesseis anos, preciso deixá-lo pronto. Quanto a Embry, e Quill, eles vão financiar meu sonho. – Jacob apoiou a cabeça nas mãos.

- Jake, você não esta pensando...? – sentei incrédula no colchão.

- Estou sim. – ele disse natural, olhando diretamente nos meus olhos.

- Jacob você é mais teimoso, e persistente que uma jamanta. – ele gargalhou.

- Não Bella. Eu simplesmente confio em você, nada mais. Agora se deite, descanse, e amanhã será o nosso dia. – ele colocou o braço para que eu pudesse deitar novamente.

- Você confia demais em mim, deveria ir mais devagar. – adverti.

- Ai, é que você se engana. Eu confio justamente por saber, que você vai longe, e muito rápido, você apenas não se dá conta disso. – ele ajeitou minha cabeça em seu braço.

- Pare de falar como um adulto. – ele riu, aquela risada gostoso que me deixa mais calma.

- Claro, claro. – ele jogou o edredom nas minhas pernas.

Ficamos ali um bom tempo.

Jacob me contando sobre a nova vizinha de Embry, e como ela é estranha.

Fiquei ali ouvindo, e sem perceber adormeci,

Acordei com a Mãe de Jacob, nos chamando, pois meu Pai ia embora.

Saímos de lá em silêncio sonolentos.

Quando entrei no carro, Jacob estava parado na varanda, um sorriso lindo nos lábios.

Ele tem uma mente adulta. Não sempre claro, mas quando tem, sempre me deixa orgulhosa por poder estar em sua vida.

- Chegamos filha. – não havia sequer notado, que estava na estrada, voltando para casa.

Subi as escadas para o meu quarto, apenas com aquele olhar de Jacob em minha direção. Olhar de confiança.

Deitei na mina cama e apenas tirei meu tênis.

Dormi até o outro dia.

Acordei com alguns raios de sol, invadindo meu quarto. Olhei no relógio e notei que havia dormido demais.

Levantei e realizei com calma minha higiene pessoal.

Troquei de roupa. Escolhi algumas peças que quase não uso. Separei mais uma muda, e coloquei na mochila, assim como um par de tênis.

Desci calmamente as escadas, peguei uma maçã.

Telefonei para o meu Pai na delegacia, avisando que estava indo até a reserva.

Mesmo que meu Pai saiba, e já esteja acostumado com a minha rotina de férias com Jacob, é sempre bom lembra-lo.

Peguei minha bicicleta e parti.

Ter Sol em Forks era tão estranho, e ao mesmo tempo tão gostoso.

Cheguei a reserva e chamei por Jacob. Sara a mãe dele atendeu.

- Boa Tarde Bella. – ela enxugava as mãos, em um pano. – Jake saiu a pouco tempo. Estava com os garotos. – senti meu estomago se revirar inquieto.

- Tudo bem, acho que sei onde eles estão. – empurrei a bicicleta de volta pela trilha.

Já sabia onde eles estavam.

Pedalei rapidamente. Ia dar um fim nessa maldita aposta agora, e pegar meu dinheiro de volta. E não seria pulando penhascos.

Próximo a trilha que levava ao topo do penhasco, deixei minha bicicleta, e corri até alcançar o local onde eles estavam. Ao me aproximar, podia ouvir as vozes deles um tirando sarro do outro.

- Olhe só quem chegou. – Embry olhava divertido para Quill, e Collin.

Jacob apenas sorriu satisfeito por me ver ali.

- Vamos a aposta. – Quill tirou o dinheiro do bolso, e colocou sob uma pedra. Jacob fez o mesmo.

Quill, e Embry cruzaram os braços.

Antes que eu pudesse dizer algo, Jacob apertou meu braço de leve, impedindo as palavras de saírem.

- Vocês pulam antes. – Jacob cruzou os braços.

- Como assim pulamos antes? – Embry parecia incrédulo.

- Esse não era o combinado Jake. – Quill se aproximou.

- E quem disse? – a expressão irônica de Jacob, quase me fez rir. – Ou vocês acharam mesmo, que somente ela pularia, e os dois ficariam aqui, secos olhando? Vocês pulam antes pois já estão acostumados, e assim mostram a ela como se faz. Afinal são mestres em saltos dessa altura. Certo? – os dois se entreolharam.

- Isso não era o combinado Jake. – Embry já não tinha uma postura tão decidida assim.

- Não me lembro, de não combinarmos isso, Embry. – ele deu de ombros. – Ou saltam, ou desistem. – ele disse desafiador.

- E perder a aposta? De maneira alguma. – Quill arrancou a blusa, e o par de tênis, pegou distancia e saltou.

- Não mesmo Swan. Até daqui a pouco, e leve nosso dinheiro. – Embry repetiu os gestos de Quill.

 Corri até onde já podia ver o mar, e Embry e Quill lá embaixo.

- Droga Jake, o truque foi bom, mas eles não caíram, o que faremos agora? – os dois se divertiam lá embaixo.

- Mas quem disse que minha intenção era fazê-los desistir da aposta? Eu sabia que eles iam pular. Minha intenção, era apenas tirar os dois daqui. Eles falam demais. – Jacob sentou-se alguns metros de distancia.

- Jacob. Eu não vou conseguir. – joguei no chão a mochila que estava em minhas costas.

- Pare de repetir isso como um mantra, olhe mire  e salte. Nada vai dar errado. – ele tinha confiança nas palavras quase sempre, e isso era tão peculiar em alguém nesta idade.

- É muito alto. – soltei as palavras, e uma irritação tomou conta do meu corpo. – E não mandei você comprar essa aposta. Eu ia perder, a arcar com isso, mas você tinha que se meter não é? – cruzei os braços irritada.

- Desculpas, desculpas, desculpas. – ele parecia irritado, pela primeira vez, em muito tempo. – E quer saber, eu sabia que você não ia pular! Covarde, medrosa. – seu tom de voz era desafiador.

- Sabia nada Black! – Jacob é simplesmente irritante. – Você fala besteiras demais.

- Eu duvido. – minha respiração ficou acelerada. – Duvido você pular! – ele sabe como odeio ser desafiada, mas o medo e a raiva estão empatados.

Olhei novamente para o mar.

- Eu vou, e você vai ter que se calar, seu intrometido! – meu tom de voz traiu minha falsa confiança, e saiu diferente, do que eu gostaria.

Jacob caminhou em minha direção.

- Você confia em mim certo? Confia e acredita como Eu confio, e acredito em você, ou não? – Jacob ficou ao meu lado novamente.

- Claro que confio Jake, talvez você seja o único que eu confie. – fui sincera.

- Eu não apostaria nada, se não tivesse a certeza, que você é capaz! – Jacob estendeu sua mão em minha direção. – Então se você pula, eu pulo!

Segurei suas mãos com força, e entrelacei meus dedos nos dele.

Respirei fundo.

- Não tenha medo eu estou aqui! – a confiança na voz dele, fez o medo se dissipar.

- Então vamos! – olhei em seus olhos e a me senti segura.

Pulamos de Mãos dadas. 


 

Flash Back Off.





Olhar para trás é sempre difícil.

Agora, Eu enxergo, o que não fui capaz de ver antes. Tudo aquilo que não soube valorizar nos momentos certos. E pior, esteve diante de meus olhos desde, sempre!

Escutei uma batida leve na porta do meu quarto, ajeitei meu roupão:

- Posso entrar? – meu Pai pedia gentilmente do lado de fora.

Respirei fundo, pois já sabia o que Ele ia dizer, como ele esta se sentindo, e também que não vai influenciar em nada a minha decisão!

- Claro Pai! – ele entrou, seu olhar era cauteloso, ao sentar-se ao meu lado na cama.

- Vejo que você esta realmente decidida não é? Não mudou nem por um instante sua decisão, ou pensou em como será difícil levar isso até o fim. – assenti sem olhar em seus olhos.

- Desculpe Pai. Eu não quero desistir, sei o quanto o estou ferindo, mas eu não posso desistir, não agora!. – afirmei.

- Bem não aprovo, mas entendo, e respeito seu desejo. – ele segurou minha mão. – Quero pedir desculpas, pois eu disse algo sobre não leva-la ao altar, e não participar desta loucura. Peço desculpas, pelo meu momento de fraqueza. Não tinha, e não tenho o direito de julgar. Eu a amo e estou aqui, para o bem, ou para o mal! – as palavras dele, me pegaram de surpresa.

O abracei o mais forte que pude.

- Obrigada Pai. Eu vou precisar disso, do seu apoio. E peço desculpas, por não desistir. Por magoar ou decepcionar você, mas, eu não posso...Não quero falhar agora, como já falhei em tantas outras vezes. – ele acariciou meus cabelos.

- E não vai. Estarei aqui ao seu lado, para ajudar, e te dar forças. – meu Pai depositou um beijo na minha bochecha.

- Eu te amo Pai. Obrigada, por tudo que esta fazendo. Não vou poder agradecer jamais!

- E nem deve. – ele se levantou, tentando afastar aquele clima pesado para longe. –Mando as moças que estão lá embaixo, subirem, ou você vai descer?

- Pode mandá-las subir, aqui não vou atrapalhar ninguém, e me sinto melhor entre essas paredes. – admiti por fim.

- Então vou trazê-las aqui. E que comece o seu dia, afinal você me disse...Este dia, vai acontecer somente uma vez! – ele depositou um beijo na minha testa. Saiu e fechou a porta.

Quando meu Pai saiu olhei meu reflexo no espelho, as olheiras, são retrato da minha dor e das noites mal dormidas.

Pensar como eu cheguei até aqui é quase uma tortura.

Eu tive a felicidade, em minhas mãos e a joguei no lixo.

Respirei fundo, tentando afastar, esse pensamento, ele não mudaria nada.

Farei um esforço hoje, na tentaria  de afastar a dor no meu peito, afinal, é o dia do meu casamento, e Eu preciso estar pronta e linda para ele!

Afinal eu Me vestirei de Noiva uma única vez!

- Podemos entrar? – a voz desconhecida, pedia tímida do lado de fora.

- Claro! – forcei um sorriso, para não assustar ninguém.

Duas mulheres, abriram a porta, e a animação contagiante delas, poderia me contagiar em algum momento no dia.

- Feliz Dia da Noiva. – as duas cantaram.

Apenas assenti, tentando me acostumar com essa palavra, que deveria me deixar feliz, e que torço para que um dia não me faça sofrer tanto como hoje.

A palavra Noiva!


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Notas finais do capítulo

Bem ter um Jacob assim apaixonado desde de novo é um Milagre que só a Bella pode ter não eh!!!

meninas a explicação sobre estas palavras que ela solta, e porque ela esta se vestindo de Noiva eu trago nos Próximos capitulos!

Espero que vcs curtam. Beijo até mais!

Fanny, esse capitulo é dedicado a você, que fez a Fic voltar a ativa.

Obrigada....te amo mais por isso!



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