A New Life escrita por JacquelineD


Capítulo 1
Chapter One.


Notas iniciais do capítulo

Acho que por enquanto não tenho nada para falar... Enfim, espero que gostem do primeiro capítulo e que voltem sempre -q. Tá, chega de enrolar. Here it comes...



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– Atenção senhores passageiros do voo 1423, suas bagagens encontram-se disponíveis na esteira de número 3. – Anunciou aquela típica voz de aeroporto. Logo, me encaminhei até a esteira indicada e estacionei meu carrinho para garantir meu espaço. Depois de pegar minhas malas, saí do aeroporto e entrei num taxi.

– Para onde estamos indo, senhorita? – perguntou o taxista, sentando-se no banco do motorista logo após colocar minhas coisas no porta-malas. Vasculhei a bolsa e peguei um cartãozinho do hotel que continha o endereço. Assim que ele deu partida, eu conectei meus fones de ouvido no iPhone e fui admirando a paisagem da cidade ao som de “Starlight – Muse”. Para começo de história, acho que seria melhor eu explicar direito o que está acontecendo e como eu vim parar aqui. Ok, aqui vamos nós.

Eu me chamo Jane Dayme e sou brasileira. Nasci em Salvador, Bahia, mas me mudei para o Rio de Janeiro quando completei 14 anos, já que toda a minha família por parte de mãe é de lá, inclusive ela. Acabo de concluir o ensino médio, mas ainda não sei o que quero fazer da minha vida. Já que daqui a algumas semanas irei completar 18 anos, ganhei de presente (antecipado, claro) uma passagem para Londres. Sim, uma passagem para Londres. Sem data de volta prevista. E reserva num hotel maravilhoso, com tudo pago. E não, eu não estou dormindo para sonhar assim. HAHA, enfim... Não faço ideia de como vai ser essa experiência aqui, então não posso determinar se continuarei morando aqui ou não, e por isso vou ficar no hotel por um tempo.


Estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi quando o taxi parou em frente à entrada do hotel. O taxista abriu a porta para mim e me ajudou com as malas, eu lhe dei uma gorjeta e entrei na recepção. O processo de check-in foi tranquilo, eu ficaria no quarto 501, de onde dava para ver a London Eye (sonho). Enquanto o carregador (N/A: É assim que se chama o cara que leva as malas? rs) levava a minha bagagem para o quarto, não pude deixar de perceber no movimento do lado de fora do hotel. Franzi o cenho e me aproximei da janela para poder ver melhor, e percebi que uma aglomeração se formou instantaneamente quando dois carros pararam na entrada, ambos pretos e com vidros super escuros. “Devem ser blindados, até.”, pensei comigo mesma, afinal, não dava para ver absolutamente nada dentro do carro. E então a porta do mesmo se abriu. E eu juro plantando bananeira que se eu não tivesse dentro do hotel, morria asfixiada pelo cabelo alheio, porque todas as garotas que estavam lá fora começaram a gritar igual à malucas e tentar pular uma por cima da outra quando 5 garotos saíram do carro, e os seguranças apenas se fingiam de paredes ali, quase sem deixar o ar passar por entre eles. Os meninos entraram no hotel acompanhados por mais três pessoas; um homem, uma mulher e outro “muro”, que ficou parado na porta. O homem e a mulher se encaminharam para o balcão, e os garotos se espalharam pelo sofá, sem nem ao menos notar minha presença naquela cena que se desenrolava. Quando eu olhei para o lado, vi um anúncio que respondeu tudo. “One Direction realizará tarde de autógrafos no hotel, na sexta feira, dia 23. Não perca!”. O que ocorreu a seguir foi igual aos filmes; eu olhei para a imagem em tamanho real de cinco absurdamente lindos meninos que estava na minha frente, e depois olhei para aqueles que estavam sentados no sofá e meu queixo caiu. Meu olhar ficou indo e voltando da imagem para os garotos, e dos garotos para a imagem. Já tinha ouvido falar da banda e ouvido algumas músicas, mas a ideia de que eles estavam ali na minha frente simplesmente não entrava na minha cabeça! Pisquei continuamente quando percebi que um dos funcionários do hotel balançava levemente meu ombro, e logo ele invadiu meu campo de visão, me trazendo de volta a mim.

– Senhorita, suas malas já estão no quarto. Qualquer coisa que precisar, é só vir na recepção, sim? – Ele falou gentilmente, mas não pude deixar de perceber que parecia meio robótico. Imaginei quantas vezes ele já devia ter repetido essa frase, e balancei a cabeça, rindo comigo mesma. “Coitado, deve ser muito cansativo ter que gentil o dia inteiro e ainda ter que ouvir desaforo de muitos esnobes que se tem por aí”. Pois é, eu sou assim, meio lesada. Vivo perdida no meu mundo, em meus próprios pensamentos.

– E então, posso saber o motivo de tanto divertimento? – alguém perguntou, me fazendo dar um pinote com o tamanho susto que levei.

– Criatura abençoada, você se materializou aqui, por um acaso? – arregalei meus olhos. Ele sorriu, aparentemente se divertindo com a minha expressão.

– Desculpe, não quis te assustar. É que você estava aí, parada, rindo sozinha e... Eu tive que vir aqui. – disse coçando a parte de trás da cabeça. Quando me dei conta que eu estava frente a frente com... Com... Qual era mesmo o nome dele? Olhos claros, cabelo liso, sorriso encantador... Louis? Isso! Louis. Enfim, quando me dei conta que estava frente a frente com um dos membros da One Direction, estaquei, e acho que ele percebeu que eu finalmente tinha reconhecido ele. Ficamos nos encarando por um bom tempo, até que...

– Hey, Louis! Está surdo? Vamos logo. – alguém berrou em frente ao elevador do hotel. Não me dei ao trabalho de me virar e ver quem era, apenas desviei meu olhar dele, constrangida por ficar encarando-o por tanto tempo como se fosse um bicho.

– Err... E-eu acho melhor você ir, Lo-Louis. – disse gaguejando. Olhei para baixo e cocei o canto da sobrancelha tentando disfarçar. Apesar de toda a minha reação, ele pareceu não se abalar com isso.

– Aham. – Mas ele apenas cruzou os braços e ficou me olhando como se esperasse algo.

– O que foi? – perguntei erguendo as sobrancelhas.

– Estou esperando você me dizer seu nome, oras. – ele respondeu como se fosse óbvio e eu sorri timidamente.

– Jane. Jane Dayme. Mas eu prefiro que me chame apenas de Jay, porque não gosto muito do meu nome. Me lembra muito os filmes do “Tarzan”. – eu disse e ele soltou um risinho.

– Ok então, Jay. A gente se vê por aí. – ele sorriu de lado e piscou para mim. Eu apenas balancei a cabeça, descrente do que acabara de acontecer e observei as portas do elevador – que já estava cheio – se fechando.

Fui até o balcão pegar um mapa da cidade e alguns panfletos e subi para o meu quarto, a fim de planejar o que eu iria fazer no dia seguinte e no resto da semana.



O resto da tarde passou bem rápido, fiquei vendo televisão, conversando pelo facebook com meus amigos do Brasil, e me segurei ao máximo para não dormir. Não queria que meus horários ficassem desregulados, e por isso resolvi que só iria para a cama quando fosse hora de dormir mesmo.

Já havia anoitecido quando minha barriga começou a roncar muito forte. Decidi ir ao restaurante do hotel, pegar alguma besteira para comer e aproveitar para conhecer melhor o lugar, esticar as pernas e tal. Coloquei um short jeans e um moletom lilás, calcei meu all star e saí do quarto. Assim que fechei a porta e fui chamar o elevador, percebi que não era a única; um garoto também esperava o elevador. Possuía cabelos e olhos castanhos, era razoavelmente alto e... E era lindo!

– Ahn... Boa noite. – eu o cumprimentei, como sempre faço com todos que encontro.

– Booooa! – ele disse e sorriu para mim. “Ai meu Deus, isso está mesmo acontecendo? É a segunda vez que eu encontro um membro da banda, e ainda por cima no mesmo dia!”, pensei sozinha, tentando acalmar meus ânimos antes que ele percebesse o meu nervosismo. “Esse deve ser o Liam”, lembrei-me enquanto tentava resistir ao impulso de virar o rosto para admirá-lo.

– Desculpe, mas nós já nos vimos antes? – Ele perguntou me analisando com o cenho franzinho. Me abana, senhor! Ele está mesmo puxando papo comigo?

– Er... E-eu – “Fala algo, sua burra!”, berrava uma voz dentro de mim. Respirei fundo e prossegui. – Acho que sim... Bem, eu pelo menos já vi. Eu estava na recepção do hotel hoje mais cedo, quando vocês... Quando vocês chegaram e trouxeram uma procissão de garotas junto. – Falei, por fim, e logo me arrependi. Fiquei com medo que ele achasse que eu era do tipo Anti-Boy Band, porque pelo jeito que eu falei...

– Ah, sim... É, nem eu esperava tanta gente. – eu o encarei com a sobrancelha erguida e ele terminou a frase. – Bom, levando em consideração que passaríamos a tarde inteira de hoje dando autógrafos a qualquer uma que viesse, não esperava que fosse aquela confusão lá fora. – eu soltei um riso pelo nariz e ele sorriu discretamente.

– E então, Liam... – eu pronunciei o nome dele pela primeira vez, e ele logo se virou para me encarar. – Vão passar a noite no hotel?

– Sim, sim. Como terminamos tudo tarde e amanhã não temos compromissos, resolvemos ficar pelo menos essa noite, e amanhã vamos para casa. – ele disse e eu assenti, murmurando um “hum...” quase mudo.

O elevador chegou e assim que entramos, criou-se aquele típico clima tenso, onde ficamos parados encarando a porta até que finalmente pare no nosso andar. Só que de repente, ouvimos um barulho estranho e em seguida tudo aconteceu muito rápido. O elevador despencou no nada, sem mais nem menos, fazendo com que um grito escapasse pela minha garganta e aquela sensação de estômago embrulhado tomou conta de mim, até que com um baque, o elevador parou de cair, e ficou balançando vagarosamente, de um lado para o outro, criando um rangido irritante.

– Freios de segurança... – ouvi a voz de Liam ao pé do meu ouvido, e quando virei a cabeça em sua direção, percebi a situação em que estávamos; ele estava com as costas apoiadas em um dos cantos do elevador enquanto um de seus braços estava esticado e ele tentava inutilmente agarrar a parede, e o outro me envolvia pela cintura, me esmagando contra seu corpo. E eu, por minha vez, estava colada nele, enquanto uma mão estava cravada no seu ombro, e a outra agarrava a gola de sua camisa que graças ao meu desespero encontrava-se meio rasgada.

– Ai, meu Jesus Cristo. E agora? – perguntei encarando-o, com o olhar apavorado.

– E agora?... – ele repetiu as minhas palavras. – E agora que estamos lascados.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Se eu tiver pelo menos uma leitora, juro que tento adiantar o próximo capítulo -q Anyway, beijos e obrigada por ler! :*