Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Como o prometido, nesse capítulo há cenas +18, então há SEXO, estejam avisadas desde agora. A última coisa que eu quero é ofender vocês ou deixá-las desconfortáveis, portanto, quem não gosta de cenas assim, aconselho a pulá-la quando perceber que as coisas entre os personagens envolvidos estão esquentando. Boa leitura.



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Bianca’s POV

As estrelas brilhavam para nós dentro daquele restaurante para qual Nathan me levava. Só estávamos nós dois na varanda do restaurante, na parte de trás. Ninguém nos via, apenas os garçons que frequentemente apareciam para ver se precisávamos de algo, mas fora eles, ninguém nos via por aquela porta de vidro. Todos estavam no andar de baixo. Meu acompanhante tinha planejado aquilo tudo direitinho.

- Espero que você esteja gostando daqui. É um restaurante antigo, como você vê... Tem muita história de bons amantes que tiveram seus casamentos iniciados bem aqui, onde estamos.

- Então espero que nos traga boa sorte, não? - pisquei gentilmente para ele.

- Claro, mas ter você já é um tipo de sorte pra mim, sabe... - ele segurava minha mão gentilmente. Ele estava lindo naquela noite. Com sua camiseta branca e sua jaqueta de couro. Confiante, tão diferente de mim. Estávamos tão bem que me esqueci o que o tinha feito passar. Tinha sido ignorante em primeiro momento, mas não podia simplesmente ser arrastada para a asa de um carinha famoso, de novo. Mas você tem que perceber que algumas pessoas são melhores que outras nesse sentido, algumas não vão nos fazer sofrer só porque são parecidas com outras. Eu não tinha muita certeza do que estava falando, ou fazendo ali, mas se tivesse que curtir o que a vida estava me dando, teria que curtir o meu britânico, pequenininho, lindo, com um sorriso encantador assim, como se não houvesse amanhã, mesmo que este possa me parecer amargo como café sem açúcar.

- Acho que eu tive essa sorte... Nathan, você poderia ter a garota que quisesse, sabe disso, não sabe? Lilyan me disse que grande parte das meninas que gostam da sua banda, tem você como preferido e já parou para pensar como deve haver garotas lindas, loiras, magras ou britânicas por aí?

- Bianca, olha, do que me adianta todas essas meninas, se elas não me fariam feliz como você pode fazer?

- E se eu não suprir essa sua expectativa de felicidade? - disse insegura. Tinha medo. Ele era especial, é especial.

- Então eu acho outra com você. - senti minhas bochechas corarem de vergonha, e acho que a luz estava forte o bastante para ele ter percebido.

- Hey branquinha, não precisa ficar com vergonha. - passou as costas da mão delicadamente no meu rosto e encostou seus lábios nos meus. Eles estavam quentes, o que me fez esquecer o frio que estava passando.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Por que não poderia? Fica a vontade... - fez sinal para que eu prosseguisse e então o fiz.

- Por que eu?

- Por que você?

- É. Não me conformo de você estar comigo, sabe? Não tenho nada de especial e suas explicações anteriores não me convenceram, se é que me entende.

- Então, por onde começo... Você é linda. Seus olhos grandes são meigos, gentis e sinceros. Seu jeio é lindo, a maneira como ajuda alguém, porque eu vejo o quanto você apóia Lilyan mesmo com sua sutil brutalidade com as pessoas, mas por isso mesmo que eu estou aqui, com você. A maioria das garotas cairia em meus braços se eu fosse falar como fiz com você. Você é bruta, Bianca. Docemente bruta. Amavelmente bruta. Perfeitamente bruta.

- Ok, nunca na minha vida ser chamada de 'olhos grandes' fora um elogio. Não me convenci ainda, mas foi linda a tentativa por sinal, você é uma bela preguiça.

- Falando assim parece até que o Sid é fêmea... - rimos enquanto bebericávamos um pouco do refrigerante em nossos copos.

Ficamos sem ter o que falar por um bom tempo, apenas escutando o músico no andar de cima tocar algumas músicas do Coldplay.

- Nathan, se nós... Você sabe... Durarmos... Quando eu for embora, o que você pretende fazer? Porque eu não sei se vou passar em alguma faculdade aqui, o teste é essa semana e eu não vou obrigar você a viver na Espanha comigo, seria injusto...

- Injusto é nós deixarmos algumas milhas atrapalharem a gente. Eu não vou te deixar, se é o que pensa.

- Não penso nisso... Penso na possibilidade de você deixar de fazer outras coisas nas horas livres para ir me ver.

- Eu gosto de pensar na possibilidade que tudo vai ficar sendo sem graça se eu não fizer com você.

- Sendo assim, então não vejo porque ficar mais te contestando nada, Nathan. Você é um fofo, sabia disso?

- Claro que eu sei! - disse convencido. - Mas vindo de você é melhor...

- Idiota. - disse revirando os olhos.

- Então... O que você quer pra comer? - ele me perguntou enquanto olhava o cardápio.

- O que você achar melhor.

- Então está certo e que essa noite seja tão boa quanto a comida!

Lilyan's POV

Entrei pelo elevador feliz e com sensação de dever comprido, mesmo que não fosse um 'dever' ter ajudado uma amiga. Ela tinha saído de casa linda, feliz, com um sorriso enorme e ganhando elogios da pessoa certa. Eu não podia estar melhor vendo que ela estava bem.

- Pensei que você não ia mais voltar! - disse meu namorado um tanto quanto impaciente quando me viu entrar pela porta.

- Desculpe, senhor impaciente. Estava ajudando uma amiga, você sabe disso.

- Eu sei, baixinha. - foi até o balcão da cozinha onde eu estava sentada e me segurou pela cintura. - Como foi lá?

- Ela saiu linda! E você tinha que ver a cara que o Nathan fez quando a viu!

- Eu imagino. Ele passou a viagem inteira falando nela.

- Aposto que só não era mais irritante que você, me ligando a cada cinco minutos! - ri ao ver sua cara quando eu disse aquelas palavras.

- Ei, eu não sou irritante! É pecado querer saber como está a MINHA namorada?

- Precisava frisar a parte do ‘minha’? - continuei rindo ao ver cada expressão que ele fazia. - Não, não é pecado.

- Claro que precisava, porque ainda tem gente que ainda não percebeu isso...

- Está por acaso falando do Tom?

- Bingo!

- Para de ser idiota, Siva! Que droga. Se eu não quisesse nada com você, já tinha terminado e que eu saiba, eu ainda estou com você, não com ele. Ele é meu amigo, amigo mesmo! Assim como Max, Jay e Nathan.

- Eu sei que você gostava dele, Lilyan.

- Ei, gostava. Eu ainda gosto, mas é de um jeito diferente. Amizade, apenas. - ele virou o rosto de modo a desviar seu olhar do meu. Forcei-o a virar pra mim novamente.

- Para com isso. Por favor. - eu pedi. - Por que você não quer que eu seja amiga dele? Não vou te trair, bobinho. - sorri gentilmente a fim de passar um pouco de alegria naquela conversa um tanto quanto tensa.

- Acho bom mesmo.

- E eu digo o mesmo pra você, ouviu? Quantos garotos altos, morenos, atléticos, com um sorriso perfeito saem andando pelo mundo sem a namorada? Olha que eu tenho informantes.

- Acha meu sorriso perfeito? - ele sorriu pra mim, idiota.

- Isso não vem ao caso! - rimos juntos e eu desci do balcão, puxando-o pela mão até o sofá virado para a janela. O vento que entrava no cômodo era frio e agradável. O céu estava limpo e com várias estrelas que ainda eram vistas por nós. Eu estava encostada nele, e ele mexia no meu cabelo quando lembrei que eu tinha certo compromisso para o dia seguinte.

- Seev, você parou não é? Com essa história de ciúmes com o Tom e tudo mais...

- Vou tentar melhorar, por quê?

- Amigos também saem, certo?

- O que você está querendo dizer com isso, Lilyan?

- Que eu vou sair à tarde com ele para tomar um café...

- Você o que?

- Você escutou...

- Por que você vai sair com ele? Só vocês dois? Sozinhos? Em um café?

- Sozinhos não porque vamos para um estabelecimento comercial, amor. O porquê é meio óbvio, ele é meu amigo, amigos saem juntos, não vamos fazer nada de mais.

- Eu devia não deixar você ir.

- Não estou pedindo sua permissão, Seev, estou avisando.

- Nossa, que independência agora, senhorita Carter. Então quando você me trair você vai chegar pra mim e me 'avisar' que está para nascer chifres na minha cabeça? - ele olhou para mim de canto de olho. Por que era tão difícil pra aquela criatura colocar na sua cabeça, que eu não iria o trair? Mas que merda. Respondi seca e rapidamente.

- Qual o seu problema? Não confia em mim, é isso?

- Pelo contrário, confio muito em você.

- Não parece. Vem cá, supera o seu trauma de chifres, porque certamente você tem um, e segue em frente, eu não sou desse tipo!

- Posso confiar então?

- Se não quiser confiar eu vou acabar terminando com você.

- Então ta, não posso fazer mais nada, se não te deixar ir... Mas não dá nem para chamar Bianca?

- Ela vai estar ocupada demais no apartamento do Nathan. - dei um sorriso um tanto malicioso e tirei as chaves do meu bolso e sacudi em sua frente.

- Hoje a coisa desanda...

- Ou anda logo de vez! Ai, adoro uma saliência desse tipo! - me levantei rindo e dei uma piscada brincalhona para ele.

- Uma saliência alheia, porque com seu namorado ta difícil...

- Ta achando ruim que eu não quero ir pra cama com você ainda?

- Não disse isso, só insinuei.

- É bom mesmo. Vamos assistir filme agora?

- É o que temos pra hoje, mas fico feliz de pelo menos estar com você.

Bianca's POV

- A conta, por favor! - gritou Nathan quando terminamos de comer.

- Nós poderíamos ir a minha casa depois daqui, e ver alguns filmes.

- Lilyan pegou sua chave, lembra? Acho melhor irmos para a minha...

- E assistir alguns filmes...

- Você realmente está com vontade de ver filmes? - perguntou meio envergonhado.

- Não mesmo, mas não queria ser direta. - o garçom chegou com a conta e depois de Nathan tê-la pagou, saímos de mãos dadas em direção ao seu carro. Estava quentinho no carro, muito melhor do que o frio na varanda do restaurante.

Antes de dar partida no carro para irmos em direção ao prédio, ele chegou próximo ao meu ouvido e sussurrou:

- Acho que nós dois sabemos o que queremos fazer, branquinha.

Quando adentramos o apartamento de Nathan eu me permiti relaxar sobre o sofá preto de camurça e encarei a televisão de plasma à minha frente com certo interesse. Percebi pelo canto do olho o olhar de curiosidade que Nathan me lançou, e deixei que um sorriso de escárnio brotasse nas extremidades dos meus lábios.

- Então, qual filme nós vamos assistir? – Perguntei como quem não quer nada, cruzando as pernas e fitando Nathan com um sorriso simpático no rosto.

- Bianca! – Ele me repreendeu, rindo docemente ao se jogar do meu lado no sofá.

- O que foi? – Indaguei com uma inocência que não me pertencia, laçando-lhe o meu melhor olhar meigo com os meus olhos grandes que ele dizia admirar tanto.

- Eu tenho um filme que você vai adorar. – Nathan de repente falou, mudando de assunto e se levantando do sofá. O garoto sumiu para outro cômodo do apartamento e me deixou plantada na sala, voltando alguns minutos depois com as duas mãos para trás.

- Posso saber qual? – Levantei uma das sobrancelhas em desafio, mas a curiosidade para saber o que ele estava aprontando fazia os meus membros formigarem de excitação.

- Se chama Nathan James Sykes. – Ele pronunciou cada palavra cuidadosamente, mantendo os seus olhos sobre os meus sem desviá-los por um segundo sequer, enquanto tirava as mãos das costas e apontava para todo o seu corpo. Não pude evitar a gargalhada que escapou por entre os meus lábios. – Você já assistiu? – Perguntou, aproximando-se de mim.

- Para ser sincera, não. – Comecei, observando-o se aproximar cada vez mais. – Não sei nem ao menos se vou gostar... – Debochei, piscando levemente para ele. – O que você acha?

- Eu acho que você vai tê-lo como o seu filme preferido depois de assistir. – Ele devolveu a piscadela, e um sorriso lindo tomou toda a extensão dos seus lábios avermelhados.

Nathan se ajoelhou ao meu lado no sofá e pegou o meu rosto com uma das mãos, aproximando-o do seu. Ele roçou provocantemente a sua boca na minha, antes de finalmente tomá-la para si. A sua língua fez o contorno dos meus lábios com delicadeza, e eu dei passagem para a mesma quando ela pediu de forma exigente. O toque urgente das nossas línguas despertou-me sensações até então desconhecidas por mim, e a única certeza que me consumia inteiramente era a de que eu precisava dele. Eu precisava de Nathan mais do que nunca. O garoto, que pareceu escutar os meus pensamentos, aprofundou o beijo ao me prender pela cintura com firmeza. Emaranhei os meus dedos entre os seus cabelos e o puxei para ainda mais perto de mim, fazendo assim com que os nossos corpos se tocassem.

Ele me deitou delicadamente sobre o sofá, sem partir o beijo, e fez com que a minha cabeça encostasse confortavelmente no braço do mesmo. Nathan descolou os seus lábios dos meus para que ambos pudéssemos retomar a respiração que havíamos perdido, começando a distribuir beijos por toda a região do meu colo que estava descoberta pelo vestido tomara que caia. Mordi o lábio inferior levemente, procurando controlar os meus hormônios que pareciam ferver, e levei as minhas mãos apressadas até a jaqueta de couro que Nathan vestia, escorregando-a pelos seus braços. Ele interrompeu os beijos que ainda distribuía pelo meu corpo para terminar de retirar a peça de roupa e atirá-la para qualquer canto da sala, livrando-se também dos seus sapatos de forma ágil com os próprios pés. Nathan desencaixou os scarpins pretos os meus pés e os colocou sobre o tapete, pouco antes de voltar os seus olhos profundamente verdes para mim e se perder por entre os meus lábios mais uma vez.

Entre beijos carregados de desejo e mãos deslizando por ambos os corpos, a camiseta branca e a calça jeans de Nathan já se encontravam fazendo companhia para a sua jaqueta em algum canto do cômodo, sendo a boxer preta o único tecido a cobrir o corpo perfeitamente moldado do garoto.  Ele escorregou as suas mãos até a barra do meu vestido, enquanto eu o fitava com intensidade nos olhos, e deslizou o tecido torturantemente até tê-lo fora do meu corpo. Nathan me analisou com as íris ardendo em luxúria, levanto em conta o fato de que, pelo vestido ter bojo, eu não colocara nenhum sutiã por baixo do mesmo. Ele molhou os lábios sensualmente com a língua, pouco antes de voltar com os beijos distribuídos por todo o meu corpo, os quais faziam cada mísera fração da minha pele arrepiar.

A ereção de Nathan roçando contra as minhas partes íntimas parecia fazer questão de lembrar-me que apenas aquelas míseras peças de roupa nos separavam, e então eu decidi que colocaria um fim em todo aquele sofrimento. Nathan pareceu ter a mesma ideia que eu, levando as suas mãos cuidadosamente até a barra da minha calcinha no exato momento em que as minhas alcançaram o cós da sua boxer. Puxei o seu pescoço para mim assim que terminamos de nos ajudar a mandar os tecidos que nos cobriam para longe, e ele respondeu com intensidade igual, tomando os meus lábios para si e os beijando como nunca fizera igual.

Uma mordida de leve no meu lábio inferior vinda de Nathan precedeu o momento no qual ele me preencheu, dando um fim definitivo ao desespero de ambos. A minha certeza de antes só fez crescer quando eu constatei que não havia nada no mundo que se comparasse à sensação de senti-lo em mim. Nathan, por mais absurdo que pudesse soar, parecia ter sido feito para que se encaixasse em mim com perfeição, como se nenhuma outra garota fosse tão certa para ele quanto eu. Assim como, naquele momento, ninguém parecia certo o suficiente como ele para mim. Os seus movimentos constantes pareciam aumentar a velocidade cada vez mais, arrancando-me um gemido fraco que fora humanamente impossível de ser controlado. Nathan afastou os meus cabelos e começou a beijar o meu pescoço como se dele dependesse para viver, sustentando o peso do seu corpo sobre os braços apoiados cuidadosamente no sofá. Ataquei as suas costas com as minhas unhas cuidadosamente pintadas de vermelho, mordendo o seu ombro levemente enquanto ele continuava a investir em mim com cada vez mais intensidade e devorava o meu pescoço com os lábios.

Não demorou muito para que ambos chegássemos ao nosso ápice, Nathan poucos segundos depois de mim. Envolvi o seu corpo com os braços em uma tentativa de buscar apoio em meio aos espasmos que me dominavam, e ele me abraçou de bom grado, virando-nos de lado para que ambos coubéssemos juntos no sofá e ele não me machucasse com o seu peso. O garoto retirou o seu membro pulsante do meu interior e eu suspirei com o movimento. A sensação de que alguma coisa me faltava foi inevitável, o que apenas comprovou a minha teoria de que tínhamos sido feitos um para o outro. Aconcheguei-me no seu tórax e fechei os olhos, enquanto me permitia respirar o delicioso cheiro que emanava da pele dele.

- Eu amo você, branquinha. – Nathan sussurrou, beijando o topo da minha cabeça delicadamente. Eu apenas sorri, exausta demais para compreender a intensidade do significado presente naquelas quatro palavras.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado meninas, principalmente as minhas leitoras salientes que volta e meia pediam um capítulo com cenas +18. Preciso da opinião de vocês agora mais do que nunca, portanto se expressem sem medo nos reviews, tudo bem? E aguardem o capítulo 21, é claro! Vou escrevê-lo o mais rápido que eu puder.
xx



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