Between Tears And Smiles escrita por Joyce_mc


Capítulo 22
Decisão




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Nessie

Eu queria entender a vida, queria saber porque coisas ruins acontecem. Saber porque a felicidade nunca vem acompanhada da calmaria, porque tudo que em um momento está no lugar, de repente vira de cabeça para baixo como uma tormenta sem fim. Isso é tão injusto. Batalhamos tanto para conquistarmos nossa tão preciosa paz e agora alguém que nem sequer sabemos quem é queria vir aqui a tira-lá de nós? Meu rosto queimou e tremores me percorreram da cabeça aos pés.

–Não. - sussurrei entre dentes. Chega de ser a sensível, aquela que precisa ser protegida. A certinha, frágil.

– Nessie? - Todos na sala me encararam, eu continuava tremendo, podia sentir meus olhos queimarem. Os braços de Jacob me envolveram. - Chega de planejar, articular. Chega de ficar esperando a paz dos malditos Volturis. Chega de ficarmos parados, escondidos como se nós fossemos os errados. Agimos por amor durante tanto tempo, agora vamos agir com a razão. - eu desabafei e confesso já esperava que me mandassem ficar quieta ou algo do tipo, mas risos com certeza eram a última coisa que eu esperava ouvir. Não precisei olhar para ver que quem rira era Seth.

– Alguém está passando tempo demais com Jacob. - Jake rosnou, mas não era um rosnado tenso com alguns segundos atrás, ele estava... calmo?

Olhei em volta e todos permaneciam tensos, mas algo havia mudado. Meu pai me encarou e por Deus eu juro que ele estava fazendo um esforço sobrenatural para manter-se sério, mas ainda sim vim um pequeno e quase imperceptível sorriso no canto de sua boca. Marcus, Alec e Felix me encaravam surpresos.

– Vovô o que vamos fazer? - Carlisle me encarou

– Nessie, creio que não seja fácil um luta. - em seus olhos pela primeira vez, percebi que meu avô tinha perdido a fé.

– Porque Carlisle? Porque não tentar? - Emmett interveio

– Estamos em uma desvantagem descomunal Emmett e sem contar nas novas aquisições de Aro, poderosos demais.

– Mas nós também temos poderes Carlisle, crianças poderosas, vampiros experientes e os transmorfos. Talvez a gente não ganhe, mas precisamos lutar.

– Já conseguimos ajuda uma vez Carlisle, conseguiremos novamente - Rose propôs e Carlisle se encolheu

– E novamente estamos expondo nossos amigos á morte Rose? - todos calaram-se. Era um beco sem saída.

– Os mortos não podem morrer. - Ammy suspirou com um sorriso maroto e Ash deu um sobressalto. As duas se encararam e vi um brilho estranho nos olhos de Ash.

– Ammy... você? - Ammy sorriu e assentiu.

– Uma Goy mãe.

– Uma Goy? O que em nome de Deus, é uma Goy ? - Ariel exaltou-se.

– Uma Goy é uma bruxa que tem o dom de controlar os espíritos, sejam eles de qualquer dimensão paralela á Terra. Uma goy pode tornar os espíritos concretos o suficiente para matarem um vampiro sem esforços e o fato de não serem corpos vivos qualquer tipo de dom é inútil contra eles. - Ammy sorriu.

– Quando descobriu isso filha? - Seth perguntou orgulhoso. Ammy fez um novo fio de esperança nascer em todos ali.

– Á algumas semanas, desde então venho treinando e praticando. Queria ter certeza até contar. - ela olhou sorridente para os irmãos e seu sorriso então morreu. Ariel mantinha-se duro, inflexível. Como se tivesse acabado de tomar uma facada.

All's apenas olhava para os irmãos, com os olhos lacrimejados. Ela sabia o que viria á seguir. Ariel virou as costas e saiu da sala.

Ammy seu um passo em sua direção, mas Edward a prendeu em seus braços.

– Dê um tempo á ele ruivinha. - ela encostou a cabeça no ombro do tio e deixou as lágrimas caírem.

Carlisle levantou-se

– Ash o que me diz disso? - Ashley sorri fracamente.

– Creio que eu e Ammy juntas sejamos capazes de trazer espíritos o suficiente para dobrar o numero da guarda Volturi. - todos aquietaram-se em seus lugares.

– Isso significa que temos uma chance então?

– Sim Carlisle. Nós temos.

Marcus pôs a mão no ombro de Carlisle

– Em nome de todo sofrimento que meus irmãos e eu lhe causamos gostaria de lutar á seu lado Carlisle. Podemos ser úteis. - ele olhou para Alec e Feliz que assentiram.

– Toda ajuda é bem vinda Marcus.

Ariel

Sai da sala e fui me sentar no gramado, o céu estava lindo e fiquei ali ouvindo tudo o que falavam lá dentro. Mesmo longe estava a par de tudo, até mesmo do que não queria estar.

Podia ouvir uma respiração acelerada, ofegante, um fungado. Alguém chorando, escondida na cozinha. Eu sabia quem era mas não conseguia me levantar e ir até lá.

Meu peito estava triturado por aquilo, mas nunca consegui lidar bem com mentiras e foi isso que Ammy fez: mentiu pra mim. Todas as vezes em que tentei fazer ela me contar ela negou. Uma parte de mim é o que ela é e quando me escondeu algo tão importante foi como se tivesse me privado o direito de saber algo sobre mim mesmo.

– Tô com medo. - o som de algo se quebrando me fez saltar e parar na cozinha em menos de um segundo.

E lá estava ela, sentada no chão com um copo quebrado ao lado e sangue em sua mão. O ferimento já estava quase curado, eu me aproximei dela e a abracei.

– Me desculpa cachinhos, não menti pra você eu só queria estar boa o suficiente pra te orgulhar. - meu coração se apertou.

– Você será sempre um orgulho para mim Ammy, só não me esconda mais as coisas.

Isso me mata aos poucos. - ela fungou

– Desculpe.

– Tudo bem.

Sentei-me ao seu lado e sorri.

– Acha que pode trazer espíritos o suficiente mesmo? – ela me encarou, sentindo todo o peso, toda a responsabilidade.

– Posso. – seu olhos ficaram fixos no chão e então ela abriu a boca mas a fechou novamente.

– O que é? – ergui seu rosto

– Tem um lugar chamado Narnia. É uma dimensão paralela á Terra, um lugar lindo. Lá nossas almas não habitam nossos corpos, pelo contrário elas são um animal que anda sempre conectado á nós, os Dimons, criaturas perfeitas.

Eu a encarei por um momento e assenti com a cabeça querendo saber mais e no fim quase não conseguia acreditar nas maravilhas que ela me contava. All’s juntou-se á nós e assim como eu mostrou-se perplexa.

Tudo estava mais calmo e até mesmo descontraído, mas Ammy permanecia tensa.

– Tem algo mais á nos contar? – ela abaixou os olhos pensativa e uma lágrima escorreu por seus olhos.

–Não sei se posso ter meu IMPRINTING e... – suas bochechas ficaram vermelhas – Eu o amo.

– Quem? – All’s abraçou-a

– Jason, de Narnia. – tentei ao máximo controlar o ciúme e a abracei também

– E o que há de errado além do IMPRINTING?

– Ele é noivo Ariel.

Nem eu, nem All’s dissemos mais nada. Apenas deixamos que ela chorasse e se acalmasse.

– Será que consegue nos levar até lá? – De repente mamãe estava atrás de nós e sentava-se ao nosso lado, tenho certeza de que ela havia ouvido tudo, mas preferiu não pronunciar-se.

– Posso tentar. Deem-me suas mãos. – nós á tocamos e aos poucos as coisas começaram á ficarem, transparentes como se... Estivesse sumindo. A ultima coisa que me lembro foi de sentir um peso repentino nos olhos e então meu corpo tombou na grama

– Ariel? Ari? – sentia uma mão gelada tocar meu rosto e quando abri os olhos de imediato não reconheci o lugar, tentei levantar mas minhas pernas travaram-se então virei pro lado e senti que algo estava preso em minha garganta. Então veio o vômito. As meninas me encararam perplexas, limpei-me e enfim consegui levantar.

Olhei em volta e fiquei boquiaberto. Tudo aqui era lindo demais para parecer real e então de trás de alguns arbustos surgiu um grande tigre de olhos azuis tão intensos e familiares.

– Dimmy – Ammy correu e abraçou o felino que então na hora reconheci – Estes são... – ela não terminou de falar e este á interrompeu

– Eu sei quem são Ammy, é um prazer conhece-los mas temos problemas. Acredito que você tenha algo á nos contar e lorde Asriel deseja vê-la na câmera dos anciões – nós gelamos.

Ammy

Dimmy nos conduziu até onde os anciões e lorde Asriel nos esperava.

– Daqui em diante infelizmente vocês não podem mais vir conosco – ele olhou diretamente pra minha mãe e meus irmãos. Eles iriam discutir mas os acalmei.

– Está tudo bem , eles são apenas reservados. Não confiam em vocês pra isso. Vai ficar tudo bem.

Então entrei com Dimmy. Lá dentro tudo me parecia diferente do mundo lá fora onde até então estávamos.

Era um salão enorme, com pilastras de mármore bruto formando um corredor, onde no final encontravam-se quatro cadeiras : 2 de um ouro maciço, brilhante que mais parecia o sol. Ao lado de cada uma delas, encontravam-se duas de prata repletas de rubis delicados em toda á sua extensão. Forcei meus olhos e então distingui as quatro figuras sentadas lá. Um homem de cabelos grisalhos, pele branca e olhos extremamente pretos, no rosto um sorriso gentil e cordial; ao seu lado direito, na outra cadeira de ouro, um homem aparentemente mais jovem de pele muito branca e cabelos extremamente pretos, olhos de um verde intenso e uma expressão séria, não ameaçadora ou intimidadora, ao mesmo tempo em que era gentil mantinha-se séria sem traços de esboçar sorriso algum e ao seu lado direito, também, uma mulher loira de pele fina e delicada, olhos de um castanho mel simplesmente lindos, boca em formato de coração e rosada. Corri meus olhos para a mulher ao lado do senhor de cabelos grisalhos e quase me faltou o ar nos pulmões. Ela era ... era magnifica. Porém, era um retrato de minha avó. Os olhos extremamente azuis, pele branca e cabelos tão pretos que pareciam refletir a própria luz, caídos até abaixo de sua cintura, como em uma cascata de águas negras. Fixei meus olhos nela sem conseguir respirar direito.

Dimmy me encarou assustados, provavelmente sentindo minhas sensações. Forcei o ar á passar por meus pulmões e ajoelhei-me aos pés dos quatro. Era agora. Eu precisava fazer algo, tomar uma decisão. Era a vida de minha família que estava em jogo. Eu precisava fazer alguma coisa e minha salvação estava logo á minha frente.chamados “Os quatro poderes” de Narnia.


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Notas finais do capítulo

Miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilhares de perdões pela demora , vou melhorar isso galera. Agora tentarei postar um capítulo novo toda semana , ok ? E se alguém estiver interessada em ser minha beta pra poder me ajudar . Seja muuito bem vinda . Obrigada e novamente desculpas, mas escola, trabalho, academia, viiiish .... é muito pouco tempo que sobra ;xx Espero que entendam. Beeijos flores ;*-*



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