Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu disse que ia demorar a postar esse cap. mas eu não pensei que eu fosse escreve-lo em um dia! O próximo, se eu não conseguir escrever tudo amanhã, eu posto até o fim da semana. Espero que vocês gostem!



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– Acho que deveríamos sair da água agora. – dizia Lily que já estava com os lábios roxos e tremia muito.

– Também acho e você já deve estar com muito frio, não é?

– Um pouco. – ela riu enquanto se dirigia para a escada que dava para fora da piscina. – Quando já estava fora e pegou seu casaco percebeu que não tinha uma blusa seca pra colocar e teria que subir com aquela molhada mesmo.

– Você vai realmente subir com essa blusa nesse estado? – perguntou Tom que já tinha se levantado de onde estava e ia subir com eles dois.

– Acho que eu não tenho outra até chegar lá em cima. – ela riu. – Não tem problema.

– Claro que tem. Você vai acabar ficando doente assim.

– Relaxa Tom, eu já ia dar a minha blusa pra ela. – Siva a entregou uma blusa cinza de mangas e ela foi se trocar no banheiro que havia próximo ao jardim. A blusa ficou realmente muito grande nela.

– Ficou bem grande não acha? – ela disse.

– Mas não vai ficar doente pelo menos.

– Isso é verdade, Lils. É bom subirmos agora, não? Está ficando mais frio a cada minuto aqui... Vocês vão ficar aí? – ele gritou para Kelsey, Max e Michelle que estavam na grama.

– Pode ir, Thomas! Eu já subo, ok? – respondeu Kelsey.

– A gente vai ficar por aqui mesmo gente. Até amanhã! – respondeu Max.

– Então ta, né? – disse Tom cabisbaixo e subiu com Lily e Siva. Entraram no elevador e ficaram em silêncio. O cabelo de Lily pingava um pouco na blusa. Quando chegaram no andar dos seus quartos eles pararam na porta de Lily.

– Eu poderia ficar aqui de novo, fazer companhia e tal... – dizia Siva enquanto mexia em seu cabelo.

– Você não venha com esse de novo! – ela riu. – Até amanhã Siva.

– Não vai falar comigo? Abraço? Boa noite? Grande amiga você... – Tom ria enquanto tentava ser dramático.

– Ôôôô Thomas! Boa noite pra você! – ela o abraçou e deu um beijo em sua bochecha, que ele retribuiu. – Te amo, tomtom. – foi em Siva e lhe deu um abraço. – Também te amo, idiota. – abriu a porta do quarto e entrou.

Tom’s POV

Kelsey não quis subir comigo, então eu tinha de um jeito ou de outro subir com Lily e Siva. Não ia ficar com ela. Eu ainda tinha que colocar minha cabeça no lugar. Prolongar ou finalizar aquela história toda, mas naquele momento, eu realmente gostaria de prolongar mais um pouco, ver o que ia acontecer, porque coisas boas não aconteciam com quem gostava da garota de um dos seus melhores amigos, isso era um fato que eu precisava aceitar, mas não agora.

Ela tinha ficado linda com aquela blusa, mas é claro que teria ficado melhor com a MINHA blusa, isso SE Siva não tivesse oferecido a dele, mas a culpa não era dele... Ele não sabia e nem vai saber, porque eu vou parar de olhar para a garota dos meus amigos, se bem que, Lily era a primeira, e a última, porque isso não ia durar muito. Não podia durar.

Nós chegamos em frente ao quarto dela e ela se despediu de Lily, ela ia entrando e não tinha falado comigo, então eu resolvi fazer drama. Ela me abraçou, me deu um beijo na bochecha e disse ‘ Te amo, tomtom.’ . Não vou mentir que naquela hora eu me lembrei da garota do twitter que me mandava cartões de Valentine’s Day, e trechos de músicas e que sempre dizia ‘ te amo, tomtom’. São essas pequenas coisas que fazem a gente lembrar alguém, eu acho. E ao final de tudo isso, percebi que ela cheirava bem.


Tom’s POV off

Bianca e Nathan ainda estavam no pub conversando, mas estava ficando tarde e ela tinha que trabalhar no jornal no dia seguinte. Pagaram a conta e saíram. Estava muito frio lá fora.

– Bia! Você está tremendo!

– Eu estou bem, Nathan. É só um friozinho.

– Para com isso. – ele tirou sua jaqueta e colocou nos ombros de Bianca. – Agora você está bem.

– Nathan! Não precisa, agora você vai ficar com frio!

– Então me abraça, aí a gente se aquece junto. – ela o olhou e como já quisesse fazer isso a muito tempo, o abraçou. Foram caminhando desse jeito na rua quando começou a chuviscar. E o chuvisco começou a engrossar.

– Tem certeza que ainda quer ir a pé pra casa? – perguntou Nathan quando procurava algum lugar para se proteger da chuva.

– Acho que seria viável nós pegarmos um taxi?

– Acho que sim, melhor do que ficar nessa chuva. – pegaram o primeiro taxi que apareceu e foram direto para o hotel. – Obrigado amigo! – Nathan disse para o taxista enquanto fechava a porta para Bianca.

– Você ta um pouco molhada, deveria trocar de roupa assim que chegar em casa.

– Obrigada por se preocupar Nath. – entraram no elevador mas ficaram em silêncio. Impressionante como elevadores formar situações constrangedoras de silêncio profundo.

Chegando a porta do quarto de Bia, Nathan a abraçou e disse:

– Obrigada pela noite, Bia.

– Eu que agradeço! Me diverti muito.

– Fico feliz que você se divertiu. – Ela pegou a chaves do quarto e abriu a porta. Um fio de cabelo estava em seu rosto. Nathan a olhou e o colocou no lugar.

– Obrigada. – ela deu um sorriso e o abraçou.

– Não por isso. – ela depositou um beijo em sua bochecha.

– Boa noite Nathan.

– Boa noite Bia. – quando ela ia entrando em casa, ele falou – Posso te ligar amanhã?

– Claro, fica a vontade.

– Então ta... – ele virou e saiu. Ela ficou observando ele andar. – Nathan! – ela gritou de repente. – Seu casaco!

– Eu pego depois! Boa noite, de novo! – e entrou em casa.

Bia’s POV

Cheguei em casa MUITO molhada mas aquele casaco me aquecia. Ele tinha um cheiro muito bom, tanto o dono, como o casaco. Fui direto para o banho, eu estava muito cansada. Começei a pensar na noite que tive hoje. Não sei se fiz certo em ficar beijando ele, sério, mas eu queria muito simplesmente ter o beijado ali. Ele era tudo que qualquer pessoa sempre quis. Legal, simpático, bonito, engraçado, tinha um sorriso lindo e um cheiro bom. Mas eu sabia que não ia dar certo. Poxa, aquilo já era sorte demais, não era? Claro que sim.

Queria saber o que aquele garoto tinha, porque poxa, eu não conseguia parar de pensar nele, ele me fazia dar sorrisos bobos, e eu estava idiota, mais do que o normal. Ah sim, a Lily falou para dar uma chance a ele... Isso era mais difícil do que eu pensava! Envolver, ou não me envolver... Cruel dúvida do medo de sofrer. Medo idiota! Se fosse qualquer garota já estaria lá, aos pés dele. Eu não era qualquer uma, mas estava sob os efeitos do garoto mais lindo que eu já vira. Idiota. Resolvi tomar um leite, porque não exigia tanto.

Estava chovendo muito mesmo lá fora, resolvi ligar pra Lily porque queria contar tudo pra ela. Liguei quatro vezes e aquela chata e insensível da minha amiga não atendeu. Quando eu estava quase desistindo, uma Lily sonolenta atendeu o telefone.

– Alô?

– Lilyan?

– Bianca?

– É! Estava dormindo a muito tempo?

– Não muito. O que foi?

– Preciso te contar algumas coisas de hoje?

– Nossa! O que aconteceu? – então era só vim com uma novidadezinha que ela já se animava? Ponto positivo pra mim! Vou aparecer com uma novidade todo dia.

– Então... A gente foi num pub aqui perto, ficamos conversando e bebendo por lá e depois fomos dançar e estava tocando “Para tu amor” e nossa ele me pegou pela cintura e sussurrando no meu ouvido pediu pra eu dar uma chance pra ele!

– AI MEU DEUS! O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE?

– Eu disse que ele sabia que não era o momento ainda.

– VOCÊ NÃO PODE TER FEITO SÓ ISSO! SE NÃO VOCÊ NÃO ME LIGARIA ESSA HORA PRA FALAR UMA COISA ASSIM!

– Ok, eu não fiz só isso.

– O QUE MAIS VOCÊ FEZ? POXA VIDA BINCA.

– Eu falei isso, só que como nós estávamos próximos demais... Eu fiquei beijando ele.

– VOCÊ O QUE?

– Eu tenho certeza que você escutou.

– Meu Deus, e o ar cadê?

– Circulando.

– Para de ser assim!

– Ok, parei.

– E eu estou com a jaqueta dele aqui em casa.

– COMO ASSIM?

– Eu tava com frio e ele me emprestou. Eu disse que não precisava porque aí ele que ia ficar com frio.

– E de onde surgiu tanta preocupação? Isso é amor...

– Ah vai se foder!

– E o que ele disse?

– Disse ‘ chega junto aí gatinha que a gente se esquenta ‘.

– Ele não falou isso!

– Não mesmo. Ele disse algo como ‘ me abraça que a gente se esquenta junto.’

– QUE LINDO!

– Mais lindo ainda foi quando estávamos dançando e estávamos tão próximos que eu já estava simplesmente ‘ Nathan vem cá, me abraça e não me solta mais.’ , e ele disse que nós não estávamos tão perto quanto ele gostaria!

– NOSSA, NOSSA, NOSSA!

– E eu não fiz nada. Sou uma moça difícil.

– Você beijou o rapaz!

– Ei, ei, ei, eu não o beijei! Eu fiquei beijando, não prolonguei nada, eram selinhos apenas.

– Filha de uma mãe!

– E de um bom pai.

– Ta fazendo ele de idiota?

– Não seria capaz disso. To tentando ver o que eu faço.

– Em relação a ele?

– É!

– Tem que resolver mais alguma coisa? Porque que eu esteja vendo, vendo ta doida pra ficar com ele, e ele te quer. Uma chance é o que VOCÊS precisam.

– Eu tenho medo.

– De que?

– De não dar certo e dói muito terminar uma coisa assim, que você tem esperança e depois quebra a cara.

– Mas daí você aprende, ou tenta de novo. A vida é assim, colega.

– Verdade né?

– E afinal, eu acho que ele compreenderia se você tentasse mas não achasse que iria durar e fosse conversar com sobre vocês terminarem.

– Não se termina algo que não aconteceu.

– Mas vai acontecer porque você não é idiota de o deixar ir embora.

– Você tem razão...

– Sempre tenho Bianca, sempre tenho.

– Vai se lascar, idiota! –nós rimos. – E como foi como Seev?

– Foi bom, muito bom. Tomamos banho de piscina, de roupa e tudo.

– Em um frio desses?

– Sim! E ele me emprestou uma blusa quando a gente subiu, porque eu não tinha levado outra. Ta aqui até...

– Que meigo! Vomito arco-íris por você!

– Só quem eu vi que não estava se divertindo muito era o Tom. Ele não entrou na água, nem nada. Aquela namorada dele é estranha.

– Ela tem olhos incrivelmente grandes e malignos.

– Malignos?

– Sim. Sinto minha alma sendo sugada a cada vez que olho pra aquela garota. – ri da minha própria piada.

– Nossa. Você é má! Mas devo concordar que você está certa. Ah, olha, a conversa está ótima, mas a chuva ta engrossando e ta um clima ótimo pra dormir. Se eu fosse você, faria o mesmo. Boa noite. Sonha com o Nathan.

– Não vou sonhar porra nenhuma. Te amo.

– Haha, te amo também. – ela havia desligado logo depois , era verdade que a chuva estava engrossando a cada minuto que passava e com isso vinham vários trovões e relâmpagos, coisas que eu nunca gostei. Lembrei que em Madrid, toda vez que chovia forte, eu ia dormir com o meu irmão Pablo. Ele era uns dois anos mais velho, tinha uns 19 anos, e me chamava de idiota por não querer dormir sozinha. Mas eu não gostava.

Tentei seguir o conselho de Lily, e até consegui dormir um pouco, mas acordei as 2:00 am , assustada com um trovão. Eu sabia que se chegasse no quarto de Lily, ela nem ia abrir a porta. Só me restou uma pessoa então.

Fechei a porta do quarto e entrei no elevador. Cheguei ao andar de número 25 e os corredores estavam mais vazios do que nunca. Nenhum barulho. Fui andando até chegar no quarto que eram alguns depois do de Lily. Toquei a campainha. Demorou alguns minutos até atender.

– Quem é? – perguntou a voz de dentro do apartamento.

– Nathan?

– Bianca?

– Oi... – ele abriu a porta e me olhou ou olhou para o meu pijama com shorts preto com bolinhas brancas e minha blusa grande e rosa. Ele estava com uma calça de moletom cinza e uma blusa sem mangas branca. – Eu queria te pedir uma coisa...

– Ok, você quer entrar?

– Primeiro responde e por favor, não me ache uma idiota por isso!

– Ok...

– Ta chovendo muito e está trovejando, eu odeio trovões, medo mesmo! Eu queria perguntar... – respirei fundo e continuei. – Se eu poderia dormir aqui essa noite?

– Você tem medo de trovões?

– Tenho poxa.

– Tudo bem então, pode entrar. – eu entrei e ele me deu um abraço bem forte. Eu queria ficar abraçado com ele por um bom tempo, mas eu precisava dormir. – O meu quarto é lá em cima, eu posso dormir no sofá se você quiser.

– Eu já vim pra cá pra não dormir sozinha.

– Então você quer que eu durma com você?

– Acho que é essa a idéia. – ele me olhou surpreso e fui logo adiantando. – Nada de malicias, idiota. – nós rimos daquela situação.

O quarto dele era tão grande como o de Lilyan, tinha uma cama de casal com edredons azul escuro e as fronhas dos travesseiros eram pretas, e já estava tudo bagunçado. Garotos.

Deitamos na cama. Eu virei para um lado e ele para outro, mas não demoramos muito tempo assim. Ele virou para mim, de modo que estava falando ao pé do meu ouvido.

– Seria malicia te abraçar?

– Não mesmo. – ele me abraçou e entrelaçou a minha mão com a dele. Ficamos assim até adormecer.

E o medo tinha ido embora, assim como a chuva que eu já não escutava mais.

Bia’s POV off



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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado ! E mande, reviews contando o que acharam! xx



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