Shitashii Sensei escrita por Jibrille_chan


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

xDDDDD

Postado sobre ameaças da Tia Onça xDDDD /caco



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Reita's P.O.V.

 

Não eram nem nove e meia da manhã, mas eu já estava acordado a algum tempo, tentando me organizar por entre caixas e mais caixas. Incrível como professores têm o péssimo hábito de juntar tantos livros pesados. Só faltava uma caixa de livros para pôr em ordem. E o resto da casa. Abri a caixa, começando a arrumar os livros na estante que acomodava a televisão e tantos outros livros.

 

Tirei um deles da caixa, me detendo ao ver o que era. O álbum de fotografias do meu casamento. Sentei-me no chão, folheando-o. Uma certa nostalgia me invadiu, olhando aquelas fotos. É, eu a amava... mas parecia que aquilo não era suficiente. Parecia que... faltava algo. Talvez ela tivesse razão em me abandonar, talvez tivesse sido uma decisão precipitada. Talvez ela só estivesse sendo mimada.

 

Joguei o álbum no enorme saco plástico que servia de lixo. Não adiantaria nada remexer no passado, eu só me irritaria com aquilo. Acabei de arrumar os livros, pegando o saco de lixo e indo leva-lo pra fora. Joguei-o sem nenhum cuidado dentro de um dos latões que ficavam do lado de fora e pulei uns bons centímetros de susto ao ouvir o meu nome.

 

- Suzuki-san?

 

Ergui a cabeça, me recuperando do susto. Sentado na porta da casa bem em frente à minha, vestindo um pijama composto por um short no mínimo indecente, estava um dos meus alunos.

 

- Matsumoto-san. Não sabia que morava por aqui.

 

Ele sorriu de canto, e aquilo me surpreendeu. Primeiro, porque ele ficava muito bonito sorrindo daquele jeito e parcialmente deitado no chão, os braços erguendo-o ligeiramente. Segundo, porque no geral ele se sentava no fundo da sala e não falava com ninguém. Acho que aquela era a segunda ou terceira vez que eu ouvia sua voz, e olhe que já estávamos no começo do segundo bimestre.

 

- Eu moro aqui desde o ginásio. Mas fiquei curioso, sensei. Essas casas desse lado do bairro são todas iguais e bem apertadas. Sinceramente espero que o senhor e a sua esposa não queiram ter filhos.

 

Minha expressão se fechou um pouco, e ele pareceu ter notado, erguendo uma sobrancelha.

 

- Nos separamos recentemente.

 

- Ah... eu sinto muito.

 

Não pareceu muito sincero, mas fomos interrompidos por uma voz feminina que praticamente surgiu do nada.

 

- Matsumoto Takanori! Trate já de ir pra dentro e colocar algo decente nessas pernas!

 

Takanori apenas riu, enquanto eu erguia uma sobrancelha. Agora sim eu a reconhecia. Era a moça da lanchonete e também a responsável por Takanori. Era sempre ela que aparecia nas reuniões. Foi entrando na casa em frente à minha, se virando no meio do caminho pra me cumprimentar.

 

- Ah! O senhor é o Suzuki-san, professor do Taka, não é mesmo? Não sei se o senhor se lembra de mim... Matsumoto Nakayume, irmã do Taka.

 

- Lembro sim. Bem, parece que seremos vizinhos.

 

- Quê? Ah, não. Eu não moro aqui. Tenha um bom dia, Suzuki-san.

 

E foi entrando na casa do irmão, me deixando intrigado. Então... Takanori morava sozinho? Dei de ombros, acenando para os dois irmãos e entrando na minha própria casa. Mas ainda estava intrigado. De fato, não havia como ele morar com os pais ou apenas um deles. Como ele mesmo havia dito, as casas era minúsculas. Sem mencionar que eu nunca havia visto seus pais, apenas sua irmã. Enfim... não era da minha conta.

 

E que shorts eram aqueles?

 

 

Ruki's P.O.V.

 

 

Por mais que eu gostasse da minha irmã, estava querendo bater nela se ela continuasse a rir.

 

- O que foi que eu te disse, Taka? Hã?

 

- Ta, agora já chega. Detesto quando você dá uma de vidente e odeio mais ainda quando acerta.

 

Ela abriu um sorriso malicioso que me fez recuar um passo.

 

- Mas não é como se você não estivesse esperançoso. O que mais te faria ficar na porta de casa com as coxas expostas?

 

Fiz bico, mesmo sabendo que ela não acreditaria.

 

- Estava esperando a minha irmã, não posso?

 

- Como se eu não te conhecesse, Taka. O que foi que ele te disse?

 

Abaixei a cabeça, corando ligeiramente. Só ela via esse tipo de cena.

 

- Ele... disse que se divorciou.

 

Esperei ouvir a risada de Nakayume, mas ela nunca veio. Ergui o olhar, me deparando com sua expressão séria, e cheguei até a me assustar.

 

- Taka, eu entendo que você tenha alguma atração pelo Suzuki e acho até justificável. Mas por favor, não faça nenhuma besteira.

 

- Credo, Naka-chan! Parece até que eu vou invadir a casa do sensei a noite e violentá-lo!

 

Ela sorriu fraco, vindo na minha direção e me abraçando.

 

- Eu não quero que você se machuque, Taka. Apesar de tudo, ele é seu professor.

 

Ri baixo, abraçando-a de volta.

 

- Sabe... o correto seria você me dar uma bronca por ele ser um homem.

 

- Idiota. Sabe que eu não ligo pra isso desde que você esteja bem. E também não vou fingir que você é um virgem inocente.

 

- Hey!

 

- É verdade. Mas sério mesmo, Taka... tome cuidado.

 

Suspirei, um tanto derrotado, mas depois sorri. Ela de fato era mais minha mãe do que a irresponsável que havia me posto no mundo. Nakayume se separou de mim, parecendo mais animada.

 

- Certo, vamos fazer o almoço! Você aproveita e leva um pouco pro vizinho novo, já que é difícil homem solteiro cozinhar.

 

- Quem foi que acabou de pedir pra eu tomar cuidado?

 

Ela apenas riu, indo pra cozinha. Às vezes, eu simplesmente não a entendo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Continua...


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